quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 7 parte II

Já sozinha, Demi lembrou-se como tinha lhe afetado o sorriso de Joseph a primeira vez que o viu.
Ela estava esperando na sala anterior do grande salão, oprimida ante há tanta opulência e surpresa de que alguém vivesse num lugar como aquele. Tremore Hall não era uma casa, era um palácio.
O barulho das imensas portas se fechando atrás dela a assustou. O barulho dos fortes passos que se aproximaram lhe fez reviver o medo que tinha sentido a se ver sozinha, pobre e desesperada. Mil perguntas cruzaram sua mente enquanto ouvia seus passos. E se a rejeitasse? E se lhe perdesse? Que faria se não pudesse convencer-lhe a contratá-la?
Então ele entrou na sala e ela ficou petrificada. Era o homem mais bonito que tinha visto na vida: tinha o cabelo negro, os olhos cor de avelã com grandes pestanas e uns lábios carnudos. Mas essas características de menino travesso ficavam desbotadas ante seus outros atrativos. Não tinha nada de infantil em suas maçãs do rosto, nem em seu nariz reto, nem em sua mandíbula implacável. Demi soube nesse mesmo instante que era um homem que destacava no meio dos outros. Sim Tremore era um palácio, e ele era seu príncipe.
Era muito mais alto que Demi. Vestia botas de montaria, calças claras, casaco azul de veludo e uma camisa de linho branco imaculado. Seus grandes ombros se destacavam embaixo da roupa e seu corpo bloqueava a porta por completo. Não se parecia a nenhum homem que Demi tivesse visto antes. Ela estava acostumada aos magros e envelhecidos árabes que trabalhavam nas escavações. Nada tinha preparado para o duque de Tremore, que exalava força, vitalidade e poder por todos seus poros.
Se aproximou dela e com uma voz suave, disse:
—Vejamos, a senhorita é filha de sir Henry? Onde está seu pai, senhorita Lovato?
De algum modo, Demi foi capaz de dizer a ele o que tinha acontecido, disse-lhe que seu pai estava morto e que ele devia ainda assim, contratá-la. Inclusive agora, não sabia como tinha sido capaz de dizer-lhe. Seus olhos estiveram a estudando todo o tempo e ela chegou a pensar que ela sairia dali aos chutes.
Era evidente que ele duvidava de sua palavra, que não confiava em suas habilidades como restauradora. E quem poderia culpar-lhe? Ela estava ali, tentando convencê-lo de que não encontraria ninguém melhor que ela para sua escavação. Tinha todo o direito a se mostrar cético.
Mas no final não só lhe olhou, mas disse:
—Está contratada, senhorita Lovato. —E lhe estendeu a mão.
Ela a aceitou, sentido-se muito aliviada e agradecida de ter a oportunidade de demonstrar tudo o que sabia.
A olhou e então sorriu assim se transformando de um príncipe frio para um homem encantador. Este sorriso a deixou sem fala, quase fizeram seus joelhos tremerem, lhe aceleraram o pulso e disparou todas as emoções que ela era capaz de sentir. Todas, exceto o medo que durante tantos meses a tinham atormentado.
O medo tinha desaparecido. Ao lado daquele homem não tinha nada o que temer, estava a salvo e voltou a ter um lugar no mundo. Nesse instante, se
apaixonou pelo duque de Tremore.
Por sorte, agora era melhor que cinco meses atrás. Tinham ficado longe a admiração, a gratidão e deslumbramento. Tudo isso tinha se apagado, igual a uma vela que se acende só por um instante. Que tonta havia sido.
Demi voltou a se concentrar no seu trabalho. Por muito persuasivo que ele pudesse chegar a ser, ela iria embora, já não podia conquistá-la com seu sorriso. Se alguma vez tinha tido algum poder sobre ela, agora tinha desaparecido. Não havia nada que Joseph pudesse fazer para que Demi ficasse até que passasse primeiro de dezembro. Nada.
Joseph gostava de levar uma vida tranquila. Sempre que visitava Tremore Hall se adaptava aos horários do campo e cumpria estritamente com a rotina. Pela manhã passeava com o senhor Cox, o capataz da fazenda, e repassava a ele várias questões. Logo se reunia com seu secretario, o jardineiro, a governanta e outros membros do serviço para resolver qualquer assunto que pudesse tido surgir. Ainda depois de cumprir com todas as suas obrigações ducais, podia trabalhar varias horas na escavação. Jantaram no local as seis e as dez foram para cama.
Mas desde a demissão da senhorita Lovato, sua rotina tinha mudado. Estava indignado, tudo lhe fazia pensar nela e na discussão que tinham tido e que ainda não saber como convencê-la para que ficasse.
Se lembrou dela quando o senhor Cox lhe explicou que tinha problemas com os novos aquedutos e sugeriu que talvez a senhorita Lovato pudesse ajudar-lhe. Depois de tudo, ela era uma especialista em aquedutos romanos.
Se lembrou dela quando levou sua correspondência. Muitas cartas faziam referencia ao museu, inclusive uma de lord Westholme, membro do Clube de Antiquários e seu sócio nesse projeto. Westholme se lembrou da expectativa que tinha em torno da abertura próxima do museu.
Quando foi visitar o vigário, tampouco teve sorte, já que este insistiu em falar-lhe da historia do homem rico e do cordeiro. Joseph declinou educadamente seu convite para ficar e jantar.
A senhorita Lovato contava com que ele encontraria um substituto antes do dia primeiro de dezembro. Mas a verdade era que ainda pudesse, não tinha nenhuma intenção de procurar.
O museu e a reconstrução da villa eram de vital importância. Ele não só queria impressionar os estudiosos, mas também que desejava que todo mundo pudesse ter acesso a sua própria historia. E isso requeria tempo.
Devia convencer à senhorita  Lovato que no mínimo, ficasse até março e ele podia ser mais, muito melhor. Se pudesse sair com ele, ela permaneceria ali até que a villa estivesse totalmente reconstruída, até que todos os mosaicos e todos os afrescos estivessem pintados e todas as ânforas e todas as jóias estivessem desenhadas, catalogadas e expostas em seu museu em Londres.
Joseph soltou as rédeas de seu cavalo. Queria que Desafio galopasse enquanto ele analisava as diferentes táticas que podia utilizar para que ela ficasse em Hampshire, durante os seguintes quatro ou cinco anos.
«O senhor não pode me obrigar a ficar.»
Ah, sim, sim que podia, talvez a senhorita  Lovato ainda era inocente demais para acreditar nisso. Já lhe tinha ocorrido varias opções.
O dinheiro não há tinha convencido.  Assim percebeu que tinha tentado de tudo.
Com todo o poder e a influencia que tinha, tinha certeza que pudesse encontrar alguma maneira diferente para atingir seus objetivos, mas não queria seguir esse caminho. No fim, era um cavalheiro honrado e não o homem cruel que ela achava.
Não, Viola tinha razão. Sim queria que a senhorita Lovato ficasse em Hampshire mais valia mais habilidade do que forço. Quando chegou a Tremore Hall, sabia exatamente o que ia fazer.


e o que sera que ele irá fazer? 
só digo que amo o final....mais nada
e se a Paloma contar, a capo u.u ja foi avisada
bjemi

2 comentários:

  1. Ui agora fiquei muito curiosa! Será que é agora que ele vai aplicar as suas qualidades de sedução em prática?

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  2. Mulher pq esse homem nao seduz ela logo? Mil teorias na mente. Vou suuurtaaar

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