segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo parte II

Joseph deixou de andar e a olhou com intimidação de duque.
—Vai me desafiar?
Ela se manteve firme.
—Eu tento fazer o que é correto. Demi merece encontrar sua família e ocupar seu lugar na sociedade. Eu ofereci minha ajuda nesse sentido e a convidei a ficar comigo em Chiswick .A apresentarei em sociedade, lhe apresentarei as amizades mais adequadas e a apresentarei aos solteiros mais cobiçados. Não vou retirar meu convite só porque para ti não convém. Se você não quiser que ela vá, sugiro a você que encontre uma maneira de convencê-la a ficar. Se possível.
Quando ela acabou de dizer essas palavras, a esperança de Viola renasceu. Joseph nunca recusava um desafio. Tal como esperava, seu irmão a olhou e disse:
—Eu posso e vou.
—Posso sugerir que se você tentar convencê-la a ficar, mostre a ela seu lado mais suave? —continuou Viola sorrindo. —Você terá mais chances de conseguir mudar de ideia se você se lembrar que é ela é uma jovem e tem sentimentos, suas necessidades e seus próprios sonhos de mulher. Demi não é uma máquina. Se chegar a conhecê-la, talvez consiga entendê-la e que irá te beneficiar.
Ele não reagiu quando ele lhe lembrou a descrição que ele fez de Demi, nem agradeceu o conselho. Em vez disso, se dirigiu a porta.
—Vou me lembrar.
—Bom. Então acho que vou embora amanhã mesmo e irei a Chiswick. Não quero me ver mais envolvida neste assunto.
—Excelente. —Ele parou na porta para olhar por cima do ombro—Eu irei a Londres dentro de uns meses e então irei a Enderby para ver como está tudo. Se Hammond fez algo…
—Vou avisar você logo.
—Sim.
Viola olhou seu irmão indo embora e desejou com todas as suas forças que Demi e Joseph ficassem juntos. Tentar ser cupido era complicado, mas acreditava que aqueles dois realmente tinham possibilidades. Na realidade Demi não era tão bonita como lady Sarah, mas as suas formas eram igualmente atrativas. Além do que compartilhava dos mesmos interesses de Joseph e tinha inteligência e senso comum suficiente como para poder manejar com facilidade a casa de um duque. Ela estava apaixonada e tinha um bom coração. Embora ele não percebesse isso, Demi era a mulher que poderia fazê-lo feliz. Seria um casamento perfeito.
Mandou Celeste preparar sua bagagem. Havia feito tudo para assegurar a possível futura felicidade de Joseph, teria de se contentar com isso. Podia fazer no máximo escrever uma ou duas cartas para guiar os dois para um bom caminho, mas se o amor estava destinado a surgir entre eles, deveria nascer de uma maneira espontânea. Agora o melhor que podia fazer era embora e deixá-los sozinhos.
Além de ajudar a Joseph a encontrar uma esposa que o amasse, também teria a satisfação de vencer lady Sarah Monforth, uma das damas mais desprezíveis de toda a Inglaterra. A ideia de obter também esse doce triunfo fez Viola sorrir.
Demi observava como dois trabalhadores entravam num grande ponto do solo de mosaico dentro de antika. Fechou os olhos quando um grande golpe marcou a porta e um pequeno pedaço quebrou e caiu no chão.
—Oh, por favor, tenham cuidado.
—Nunca peça, por favor, aos trabalhadores — lhe sussurrou no ouvido um voz suave. —Se pedir, não a respeitarão.
O som das palavras de Joseph, logo atrás dela, a sobressaltou e Demi se virou.
—Obrigada pelo conselho, senhor, —disse ela— mas eu sempre estive rodeada de trabalhadores em toda a minha vida, eu acho que posso administrar sem a sua ajuda para mover um piso de mosaico.
E dizendo isto, se afastou, mas podia sentir o olhar de Joseph nas suas costas enquanto seguia os homens na Antika.
—Obrigada. —lhes disse quando depositaram o pavimento encima da mesa de trabalho— Agora precisaria…
—Saiam — interrompeu Joseph atrás.
Os homens obedeceram imediatamente, ignorando os protestos de Demi, que enfrentou ele quando os trabalhadores tinham saído do edifício.
—Suponho que não tinha lhe ocorrido se perguntar se eu necessitava de sua ajuda antes de despedi-los.
—Não. —respondeu ele, direto como sempre— Queria falar com a senhorita em particular, então eu os mandei sair.
—Sempre consegue o que quer?
Demi viu como levantava as sobrancelhas, surpreso com sua impertinência e não pode evitar sentir um pouco de satisfação. Se mostrar indiferente era tão fácil agora que já não sentia nada por ele…
—Normalmente sim — respondeu Joseph. —Talvez porque sou arrogante, insensível e egoísta, já me disse isso.
Ouvi-lo citar suas próprias palavras a desconcertou um pouco, mas se esperava que se desculpasse, estava muito equivocado.
—Todos os duques são assim. — continuou ele. —É a maneira que nos educam. Crescemos rodeados de gente que só espera satisfazer nossos menores desejos e obedecer qualquer ordem sem questioná-la. Não espere que um duque se comporte de outro modo.
Ela mexeu a cabeça em diferença a seu superior conhecimento sobre os duques.
—Como o senhor como exemplo, asseguro-lhe que não vai conseguir o que quer.
Ele proferiu um ruído entrecortado que soou como uma risada suspeitos e o sentimento de satisfação de Demi se evaporou. Ela tinha querido que suas palavras lhe doessem.
—Vejo que finalmente encontrou sua voz, senhorita Lovato— comentou ele, com displicência.
—Eu não sabia que a tinha perdido. —replicou ela rapidamente. —Pelo que eu sei, tem estado comigo todo este tempo.
—Um fato que só estou descobrindo agora — murmurou Joseph e deu um passo em direção a ela, mas Demi não retrocedeu. Pelo contrario, lhe encarou firmemente o olhar enquanto a estudava.
—Seus olhos não são azuis — disse ele, surpreso, como se tivesse descoberto algo inesperado. —Eles são cor de lavanda.
O coração de Demi se explodiu e toda a sua recente confiança a abandonou. Havia algo no olhar dele, em sua voz, que a feriram e fizeram se lembrar da mulher que havida sido até o dia anterior, uma mulher afortunada que não sabia a dor que era a de um coração quebrado.
Respirou profunda e serenamente. Essa mulher já não existia e agora ocuparia seu lugar não sentiria dor por causa dele. Nunca mais.
—Certamente sua senhoria não queria comentar sobre a cor dos meus olhos. —Ao ver que ele não respondia, se virou. Por cima do ombro, continuou: — Seja o que quiser discutir, espero que não me incomode que trabalhe enquanto falamos.
Demi tomou seu silencio como uma afirmação. Não fez nenhuma tentativa de averiguar por que queria falar com ela. Ele poderia estar em sua dimensão ou algo relacionado com a escavação. Não lhe importava. Tudo o que queria era sair.
Caminhou até a mesa em que estava o mosaico a espera de que ela o restaurasse. Examinou a mistura preparada antes e a removeu com uma espátula de madeira para estar segura de que tinha a consistência adequada. Satisfeita, levantou a tampa da caixa de madeira contendo pequenos azulejos. Todas essas peças tinham sido encontradas na mesma parte da escavação e as tinhas separado em cores. Agora tinha que selecionar as que utilizariam para preencher os ocos do mosaico.
Enquanto escolhia vários quadrados de mármores azuis verdes e os comparava com o verde oceânico do mosaico, esperava o que Joseph falava, mas não fez isso, assim levantou olhar e o encarou e se encontrou com ele que ainda a estava observando.
—Disse que queria falar comigo — falou subitamente.
—Sim, claro. —Ele saiu de seu devaneio e caminhou até onde ela estava. —Minha irmã já partiu para Chiswick.
—Sim, eu sei…—respondeu Demi e selecionou a caixa pelos pequenos azulejos de cor verde rio e azul cobalto. —Ela se despediu de mim faz um tempo, enquanto preparam sua carruagem. —E não ela não pode resistir e acrescentou: — Há verei dentro de um mês.
—É disso que eu queria falar com a senhorita. —Fez uma pausa e continuou:—Senhorita Lovato, apesar de ser uma mulher, eu cheguei a valorizar enormemente suas qualidades como restauradora e como intelectual.
Demi pensou em todas as horas que tinha trabalhado para lhe demonstrar seu valor e ganhar seu respeito. E agora, quando já era tarde demais, e finalmente quando lhe oferecia uma pitada de seu respeito. Ela deveria ficar impressionada com tal condescendência?
—Obrigada, senhor. O senhor apesar de ser um duque, parece ter certos conhecimentos sobre antiguidades.
Desta vez, ele riu abertamente, sem fazer nenhum esforço para ocultar sua diversão.
—Sim, realmente tem voz. E agora já não tenta escondê-la.
Não esperava que respondesse e ela tampouco tinha intenção de fazer. No lugar disso, Demi se concentrou em seu trabalho. Começou a comparar as pedras que tinha na mão com as que já tinha colocado em espaços vazios; escolheu a que se parecia mais. Enquanto trabalhava, tentava ignorar o homem que estava de pé ao seu lado. Gostaria que dissesse o que tinha dito e depois ir embora. Passou uma eternidade até que ele falou.
—Eu gostaria que ficasse.
Apertou as pedras que tinha na palma da mão, mas apenas por um momento. O que ele não queria não lhe importava.
—Não.

curta e grossa, Joseph ainda vai penar mais e mais
usando not de irmao ja que fui buscar o meu domingo e o cara nao tava na casa. ele ta normal, o que estragou foi a bateria mesmo...alguem ai quer me dar R$ 150,00 pra comprar uma nova? =p kkkk
 bjemi

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 6 parte I

Viola já tinha previsto que Joseph não gostaria nada da ideia de Demi se demitir e quando entrou em sua sala de estar, quase uma hora depois que Demi tinha se despedido, sabia que estava certa. Estava uma fera.
—A senhorita Lovato quer ir embora — disse sem rodeios. — Você que a animou a ir, não é?
Viola levantou a vista de suas cartas e olhou primeiro a sua empregada Celeste, que fez uma pausa de costurar seus vestidos e a Joseph.
—Se vamos brigar, —respondeu com calma— preferiria fazer em particular.
Joseph disse a empregada:
—Deixa-nos — ordenou.
A moça deu o último ponto no vestido e o colocou no manequim, fez uma rápida reverência aos dois e saiu da sala.
Viola observou seu irmão um momento. Viu que tinha a testa franzida e o maxilar fechado. Sua aparência era realmente intimidante, inclusive para ela.
—Demi veio me ver — lhe explicou— e me disse que tinha decidido renunciar a seu posto. Que tinha intenções de encontrar o seu avô e frequentar a sociedade e se tudo fosse bem, poderia conhecer algum bom jovem educado. Pediu-me ajuda. O que poderia fazer?
—Se recusava. Me parece uma resposta obvia.
—Não posso fazer semelhante coisa. Ela é neta de um barão.
—Talvez. Isso ainda não sabemos.
Viola ignorou o comentário.
—Mas é filha de um cavalheiro então. — continuou sorrindo. —Eu gosto dela, nos tornamos amigas e acho que ela merece ter a oportunidade de encontrar a sua família. Não é uma qualquer empregada criada num orfanato. É uma jovem dama e merece ocupar o lugar que lhe pertence na sociedade.
—E essa aventura de vocês não pode esperar até a primavera? Ou melhor ainda, daqui a cinco anos?
—Você não tem compaixão, Joseph! —lhe brigou Viola—. Cinco anos eliminariam qualquer oportunidade que estivesse no mercado de casamento. Além do mais ela que deseja ir e você não pode culpá-la de querer conheceu seu avô. Eu disse a ela que estava convencida de continuar com esse plano, que a ajudaria, mas primeiro tinha que falar contigo.
Ele a olho sarcástico.
—Você que a incentivou a se demitir.
—Não me neguei a ajudá-la, se é isso que você quer dizer. Demi tem todo o direito de reclamar seus privilégios de nascimento.
—Não me refiro a isso. Você a deslumbrou lhe contando o quanto Londres é excitante, os divertidos que são os bailes, as festas, inclusive se ofereceu a ajudá-la a encontrar um marido. Só Deus sabe que outras estúpidas ideias lhe colocou na cabeça!
—Não há nada de estúpido em desejar entrar na sociedade, conhecer gente e encontrar um marido. Aqui ela se sente muito sozinha e você sabe disso.
—Essa não é a questão — respondeu ele. —Você sabe o quão importantes que são este museu e a escavação. Você sabe que tenho obrigações a cumprir. Não posso acreditar que você está fazendo isso, Viola.
Ela levantou as mãos e as moveu incrédula.
—Joseph, você parece muito alterado. Não entendo por que você se importa tanto com o que ela faça ou deixe de fazer. A única que coisa que tens que fazer é substituí-la.
—A senhorita Lovato é insubstituível. É de suma importância para o êxito de meu projeto e não irá a nenhum lugar nos próximos sete meses. Nem em cinco anos, e eu conseguirei da minha maneira.
Viola começou a rir.
—Caro irmão, não pode obrigá-la a ficar aqui contra sua vontade. A escravidão é contra a lei, não sabia?
Ele não achou nada engraçado.
—Quando a contratei, ela contraiu uma obrigação comigo até que este projeto estivesse finalizado. Agora quer faltar a seu compromisso. E ainda teve a coragem de me chamar de insensível.
—Ela fez isso? —Viola estava surpreendida. Joseph tinha uma posição tão elevada que muita gente, inclusive ela mesma, não se atrevia a falar com ele nesses termos. —Não posso acreditar.
—Pode acreditar, porque foi isso que disse. Que nunca lhe peço por favor e nem lhe digo obrigado. Disse que sou insensível, arrogante e, qual era o outro? Ah, sim, egoísta. Me disse que se demitia porque não queria trabalhar para mim nem mais um dia.
Parecia indignado e ofendido e também desconcertado: não entendia nada do ponto de vista de Demi. Viola estava assim um pouco confusa. O que teria acontecido com Demi para se atrever a falar assim? Parecia uma pessoa tão calma e serena.
—Joseph, quando ela disse a você que se demitia, o que você fez? Repreendeu, suponho.
—Claro que não. E a lembrei de seu dever somente a mim e as obrigações com o clube. De repente ela explodiu e começou a falar todo tipo de insultos contra minha pessoa. Quem ela pensa que é para falar assim comigo?
Ainda não tinha entendido o repentino desejo de Demi de abandonar Hampshire, Viola podia ler entre linhas o respeito de seu irmão e não tinha
nenhuma dúvida de que tinha feito Demi explodir foi à rejeição de sua demissão. Provavelmente, Joseph tinha enumerado tudo o quanto que era importante para ele, independente do quanto era importante para ela.
Viola tinha vontade de rir. Sentia um grande afeto por Joseph, mas tinha seus defeitos e Demi não havia hesitado em apontá-los. Começava a sentir um grande respeito por Demi. Ela talvez fosse reservada, mas também era capaz de dizer o que pensava e de enfrentar Joseph.
—No que essa menina estava pensando? — prosseguiu ele, andando até sua irmã. — Ela não sabe qual o seu lugar? Meu Deus, ela não sabe o que eu poderia lhe fazer por seu comportamento?
Viola o observava andar de um lado par o outro, como um leão enjaulado e percebeu que nunca o tinha vista assim. Sem dúvida, era a primeira vez em sua vida que escutava semelhante críticas e se sentia tão ofendidos com elas que sua frieza e seu autocontrole o tinham abandonado. Se Demi lhe tinha provocado essa reação, provavelmente porque tudo o que tinha dito era verdade e que no fundo ele sabia.
—Um duque pedindo as coisas como por favor e dizendo obrigado —continuou. — Isso não é ridículo?
Viola estava demais preocupada para responder. De repente ela teve uma ideia, um pensamento que antes parecia impossível, mas que pouco a pouco foi tomando força. Oh, seria maravilhoso convencer a Joseph de que se casasse com Demi em vez de casar com lady Sarah.
Quanto mais ela pensava mais ela gostava da ideia. Se Demi era realmente neta de um barão, poucos se atreveriam a dizer que não era adequada. Desde que Viola tinha visto sua expressão outro dia, sabia que apesar de sue comportamento distante, Demi era uma mulher de grandes paixões. Estava apaixonadíssima por Joseph e por outro lado, parecia saber bem o que queria, além de ter ousado enfrentar o duque, tudo previa um futuro feliz. Claro que antes deveria mudar a equivocada opinião que ele tinha dela, assim como a intenção de Demi de ir embora dali e de repente sentiu antipatia por ele, um sentimento que ainda intrigava Viola. De onde tinha vindo?
—Oh, Meu Deus! —exclamou, compreendendo tudo de uma só vez. —Claro. Como não percebi antes?
—Isso que eu quero saber. —A voz de Joseph a interrompeu e se deu conta que tinha falado em voz alta. —Estou tão aborrecido com você como estou com ela. O que você estava pensando?
Viola deixou seus pensamentos de lado por um momento e respondeu:
—Desculpe se te aborreci, Joseph.
Com certeza Demi tinha escutado a conversa entre ela e Joseph que tiveram na sala de música. Isso explicava tudo. Não era de estranhar que quisesse ir embora tão depressa, que quisesse frequentar a sociedade e encontrar algum pretendente que a consolasse. Se não, nem se atreveria a atacar Joseph. Que mulher não se ofenderia se a comparassem com um inseto?
—Pelo menos você deveria ter me consultado — ele falou enquanto continuava andando. —Ela teve a coragem de me dizer que ela estava se demitindo porque não gostava de mim. É preciso ter coragem. Eu não tenho que gostar dela, quem ela pensa que é?
—Obviamente, uma mulher que não tem medo de dizer o que pensa.
Apesar de querer muito que seu irmão mudasse de opinião que tinha de Demi, se perguntava se valia à pena. Demi estava apaixonada por ele, disso tinha certeza, que fazia seu orgulho ferido fosse muito mais difícil de curar.
Juntar os dois de repente parecia uma missão impossível e Viola estava se desanimando. No entanto, Demi era uma pessoa amorosa e faria Joseph muito mais feliz que Sarah.
—Ela tem todo o direito de pensar assim, Joseph.
Ele parecia irritado e continuou a andar.
—Você é a responsável por toda essa situação. Espero que você retire sua oferta para a menina agora.
Viola cruzou os braços e teimosa uma característica da família, respondeu.
—Não farei isso. Se Demi quiser vir comigo, não me recusarei.

Algo me diz que ele nao gostará da resposta da irmã.
isso vai dar uma confusao daquelas, o que acham?

bjemi

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos #Spoilers

"—A senhorita Lovato é insubstituível. É de suma importância para o êxito de meu projeto e não irá a nenhum lugar nos próximos sete meses. Nem em cinco anos, e eu conseguirei da minha maneira.
Viola começou a rir.
—Caro irmão, não pode obrigá-la a ficar aqui contra sua vontade. A escravidão é contra a lei, não sabia?
Ele não achou nada engraçado.
—Quando a contratei, ela contraiu uma obrigação comigo até que este projeto estivesse finalizado. Agora quer faltar a seu compromisso. E ainda teve a coragem de me chamar de insensível.
—Ela fez isso? —Viola estava surpreendida. Joseph tinha uma posição tão elevada que muita gente, inclusive ela mesma, não se atrevia a falar com ele nesses termos. —Não posso acreditar.
—Pode acreditar, porque foi isso que disse. Que nunca lhe peço por favor e nem lhe digo obrigado. Disse que sou insensível, arrogante e, qual era o outro? Ah, sim, egoísta. Me disse que se demitia porque não queria trabalhar para mim nem mais um dia.
Parecia indignado e ofendido e também desconcertado: não entendia nada do ponto de vista de Demi. Viola estava assim um pouco confusa. O que teria acontecido com Demi para se atrever a falar assim? Parecia uma pessoa tão calma e serena."

"—Vejo que finalmente encontrou sua voz, senhorita Lovato— comentou ele, com displicência.
—Eu não sabia que a tinha perdido. —replicou ela rapidamente. —Pelo que eu sei, tem estado comigo todo este tempo.
—Um fato que só estou descobrindo agora — murmurou Joseph e deu um passo em direção a ela, mas Demi não retrocedeu. Pelo contrario, lhe encarou firmemente o olhar enquanto a estudava.
—Seus olhos não são azuis — disse ele, surpreso, como se tivesse descoberto algo inesperado. —Eles são cor de lavanda."

"—Oh! —exclamou ela. Já não podia aguentar mais. —É o homem mais egoísta que conheci em toda a minha vida! Se acha que vou aceitar uma oferta tão ridícula…
—Eu vou te pagar em libras.
Demi pestanejou.
—Desculpe?
—Fique até que termine as escavações e lhe pagarei um prêmio de quinhentas libras.
Demi tomou fôlego.
—Está brincando. É uma quantia enorme.
—Também é um dote. Muitos nobres estão arruinados. Seu avô, embora o encontrasse, poderia não estar em uma situação de lhe procurar um dote é o que estou fazendo. Agora que eu lhe ofereci tudo o que eu queria, reconsiderará minha oferta e ficará?
Demi baixou a vista e olhou as lustrosas botas negras de Joseph. Quinhentas libras era uma quantidade que nunca tinha visto em sua vida.
E se apesar da influencia de Viola, a família de sua mãe se recusasse a reconhecê-la? Que aconteceria se Deus não quisesse, seus pais não estavam casados e ela era ilegítima? Não conhecia suficiente a Viola para confiar nela em caso de que um destas desgraças sucedesse. Que aconteceria se voltasse a ficar sozinha sem nada nem ninguém?"

"Estava amontoada em um dos sofás de coro que havia junto a janela. Estava lendo, com os pés escondidos embaixo de sua saia e os sapatos no chão. A luz do sol a iluminava a suave luz do candelabro em cima da mesinha no canto.
Joseph caminhou até ela. Suas botas não fizeram nenhum ruído ao pisar no fofo tapete turco. Nunca a tinha visto tão tarde e se surpreendeu ao ver que não tinha o cabelo preso naquele odioso coque. Em vez disso, tinha feito uma grossa trança, que, resplandecente, descansava sobre seu ombro.
Estava tão absorta em sua leitura que nem sequer levantou a vista quando ele se aproximou, o fato deixou ele muito irritado.
Era impossível que não se desse conta de que estava parado na frente dela.
Joseph esperou alguns segundos que ela detectaria sua presença, mas não percebeu e assim se cansou. Nunca tinha sido um homem paciente, de modo que tossiu.
—Eu gostaria de falar com a senhorita por um momento. —Ao ver que ela não respondia, continuou: — Por favor.
Ela continuou lendo.
—Nosso acordo não combinava que eu trabalhasse de noite. Dado que agora é de noite minhas obrigações já foram finalizadas. Poderíamos deixar para amanhã de manhã?
Joseph se perguntou se estava sonhando. No dia anterior ela teria cumprido sua ordem sem questionar nada, como qualquer outro membro de seu serviço. Mas agora a senhorita  Lovato já não era a senhorita Lovato. Numa noite apenas tinha se convertido em uma criatura descarada, capaz de se demitir de seu trabalho sem se calar, de criticá-lo e inclusive capaz de dizer-lhe que seu horário já tinha sido finalizado. Quando ainda tinha tanto por fazer!
«Não sou sua escrava.»
Murmurou baixinho um monte de palavrões.
Ao ouvi-lo a senhorita Lovato levantou a vista.
—Disse algo?
Ele se deu conta que estava ali em pé, como um idiota, quando o que queria de verdade era falar com ela. O problema era que ela não cooperava. Tinha decidido que o melhor modo de convencê-la para que ficasse era fazer que sua vida ali fosse tão maravilhosa que não quisesse ir embora. Mas até agora não tinha êxito.
Viu como ela se concentrava de novo no livro e voltou a tentar.
—Não quero falar de seu trabalho, que poderia dizer disso? Sempre é impecável.
—Obrigada —disse ela e passou para outra página. —Mas se acha que me agradando conseguirá que eu fique, está muito equivocado."




alguns capitulos daqui pra frente.
só pra causar mais curiosidade em voces.... heheh
bjemi

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 5 parte II

—Não estou segura disso. Esta escavação é muito importante para Joseph e ele não vai gostar de perder você. Conheço muito bem a meu irmão. Pode ser muito persuasivo quando quer. E muito teimoso.
Demi não respondeu. Iria embora e não tinha mais nada a dizer.
Joseph cavou o solo com cuidado, retirando a terra sem causar danos aos possíveis tesouros que poderia encontrar debaixo dela.
Ele era provavelmente o único nobre de toda Inglaterra que realmente gostava do trabalho físico, pensava enquanto apertava sua bota contra a pá para conseguir outro monte de terra úmida. A grande maioria de suas amizades se escandalizaria se o vissem agora, coberto de areia, sem camisa e com o corpo ensopado de suor.
Ele jogou todas as pás de areia na caixa de madeira ao seu lado e ao fazer isso viu que a senhorita Lovato se aproximava, abrindo o caminho entre os trabalhadores e nos muros meio descobertos da escavação. Ele parou e colocou a camisa antes dela chegar.
—Posso falar com o senhor um momento? —perguntou. —É bastante importante.
—Aconteceu alguma coisa? —perguntou enquanto se secava do suor com a manga da frente da camisa.
—Não, é um assunto pessoal. Poderíamos falar em particular?
Suas palavras o deixaram surpreso. Por um lado, a senhorita Lovato raramente dizia mais de duas palavras seguidas. Por outro, não podia imaginar que ela tivesse assuntos pessoais e menos ainda que quisesse discuti-lo com ele. Ele estava curioso, assim foi com ela até antika.
—Sobre o que você quer falar? —perguntou quando já tinham entrado.
—Eu… — começou ela, e continuou em silêncio, olhando para frente, concentrada na abertura da camisa desabotoada do homem, como se ela pudesse ver através dela. A luz do sol entrava pelas janelas se refletia nos cristais dos seus óculos, impedindo que ele pudesse ver seus olhos e sua atitude como de costume, não revelou nem um pouco do que estava pensando. Esperou.
O silêncio se estendeu. Impaciente por voltar a seu trabalho, Joseph tossiu assim para captar sua atenção. Ela respirou fundo, levantou a vista e disse a última coisa que ele esperava ouvir.
—Renuncio a meu posto.
—Quê? — Joseph pensava que não tinha ouvido bem— O que quer dizer?
—Que eu vou embora. — Colocou a mão no grosso bolso do avental e tirou uma folha de papel dobrada. — Aqui tem minha carta de demissão.
Ele olhou o papel perfeitamente dobrado que ela lhe oferecia, mas não a pegou. No lugar disso, cruzou os braços sobre o peito e disse à única que poderia pensar.
—Não penso em aceitá-la.
Uma espécie de choque alterou o rosto de Demi, um lampejo de emoção proveniente da máquina. Joseph estava ainda mais impressionado.
—Mas não pode recusá-la —disse ela franzindo a testa. —Não posso.
—A não ser que o rei me diga o contrário, eu posso fazer tudo o que quiser —respondeu, esperando aparentar autoritário. — Para todos os fins, sou um duque.
Essa resposta só a desconcertou durante um instante.
—É importante supor que sua importante linhagem deve me impressionar, senhor? —ela perguntou com voz calma, mas com um surpreendente ar de aborrecimento que nunca tinha. Ela aproximou a carta de novo e quando ele não aceitou, abriu a mão e deixou o papel cair no chão.
—Senhor, me demito do meu posto. Vou deixar exatamente depois de um mês a partir de hoje.
Ela se virou para sair, mas a voz dele a deteve.
—Posso saber para onde irá? Te convenceram a trabalhar em outra escavação…
—Vou para Enderby com lady Hammond. Ela me apresentará em sociedade e me ajudará a encontrar a família de minha mãe.
Aquilo era tão ridículo como aquilo que a sua irmã tinha sugerido. Só faltavam apenas sete meses para a inauguração do museu. Apenas setes meses em que tinham muito trabalho por fazer.
Que maldito interesse repentino de Viola por romance. Ela sabia o importante que era para ele a escavação e também o vital que era a habilidade da senhorita Lovato para que seu projeto fosse bem. Não tinha intenção de deixar que aquela confusão chegasse muito longe.
—Posso entender seu desejo de encontrar sua família, senhorita Lovato, mas podemos realizar as investigações perfeitamente daqui. Viola não vai fazer nada que envolva a senhorita ir embora sem o meu consentimento. Eu me recuso a dar e já disse isso a ela.
Um sorriso, que não poderia se descrever como triunfante, se desenhou nos lábios dela.
—Lady Hammond me disse que a única coisa que tinha que fazer era falar com o senhor e me demitir oficialmente do meu posto lhe dando um mês para encontrar alguém que me substitua. — Ele apontou para a carta no chão —Olha agora que eu fiz.
—Encontrar um substituto? Por Deus, mulher, gente como a senhorita não cresce em árvores! A senhorita sabe perfeitamente que qualquer um que tenha seus conhecimentos em restauração já está comprometido em um projeto com anos de antecedência, levei três anos para encontrar seu pai. O museu abre daqui a sete meses e a senhorita sabe que a villa precisa no mínimo de cinco anos de trabalho. É impossível substituí-la a estas alturas. Me comprometi com ele no Clube de Antiquários e que o museu estaria aberto para a temporada de Londres, afim de atrair o máximo de interesse possível. Não atrasarei a inauguração porque a senhorita se demitir de repente e põe na cabeça que quer ir a Londres para procurar um marido e aproveitar da frívola vida social. Você não pode sair até que o projeto seja concluído. Eu tenho projetos a cumprir e eu dei minha palavra.
—Senhor, senhor, senhor! —gritou ela. Um surto que surpreendeu Joseph. Não só porque ela se atreveu a falar nesse tom, mas porque era a primeira vez que a tinha visto expressar alguma emoção.
—Pode ser que o senhor seja duque. —prosseguiu Demi— Mas não é o sol que todo mundo tem que girar. Na verdade, é tudo o contrario. O senhor é o homem mais egoísta que jamais tinha conhecido, além de imprudente. Sempre dar ordens aos seus trabalhadores e empregados sem nunca dizer sequer obrigado e nem por favor. Não se importa com que as pessoas sintam, é tão arrogante que acha que seu título lhe dar permissão para se comportar dessa maneira. Eu… — Ela parou e abraçou a si mesma, para tentar controlar suas emoções. Ela tinha que fazer. Essa torrente de inexplicáveis críticas eram injustas e indesculpáveis.
Ele abriu a boca para repreendê-la por sua explosão, como faria com qualquer pessoa que estivesse a seu serviço, mas ela falou antes que ele pudesse falar algo.
—A pura verdade, senhoria, é que não gosto do senhor e que não desejo continuar trabalhando para o senhor nem mais um dia sequer. Falei com lady Hammond se quiser saber, mas eu só vou embora dentro de um mês, não me importa se a proíba de me ajudar.
Joseph olhou para ela de volta enquanto ela saia de antika sem dizer mais nada. Não sabia se a seguia ou pedia explicações a Viola por lhe ter enchido a cabeça de bobagens. Finalmente, não fez nenhuma dessas coisas.
Em vez disso, se abaixou e pegou a carta de demissão da senhorita Lovato. Ele a abriu e leu as duas linhas escritas em caligrafia perfeita e precisa.
Ao voltar a dobrar a carta, uma lembrança lhe veio à mente, no dia que chegou a Tremore Hall, fazia cinco meses. Hoje não tinha sido o primeiro dia que a senhorita Lovato tinha lhe surpreendido.
Durante muito tempo, ele queria escavar as ruínas romanas que tinham em sua fazendo e imaginava o museu que exibiria suas descobertas. Um lugar onde os apenas os ricos e privilegiados poderiam conhecer sua historia, mas também
todos os cidadãos da Inglaterra, sem se importar sua classe social. Não havia nada disso em Londres.
Sir Henry Lovato era reconhecido internacionalmente como o melhor restaurador e antiquário vivo do mundo e Joseph queria o melhor para sua escavação. Demorou três anos em convencer a sir Henry de aceitar trabalhar para ele. Enquanto, tinha sido obrigado a contratar a outros, muito menos capacitados e com menos pericia, mas tinha conseguido convencer sir Henry de voltar para a Inglaterra e tomar as rédeas de seu projeto.
Entretanto, não foi esse excepcional cavalheiro a quem encontrou esperando na ante-sala do grande salão de Tremore Hall aquela tarde de março cinco meses atrás. De pé, entre as estatuas de bronze, as colunas de mármore verde e as lâmpadas de cristal da ante-sala, encontrou uma jovem séria de rosto redondo e óculos dourados, uma mulher que seu mordomo que lhe tinha dito que era a filha de sir Henry Lovato. Vestida com um velho casaco marrom de viajem, umas botas marrons de coro grosso e um grande chapéu de palha, com um simples baú aos seus pés, parecia tão seca como o deserto do Marrocos de onde tinha chegado.
Com uma suave e educada voz que não exalava nenhum sentimento pessoal, lhe disse que seu pai tinha morrido e que ela estava ali para ocupar o lugar de sir Henry e completar a escavação.
A recusa imediata dele devia tê-la feito correr para a porta, mas não fez isso. Ignorou totalmente suas palavras como se não tivesse dito nada e falou com ele em troca de seus conhecimentos e suas experiências de um modo conciso, enumerando metodicamente todas as razões porque ele deveria permitir que ela ocupasse o posto de seu pai.
Quando finalmente, usando seu tom mais autoritário, ela a interrompeu lhe disse que tinha escolhido ao seu pai porque queria o melhor restaurador disponível e que não tinha nenhuma intenção de contratá-la e sim seu pai, Demi não discutiu. Não tentou apelar a seu cavalheirismo nem sua simpatia com nenhuma historia comovedora sobre o muito que precisava do trabalho. Simplesmente, piscou atrás de seus óculos e lhe olhando com um rosto inescrutável, como uma pequena e solene coruja, respondeu muito séria:
—Eu sou o melhor restaurador disponível.
Ela ignorou sua risada incrédula e continuou.
—Sou a filha de sir Henry Lovato que era o melhor. Ele me ensinou e agora ele está morto, não há ninguém mais qualificado que eu para este trabalho.
Ela não tinha intenção de contratá-la, mas ele tinha pouca escolha. Para sobreviver, aceitou e a fim de proteger sua reputação, mandou que o senhor e a senhora Bennington deixassem sua residência no campo e se instalarem em sua casa. Assim a senhora Bennington atuaria como sua dama de companhia.
Durante os cinco meses que a senhorita Lovato estava ali e ela havia podido comprovar que não tinha exagerado. Sabia mais sobre a antiga Roma e seus tesouros do que poderia nunca chegar a aprender. Era uma excelente restauradora de mosaicos e seus afrescos eram de realmente perfeição. Ele queria o melhor e tal como ela havia lhe dito sem rodeios e era realmente.
Joseph saiu de seu devaneio e amassou a carta na mão em uma bola. Até o projeto não estivesse concluído, a senhorita Lovato não iria a parte alguma. Se ele tinha o melhor restaurador, iria encontrar a melhor maneira de conservá-lo.

o que sera que ele fará agora? hmmmm 
ai se voces soubessem no que isso vai dar....
 adivinha not de quem ta estragando... huhu \o/ fds levarei pra arrumar, e catarei do irmao ate ele voltar, mas nao se preocupem, a fic ta no meu pendrive para que nao fiquem sem.
onde a merda do carregador fica no not, ta dando mal contato.
 bom voltando ao que interessa, Joe vai penar tanto agora que conhece outro lado da Demi....e quando ele conhecer mais so...CALA A BOCA LAIS
bjemi

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Prazeres Proibids #Spoiler Capitulo 5 parte II

"O silêncio se estendeu. Impaciente por voltar a seu trabalho, Joseph tossiu assim para captar sua atenção. Ela respirou fundo, levantou a vista e disse a última coisa que ele esperava ouvir.
—Renuncio a meu posto.
—Quê? — Joseph pensava que não tinha ouvido bem— O que quer dizer?
—Que eu vou embora. — Colocou a mão no grosso bolso do avental e tirou uma folha de papel dobrada. — Aqui tem minha carta de demissão.
Ele olhou o papel perfeitamente dobrado que ela lhe oferecia, mas não a pegou. No lugar disso, cruzou os braços sobre o peito e disse à única que poderia pensar.
—Não penso em aceitá-la."

"—Senhor, senhor, senhor! —gritou ela. Um surto que surpreendeu Joseph. Não só porque ela se atreveu a falar nesse tom, mas porque era a primeira vez que a tinha visto expressar alguma emoção.
—Pode ser que o senhor seja duque. —prosseguiu Demi— Mas não é o sol que todo mundo tem que girar. Na verdade, é tudo o contrario. O senhor é o homem mais egoísta que jamais tinha conhecido, além de imprudente. Sempre dar ordens aos seus trabalhadores e empregados sem nunca dizer sequer obrigado e nem por favor. Não se importa com que as pessoas sintam, é tão arrogante que acha que seu título lhe dar permissão para se comportar dessa maneira. Eu… — Ela parou e abraçou a si mesma, para tentar controlar suas emoções. Ela tinha que fazer. Essa torrente de inexplicáveis críticas eram injustas e indesculpáveis.
Ele abriu a boca para repreendê-la por sua explosão, como faria com qualquer pessoa que estivesse a seu serviço, mas ela falou antes que ele pudesse falar algo.
—A pura verdade, senhoria, é que não gosto do senhor e que não desejo continuar trabalhando para o senhor nem mais um dia sequer. Falei com lady Hammond se quiser saber, mas eu só vou embora dentro de um mês, não me importa se a proíba de me ajudar."


Demi 10x0 Joe kkkkkkkk
aguardem bjemi

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 5 parte I

O coração humano deve ser realmente forte e resistente, pensou Demi ao despertar-se na manhã seguinte. Ela ficou surpresa de não sentir dor nem na alma destruída. Em vez disso de uma maneira estranha se sentia como se tivesse nascido de novo.
Ela passou toda a tarde e quase toda a noite inteira chorando no travesseiro e tentando curar seu coração ferido. As insultantes palavras de Joseph tinham lhe feito derramar infinitas lágrimas. Ela disse a si mesma, mas guiada pelo orgulho do que pela sinceridade, que ele podia ficar com essa lady Sarah com quem ele quer se casar. Repetiu para si mesmo milhares de vezes que ela era uma tola por cultivar sonhos impossíveis, mas agora o que mais lhe doía era a destruição devastadora de todas as suas esperanças que tinha de Joseph algum dia sentir afeto por ela; uma vontade que ela mesma não tinha reconhecido que tinha até que a opinião dele a esmagou de vista.
Essa manhã, o vestígio da tristeza ainda estava presente, Demi não se sentia triste, nem tonta. Se sentia livre.
Enquanto se vestia, tentou entender o que acontecia e percebeu que tinha tirado um peso de cima dela. Tinha passado os últimos cinco meses tentando ser o que Joseph queria, tentando se adiantar a seu mais pequenos desejos e ordens, trabalhando como uma escrava para agradá-lo e a única coisa que tinha conseguido era sua indiferença e seu desprezo.
Demi se sentou em frente a seu toucador e observou seu reflexo no espelho enquanto se penteava. Um sorriso se desenhou em seu rosto. Joseph a tinha chamado de patética e a verdade é que tinha um aspecto lamentável, com os olhos inchados de chorar, mas o único patético de tudo aquilo era o muito que ela tinha se preocupado com ele.
As palavras de Joseph haviam sido duras, mas a haviam feito entender algo sobre si mesma que nunca havia visto antes.
Desde a morte de sua mãe tinha passado a vida querendo ser necessitada, tratando de preencher o vazio que essa morte tinha deixado no coração de seu pai, tentando ser sua companheira de trabalho, um alivio para suas penas. Ali, em Tremore Hall tinha desejado fazer o mesmo com Joseph. Desejava desesperadamente que ele necessitasse dela, que a fizesse se sentir valiosa, apreciada, amada.
«Ela é tão atraente como um inseto em cima de uma folha.»
Agora, a luz de um novo dia, jurou a si mesma que as coisas iriam ser diferentes. Lembrou-se das perguntas que Viola lhe tinha feito no dia anterior em antika e se deu conta de que a conduzia a mais importante de todas: E agora?
Demi virou a cadeira e observou a habitação que estava, ornamentada com opulência. Algumas cortinas de damasco douradas e verdes rodeavam a cama, os muros e a chaminé estavam recobertos de madeira de pau rosa, tinha anjos no teto e o toucador em que estava sentada, era decorado com malaquita, tinha gavetas pintadas como se fossem penas de pavão real.
Como todos os cômodos de Tremore Hall, era grande e intimidante; transmitia a ideia de uma imensa riqueza e um verdadeiro sentido de história, mas era uma casa sem calor. Bastante parecida com seu dono, pensou. Ele queria se casar sem amor e sem afeto. Como podia ser tão frio e quão cega devia ter estado para não ter percebido isso antes.
Demi voltou a se concentrar em seu próprio reflexo no espelho, se olhou diretamente nos olhos e tomou sua primeira decisão sobre seu futuro. Tinha que ir embora de Tremore Hall. Não podia mais ficar ali. Estar perto daquele homem desprezível, continuar trabalhando para ele como uma escrava durante os próximos cinco anos sabendo o desprezo com que a olhava, era uma perspectiva intolerável.
Mas onde poderia ir? Que podia fazer? Tinha trabalhado em escavações sua vida toda. Pela primeira vez se perguntava se tinha tido alguma outra escolha de futuro para ela.
«Gostaria muito que você viesse a Enderby comigo.»
Demi se lembrou das palavras que a viscondessa lhe tinha dito no dia anterior em antika. Também lembrou que Viola havia mencionado certos planos que tinha para ela e sentiu um pouco de emoção. A viscondessa tinha admitido que se sentia sozinha, que considerava Demi sua protegida e que queria lhe encontrar um marido. Talvez deixasse que Demi ficasse um tempo com ela, a apresentaria as pessoas e lhe ajudaria a fazer amizades. Quem sabe o que podia acontecer? Com a viscondessa como guia poderia aprender a andar e se comportar em sociedade, poderia ver coisas que até então só tinha lido em livros.
Talvez essa oportunidade permitisse se tornar uma instrutora de uma boa família. Ou talvez deixar o orgulho e tentar entrar em contato de novo com a família de seu avô. Ela poderia até mesmo tornar reais as ilusões de Viola e se casar com alguém que realmente a amasse e a respeitasse.
Demi decidiu que já era hora de deixar de pensar que não tinha opções de futuro. Havia chegado o momento de começar a decidir seu próprio destino. Até quem sabe se divertir um pouco.
Ela poderia ir lá e entrar no brilhante mundo da alta sociedade inglesa. E ela não se referia a Joseph, ele poderia ir para o inferno com todas as suas opiniões.
—Como? —Atônita, Viola largou a caneta e encarou Demi.
Ela sabia que tinha sido muito atrevida, mas estava desesperada.
—Ontem você comentou que gostaria que fosse contigo a Enderby quando você se for daqui. Dado o pouco tempo que nos conhecemos, sei que é presunçoso da minha parte perguntar, mas estava falando sério?
Viola se recuperou e apontou para a cadeira que estava a sua frente no escritório.
—Se senta, Demi.
Ela sentou, com os dedos cruzados no colo e esperou a resposta.
—Claro que falei sério, — respondeu Viola— mas e o seu trabalho aqui?
—Tenho intenção de abandoná-lo.
—Achava que gostava de estar em Tremore Hall. — Viola se endireitou na cadeira e olho sério para Demi. —Algo ruim aconteceu ontem?
—Não, nada sério — se apressou a tranquiliza-la . Esperava que soasse convincente, não poderia suportar que Viola ou Joseph descobrissem que tinha ouvido sua conversa e a pobre opinião que o duque tinha dela. —Eu gostava daqui, mas suas palavras sobre Londres fizeram me dar conta do que estou perdendo.
Viola se endireitou na cadeira em que estava sentada.
—Querida Demi, estou surpresa. Não poderia suspeitar que minhas palavras pudessem provocar tal reação em você.
Havia um certo ar de preocupação na voz da mulher e Demi tinha o coração pesado. Talvez as palavras de amizade da viscondessa tenham sido ditas com ligeireza. Talvez tivesse estado falando com Joseph sobre ela por suas próprias razões. Em qualquer caso, Demi sabia que tinha que ir embora de Tremore Hall e Viola era sua melhor oportunidade para fazer isso.
—Desde a morte de meu pai, minha vida tem seguido um caminho programado sobre o que eu não tinha um menor controle.
—Porque você é uma mulher — disse a viscondessa com a voz tensa.—Nós temos muito pouco controle sobre nossas vidas.
—Talvez, mas eu estive pensando sobre nossa conversa de ontem e não posso deixar de pensar que já é hora de procurar a família de minha mãe e que eu ocupe o lugar que me pertence na sociedade.
—Claro que sim! Eu te disse ontem, mas você insistia em ficar aqui. Você está convencida de que quer isso?
—Sim. Nunca tinha tido a oportunidade de estar em sociedade ou de fazer amigos; papai e eu sempre estávamos viajando. Eu estou aqui enterrada no campo, trabalhando sozinha todo dia, sem nunca conhecer ninguém.
—Claro que você se sente muito sozinha aqui e não viver de acordo como uma neta de um barão. Confesso que estive pensando no maravilhoso que seria poder se reunir com sua família e te ajudar a entrar em sociedade. Mas pensei que seus sentimentos… — A mulher se interrompeu sem continuar o que tinha estado a ponto de dizer. Em lugar disso, baixou a vista e guardou a caneta, perdida em seus pensamentos.
Demi esperava, em silêncio, desejando que a hesitação da viscondessa não fosse negativa.
Passado um momento, Viola levantou a vista.
—Você já comunicou ao duque?
—Não. Achei que deveria primeiro falar com você.
Ela confirmou com a cabeça.
—Te disse que gostaria muito de sua companhia comigo em Enderby e eu não teria dito se não fosse verdade. De qualquer maneira Joseph não vai gostar. O que ele vai fazer sem você?
Demi mordeu a língua para não responder que Joseph não ia lamentar em nenhum momento sua partida.
—Encontrará outra pessoa para o posto.
—Mas jamais tão boa como você. Na outra noite sir Edward nos contava a quão dotada é você para este trabalho. Admira muito sua inteligência e seus conhecimentos.
E isso era tudo que admirava nela, já que ela era como um inseto e não tinha nenhum atrativo físico. Demi não queria pensar nessas palavras nunca mais. A luz do novo dia, se lembrou, sentia vontade de lhe atirar na cabeça algumas de suas preciosas ânforas samarianas.
—Esta escavação e o museu significam muito para meu irmão. — continuou Viola. —Ele quer que você fique aqui até que o projeto esteja concluído; não vai deixar você ir.
Demi não se importava com nada que Joseph deseje.
—Não ficarei forçada.
—Joseph é duque desde que tinha doze anos. Está acostumado que as coisas saiam como ele quer. Ele passa toda vida fazendo isso.
—Não pode me obrigar a ficar.
—Oh, Demi, você subestima o poder do duque. A noticia de sua partida não agradará nada a ele, especialmente quando souber que sou eu quem te leva.
O coração de Demi deu um salto.
—Odiaria ser a causa de um confronto entre você e seu irmão —disse, tentando disfarçar seu desgosto. — Entenderia se você retirar seu convite.
Viola considerou a situação por um instante e então negou com a cabeça.
—Não vou fazer isso! Em minha opinião é inconcebível que uma jovem que é filha de um cavalheiro e neta de um barão tenha que se sustentar na vida. Você merece recuperar seu lugar na sociedade e Joseph está apenas sendo egoísta. Será um prazer ter você comigo em Enderby.
O alivio de Demi foi tão grande que quase caiu da cadeira.
—Obrigada. Estou em dívida contigo.
—De nada. Gostaria muito de sua companhia. Tudo o que eu te peço é que quando você desistir de seu trabalho dê há Joseph um mês antes de ir embora. Precisará desse tempo para encontrar alguém que te substitua.
Mas um mês ali sabendo o que Joseph pensava dela seria difícil de suportar, mas não tinha outra escolha.
—Claro.
Viola pegou a caneta e escreveu numa folha de papel.
—Irei embora daqui em breve e irei para Chiswick. Esperarei lá sua chegada dentro de aproximadamente um mês. Se você mudar de ideia, me escreva para esse endereço.
Demi pegou o papel que lhe dava.
—Não mudarei de opinião.


acho que o duque vai se dar mal 
bjemi