quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 14 parte I

Alguns nobres pensavam que seu título já os transformava em cavalheiros, mas para Joseph ser um cavalheiro requeria muito mais que ter nascido com privilégios. Ele tinha se oferecido para ensinar a senhorita Lovato a dançar e ainda que ele quisesse que ela ficasse, ia fazer o melhor possível. Iria cumprir sua palavra ainda que ela pusesse a prova sua honra até limites perigosos.
Quando pediu-lhe que tirasse o avental não tinha sido totalmente sincero. Não era só que ele que achava que aquela peça era horrível, mas queria voltá-la a vê-la sem ele. Vislumbrar de novo a magnífica figura que tinha descoberto naquele dia embaixo da chuva.
Ele havia tido razão ao classificá-lo mentalmente de cinturão de castidade, mas com o corpo como o dela pode ser necessário. Na outra noite tinha tido que conter-se para não acariciar nada mais que seus cabelos. Era sua primeira aula de dança e seu mestre só pensava na dança mais velha do mundo.
Nessa mesma manhã, só em pensar nela todo seu corpo voltou a arder de desejo.
Joseph parou o desafio junto ao lago e o lacaio que cavalgava junto deles parou a uma distancia prudente de seu amo.
Era uma tarde quente e gloriosa, os carvalhos e os álamos olhava todas as suas cores de outono, mas ele não percebeu. Enquanto sua montagem refrescava, Joseph se permitiu fechar os olhos e imaginar que poderia fazer com aquele par de longas e sedutoras pernas.
Quando abriu os olhos, seu cavalo já tinha saciado a sede e disposto a continuar o passeio, mas ao levantar a vista, algo na colina captou sua atenção.
Ali, embaixo da sombra de um grande carvalho, viu a mulher que havia ocupado seus pensamentos toda a manhã. Estava sentada em uma toalha branca e tinha uma grande cesta de picnic de um lado e seu chapéu de palha do outro.
Joseph fez um gesto ao lacaio para que lhe seguisse e dirigiu a Desafio até o alto da colina.
Como todos os jardins da propriedade, a rotatória, o avô de Joseph tinha mandado construir, o nono duque de Tremore tinha sido desenhado por Capability Brown. Levava o ostentoso nome do Templo de Apolo, mas não era nada mais que um círculo de colunas decoradas com falsas esculturas romanas.
Ao ouvir o barulho Demi levantou a vista.
—Este lugar é lindo! —exclamou ao ver os homens que desmontavam a poucos metros dela.
—Espere aqui. —Joseph entregou as rédeas de seu cavalo ao lacaio e foi reunir-se com a senhorita Lovato.
—Fico lisonjeado que goste de minha propriedade — disse ele enquanto se aproximava. Se deteve ao chegar ao lado da toalha e a saudou. Então viu o caderno que ela tinha no colo e se deu conta de que estava desenhando o lago, os jardins, as fontes e Tremore Hall ao fundo. —Vejo que já veio desenhar a paisagem.
—Como poderia não desenhar? —Observou a cesta que tinha no lado. —Mas também tinha uma cesta de picnic. Gostaria de acompanhar-me? —Afastou o chapéu para que ele pudesse sentar-se a seu lado. —Seu cozinheiro é muito generoso com a comida, acredito que há de sobra.
Ele não se moveu.
—Está segura de quer que eu fique? Depois de tudo —continuou suavemente, —Eu não gosto da senhorita, lembra-se?
—Se continua esperando que me desculpe, pode ir — respondeu ela com decisão, —mas se está disposto a ser amável pode ficar.
—Obrigada — disse e fez uma reverencia. —Me esforçarei para ser tão amável como minha natureza permita.
—Não sei se isso será suficiente, senhoria — disse ela olhando-o com suspeita.
Joseph riu, mas sua risada se evaporou quando ela se moveu para dar um lugar e ele pode ver seus preciosos pés descalços. Com o movimento levantou-se um pouco de sua saia e ainda só pode vislumbrar os pés, a imaginação de Joseph seguiu pelos tornozelos, as pernas e suas suaves e firmes coxas.
—Está tudo bem? —perguntou Demi levantando a vista por cima dos óculos.
Bem? Não, Deus, estava ficando louco.
Joseph se sentia como se estivesse lutando para não fundir-se em areias movediças. Tomou fôlego e respondeu.
—Sim, claro. — Se sentou rapidamente, não queria que ela percebesse do problema que estava crescendo justo na altura de seus olhos. Por sorte, ela continuava olhando no rosto. —Estou perfeitamente bem, obrigado.
Joseph tirou o casaco, sem nenhuma cortesia, dobrou sobre seu colo estirando as pernas. Afrouxou a gravata e apoiou todo seu peso nos braços, estendidos para atrás. Fazendo isso, viu as botas de Demi e as meias perfeitamente dobradas em seu interior. Ficou hipnotizado olhando-as, tentando pensar em algo que dizer. A única coisa que lhe ocorreu para controlar sua luxúria foi… lhe importunar.
—Assim que deste modo eu decidi passar seu dia livre — disse, com um ar de fingida decepção. —Trocou o tempo de estar comigo por uma cesta de picnic e desenhar as paisagens?
—Eu temo isso — respondeu ela e sua pequena desculpa lhe apaziguou um pouco. —Mas o senhor teria me feito trabalhar.
—Enquanto que a senhorita pode perder tempo em algo tão frívolo como isso.
—É muito pior do que o senhor imagina — respondeu ela seria. —Esta manhã eu fui a cidade e comprei sabonetes com aroma de gardênia e uma caixa de bombons.
—Pensei que talvez tivesse comprado um vestido novo.
Ela se aproximou mais dele e como se lhe estivesse fazendo uma confidencia, disse:
—Eu comprei.
Joseph, surpreendido, olhou o vestido marrom que usava, mas isso fez-lhe pensar outra vez em suas pernas, assim que decidiu se concentrar na paisagem.
—Se comprou um vestido novo, pode saber por que não o vestiu?
Ela lhe deu uns toques no ombro com o lápis.
—Eu comprei um vestido de noite — respondeu rindo. —E não caçoe das minhas roupas.
—Um vestido de noite? Senhorita Lovato, nunca deixa de me surpreender. De que cor? Não me diga que é marrom, se for, eu mesmo irei à loja da senhora Avery e lhe encomendarei um traje de outra cor; logo, arruinarei a reputação de seu negocio para sempre.
—Não é marrom, é rosa e o tecido é de seda — suspirou absorta.
Ele se voltou para vê-la melhor. Tinha uma expressão de total felicidade.
Como todos os homens, ele era incapaz de entender como uma peça de roupa podia produzir tal felicidade em uma mulher, mas lhe encantavam os resultados. Uma mulher era tão bonita quando se sentia e parecia que a senhorita Lovato não era imune aos efeitos de um maravilhoso vestido de seda rosa. A mulher que ainda agora estava sentada ao seu lado não se parecia em nada com a senhorita Lovato que ele conhecia.
—Eu tirei um grande peso.
E a observou enquanto ela voltava a se concentrar em seu desenho. Fixou-se em como o sol se refletia em seu suave cabelo, recolhido em delicados laços.
—Vejo que decidiu seguir meu conselho.
—Que conselho?
—Sobre seus cabelos.
Ela não o olhou, mas ele se deu conta de que sorria ao colocar atrás da orelha uma mecha rebelde.
—Ella me ajudou. Trabalho para uma dama.
—Ella?
—Uma das empregadas. Não conhece o nome de seus empregados?
—Só os mais classificados — negou Joseph com a cabeça. —Tenho sete propriedade a maioria só as visito uma vez ao ano para comprovar seu estado e falar com o capataz. Cada uma tem seus serventes e nunca os contrato; disso se encarregam a governanta e o mordomo. Ainda que quisesse, não poderia me lembrar do nome de todos meus trabalhadores. — A olhou resignado. — Suponho que agora vai me jogar em rosto e me dizer que deveria saber.
—Talvez — admitiu ela e apontou para o lacaio que estava próximo deles esperando qualquer ordem. —Sabe como ele se chama?
—Não sei e não quero saber — respondeu Joseph na defensiva e sem saber como se explicar. —Não seria apropriado. Um homem de minha posição, a não ser que seja absolutamente necessário, só falo com os empregados chegados. Ele trabalha nas cavalarias.
—Mas é um homem.
—Não, não é, não para mim. Para mim é um lacaio. Se soubesse seu nome, se souber qualquer coisa sobre ele, se tornaria uma pessoa e isso reduziria a distancia entre ele e eu. Com o tempo, poderíamos inclusive chegar a sermos amigos.
—E isso seria ruim?
—Não é a questão de que seja bom ou mal, não é apropriado.
—É um modo muito conveniente de evitar que as pessoas se aproximem do senhor —murmurou ela e continuou desenhando. —Sempre com a desculpa de sua posição.
—Não acho que o tratamento que dou aos empregados seja assuntou seu.
—Não — respondeu seca sem levantar a vista, — é assunto seu.
—Já estamos discutindo de novo, senhorita Lovato? —Tomou ar e passou a mão pelo cabelo. —Por que será que fazemos tanto isso ultimamente?


por que sera ne duque? talvez porque voce a humilhou para a Viola.
dei mancada esses dias hein, sorry Pamela, fiquei com Paloma na cabeça por causa de uma traidora de blog....hunf!
meu twitter? gente tem nos contatos.
bjemi

3 comentários:

  1. Esses spoilers dão cabo de mim, é muita curiosidade!!!
    Eles só discutem porque têm muita tensão acumulada e precisam de a libertar... nos braços um do outro :)

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  2. Não tem problema kkk.
    Que isso hein Joseph.. Ja n ta se controlando vendo a Demi com essas roupas, imagine como vai ficar quando ver ela com esse vestido kkkkk
    Posta maisss, bjoss

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  3. Ai ai joseph ta penando olhando a demi com esse vestido marrom quero só ver a reação dele quando ela usar o outro vom aquele ele vai precisar do "cinturão de castidade" pra não voar encima dela kkk

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