Elizabeth
ouviu como alguém a chamava no corredor, abriu um pouco a porta e colocou a
cabeça.
—Oh,
essa deve ser Anne — disse e voltou a fechar a porta. —Suponho que mamãe já
quer voltar para casa, assim tenho que ir.
Elizabeth
colocou as mãos nas de Demi e as apertou carinhosamente.
—Eu
morro de vontade de que venha tomar chá conosco. Espero que nos conte muitas
coisas sobre Abissínia e sobre todos os lugares em que esteve, mas
especialmente espero que nos conte coisas do duque. É tão bonito e tão alto, é
como o príncipe encantado dos contos de fada. E um duque é quase um príncipe,
não é?
Elizabeth
saiu do provador antes que ela pudesse responder. Demi colocou um pouco a
cabeça e observou como suas novas amigas saíam da tenda.
—Sim,
por um instante eu também achei que era um príncipe —sussurrou, —mas é apenas
um homem.
Voltou
a entrar no provador e fechou a porta. A modista começou a desabotoar os botões
da sua costa, mas Demi a deteve.
—Não,
ainda não. Eu gostaria de ficar com ele um pouquinho mais.
A
mulher levantou a vista e olhando-a nos olhos, compreendeu o que sentia e se
afastou. Demi voltou a observar sua imagem no espelho e a felicidade e a
alegria voltaram a inundar-lhe. Nesse instante se sentia a mulher mais bela do
mundo e isso era muito mais gratificante que sonhar com um príncipe impossível.
Não podia deixar de sorrir, tinha comprado um vestido maravilhoso.
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