Hampshire,
1830
Ninguém
que olhava Demi Lovato imaginaria que ela pudesse ter algum prazer proibido,
secreto. Seu aspecto era normal, os óculos não ajudavam muito, tinha o cabelo
castanho claro e o usava preso na cabeça. Todos os seus vestidos eram de
diferentes tons de bege, marrom ou cinza. Sua altura era normal e sua figura
ficava escondida debaixo dos grandes e cômodos aventais que utilizava para
trabalhar. Tinha uma voz suave e agradável de escutar, sem sons estridentes que
chamassem a atenção. Ninguém que a julgasse só pela sua aparência poderia
imaginar que a senhorita Demi Lovato tinha o escandaloso costume de observar o
torso nu de seu patrão sempre que tinha a oportunidade, embora a maioria das
mulheres estivesse de acordo que Joseph Jonas, duque de Tremore, tinha um torso
que valia a pena observar. Demi apoiou os cotovelos no peitoral da janela e
levantou a luneta de bronze. Utilizar esse aparelho com lentes era difícil,
assim que o deixou na prateleira. Voltou a colocar os óculos e a distância,
olhou toda a escavação, procurando Joseph entre os trabalhadores. Sempre que
pensava nele pensava usando seu nome. Quando falava com ele, o chamava de
«senhor», como todo mundo, mas em sua cabeça e em seu coração, ele sempre era
Joseph.
Ele
estava falando com o senhor Bennington, o arquiteto da escavação e com sir
Edward Fitzhugh, o vizinho mais próximo do duque e antiquário amador como ele.
Os três homens estavam no meio de uns campos da escavação, rodeados de muros,
colunas quebradas e restos do que havia sido uma vila romana. Nesse momento,
discutiam sobre o mosaico que estava debaixo dos seus pés e que havia sido
descobertos pelos trabalhadores nessa mesma manhã.
Quando
Demi localizou a forte figura de Joseph, sentiu uma familiar chateação em seu
coração, uma mescla viciante de prazer e incômodo. Era uma combinação que
quando estava em sua presença a calava e lhe fazia querer se misturar com seu
ambiente, passar despercebida; em troca quando o contemplava como agora,
desejava se transformar no centro de toda sua atenção. O amor pensava, deveria
ser algo agradável, cálido, doce, não algo que prejudicasse o coração com sua
intensidade.
Demi
sentia essa intensidade agora, enquanto o observava. Quando estava em Tremore
Hall, ele passava sempre dois ou três horas ao dia trabalhando junto com o senhor
Bennington e o resto dos homens na escavação. Algumas vezes ela não estava nas
ruínas e às tardes de agosto eram excepcionalmente quentes, e Joseph sempre
tirava a camisa. O dia era muito caloroso.
Para
Demi, ele quase formava parte da escavação romana que o rodeava. Era como uma
escultura. Com sua pouco frequente altura de mais de um metro e oitenta e seus
grandes ombros e desenvolvidos músculos, apesar de seu cabelo escuro e sua pele
bronzeada parecia um deus romano esculpido em mármore. Ela o observava enquanto
os três homens continuavam discutindo sobre o mosaico e teve a estranha
sensação que experimentava cada vez que o via e que fazia lhe custar a respirar
e que seu coração se acelerava como se estivesse estado correndo.
Sir
Edward tratou de mover uma urna que cobria parte do mosaico, mas Joseph o
impediu e ele mesmo a levantou. Demi se encantava com esse cavalheirismo, que
só reafirmava a boa opinião que já tinha dele. Talvez fosse duque, mas não
permitia que um homem como sir Edward, muito mais velho que ele pudesse se
machucar.
Joseph
levou a urna para o carro que estava próximo e a colocou junto a uma serie de
ânforas de vinhos quebradas, estátuas de bronze, fragmentos de afrescos e
outras descobertas. No final do dia moveriam as peças a um edifício próximo,
onde se armazenavam todos os objetos e esperando que Demi pudesse
restaurar-los, desenhá-los e catalogá-los para a coleção de Joseph.
O
ruído de passos se aproximando da biblioteca a distraiu de suas clandestinas
observações. Dobrou o telescópio e saindo da janela o guardou no bolsinho de
seu avental. Quando Ella uma de muitas moças que trabalham em Tremore entrou na
sala, Demi estava sentada em seu escritório, com um livro de cerâmica
romano-inglesa, fingindo que trabalhava.
—Eu
pensei que poderia querer um pouco de chá, senhorita Lovato— disse Ella
enquanto deixava uma xícara e o bule na grande mesa de Demi, ao lado das
montanhas de livros de antiguidade romanas e latinas.
—Obrigada,
Ella —replicou, tratando de fingir muita concentração.
A
moça se virou para ir embora.
—Pensava
que não podia enxergar sem seus óculos, senhorita —disse sobre seu ombro—. Não
acredito que sejam de muita utilidade ali na prateleira da janela.
A
moça desapareceu no corredor e Demi escondeu seu rosto vermelho entre as
páginas do livro. «Eu me tornei uma
pilhagem.»
Ainda
assim, quem poderia culpar uma moça tímida, discreta e simples que passava a
maior parte de seu tempo enterrada entre madeiras velha e livros de latim, por
estar apaixonada por seu patrão quando ele é tão atraente?
e a aventura começou
espero que gostem
bjemi
Anciosaaa para ler maais..
ResponderExcluirPosta Logoooo
Adoreiii ❤️
ResponderExcluirQuero mais ❤️
Beijos
Adoooorooo quando a demi é timida jaidhahs quero outro cap 😍😍😍 socorro *-*
ResponderExcluirEu vou morrer com essas fics, mds *-*
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