Joseph
deixou de andar e a olhou com intimidação de duque.
—Vai
me desafiar?
Ela
se manteve firme.
—Eu
tento fazer o que é correto. Demi merece encontrar sua família e ocupar seu
lugar na sociedade. Eu ofereci minha ajuda nesse sentido e a convidei a ficar
comigo em Chiswick .A apresentarei em sociedade, lhe apresentarei as amizades
mais adequadas e a apresentarei aos solteiros mais cobiçados. Não vou retirar
meu convite só porque para ti não convém. Se você não quiser que ela vá, sugiro
a você que encontre uma maneira de convencê-la a ficar. Se possível.
Quando
ela acabou de dizer essas palavras, a esperança de Viola renasceu. Joseph nunca
recusava um desafio. Tal como esperava, seu irmão a olhou e disse:
—Eu
posso e vou.
—Posso
sugerir que se você tentar convencê-la a ficar, mostre a ela seu lado mais
suave? —continuou Viola sorrindo. —Você terá mais chances de conseguir mudar de
ideia se você se lembrar que é ela é uma jovem e tem sentimentos, suas
necessidades e seus próprios sonhos de mulher. Demi não é uma máquina. Se
chegar a conhecê-la, talvez consiga entendê-la e que irá te beneficiar.
Ele
não reagiu quando ele lhe lembrou a descrição que ele fez de Demi, nem
agradeceu o conselho. Em vez disso, se dirigiu a porta.
—Vou
me lembrar.
—Bom.
Então acho que vou embora amanhã mesmo e irei a Chiswick. Não quero me ver mais
envolvida neste assunto.
—Excelente.
—Ele parou na porta para olhar por cima do ombro—Eu irei a Londres dentro de
uns meses e então irei a Enderby para ver como está tudo. Se Hammond fez algo…
—Vou
avisar você logo.
—Sim.
Viola
olhou seu irmão indo embora e desejou com todas as suas forças que Demi e
Joseph ficassem juntos. Tentar ser cupido era complicado, mas acreditava que
aqueles dois realmente tinham possibilidades. Na realidade Demi não era tão
bonita como lady Sarah, mas as suas formas eram igualmente atrativas. Além do
que compartilhava dos mesmos interesses de Joseph e tinha inteligência e senso
comum suficiente como para poder manejar com facilidade a casa de um duque. Ela
estava apaixonada e tinha um bom coração. Embora ele não percebesse isso, Demi
era a mulher que poderia fazê-lo feliz. Seria um casamento perfeito.
Mandou
Celeste preparar sua bagagem. Havia feito tudo para assegurar a possível futura
felicidade de Joseph, teria de se contentar com isso. Podia fazer no máximo
escrever uma ou duas cartas para guiar os dois para um bom caminho, mas se o
amor estava destinado a surgir entre eles, deveria nascer de uma maneira
espontânea. Agora o melhor que podia fazer era embora e deixá-los sozinhos.
Além
de ajudar a Joseph a encontrar uma esposa que o amasse, também teria a satisfação
de vencer lady Sarah Monforth, uma das damas mais desprezíveis de toda a
Inglaterra. A ideia de obter também esse doce triunfo fez Viola sorrir.
Demi
observava como dois trabalhadores entravam num grande ponto do solo de mosaico
dentro de antika. Fechou os olhos quando um grande golpe marcou a porta e um
pequeno pedaço quebrou e caiu no chão.
—Oh,
por favor, tenham cuidado.
—Nunca
peça, por favor, aos trabalhadores — lhe sussurrou no ouvido um voz suave. —Se
pedir, não a respeitarão.
O
som das palavras de Joseph, logo atrás dela, a sobressaltou e Demi se virou.
—Obrigada
pelo conselho, senhor, —disse ela— mas eu sempre estive rodeada de
trabalhadores em toda a minha vida, eu acho que posso administrar sem a sua
ajuda para mover um piso de mosaico.
E
dizendo isto, se afastou, mas podia sentir o olhar de Joseph nas suas costas
enquanto seguia os homens na Antika.
—Obrigada.
—lhes disse quando depositaram o pavimento encima da mesa de trabalho— Agora
precisaria…
—Saiam
— interrompeu Joseph atrás.
Os
homens obedeceram imediatamente, ignorando os protestos de Demi, que enfrentou
ele quando os trabalhadores tinham saído do edifício.
—Suponho
que não tinha lhe ocorrido se perguntar se eu necessitava de sua ajuda antes de
despedi-los.
—Não.
—respondeu ele, direto como sempre— Queria falar com a senhorita em particular,
então eu os mandei sair.
—Sempre
consegue o que quer?
Demi
viu como levantava as sobrancelhas, surpreso com sua impertinência e não pode
evitar sentir um pouco de satisfação. Se mostrar indiferente era tão fácil
agora que já não sentia nada por ele…
—Normalmente
sim — respondeu Joseph. —Talvez porque sou arrogante, insensível e egoísta, já
me disse isso.
Ouvi-lo
citar suas próprias palavras a desconcertou um pouco, mas se esperava que se
desculpasse, estava muito equivocado.
—Todos
os duques são assim. — continuou ele. —É a maneira que nos educam. Crescemos
rodeados de gente que só espera satisfazer nossos menores desejos e obedecer
qualquer ordem sem questioná-la. Não espere que um duque se comporte de outro
modo.
Ela
mexeu a cabeça em diferença a seu superior conhecimento sobre os duques.
—Como
o senhor como exemplo, asseguro-lhe que não vai conseguir o que quer.
Ele
proferiu um ruído entrecortado que soou como uma risada suspeitos e o
sentimento de satisfação de Demi se evaporou. Ela tinha querido que suas
palavras lhe doessem.
—Vejo
que finalmente encontrou sua voz, senhorita Lovato— comentou ele, com
displicência.
—Eu
não sabia que a tinha perdido. —replicou ela rapidamente. —Pelo que eu sei, tem
estado comigo todo este tempo.
—Um
fato que só estou descobrindo agora — murmurou Joseph e deu um passo em direção
a ela, mas Demi não retrocedeu. Pelo contrario, lhe encarou firmemente o olhar
enquanto a estudava.
—Seus
olhos não são azuis — disse ele, surpreso, como se tivesse descoberto algo
inesperado. —Eles são cor de lavanda.
O
coração de Demi se explodiu e toda a sua recente confiança a abandonou. Havia
algo no olhar dele, em sua voz, que a feriram e fizeram se lembrar da mulher
que havida sido até o dia anterior, uma mulher afortunada que não sabia a dor
que era a de um coração quebrado.
Respirou
profunda e serenamente. Essa mulher já não existia e agora ocuparia seu lugar
não sentiria dor por causa dele. Nunca mais.
—Certamente
sua senhoria não queria comentar sobre a cor dos meus olhos. —Ao ver que ele
não respondia, se virou. Por cima do ombro, continuou: — Seja o que quiser
discutir, espero que não me incomode que trabalhe enquanto falamos.
Demi
tomou seu silencio como uma afirmação. Não fez nenhuma tentativa de averiguar
por que queria falar com ela. Ele poderia estar em sua dimensão ou algo
relacionado com a escavação. Não lhe importava. Tudo o que queria era sair.
Caminhou
até a mesa em que estava o mosaico a espera de que ela o restaurasse. Examinou
a mistura preparada antes e a removeu com uma espátula de madeira para estar
segura de que tinha a consistência adequada. Satisfeita, levantou a tampa da
caixa de madeira contendo pequenos azulejos. Todas essas peças tinham sido
encontradas na mesma parte da escavação e as tinhas separado em cores. Agora
tinha que selecionar as que utilizariam para preencher os ocos do mosaico.
Enquanto
escolhia vários quadrados de mármores azuis verdes e os comparava com o verde
oceânico do mosaico, esperava o que Joseph falava, mas não fez isso, assim
levantou olhar e o encarou e se encontrou com ele que ainda a estava
observando.
—Disse
que queria falar comigo — falou subitamente.
—Sim,
claro. —Ele saiu de seu devaneio e caminhou até onde ela estava. —Minha irmã já
partiu para Chiswick.
—Sim,
eu sei…—respondeu Demi e selecionou a caixa pelos pequenos azulejos de cor
verde rio e azul cobalto. —Ela se despediu de mim faz um tempo, enquanto
preparam sua carruagem. —E não ela não pode resistir e acrescentou: — Há verei
dentro de um mês.
—É
disso que eu queria falar com a senhorita. —Fez uma pausa e continuou:—Senhorita
Lovato, apesar de ser uma mulher, eu cheguei a valorizar enormemente suas
qualidades como restauradora e como intelectual.
Demi
pensou em todas as horas que tinha trabalhado para lhe demonstrar seu valor e
ganhar seu respeito. E agora, quando já era tarde demais, e finalmente quando
lhe oferecia uma pitada de seu respeito. Ela deveria ficar impressionada com
tal condescendência?
—Obrigada,
senhor. O senhor apesar de ser um duque, parece ter certos conhecimentos sobre
antiguidades.
Desta
vez, ele riu abertamente, sem fazer nenhum esforço para ocultar sua diversão.
—Sim,
realmente tem voz. E agora já não tenta escondê-la.
Não
esperava que respondesse e ela tampouco tinha intenção de fazer. No lugar
disso, Demi se concentrou em seu trabalho. Começou a comparar as pedras que
tinha na mão com as que já tinha colocado em espaços vazios; escolheu a que se
parecia mais. Enquanto trabalhava, tentava ignorar o homem que estava de pé ao
seu lado. Gostaria que dissesse o que tinha dito e depois ir embora. Passou uma
eternidade até que ele falou.
—Eu
gostaria que ficasse.
Apertou
as pedras que tinha na palma da mão, mas apenas por um momento. O que ele não
queria não lhe importava.
—Não.
curta e grossa, Joseph ainda vai penar mais e mais
usando not de irmao ja que fui buscar o meu domingo e o cara nao tava na casa. ele ta normal, o que estragou foi a bateria mesmo...alguem ai quer me dar R$ 150,00 pra comprar uma nova? =p kkkk
bjemi