terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 7 parte I

Ele era realmente impossível. Demi soltou as pedras que tinha na mão, que se espalhou sobre a telha danificada e se virou para ele.
—Não tenho nenhuma intenção de chegar a um acordo com o senhor.
—Me escute. Se ficar, não só triplicarei o seu salário, vou lhe pagar um prêmio.
Ela fez uma careta de desprezo.
—Isso não é um acordo. Isso é apenas que o senhor acha que pode comprar tudo o que quiser.
—Normalmente posso. Outra característica dos duques acredito.
O lado sábio e prático dela estava tentado de perguntar qual era o prêmio, mas não fez.
—O senhor não pode me comprar.
—Palavras orgulhosas, senhorita Lovato. E se não encontrar sua família? E se não encontrar um marido com quem compartilhar amor e carinho? Que irá fazer? Não pode ficar com Viola para sempre.
—Então procurarei trabalho. Aprenderei tudo o que posso sobre boas maneiras e me tornarei uma instrutora.
—A senhorita já tem um trabalho e o que faz é muito mais interessante que ser instrutora. Garanto-lhe que as instrutoras ganham muito menos do que lhe pago aqui e seu trabalho é muito menos gratificante. A senhorita não gostaria. Acredite em mim pelo menos nisso, senhorita Lovato.
—Eu não acredito no senhor em nada, senhoria.
—Porque eu não gosto da senhorita.
—Exatamente.
Ele não parecia chateado.
—Então, se quiser que fique, serei obrigado a gostar da senhorita e ser mais digno de sua confiança e de seu agrado.
—Não perca seu tempo. Não vou ficar. E encerrou o caso, procuraria outra escavação aonde trabalhar. Estou convencida que sua irmã conhece muita gente rica com villas cheias de ruínas romanas. Certamente que alguns gostariam de escavar essas ruínas. Parece estar na moda na Inglaterra.
—E por que acha que contratariam a senhorita?
—Por que não? —respondeu ela suavemente. —O senhor fez isso.
—Isso é ridículo — disse impaciente. —Por que você quer ir para Londres se a senhorita pode consegui-lo aqui? Tem os domingos livres para conhecer gente nova. Estou certo de que a senhora Bennington lhe apresentaria aos
habitantes daqui.
—Que emocionante. E acredito que nos próximos meses o senhor faria desfilar até mim todos os cavalheiros que conhece encontrar marido.
Ele nem sequer piscou.
—Se quiser.
—Oh! —exclamou ela. Já não podia aguentar mais. —É o homem mais egoísta que conheci em toda a minha vida! Se acha que vou aceitar uma oferta tão ridícula…
—Eu vou te pagar em libras.
Demi pestanejou.
—Desculpe?
—Fique até que termine as escavações e lhe pagarei um prêmio de quinhentas libras.
Demi tomou fôlego.
—Está brincando. É uma quantia enorme.
—Também é um dote. Muitos nobres estão arruinados. Seu avô, embora o encontrasse, poderia não estar em uma situação de lhe procurar um dote é o que estou fazendo. Agora que eu lhe ofereci tudo o que eu queria, reconsiderará minha oferta e ficará?
Demi baixou a vista e olhou as lustrosas botas negras de Joseph. Quinhentas libras era uma quantidade que nunca tinha visto em sua vida.
E se apesar da influencia de Viola, a família de sua mãe se recusasse a reconhecê-la? Que aconteceria se Deus não quisesse, seus pais não estavam casados e ela era ilegítima? Não conhecia suficiente a Viola para confiar nela em caso de que um destas desgraças sucedesse. Que aconteceria se voltasse a ficar sozinha sem nada nem ninguém?
Pensou na escura habitação do hotel de Tánger onde tinha passado oito semanas atrás a morte de seu pai. Ele quase não tinha deixado dinheiro ao morrer. Ela tinha vendido seus livros e sua equipe para ficar o maior tempo possível. Quando só tinha dinheiro suficiente para aguentar outra semana, chegou à carta do advogado de seu avô aniquilando qualquer esperança. Demi não tinha se sentido tão assustada em toda sua vida. A única coisa que lhe restava era um pequeno baú com sua roupa e todas as passagens a Inglaterra pagas pelo duque de Tremore.
Nunca antes dessas semanas se tinha imaginado o perigoso que podia ser o mundo para uma mulher sem família, sem dinheiro e sem ninguém a recorrer. Tinha estado à beira da miséria e não queria nunca mais voltar a se sentir tão precária.
Joseph esperava e ela podia sentir seu olhar enquanto tentava se decidir. Ressentia-se da complacência com que ele tinha jogado em sua cara quinhentas libras, acreditando que aceitaria. Ele sabia perfeitamente que essa quantidade, ainda que para ele fossem apenas algumas moedas, mas para ela era uma fortuna.
Talvez devesse aceitar. Seria muito mais prudente engolir seu orgulho e dizer que sim, que se arriscar a um futuro incerto e desconhecido.
Demi se manteve firme, se agarrou a seu orgulho e focou para onde estava disposta a ir. Então, levantou o queixo, olhou Joseph diretamente nos olhos e disse:
—Deixe-me explicar minha resposta, senhoria. Ficarei até primeiro de dezembro, três meses, em vez de um. Durante esse tempo, restaurarei a maior quantidade de antiguidades possível até minha partida, lhe ajudarei a encontrar uma pessoa para me substituir. Uma mudança, o senhor me triplicará meu salário, vou ter outro dia de folga, quinta-feira seria ótimo e me pagaria o prêmio de quinhentas libras.
—Deixe-me ver se entendi direito: eu triplico seu salário, lhe pago o prêmio, lhe dou outro dia de folga e em troca ficaria apenas três meses. Está louca.
—Esta quantidade de dinheiro não significa nada para o senhor. Louca ou não, é minha única oferta.
—Tem certeza que não quer mais nada? Não gostaria de ter livres as tardes dos sábados para poder visitar seus amigos?
—Já que perguntou… sim, tem mais uma coisa. Eu gostaria que o senhor fosse menos sarcástico e mais educado. Pode ser que o senhor seja duque, mas eu sou neta de um barão, filha de um cavalheiro e amiga de uma viscondessa e por isso tudo, mereço que me trate como uma dama e não como uma empregada.
Ele levantou a cabeça e a olhou. Duvidava que valesse a pena continuar discutindo, assim que aceitou.
—Está bem. Aceito suas condições e farei tudo o que puder para ser mais educado com a senhorita, mas lhe advirto uma coisa.
—O que?
—Até dezembro, não apenas serei educado, farei o possível para que mude de opinião obrigá-la que fique até o fim da escavação.
—Não sou sua escrava e o senhor não pode me obrigar a nada.
—Pois então digamos que a persuadirei. Quando quero posso ser muito persuasivo. —De repente sorriu e seu sorriso foi como um sol deslumbrante abrindo caminho entre as nuvens. —Quero que fique.
Demi tomou fôlego, seu sorriso tinha lhe afetado. Era consciente que ele só estava sendo amável para conseguir o que queria, mas durante um instante de loucura esteve tentada de dizer-lhe que sim, que ficaria até o fim.
—E eu, senhoria,—disse sem nenhuma emoção— posso ser muito teimosa.
—Então estamos os dois advertidos — replicou ele ainda sorrindo. Lhe fez uma reverencia e saiu da habitação.

2 capitulos é o suficiente no momento? espero que sim
bjemi

4 comentários:

  1. Ah meu deus, dois capítulos?! Adoro, adoro, adoro :)
    A Demetria está mesmo a fazer o Joseph penar, mas assim é que é, pois ele foi muito cruel com ela.
    Agora quero ver é como é que ele a vai persuadir...

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  2. Esse joe babacao aksjajjdjsb to a man do, queria mais um mass okay me kakakaks

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  3. ❤️❤️❤️ Estou amando !!
    E me desculpa não comentar nesses últimos capítulos e que eu estou em época de prova ( aí estou estudando ) mais está tudo maravilhoso, Demi sambou mais uma vez na cara do Joe !!
    Beijos

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  4. Joe ta penando pra fazer a demi ficar kkkk mas ela ja se mostrou bem teimosa e orgulhosa

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