quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 16 parte II

Quando entrou em antika ouviu alguém armazenando e viu que o senhor Bennington tinha chegado ali antes que ela. Se surpreendeu ao ver-lhe, já que ninguém começava a trabalhar a essa hora. Se deu conta de que ele pensava o mesmo.
—Bom dia, senhorita Lovato, — saudou-a respeitosamente levantando o chapéu. —Não sabia que se levantava ao romper da aurora.
Demi notou que estava tenso e um pouco incomodado.
—Sou madrugadora. — Ela olhou perplexa as prateleiras que tinha detrás dele. Voltavam a estar cheia de peças de afresco quando ela estava convencida de que já tinha restaurado todos. — De onde saiu tudo isso? —perguntou surpresa apontando para as prateleiras.
O senhor Bennington parecia ainda mais incomodado, nem sequer se atrevia a olhá-la no rosto.
—Oh, as encontraram fazia algumas semanas. Sua senhoria ordenou que as guardassem aqui, mas esta manhã me pediu que as preparassem para serem transportadas a Londres, junto com as peças que o senhor e eu restauramos durante sua ausência.
Demi ao ouvir essas palavras, seu coração deu um pulo.
—O duque já retornou?
—Sim, chegou ontem à noite.
Ela mordeu o lábio e afastou o olhar, não devia demonstrar tanta alegria. Quando tem controlado suas emoções voltou a se concentrar no arquiteto.
—Mas por que vão levar estas peças a Londres?Acaso não quer que as restaure e as catalogue?
O homem se ruborizou.
—Acho que sua senhoria quer que estas peças fazem parte de sua coleção particular. Mas adiante encarregará que as restaurem em Londres. Agora o mais importante é que vá para o museu e a senhorita já tem muito o que fazer.
Demi entendeu imediatamente e apertou os lábios para evitar rir.
—Me alivia saber que não terei que me encarregar também delas — respondeu tentando parecer agradecida. —Tinha razão ao dizer que agora o museu é muito mais importante que a coleção particular do duque, assim que vou por mãos a obra.
Saiu da habitação e ele continuou preparando as peças. De volta a sua mesa, Demi começou a desenhar o afresco de Orfeu. O senhor Bennington lhe lembrava tanto seu pai que não pode evitar sorrir. As vezes os homens eram tão inocentes.
Logo que o arquiteto abandonou antika para tomar o café da manhã, Demi entrou para inspecionar de perto aqueles misteriosos afrescos. Tirou alguns dos fragmentos da cesta onde estava e rapidamente confirmou suas suspeitas: se tratava de pinturas eróticas.
Provavelmente, o afresco completo não teria nada que Demi não tivesse visto antes, mas não pode evitar começar a juntar as peças e tentar adivinhar que representavam.
Passado alguns minutos, tinha reunido peças o suficiente para ter uma ideia do desenho final. Nos afrescos romanos, a imagem de um casal despido fazendo amor não era incomum. Naquele afresco, a mulher estava encima do homem e rodeava com as pernas seus quadris enquanto ele lhe acariciava os seios. Uma postura comum, mas ao vê-la ali pintada, Demi começou a notar como o calor inundava todo seu corpo. Era o mesmo calor que sentia cada vez que Joseph a tocava, quando sonhava com seus beijos ou quando o espiava sem camisa.
«Lhe devolverei os óculos se me der um beijo.»
Mas ela não tinha feito isso e a satisfação que sentiu ao ganhar nesse momento já não a reconfortava. Quanto mais olhava a imagem do casal mais se arrependia de não tê-lo beijado. Só tinha que rodear-lhe o colo com os braços e colocar seus lábios aos dele, assim teria satisfeito sua curiosidade. Tinha tido a oportunidade de beijar Joseph e a deixou escapar. Três semanas de lições de baile, noite após noite e nem uma só vez ele tinha voltado a lhe propor. Tinha se comportado como um perfeito cavalheiro educado e distante, como se nunca tivesse pedido algo semelhante.
Ela iria embora em poucas semanas e sabia que provavelmente, nunca votaria a ter a oportunidade de beijar um homem como ele. E lamentou profundamente e jurou que se ele voltasse a pedir não hesitaria em aceitar.
Olhava a pintura e pensando em Joseph acariciou seus lábios com os dedos, como ele tinha feito. Fechou os olhos e imaginou que a beijava, que a acariciava e muito mais.
O barulho da porta se abrindo a sobressaltou e a obrigou a se despertar de seu sonho tão maravilhoso. Viu como Joseph entrava em antika e se dirigia ao armazenamento. Ao vê-la ali parou e depois de um breve instante, fechou a porta e caminhou até Demi.
Ela se deu conta do qual descuidada que tinha sido ao deixar a porta do depósito aberta, agora já não podia esconder as peças.
—Bom dia — ela disse, tentando disfarçar. —Vejo que já está de volta.
—Desde ontem a noite — respondeu ele.
Cruzou a habitação e quando parou na frente dela, Demi sentiu como se tivesse mil borboletas no estômago.
Tossiu e tentou esconder o afresco com seu corpo.
—Teve uma viagem agradável? —Rezou para não corar.
Ele se moveu um pouco par um lado e em sua boca se desenhou um meio sorriso travesso.
—Achava que a senhorita não tinha que ver isto — disse, encarando-a diretamente nos olhos. —O senhor Bennington foi bem cortês a respeito.
—Sim, estou convencida disso —respondeu ela olhando o queixo de Joseph. —Mas eu sou uma restauradora profissional.
—Acho que o senhor Bennington pensava na senhorita como uma jovem dama e não como uma restauradora.
—Já tinha visto dezenas destes em varias ocasiões — sussurrou. Que Deus a ajudasse. Não podia deixar de pensar no homem que estava na sua frente e em como queria que a tocasse igual à cena da sensual pintura.
—Excelente — comentou ele e antes que ela se desse conta, deu a volta e a colocou de frente ao afresco. —Eu gostaria de ouvir sua opinião sobre este, senhorita Lovato.
Demi olhou a imagem, incapaz de raciocinar e totalmente dominada de desejo. Ele tinha ficado atrás dela. Sentiu que começava a arder sua pele e os joelhos já não há sustentavam.
—Que opina da técnica do artista? —sussurrou-lhe ao ouvido. —Acha que só tem interesse histórico ou acha que poderia ter valor artístico?
Ela corou e tentou se afastar, mas ele colocou as mãos em seus ombros e a impediu.
—Vamos, senhorita Lovato, me dei sua opinião. Estamos na frente de uma representação de uns deuses ou são simplesmente um homem e uma mulher fazendo amor? —Ele se encostou contra suas costas. —Faça-me uma análise intelectual. Eu acho bastante erótico, mas eu imagino que a senhorita não se afeta com esse tipo de coisa.
Essas palavras lhe incendiaram como se tivessem jogado licor sobre uma chama ardendo.
—Por que acha que não me afeta a sensualidade desse afresco? —perguntou ela tentando se virar outra vez, mas ele a tinha bem presa e de novo a impediu. —Acha que sou tão fria? Acha que não tenho sentimentos?
—No pode me culpar —sussurrou ele em seu ouvido. —É muito hábil escondendo seus sentimentos, senhorita Lovato.
Ela respirou fundo e abraçou a si mesma para controlar seus tremores.
—Mas eu tenho. Tenho os mesmos desejos e os mesmos sonhos que qualquer mulher. Como pode pensar que não sou assim?
—Talvez seja porque não quis me beijar —murmurou e roçou-lhe os lábios em sua orelha. —Eu desejava, desejava com todas as minhas forças que me beijasse, mas não quis. E como já disse, eu sou um cavalheiro e como tal não está permitido beijá-la.
Ao ver que ela não respondia, ele se afastou e tirou as mãos de seus ombros.
—Me distraí de nossa conversa, senhorita Lovato— disse ele e encostou nele ao apontar os afrescos. —Quando que esta cor vermelha do fundo combina com ocre ou com cochinilla?
Ela olhava como ele acariciava com os dedos uma das peças.
—Ocre —suspirou. —Eu estou lhe atormentando com a promessa de um beijo?
—Profundamente. Mas fez bem em me lembrar que os amigos não se aproveitam de situações como aquela. É o que teria feito qualquer jovem dama.
Ela olhou ao homem e a mulher que apareciam no afresco.
—Suponho que sim —sussurrou, —mas que acha que teria feito Cleópatra?
Teve um longo silencio e depois o que parecia uma eternidade ele abaixou a cabeça e sussurrou-lhe no ouvido.
—Por que, senhorita Lovato? —murmurou. —Mudou de ideia? Esta me pedindo que a beije?
—Não, não sei o que estou pedindo.
—Me pareceu que sim, ou a tenha entendido mal. — Se aproximou do afresco para contornar a forma da mulher e ao fazer isso encostou outra vez em Demi. —Este desenho é especialmente bom. Não está de acordo?
—Não sabia que uma mulher tivesse que pedir a um homem que a beijasse.
Ela prendeu a respiração e esperou ansiosa pela sua resposta enquanto o dedo dele deslizava de cima a baixo da mulher pintada.
—E não é, a não ser que esse homem já tenha tentado beijá-la e tenha sido rejeitado. Então, a mulher tem que dar o próximo passo. —Afastou o dedo e avançou até ela. —Se quiser que a beije, senhorita Lovato, só tem que me pedir, alto e claro.
Na realidade já não estava mais apaixonada por ele, nem tampouco se importava o que ele pensava dela. Segura que já tinha beijado a muitas mulheres, seria um grande especialista. Odiaria que seu primeiro beijo fosse decepcionante.
Ela era consciente que entre eles não tinha nada mais que um jogo. Um jogo que ele agora estava dando entrada e Demi aceitou.
Tomou ar e virou-se para olhá-lo de frente. Se apoiou na prateleira que tinha atrás dela, levantou o queixo e o olhou nos olhos.
—Eu gostaria muito que me beijasse — disse-lhe com uma tranquilidade que não sentia na realidade.
Apertou os punhos e seu corpo ficou tenso, ansioso, esperando sua resposta. Viu como ele começava a sorrir, como brilhavam-lhe os olhos.
—Isso foi bastante claro.
Deu um passo até ela e o coração de Demi começou a bater com a força de um tambor somali quando ele tirou-lhe os óculos e os deixou na prateleira.
Ele acariciou-a no rosto e aproximou sua boca da sua. Ela sentiu uma estranha sensação no estômago, como se acabasse de saltar de um precipício. Seus lábios se juntaram.
Nunca em toda sua vida tinha experimentado algo tão especial, tão doce como aquilo. Era como se tivesse mil borboletas se agitando por todo o seu corpo.
Nesse momento se sentia viva, tinha todos os sentidos à flor da pele, queria se concentrar em cada caricia, em cada beijo até que nada mais importasse. O resto do mundo desapareceu num instante.
Ela absorveu seu aroma de sabonete de limão junto com seu sabor. Foi se sentindo menos tensa e abriu as mãos para poder tocar-lhe. Queria tocar seus fortes músculos contra suas palmas, sua respiração, a batida de seu coração.
Ele tomou seu queixo e ao acariciar-lhe o rosto, ela notou que tinha um calo no dedo indicador. Com o outro braço a rodeou pela cintura e a levantou, para tê-la assim mais perto, para sentir todo seu corpo contra o seu. Separou-lhe os lábios com os seus de um modo sensual, bebendo dela completamente e oferecendo-se por inteiro. Oh, como podia algo tão simples dar tanto prazer?
Demi o rodeou o colo com os braços e se agarrou a ele. Invadia-lhe uma sensação que nunca tinha sentido antes, mas era extremamente familiar. Sim, seu corpo parecia dizer-lhe que era daquilo que os poetas escreviam e que os artistas pintavam; daquela necessidade, do prazer que causava-lhe sentir seu corpo tão próximo do seu.
Ele acariciou seus cabelos e se apertou contra eles, rodeando-lhe com as pernas em uma tentativa de senti-lo ainda mais perto. Era como se seu corpo soubesse exatamente o que tinha que fazer, ainda que seu cérebro não tivesse nem ideia. Esfregou a perna de Joseph com seu pé e ele emitiu um gemido de prazer que se intercalou com o seu.
Com uma brusquidão que a surpreendeu, ele se afastou de repente e com a respiração entrecortada, finalizou o beijo. Afrouxou um pouco o abraço e começou a soltá-la. Ela não outro remédio que baixar a perna e apoiar-se no assoalho de novo.
Ainda acariciando-lhe o rosto, baixou a cabeça até encarar seu rosto em frente ao dela.
—Se da conta — perguntou, olhando-a diretamente nos olhos e ainda com a respiração acelerada — do poder que tem sobre mim quando decide usá-lo?
Ela se dava conta. Ela que tinha vivido por todo o mundo seguindo seu pai, que tinha lhe resignado a não ter nada, nem ninguém em sua vida, que tinha adorado um homem que a ignorava, ela tinha poder agora e o tinha sobre esse homem.
De repente, a simples e previsível Demi se sentia tão sedutora e misteriosa como Cleópatra e uma grande alegria floresceu em seu interior.
—Obrigada —sussurrou— por fazer que meu primeiro beijo tenha sido um dos melhores momentos de minha vida.
—É um grande elogio, mas acho que deveria soltá-la agora que ainda me sinto capaz de fazer. — Tirou a mão de seu rosto e deu vários passos para trás. —Me sinto muito honrado que tenha me escolhido para seu primeiro beijo, Demi — disse em voz baixa.
Demi viu então como abandonava a seriedade e surgia de novo em sua face aquela expressão atrevida.

—Em troca de lhe proporcionar um dos melhores momentos de sua vida, ficaria por mais um mês?


rolou o beijooooo e agora so piora entre esses dois.
hoje tenho prova no Detran de tarde e por isso postando cedo. boa sorte para mim.
ja to vendo o desejo consumindo o Joe e a Demi sem que ambos percebam.
bjemi

3 comentários:

  1. Mas que beijo meu deus!! Se só um beijo já foi assim, nem quero imaginar o resto... ou então até quero hehe
    Boa sorte para a sua prova :)

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  2. CARALHO ROLOU BEIJO!!! To ate agora igual uma retardada relendo a parte do beijo se com isso eu surtei imagina com o hot

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  3. kkkk adorei kkkk
    esses dois...só aumentando o prazo da Demi ir embora kkk adorei mesmo
    perfeito
    posta logoo
    beijos

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