—As
gardênias simbolizam a declaração de um amor proibido.
Tinha
que gostar desta flor, típico dela. Exasperada, deu a volta e começou a andar
para os Bennington, que os esperavam sentados em um banco.
—Há
ofendi em alguma coisa? —perguntou ele seguindo-a.
—Não,
nada disso. —Forçou um sorriso. —É que às vezes posso ser muito, muito, muito
desajeitada.
—A
senhorita? Não acredito, nunca comete erros, senhorita Lovato. Nem sequer posso
imaginá-la fazendo algo mal.
«Nunca está doente.
Nunca comete erros. É uma máquina.»
—Uma
vez me apaixonei, sabe? —disse sem saber muito bem por que. — Todos fazemos
bobagens por amor.
—Suponho.
Tinha
algo estranho em sua voz, algo que ela não conseguia entender.
—Eu
nunca estive apaixonado — continuou ele vendo que ela lhe olhava diretamente
nos olhos.
—Nunca
se apaixonou?
—Só
em meus sonhos, senhorita Lovato.
Essa
reposta foi tão surpreendente e tão pouco própria dele que Demi parou e o olhou
enquanto ele chegava a onde estavam os Bennington.
—Então
somos dois — murmurou e retirou as flores que ele tinha colocado em seu cabelo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário