segunda-feira, 23 de março de 2020

Os Opostos se Atraeem 13º Capitulo


No final da aula Demi tropeça na mala que William havia deixado por ali.
-Você não sabe andar sem tropeçar não?
-Você que deixou isso no meio do caminho, tenho que chegar em casa logo, dona Denise está me esperando.
-Pelo visto você melhorou mesmo.
-Sim.
William a abraça e bem nesse momento Joe aparece.
-O que é isso?
-Ah oi Joe, estou felicitando a Demi que não está mais doente.
-E pra isso precisa quebrar meus ossos?
-Ah desculpa, te machuquei?
-Estava começando.
-Irá pra casa?
-Por que quer saber Jonas?
-Ultimamente você anda agindo de um jeito estranho.
-Estranho?
-Anda me respondendo.
-Ah...é isso?
-Sim, por que age assim agora?
-Quer que eu age como na época da escola? Já sou maior de idade e não quero mais ficar feito idiota atrás de você.... ficar doente me mostrou isso.
-Sei.
William pega no braço de Demi e ambos se afastam.
-O que foi isso?
-Falando sozinho Joe?
-Ah oi Taylor. Estava pensando alto
-Vamos pra aula?
-Sim tem prova.
-Eu sei, fiquei semanas estudando, e você? Ah esqueci, você nunca estuda.
Demi se aproxima deles e deixa um bilhete na mesa de Joe.
-Mais uma cartinha de amor?
-Sei la.
Ele amassa o papel e joga no lixo sem ler.
-Não esta curioso?
-Nem um pouco.
No final da aula, não conseguindo desviar o olhar o lixo, vai e cata o papel.
- “Seus pais pediram para ir os ver hoje.”
-Podia ter falado pessoa... ah ela não está falando comigo.
Joe vai na casa dos pais e recebe a notícia que eles, além de Eddie irão viajar para um simpósio de negócios, e que querem que ele ajude Demi a cuidar da casa.
-Estão com medo dela explodir a casa?
-Isso não tem graça. Ela anda chegando em casa cansada só isso.
-De que? Não faz nada além de me atormentar.
-Esta trabalhando comigo.
-Senhor Eddie....
-É apenas 3 dias, e qualquer coisa, tem o número do hotel na geladeira, já que se sente incomodado em ficar aqui, pode copiar o número e levar com você.
-Mãe....
-Falei alguma mentira?
-Querida pare de discutir com ele.
Os 3 viajam e Demi fica sozinha com Frankie naquela imensa casa. Para almoçar, Frankie vai no restaurante onde o irmão trabalha, mas não consegue fugir da comida horrível de Demi no jantar, Joe liga para ele de tarde para saber se está bem, e assim se estabelece uma rotina.
Tudo muda em uma noite.
-O que houve Frankie? A comida não ta boa?
-Dói.
-Será que fiz algo errado?
Demi se desespera ao o ver chorando e se contorcendo de dor.
-O que faço?
Sem pensar direito, ela liga para o restaurante onde Joe trabalha.
-Quem quer falar comigo?
-Aquela garota que vivia por aqui.
Ele atende mal humorado.
-Fala logo o que quer.
-Frankie...não sei... me ajuda.
-Calma, me explica o que houve. – Joe a percebe nervosa no telefone.
-E-esta-vamos comendo.... acho que... não fiz direito. Está chorando de dor.
-Onde dói nele?
-Barriga...a culpa é minha.
-Você comeu também?
-Sim.
-Então não é a comida. Chame a ambulância e lá me diga que hospital estão indo.
-Ta.
-E Demi?
-Oi?
-Se acalme até eu chegar.
Algum tempo depois Joe autoriza uma cirurgia de apêndice para o irmão e vê Demi nervosa andando de um lado para o outro.
-Você já avisou nossos pais?
-Ah verdade.
Ela vai no lado de fora do hospital e liga para Denise, contando tudo o que aconteceu. Assim que desliga o telefone, Demi sente os braços de Joe a envolvendo por trás, e isso a deixa paralisada.
-Obrigado Demi, você salvou meu irmão, se não tivesse ligado pra mim nem sei o que poderia ter acontecido a ele.
Nesse momento toda angustia que Demi sentia e que estava segurando, se rompe e ela começa a chorar, se vira pra ele e o abraça.
-Fiquei com tanto medo, achei que a culpa era minha.
-Está tudo bem agora.
Demi coloca seus braços na cintura de Joe dentro do casaco e ele fecha o mesmo protegendo ela do frio intenso.
Joe inala o perfume do cabelo dela e a abraça apertado, tentando a acalmar.
-Joe?
-Sim?
-Vamos entrar? A cirurgia já deve ter acabado.
-Sim.
A contragosto ele a solta e ambos voltam pra sala de espera.
-A cirurgia foi um sucesso, ele ficará em observação essa noite, mas não podemos deixar vocês aqui. - Logo o médico se afasta, deixando eles sozinhos novamente.
-Ih começou a chover. E agora?
-Essa chuva está muito forte.
-Como irei pra casa?
-Quer ir pra minha?
Demi se vira assustada para ele. –Como?
-Fica a poucas quadras daqui, se andarmos rápido, não iremos nos molhar muito.
-S-s-sua casa?
-Que foi?
-Nada nada não.
Joe começa a andar em direção a sua casa e Demi não tem escolha a não ser o seguir.
-É aqui.
-Arrumada.
-Diferente do que imaginou?
-Eu não imaginei nada.
-Irei tomar um banho, ou quer ir primeiro?
-Pode ir. Vou avisar dona Denise sobre a cirurgia.
Enquanto espera Joe, Demi começa a ver os detalhes do apartamento dele.
-Estamos sozinhos aqui, ninguém além de mim sabe onde ele mora. Ai minha nossa.... 1 cama apenas, sem sofá....
-Pode ir agora.
-Que susto.
-Que faz?
-Eu? Tava só olhando.
-Hmm, aqui, pode ir tomar seu banho.
Ele lhe entrega uma muda de roupas e toalha.
-Mas elas são...
-Estão limpas.
Depois de ter tomado um banho que a alivia da tensão que sofreu, Demi não sabe como agir perto do Joe.
-Irei dormir onde?
-No chão. Estou tão cansado.
-Você deveria oferecer sua cama para mim, sou visita.
-Não por eu querer.
-Você devia ser mais gentil, por que eu aj...
-Relaxa, estava brincando, você dormirá aqui. Irei dormir no chão.
-Não ficará desconfortável?
-Não, vamos dormir.
Apesar de estar aquecida pelo cobertor elétrico do Joe, ela não consegue dormir, tanto pelo que houve com Frankie, como por estar tão perto de seu amado.
-Dorme.
-Irei, mas está frio, você pode ficar doente.
-Não ficarei.
-Mas...
-Dorme Demetria.
-Como irei se você pode ficar doente por minha causa?
-Apenas adormeça!
-Mas...
Ele se enche e vai em direção a ela.
-Pronto, dormirei aqui.
-Vou pro ch...
-Fica ai!
-Eu não...
-A cama é grande. Apenas fique quieta.
-Ok.
Cada um fica olhando para um lado da cama, Joe por estar cansado e ela preocupada que ele poderia tentar algo. Mas depois que percebe que ele não tenta nada fica um pouco decepcionada.
-“acho que ele não me acha atraente. Pois é, devo ser feia demais, por que estamos aqui sozinhos, ninguém fora eu sabe onde ele mora....”
-O que foi?
-Hein?
-Você está pensando que não te acho atraente.
-Como?
-Se algo rolasse, minha mãe ia adorar, além da sua, mas não quero fazer a felicidade delas a custa de algo que não me interessa.
-Entendo.
-Eu queria que minha mãe parasse de se meter em minha vida.
-Ela quer te ver feliz.
-Mas me obrigando a me envolver com quem não quero?
-Ela sabe como te tirar do sério né. E eu sem perceber a ajudo.
-Vocês parecem mãe e filha.
Demi dá uma risada sem graça e se vira pra ele.
-O que você quer?
-Não entendo.
-Da vida, não quis entrar na melhor faculdade daqui, já me disse que não quer assumir a empresa do seu pai...
-Não pensei muito sobre isso, mas mesmo assim não sei ainda.
-Você é tão inteligente, deveria fazer algo que ajude as pessoas.
-Como assim?
-De que adianta ser inteligente se apenas guarda pra você?
-E o que eu poderia fazer?
-Olha, estive pensando, com o que houve hoje.... você poderia ser médico, ia ajudar tantas pessoas fazendo o bem, salvando vidas, trazendo outras... se eu tivesse inteligência como você é o que eu faria.
-Mas será que medicina traria o que eu busco em minha vida?
-....
-Demi?
Ele se vira e a vê dormindo.
-Tem que sempre dormir em momento importante?
Apesar de não querer, não consegue parar de a olhar e sorri ao vê-la resmungando seu nome.
 Por mais cansado que estivesse, Joe não consegue parar de a observar e quando Demi se descobre, ele a cobre e acaricia seu rosto.
-Por que eu não consigo mais ficar bravo com essa garota? Tem algo nela que me cativa sempre que a vejo.
Joe acaricia o rosto de Demi e é assim que adormece, olhando para ela e quase a abraçando.