terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 16 parte I

No domingo, Demi veio com os Bennington para a casa de sir Edward e lady Fitzhugh para tomar chá e como era de esperar, o principal assunto da conversa foi seu tão ilustre vizinho.
—Ontem fiquei sabendo de uma ótima noticia — disse a senhora Bennington introduzindo assim o assunto. —Minha boa amiga Margaret Treves me escreveu de Londres para me contar que o duque foi fazer em sua última visita a capital. — Se aproximou mais de seus ouvintes, ansiosa por dar a noticia. —Disse que levou as esmeraldas ducais a uma joalheria de Bond Street para que as limpassem. Isso só pode significar uma cosa.
—Sim —interrompeu Anne, —as notas de sociedade levam semanas especulando sobre quem será a afortunada. Quase todos acham que lady Sarah é a escolha mais acertada.
Demi apertou tão forte a taça ante a confirmação de que ela já tinha ouvido naquele dia na sala de música que temeu que se quebrasse.
—Ah, sim, a filha mais velha do marquês de Monforth — disse lady Fitzhugh. —Sim, suponho que poderia desempenhar bem o papel, mas não acho que seja seu tipo.
—Uma bela mulher sempre é o tipo de um homem — disse sir Edward e recebeu um olhar de reprovação de sua esposa.
Demi fechou os olhos e lembrou o que Viola tinha dito nessa noite.
«Você é o duque de Tremore e tem que se casar de acordo com tua posição, ainda que isso implique renunciar ao amor e ao carinho.»
Já fazia tempo que Demi sabia que ele ia ser casar com lady Sarah Monforth, mas ainda assim não podia evitar se aborrecer de novo. Ele não a amava, só ia se casar com ela para cumprir com suas obrigações.
Abriu os olhos, se sacudiu de raiva e deixou a taça encima da bandeja. Não era assunto seu.
—Sua amiga lhe contou mais detalhes? —perguntou lady Fitzhugh a senhora Bennington. —Aos seus vinte e nove anos de idade, o duque já tinha idade para se casar, mas já anunciaram seu compromisso?
—Não, ainda não, mas reconheço, lady Fitzhugh, que não sei mais nada.
—Bom, estou convencida de que escolheria a dama adequada.
—Oh, quem dera que não fizesse isso — exclamou Elizabeth. —Uma dama inadequada seria muito mais interessante.
—Elizabeth! — advertiu lady Fitzhugh.
—Dizem que lady Sarah é muito chata — continuou ela sem se calar.
—Elizabeth —interveio agora sir Edward, —não corresponde a nós criticar sua escolha de esposa.
—Suponho que tinha razão. Eu gostaria que ele frequentasse os bailes da cidade. Nossa prima Charlotte me contou que lord e lady Snowden vai com seus filhos as festas de Dorset cada ano. Por que não poderia nosso duque fazer o mesmo? Papai já o viu em varias ferias de agricultura e em corridas, mas eu tenho vivido toda minha vida em Wychwood e apenas o vi em um par de festas.
—Aparentemente, ele não gosta muito de frequentar atos da sociedade — reconheceu a senhora Bennington, — mas isso era muito raro em um duque.
—Certo — concordou lady Fitzhugh. —O velho duque gostava de frequentar as festas locais, mas nem todo mundo gosta das mesmas coisas e é perfeitamente aceitável que o novo duque não goste.
—Mas mamãe —replicou Elizabeth, —não acha que é estranho que passe tão pouco tempo em sua casa, ou que nunca tenha celebrado um baile ou uma caça? É muito raro, especialmente sendo como é um duque.
—O peso de suas obrigações deve ser difícil de suportar — disse sir Edward olhando sua filha. —Talvez quando entra em Tremore Hall vai para descansar com privacidade e não para passear por toda a cidade.
—Espero que se case logo — suspirou lady Fitzhugh. —Acredito que tudo irá melhorar quando tiver uma duquesa na mansão. Sua mãe era uma mulher muito bonita e atenciosa e enquanto viveu, celebraram muitas festas que vinham multidões de pessoas. Era uma mulher muito generosa. O velho duque ficou destroçado com sua morte. Ainda me recordo de como chorava no funeral, como um menino desconsolado, enquanto seu filho se mantinha ali de pé, estoico, sem dizer nenhuma palavra, sem derramar nenhuma lágrima. Doía o coração só de ver-lhe.
Demi mordeu o lábio e baixou a vista até sua taça. Isso era tão próprio de Joseph, estar sofrendo por dentro e ocultar. Ela lhe entendia perfeitamente, e ela tampouco gostava de perder o controle de suas emoções.
—Pobre homem! —disse a senhora Bennington. —Não me surpreende que não goste de passar muito tempo aqui. Com muitas más recordações.
—Demais —concordou Anne, —eu faria o mesmo. Não posso imaginar algo mais horrível que perder a sua mãe e que seu pai tornou-se um louco.
Incapaz de acreditar em seus ouvidos, Demi olhou surpresa para a menina.
—Anne! —repreendeu-lhe lady Fitzhugh. —O velho duque acabava de perder a sua amada esposa. Pobre homem, a pena fez que se comportasse de um modo um pouco estranho, nada mais. Não ficou louco.
—Os criados da mansão diziam que só falava com ela — disse a senhora Bennington. —De noite percorria os corredores de cima abaixo gritando seu nome. Falava dela como se ainda estivesse viva. Disse que o velho duque chegou a açoitar um lacaio que se atreveu a dizer-lhe que ela estava morta. Seu filho se viu obrigado a trancá-lo em uma parte da casa e também dizem que essa foi à única vez que viram o menino chorar. Depois disso, todas as responsabilidades recaíram sobre ele.
Oh, Deus. Demi pensou no menino, na coragem e na valentia deve ter tido, e logo pensou no homem em que tinha se tornado. Alguém que odiava fofocas e que lutava para manter sua privacidade. Olhou a taça que tinha na mão e algo dentro dela despertou.
—Não acho que devemos falar dessas coisas — disse enquanto deixava a taça sobre a mesa. —Perdeu a sua mãe e seu pai. A tristeza e o luto são algo muito íntimo e não um acontecimento social.
Lady Fitzhugh se virou até ela e apoiou a mão em seu ombro.
—Fez muito bem em nos repreender, querida. Não voltaremos a falar disso.
Demi não respondeu e a conversa se encaminhou para assuntos muito mais tranquilos e que ela não prestou nenhuma atenção. Se lembrou de seu pai, de como tinha se sentido profundamente triste de ter perdido sua esposa, mas conseguiu encontrar consolo em seu trabalho e em sua única filha. O pai de Joseph em troca se abandonou a essa tristeza, perdeu a sanidade e deixou seus dois filhos órfãos.
«O amor nunca deve estar encima da razão.»
Agora entendia a quê se referia quando falava da trágicas consequências do amor e também por que tinha medo de se apaixonar.
«Oh, Joseph.»
—Senhorita Lovato— a tirou de Elizabeth de seus pensamentos, — nos fale de suas viagens.
Demi agradeceu a mudança de assunto e tomou fôlego.
—O que gostaria de saber, senhorita Elizabeth?
—Muitas coisas. Verdade que na África se comem o coração das pessoas?
—Só os leões — respondeu tentando sorrir.
Durante as três semanas seguintes, as aulas de dança com Joseph se desenrolaram na mais absoluta correção entre um cavalheiro e uma dama; seus corpos na distancia apropriada. Demi comprovou que Joseph tinha razão. Se lhe olhava o rosto e falava com ele, não tropeçava tanto, ainda às conversas que agora mantinham eram totalmente inocentes. Demi perdeu negociações, as insinuações, as caricias e quando ele saiu em viagem de negócios a Surrey, viu que ficar sem Joseph era pior do que tinha imaginado.
Enquanto ele estava fora, Demi não pode deixar de pensar na tarde que passou na casa dos Fitzhugh. Quando estava trabalhando na biblioteca, aproveitava qualquer desculpa para dar um passeio pela galeria onde penduravam os retratos da família. Agora, com tudo o que sabia, os via diferentes. Se parava mais um pouco em frente aos de Joseph pequeno se partia a alma ao imaginar a dor que deve ter sentindo ao ter que trancar seu pai.
O trabalho lhe ocupava grande parte do dia, mas as tardes sem ele ficavam cada vez mais longas. Era uma boba, sentia falta de um homem que a considerava uma máquina. Mas de um modo estranho tinham se tornado amigos e cada dia, enquanto restaurava o mosaico ou reparava vasos, olhava pela janela da antika para ver se chegava.
Pela noite, quando estava na cama, voltava a pensar nele, em suas caricias em suas insinuantes palavras. Se lembrava de como tinha tentado convencê-la de que lhe desse um beijo e se arrependia de não tê-lo beijado. Pensava tanto nele e custava tanto a dormir que chegou a sentir a tentação de mudar de ideia e ficar, mas isso seria uma bobagem ainda maior. Ele ia se casar se ficasse a única coisa que conseguiria seria seu coração todo dilacerado.

Uma semana depois de sua partida, Demi estava tão absorta com seus pensamentos que estava farta de dar voltas na cama e apesar de que ainda não tinha amanhecido, se levantou e se vestiu. O melhor que o trabalho conseguia tranquiliza-la um pouco. O caminho para antika passou pela cozinho e pegou um bolo. «Oxalá já estivéssemos em dezembro», pensou.


pelo visto ninguem é a favor do casamento do duque com a Sarah. Calma Demi, calminha
ei gente, nao posso ficar fazendo maratona por alguns motivos.
  1. internet cai direto aqui no trabalho
  2. chefe nao quer que eu fique fazendo isso.
  3. tambem tenho que trabalhar
bjemi

2 comentários:

  1. O teu trabalho está primeiro como é óbvio :)
    Não há como negar que a Demi gosta dele! Ele vai se casar, mas ainda não pediu ninguém em casamento, por isso as coisas podem dar uma grande grande volta ;)

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  2. Trabalho em primeiro lugar, desculpa ficar enchendo o saco kkkkkk
    Ele n vai se casar com Sarah, ele n pode e n vai. Além do mais o pedido nem foi feito, e acredito que ele ja esta mudando de idéia quanto qm vai ser a noiva kkkkkk
    Posta mais, bjosss..

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