sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 8 parte I

Já era de noite quando finalmente chegou a casa. Ele ordenou o jantar e pediu a Richardson que lhe preparasse um banho quente; logo perguntou pela senhorita Lovato e averiguou se estava na biblioteca.
Estava amontoada em um dos sofás de coro que havia junto a janela. Estava lendo, com os pés escondidos embaixo de sua saia e os sapatos no chão. A luz do sol a iluminava a suave luz do candelabro em cima da mesinha no canto.
Joseph caminhou até ela. Suas botas não fizeram nenhum ruído ao pisar no fofo tapete turco. Nunca a tinha visto tão tarde e se surpreendeu ao ver que não tinha o cabelo preso naquele odioso coque. Em vez disso, tinha feito uma grossa trança, que, resplandecente, descansava sobre seu ombro.
Estava tão absorta em sua leitura que nem sequer levantou a vista quando ele se aproximou, o fato deixou ele muito irritado.
Era impossível que não se desse conta de que estava parado na frente dela.
Joseph esperou alguns segundos que ela detectaria sua presença, mas não percebeu e assim se cansou. Nunca tinha sido um homem paciente, de modo que tossiu.
—Eu gostaria de falar com a senhorita por um momento. —Ao ver que ela não respondia, continuou: — Por favor.
Ela continuou lendo.
—Nosso acordo não combinava que eu trabalhasse de noite. Dado que agora é de noite minhas obrigações já foram finalizadas. Poderíamos deixar para amanhã de manhã?
Joseph se perguntou se estava sonhando. No dia anterior ela teria cumprido sua ordem sem questionar nada, como qualquer outro membro de seu serviço. Mas agora a senhorita  Lovato já não era a senhorita Lovato. Numa noite apenas tinha se convertido em uma criatura descarada, capaz de se demitir de seu trabalho sem se calar, de criticá-lo e inclusive capaz de dizer-lhe que seu horário já tinha sido finalizado. Quando ainda tinha tanto por fazer!
«Não sou sua escrava.»
Murmurou baixinho um monte de palavrões.
Ao ouvi-lo a senhorita Lovato levantou a vista.
—Disse algo?
Ele se deu conta que estava ali em pé, como um idiota, quando o que queria de verdade era falar com ela. O problema era que ela não cooperava. Tinha decidido que o melhor modo de convencê-la para que ficasse era fazer que sua vida ali fosse tão maravilhosa que não quisesse ir embora. Mas até agora não tinha êxito.
Viu como ela se concentrava de novo no livro e voltou a tentar.
—Não quero falar de seu trabalho, que poderia dizer disso? Sempre é impecável.
—Obrigada —disse ela e passou para outra página. —Mas se acha que me agradando conseguirá que eu fique, está muito equivocado.
—Senhorita Lovato, não poderíamos fazer as pazes? —Como ela não respondia, continuou: — Depois de tudo, vai estar aqui nos próximos três meses. Assim que…
—Dois meses, três semanas e três dias, — ela não pode evitar corrigir-lhe— e nem um dia a mais.
Ele ignorou o comentário, pois não queria que voltassem a discutir.
—Claro. Só queria dizer que vamos passar tanto tempo juntos e dado que agora nós temos que acelerar o ritmo de trabalho, poderíamos manter uma relação cordial. Tenho pensado que para começar, poderíamos falar um momento.
Ela hesitou por um instante, mas não recusou, mas apenas fechou o livro e tirou os óculos. Deixou ambas as coisas encima da mesinha que tinha ao lado, se sentou corretamente no sofá, levantou a vista e se dispôs a conversar com ele. E esqueceu completamente o que queria dizer.
Ela tinha lindos olhos. Era a primeira vez que a via sem seus horríveis óculos e a mudança o deixou sem palavras. A luz das velas, eles estavam escuros, mas se lembrava que eles eram de uma extraordinária de cor lavanda. Sem os óculos impedindo, ele pode apreciar também que seus grandes olhos estavam rodeados de uns cílios longos.
Sempre tinha pensado que ela não tinha nenhum atrativo, mas vendo-a agora, Joseph percebeu que estava equivocado. Com os cabelos iluminados pelas chamas e aqueles enormes olhos mirando-lhe, percebeu que ela era bonita. Talvez não uma beleza deslumbrante, mas também não era comum.
—Senhoria?
Sua voz lhe fez retornar a realidade e lembrou o verdadeiro motivo de sua visita. Se sentou diante dela e se concentrou em procurar um assunto de conversa inócuo e amável.
—Que está lendo? —perguntou finalmente.
—Uma biografia de Cleópatra.
—Verdade? —Então olhou o delgado livro vermelho que tinha encima da mesa. As letras douradas do título brilhavam a luz das velas. —Esse estudo sobre sua vida é bastante chato. Realmente queria entender Cleópatra, acredito que em algum lugar tenha uma biografia muito melhor.
—Que tem de mal nesta?
—Não tem valor histórico só fala de sua vida pessoal.
—Isso é exatamente o quero saber. Eu sei tudo sobre o valor histórico dela. Eu quero saber como ela era como mulher.
—Eu vejo.
Ela não deixou escapar o tom irônico dele, mas mordeu a língua e desviou o olhar. Passado alguns segundo, voltou a lhe olhar e disse:
—Todos falam que… o quero dizer é que…, ela não era uma mulher bonita, mas tinha certo… certo… bom…
—Atrativo sexual? —ajudou ele e lhe encantou ver como ela corou com suas palavras. Deus, a senhorita  Lovato tinha se ruborizado. Normalmente se mantinha inalterável, mas depois desses últimos dois dias, Joseph se perguntava se debaixo dessa fria aparência não havia uma mulher, afinal.
—Isso está claro — concordou ela tentando ser séria e acadêmica. —Mas devia ter algo mais. Algo indescritível. Algo mágico e cativante.
—Isso é tudo que quer senhorita Lovato? — perguntou — Ser mágica e cativante?
De repente, ela ficou tensa e se sentiu incomodada.
—O senhor está me provocando? —perguntou em voz baixa.
A pergunta o surpreendeu, já que a ideia de provocá-la nem lhe tinha passado pela cabeça.
—Não. — respondeu em seguida. —Não estou provocando a senhorita. Simplesmente sentia curiosidade.
Ela não acredita, mas encolheu os ombros como se não tivesse importância e continuou.
—César sabia que as pessoas não o apoiariam e transformou Cleópatra em rainha, mas a queria tanto que mesmo assim se casou com ela. Ele foi assassinado por causa dessa paixão.
—Não. — a corrigiu Joseph. —César foi assassinado porque era estúpido. A paixão que sentia por essa mulher só foi o causador de sua morte.
—Talvez, mas é certo que sentia por ela era algo muito forte. Está bem, Repare então Marco Antonio. Na batalha de Actium jogou todo o que tinha por recuperar o reino de Cleópatra e poder assim conquistá-la. Por quê?
—Realmente importa? Marco Antonio foi tão estúpido como Cesar. Quais foram seus sentimentos, nunca devia lutar nessa batalha. Foi um suicídio.
—Um suicídio? Quase ganhou.
Antes que pudesse responder-lhe alguma coisa a interrompeu desde o outro lado da habitação.
—Desculpe incomodar-lhe, senhoria, mas o senhor Richardson me mandou dizer-lhe que já tem o banho preparado e que seu jantar estará pronto em breve.
Joseph olhou e viu o lacaio que esperava sua resposta.
—Só demorarei um momento.
O servente fez uma reverencia, saiu da habitação e Joseph voltou a se concentrar na mulher que estava sentada em sua frente.
—Na guerra, senhorita Lovato, o fato de estar prestes a ganhar não significa nada. Marco Antonio era um brilhante general e deveria ter se dado conta de que em Actium perderia. Tinha todo o exército de Octavio avançando sobre ele. Retirar-se era a única opção lógica.
—No que faz pensar que a lógica tivesse algo a ver com tudo isso? Ele a amava e o amor não entende de lógica.
—Bem próprio de uma mulher por os sentimentos em frente da razão — respondeu ele impaciente.
—Bem próprio de um homem negar o poder do amor.
Ele cruzou os braços e se reclinou no sofá.
—O amor nunca deveria prevalecer sobre a razão.


nao ia postar hoje, mas dedos coçando...
Joe ta babando ja pela Demi só que nao percebeu ainda o que ta rolando...so quero ver quando perceber, vai pirar
bjemi

3 comentários:

  1. Ele aos poucos lá se vai apercebendo como a Demi é bonita, mas ele ainda tem de penar xD
    Adoro esta história :)

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  2. Joe é cabeça dura mas ja ta percebendo que a demi é uma mulher bonita e ele com certeza vai penar muito kkk

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  3. VAI TROUXAO!!! TA VENDO A MAQUINA AGORA, IDIOTA?? POSTA OOOUTRO

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