segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 9 parte II

—Mas já que o senhor perguntou pelo meu trabalho —continuou Demi, —deixe-me dizer-lhe que estava trabalhando quando começou a chover. Estava na biblioteca, tratando de averiguar algo sobre uns fragmentos de cerâmica, mas não pude resistir à tentação de…
—De se molhar—interrompeu ele. —Eu sei.
Então a olhou e viu que isso também tinha sido um erro, porque não pode evitar o impulso de tirar-lhe da face um fio de cabelo encharcado. Ele sentiu os dedos sob a pele de suas bochechas quentes. Se perguntou como uma mulher que tinha vivido tantos anos em um deserto podia ter uma pele tão lisa e suave. Acariciou os lábios igual que ela tinha feito antes. Pareciam de veludo.
Demi também o olhava, mas seus olhos estavam abertos não apenas de surpresa mais de algo mais; algo semelhante ao que ele estava sentindo. Sim, o desejo também estava presente em seu olhar, no modo em que sua entrecortada respiração acariciava seus dedos. Era o desejo que lhe paralisava e endurecia, como um cervo a ponto de escapar. Certamente sua mão deslizou, sentia como o coração dela batia tão rápido como o seu.
Ele começou a fazer, mas de repente retirou a mão.
—Vamos entrar —disse, —está ensopada e pode pegar um resfriado. Conheço este clima melhor que a senhorita e não vou permitir que fique doente quando há tanto trabalho por fazer.
Joseph se sentiu aliviado ao ver que ela não discutia sua ordem. Baixou o guarda-chuva, acompanhou-a até a casa. Uma vez dentro, entregou o encharcado guarda-chuva e a ensopada senhorita  Lovato a uma surpresa senhora Pendergast, a quem ordenou:
—Prepare um banho quente e um copo de brandy para a senhorita Lovato. —Então ele se virou para Demi disse: — A próxima vez que quiser se livrar das lembranças do deserto, tome um banho dentro de casa, por favor. Espero que isto que não se repita no jantar desta noite.
—Claro que não — respondeu ela tentando manter certa dignidade apesar de estar chovendo e formando poças no solo.
—Bem. Então a verei esta noite.
Joseph deu a volta e sem uma palavra a mais, retornou a seu escritório. Dizia a si mesmo que Demi Lovato era sua empregada, uma mulher jovem e inocente. Uma mulher a quem nunca tinha prestado atenção e que nunca, nunca tinha desejado. Até nesse momento.
Agora, se pensava nela, pensava com aquele ensopado vestido bege, não podia controlar o forte e ardente desejo que se apoderava de todo seu corpo. Nem tampouco podia deixar de ver a cara do satírico zombando dele

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