terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Prazeres Proibidos Capitulo 11 parte II

Demi levantou a carta e começou a ler:
Querida Demi: Se queremos te introduzir na sociedade, você tem que aprender a dançar. Não acho que gostaria de assistir as classes para meninas no sábado pela manhã em Wychwood, assim que, por favor, atende meu conselho e peça ajuda a meu irmão. Joseph não tem costume de frequentar festas, mas é um excelente dançarino e estou segura de que não se negará a lhe ensinar a dançar valsa e um par de quadrilhas.
Ela lhe olhou diretamente e fez uma careta de incredulidade.
—Duvido que o senhor aceite me ensinar nada.
Joseph estava encantado com a ideia. Por fim tinha encontrado um modo de convencer Demi para que ficasse em Tremore Hall mais tempo.
Era brilhante, assim os dois conseguiriam o que queriam. Ante tal descobrimento não pode evitar sorrir.
—Vê? —gritou ela aborrecida ao vê-lo tão contente. Confirmou acusadoramente com a carta que ainda tinha nas mãos. —Adora ver como minha pouca educação em artes da alta sociedade me impede em alcançar o meu sonho. Acho que pensa que se fracasso voltarei aqui com o rabo entre as pernas e que aceitarei ficar até que a escavação esteja concluída.
—Não pense tão mal de mim. Eu gostaria que ficasse porque quisesse ficar, não porque não tivesse outra opção.
Ante essa inesperada resposta, ela dobrou a carta e a guardou no bolsinho
—Não acredito.
—Com todo o poder e a influencia que tenho, se quisesse poderia obrigá-la a ficar até que a escavação da villa estivesse finalizada. Poderia fazer sem importar se é ou não neta de um barão. Tenho muitos defeitos, senhorita Lovato, mas nunca gostaria de ver como alguém passa apuros na sociedade. A senhorita já deixou bem claro que eu não lhe gosto, mas não acredita que não sou um cavalheiro.
Ela afastou o olhar por um segundo e logo respondeu:
—Eu sinto, não queria insultar-lhe. É só que não posso entender o motivo de sua amabilidade.
Desde que Joseph tinha se tornado duque aos doze anos, ninguém lhe tinha questionado seus motivos e ele raramente sentia a necessidade de justificar suas ações, mas nessa ocasião decidiu que era importante fazê-lo.
—Quando lhe disse que queria que ficasse, falei serio senhorita Lovato. Enquanto estiver aqui, tentarei convencê-la de todos os meios, mas se depois de tudo a senhorita quiser ir, não a obrigarei a permanecer em Tremore Hall nem um dia mais. Prefiro que meu museu não abra a tempo que forçá-la a fazer algo que não deseja. —Enquanto falava, Joseph viu que esse era o melhor momento para realizar seu plano. —Como vejo que não acredita em mim, eu gostaria de demonstrar.
—Como?
—Contrariando o que pensa, eu não quero que a senhorita fracasse, assim que estou disposto a atender a sugestão de Viola e ensinar-lhe a dançar. —Antes que ela pudesse responder, continuou: — Em troca de mais tempo, claro.
—Humm. Suponho que não teria feito esse oferecimento sem esperar nada em troca, não?
—Não, mas devo admitir que estou sendo muito sincero com minhas intenções.
—Que consideração de sua parte. —Ela o olhou diretamente nos olhos, cruzou os braços e inclinou a cabeça, e perguntou: Quantos bailes? E quanto tempo quer em troca? —continuou desgostosa.
Joseph tinha sensação de estar discutindo os términos de um negocio financeiro. Bom, era no fundo o que estava fazendo.
—As danças populares são complicadas e uma jovem dama deve aprender muitos passos. Dar-lhe-ei aulas todas as noites, lhe ensinarei a dançar valsa e as danças mais comuns em troca de que fique até março.
—Ficarei até quinze de dezembro.
—Duas semanas? Não é uma oferta justa, eu não gosto nada de dançar e duas semanas a mais não me compensa. Doze semanas, talvez.
Ela golpeava a carta contra seu braço enquanto o olhava. Joseph sabia que ela lutava entre o desejo de fazer um bom papel em seu debut social e a animação que sentia em relação a ele. Ainda não sabia o que causou essa antipatia, mas estava disposto a averiguar e a convencê-la de que ficasse mais tempo. Estava impaciente para ouvir sua resposta.
Por desgraça, o medo de fracassar nesse baile não era suficiente para tentá-la a ficar por mais tempo.
—Três semanas: ficarei aqui até o dia vinte e um de dezembro —respondeu negando com a cabeça.
—Fevereiro.
—Não me servirá de nada ter aulas se não posso ir a esse baile, não acha? Três semanas.
Joseph aceitaria tudo o que pudesse conseguir.
—É uma adversária muito dura, senhorita Lovato, mas aceitarei as suas condições. No dia vinte e um de dezembro será seu último dia. A verei na sala de baile esta noite as oito. Avisarei aos músicos e a senhora Bennington.
—A senhora Bennington? Por quê?
Ele a olhou surpreso e respondeu:
—Por quê? É uma dama de companhia.
—Só no sentido mais amplo da palavra. A senhorita e eu estamos sozinhos muitas vezes. —Ele abriu os braços mostrando ao seu redor. —Agora mesmos estamos sozinhos. —Desviou o olhar e tomou fôlego. —Preferiria que estivéssemos só o senhor e eu.
Joseph começou a sentir curiosidade. Não teria a senhorita Lovato intenções românticas a respeito dele? Não, isso não era possível. Ela nem sequer gostava dele. Ainda que ele não se importasse. Desde que a tinha visto embaixo da chuva queria que gostasse, mas optou por descartar esses pensamentos e disse:
—Não estaremos sós, os músicos também estarão lá.
—Eu sei que os músicos estarão lá, suponho que isso não pode-se evitar. Mas a senhora Bennington é algo completamente diferente — respondeu ruborizada.
Joseph não entendia nada.
—É que —continuou ela— não posso suportar fazer algo errado. Eu fico com vergonha.
Joseph se lembrou então de que seu trabalho sempre era perfeito, imaculado e de repente entendeu tudo.
—O que está tentando dizer que não suporta passar o ridículo na frente de outros, que só permite que a vejam com tudo sobre controle, é isso?
—É… sim.
—Senhorita Lovato, é demais exigente consigo mesma, todo mundo comete erros.
—Sim, eu sei… mas… — Fez uma pausa e mordeu o lábio inferior. Depois de um momento, suspirou e continuo: — A verdade é que tenho um medo horrível que riam de mim —confessou em voz baixa. —Até que eu não dance razoavelmente bem preferiria que ninguém me visse.
Joseph a olhou e começou a entender por que sempre era tão reservada, por que nunca mostrava suas emoções e por que não deixava de trabalhar até que tudo estivesse perfeito. E nesse instante teve vontade de matar seu pai. Por que era tão insegura? Por que era incapaz de ser feliz e de rir de suas falhas? Podia entender que seu pai a tinha arrastado pela metade do mundo, mas por mais que tentasse nunca entenderia que não tinha se preocupado com os sentimentos e emoções de sua filha. Quanto mais conhecia Demi, menos respeito sentia por seu pai.
—Eu verei seus erros — sussurrou ele com uma voz muito suave.
—É diferente. Eu não me importo com que o senhor pensa.
Ele caiu nas gargalhadas.

tenho que puxar a orelha de voces hein
esses dois estao flertando e nem percebem kkkk
bom postei mais um, agora nao sei quando irei novamente

Um comentário:

  1. Ui agora vão passar todas as noites "sozinhos" a dançar... acho que os músicos vão ver algumas coisas interessantes hehe

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