segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 13 parte I

Durante os seis meses que Demi estava em Tremore Hall, não tinha tido tempo de explorar a casa ou seus arredores, nem tampouco a cidade. Nos domingos sempre assistia com os Bennington o culto religioso em Wychwood, mas nunca tinha visitado as lojas nem tinha passeado por suas ruas.
Agora que também tinha livres as quinta-feiras podia aproveitar para ir a cidade e fazer algumas compras. Demi tinha decidido gastar um pouco do dinheiro que tinha ganhado trabalhando. Seria seu primeiro passo que fazia em sua nova vida de menos trabalho.
Enquanto se dirigia a Wychwood, ia passeando tranquilamente, desfrutando da beleza das casas, dos velhos carvalhos e das cores de outono das folhas que cobriam o caminho. Não podia evitar comparar a paisagem de Hampshire com as palmeiras e a areia do norte da África, ou com as vermelhas montanhas de Petra ou com os montes de Creta, cobertos de verde alecrim. Tudo tinha seu encanto, mas para Demi a Inglaterra era o lugar mais belo que tinha visto. Duvidava que pudesse se cansar do clima inglês, mas se alguma vez acontecesse, só teria que pensar nas tempestades de areia da Mesopotâmia para voltar a pensar que a chuva da Inglaterra era maravilhosa.
Ao pensar em chuva pensou em Joseph e como ele a olhava agora. Como uma mulher. Recordou o tato de seus dedos sobre sua pele e de suas palavras sobre a obsessão que podia despertar em um homem o cabelo de uma mulher. Então voltou a sentir aquele calor, aquela necessidade que tinha sentido quando, às escondidas, lhe observava tirar a camisa na escavação. Mas não culpava ele de se sentir arrependido. Depois de tudo era fantástico que um homem que tinha adorado durante meses finalmente se desse conta de que ela existia, inclusive ainda que já fosse tarde demais. Ainda não significava nada.
Talvez ele achasse que tinha os olhos bonitos, talvez agora a visse como algo mais que uma máquina, mas Demi sabia que para ele o museu e a escavação continuavam sendo o mais importante. Afastou todos os pensamentos sobre Joseph e acelerou o passo.
Em Wychwood tinha uma rua cheia de lojas. Demi a percorreu todinha, detendo-se um instante em todas as vitrines, mas quando chegou à loja da esquina, não teve tempo o bastante.
Demi ficou hipnotizada ante a vitrine da senhora Avery, a modista da cidade. Ela já tinha exposto uns lindos vestidos capazes de tentar a qualquer jovem que passasse por ali e um deles tinha tentado ela mesma. Era um vestido de seda rosa, com um decote que deixava os ombros descobertos e mangas combinadas com um rosa mais escuro. A seu lado tinha expostos uns sapatos de seda bordada que combinavam perfeitamente. Demi nunca em toda sua vida havia visto algo tão feminino, bonito e incomum.
Se aproximou para vê-lo melhor e um incontrolável desejou a tomou. Ela nunca tinha se interessado por roupas, a seda não era muito útil em Marrocos ou em Petra e não tinha considerado oportuno ter uma peça tão superficial como um vestido de noite. Mas agora sua vida ia mudar, já não estava no deserto.
Demi imaginou como se sentiria vestindo esse vestido e antes que pudesse mudar de opinião, abriu a porta e entrou na loja.
Soou uma campainha e todas as mulheres que ali tinha levantaram a vista para olhar a nova visitante. Demi sorriu a todas e deu a volta para observar o vestido.
Quando o tocou supôs que estava perdida. Queria esse vestido, necessitava desse vestido e não se importava em gastar nele todo o seu dinheiro. Parecia de seu tamanho, mas se não, encomendaria que lhe fizesse um na medida.
Voltou a soar a campainha da porta e entrou à senhora Bennington, que rapidamente se aproximou dela.
—Querida senhorita Lovato, eu a venho seguindo por toda a cidade, não ouviu como eu lhe chamava? Não sabia que hoje ia vim fazer compras, por que não me disse na hora do café da manhã?
—Eu ainda não sabia e quando decidi vim à senhora e o senhor Bennington já tinham ido.
—Pois tem sorte de que a tenha encontrado, assim poderia voltar a casa conosco. O duque teve a amabilidade de oferecer-nos a mim e ao meu marido uma carruagem. — Deu-lhe uma carinhosa palmada na mão. —Me alegro tanto de que se distraía. Deus sabe que deveria ir para a Enderby, leva não sei quanto tempo presa naquela cabana suja, como o senhor Bennington a chama?
—Antika.
—Ah sim, sim, antika. É um nome muito estranho.
—Bom dia, senhora Bennington — interrompeu uma jovem dama ruiva que estava perto delas.
—Senhorita Elizabeth, é um prazer voltar a vê-la. Como se encontra?
—Está bem, ela sempre está bem — respondeu por ela uma moça um pouco mais velha, —ainda continua a mesma tonta.
—Do mesmo jeito que você — respondeu a senhorita Elizabeth e continuou olhando primeiro Demi e depois a senhora Bennington, que suspirou envergonhada.
—Oh, as três não se conhecem, não é? Que descuido de minha parte! Senhorita Lovato, eu lhe apresento a senhorita Anne Fitzhugh — disse apontando para a mais velha — e ela e a senhorita Elizabeth Fitzhugh. Minhas queridas damas, ela é a senhorita Lovato.
Todas a saudaram com cortesia.
—É um prazer conhecê-la — disse a senhorita Fitzhugh. —Não entendo porque a senhora Bennington não nos apresentou antes, ao acabar o culto de domingo na igreja.
—Eu teria — respondeu à anciã rindo-se, —mas logo que acaba a cerimônia a senhorita  Lovato sai correndo para Tremore Hall.
As duas moças a olharam de tal modo que Demi se viu obrigada a se explicar.
—O senhor Bennington descobre artefatos a tal velocidade que se não passo as tardes do domingo encerrada na biblioteca do duque, não tenho tempo de catalogá-las todas.
—Se eu morasse em Tremore Hall, também, aproveitaria qualquer desculpa para não sair dali — confessou Anne. —Pois o duque poderia querer falar comigo.
—Se ele te dirigir a palavra —interveio sua irmã— você desmaia, com certeza.
—Eu não faria isso.
—Claro que faria — respondeu Elizabeth rindo.
—Não, não faria!
—Já está bom, queridas — interrompeu uma mulher mais velha que acabava de se meter no grupo. —Não briguem.
Quando a mulher se aproximou de Elizabeth e Anne, para Demi foi evidente que era mãe das duas. Era una mulher muito bonita, de pele lisa e cabelo de um vermelho mais escuro que o de suas filhas.
Quando a apresentaram, lady Fitzhugh disse:
—É um prazer conhecê-la finalmente, senhorita Lovato, meu marido não deixa de elogiar seu trabalho.
—Sir Edward é muito amável.
—Adora antiguidades, acredito que já tenha percebido. Acho que já leu todos os artigos que seu pai escreveu, o admirava muitíssimo.
—Papai disse que a senhorita desenha muito bem —interrompeu Elizabeth, —e que fala latim e grego e que morou em um monte de lugares. Já esteve na Abissínia? Ali está o Nilo, não é?
—Sim — respondeu Demi sorrindo. —É, já estive ali.


olaaaaa, como foi o ano novo para voces? para mim foi bom, mas o que importa agora é...
Demi encontrou amigas, palmas. quem sabe agora ela fica mais tempo e assim o duque tem mais chances de a conquistar....hmmm nao sei nao.
bjemi

2 comentários:

  1. Vc tem uma nova seguidora, uhullll. Eu zinha aqui. kkkk
    Meu nome é Pamela, mas pode chamar a q quiser kkkk.
    Menina, essa fic é perfeita. Comecei a ler hj é manhã e n consigo parar, to loi pra ler o proximos capítulos. Ver o Joseph engolir tudo oq ele disse da Demizinha, essa mulher é tudo, menos uma máquina *-*
    Posta mais gata, bjosss.

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    1. E desculpa pelos erros de gramática. Escrever rápido pelo celular é um desastre,nunca consigo kkkkk

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