sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 4 parte II MINI MARATONA

—Ela parece ter encontrado uma amiga em você.
—Sim, ela tem. Eu gostei dela e nós nos tornamos amigas. E mais, vou considerá-la minha protegida. Agora vou apresentá-la em sociedade, lhe ajudando a conhecer pessoas novas e talvez lhe assegurando um casamento no futuro. Têm muitos cavalheiros solteiros que eu quero lhe apresentar. Ela talvez possa gostar de algum e a natureza segue seu curso.
—Pobre menina.
Viola deu-lhe um olhar que indicou que não tinha gostado de seu divertido comentário irônico.
—Não é todo mundo que escolhe esposa como você, Joseph, escolhendo a menor possibilidade que possa ganhar teu coração. Nem tampouco todo mundo que se apaixona é infeliz. Gostaria muito de ver Demi desfrutando de uma temporada em Londres, se apaixonar e conseguir um casamento feliz com um honorável cavalheiro de bom caráter que a amará e cuidará dela.
Joseph se viu obrigado a mencionar o que para ele era óbvio.
—Não entendo por que você quer embarcar numa tarefa tão inútil. As mulheres como a senhorita Lovato não são feitas para romance e tampouco se casam.
—Joseph que comentário tão estranho. Posso saber o que você quer dizer com isso?
—Quero dizer que essa menina não tem nenhum um fio de romantismo no corpo inteiro. Se tivesse um dote ou se suas conexões com o barão fossem certas, suas perspectivas de casamento seriam melhores, mas sem isto, você está embarcando numa questão sem futuro. É só olhar a menina para se dar conta.
—Eu não me dou conta e eu a olhei bastante nos últimos dias. Acho que muitos jovens bem educados a acharão encantadora.
—Encantadora? Com esse coque horrível que sempre usa e essas roupas costumeiras, a menina é tão atraente como um inseto em cima de uma folha. É como uma peça da mobília. Duvido que algum homem se desse conta de que ela existe mesmo que estivesse debaixo de seus narizes; e mesmo assim se esqueceriam dela no mesmo instante em que desaparecesse das vista deles. Eu sei por que isso acontece comigo.
Viola ficou tensa.
—Não sabia que a beleza física de uma mulher fosse a única qualidade que chamasse a atenção dos homens — expressou friamente.
Joseph reconheceu a crítica dessas palavras.
—Não quis dizer isso.
—O que você quis dizer, então?
—Seu rosto nunca muda de expressão e eu nunca sei em que está pensando ou no que está sentindo. A não ser que fale de antiguidades, essa menina é incapaz de manter uma conversa.
Viu que Viola o olhava preocupada, mas continuou:
—Quando ela finalmente consegue dizer algumas palavras, não pode fazer sem gaguejar. Eu não sei o que está errado. O primeiro dia que esteve aqui foi razoavelmente bem, mas desde então quase não diz nada. Por isso tudo, posso dizer que é a criatura mais insignificante que conheci em minha vida.
—Ainda assim é tão importante para tua escavação que ela não pode ir embora. De modo que alguma qualidade desejável deve ter.
—É inteligente, isso eu te garanto e excelente em seu trabalho. Pode traduzir do latim, do grego e não sei quantas línguas antigas mais. É uma magnífica restauradora e artista. Desenha bem. Mas todas essas qualidades dificilmente a treinaria para um casamento. Não tem dote, não tem conexões aparte com esse suposto barão e nenhum atrativo físico que compense estas carências.
—Ela me conhece e seu avô é um barão, então já tem duas conexões, ao menos. Se pudéssemos encontrar seu avô ele lhe poderia lhe dar um dote. E no que você se refere a suas outras assim chamadas carências, é só tua opinião. Só você a vê como uma empregada doméstica, como o senhor Cox e o senhor Bennington e alguns de seus trabalhadores. Duvido que nunca sequer a olhou com uma mulher.
—A senhorita Lovato não é uma mulher. É uma máquina. Uma perfeita e eficiente máquina. Nunca está doente, nunca comete erros. Você sabia? Eu nunca lhe ouvir rir.
—Oh, não seja absurdo. Eu ouvi seu riso esta manhã.
—Pois eu nunca vi. — Joseph parou e tentou encontrar uma maneira de explicar a Viola como via a senhorita Lovato do ponto de vista de um homem.
—Quando um cavalheiro procura uma esposa não quer uma máquina. Ele quer uma mulher com certos atributos femininos. A senhorita Lovato, desafortunadamente, não tem nenhum. Na realidade, é muito patética.

Vai nessa Joe, vai nessa... Vai sofrer muito por dizer isso
Bjemi

2 comentários:

  1. Ahhhhh ela não é uma máquina ela só é reservada pra quem não tem intimidade e espero que sofra que quando saber o que ela é alem de uma "máquina"

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