segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 23 parte I

A mansão que Joseph tinha em Londres estava localizada em Grosvenor Square e era mais uma amostra de sua opulência, ele passava muito tempo nessa casa e refletia a perfeição sua personalidade, muito mais que suas outras propriedades. As chaminés eram de um pálido mármore e os tapetes macios eram de cores sutis com desenhos simples. Tinha gente que a descrevia como sóbria demais, sem graça e mais intimidante que impactante. Para Joseph isso tudo era um elogio.
Um daqueles tapetes macios estava sendo muito castigado desde que tinha ido visitar Demi em Russell Square três dias antes. Não deixava de andar de cima a baixo diante da chaminé de seu estúdio. Cada hora que passava estava mais impaciente.
Quando visitou a casa dos Fitzhugh não tinha nenhuma dúvida de que Demi lhe responderia. Um jogo em que ele tinha que utilizar a linguagem das flores, uma linguagem que ela tinha demonstrado muito interesse. Por força tinha que estar intrigada, mas ainda não tinha recebido nenhuma resposta a seu desafio. Ela gostava de jogar tanto quanto ele.
O primeiro dia depois de sua visita a Russell Square tinha continuado com sua rotina, acreditando de que quando chegasse a casa encontraria ali sua resposta, mas não recebeu nada.
Ao final do segundo dia, ainda não tinha nenhuma resposta e começou a se preocupar que ela não respondesse a seu desafio.
Às nove da noite do terceiro dia, sua confiança e sua preocupação foram substituídas por um profundo e escuro sentimento de incerteza. Essa era uma emoção nova para e ele não gostava especialmente.
Agora, andava na frente do fogo, desejando com todas as suas forças que ela não tivesse respondido não significava que não tinha intenção de responder e começou a pensar em uma nova tática. Tinha que encontrar um modo de convencê-la de que se casasse com ele era a única opção possível. Ele tinha achado que com o jogo das flores, com sua declaração previa de que iria a ganhar, seria suficiente para conseguir que ela respondesse, mas se não, tinha que encontrar outro modo. De nenhuma maneira iria desistir.
A porta do estúdio se abriu e Joseph se deteve quando entrou Quimby, seu mordomo de Londres.
—Dylan Moore está aqui, senhoria — lhe informou Quimby.
O mordomo se afastou da porta para deixar espaço para o compositor. Dylan era umas das poucas pessoas que não tinham que pedir visitar previa para visitar o duque. Ele sempre era bem recebido.
—Tremore, eu venho te suplicar que venha comigo — disse sem preliminares. —Já não posso suportar a nenhuma outra diva petulante a mais.
—Problemas com sua nova ópera? —perguntou Joseph, mas com a cabeça em outro lugar. Não podia deixar de pensar em tudo o que tinha dito naquela abominável noite falando com Viola. Tinha que encontrar um modo de convencer Demi de que já não havia desse modo. Agora via a aquela mulher debaixo da chuva. Via seu belo rosto que sempre tentava esconder seus sentimentos, até que um dia explodia entre riso ou raiva e essa raiva só se dirigia a ele. A via com aquele horrível avental olhando o afresco erótico e depois olhando-o com aquela mistura de sedução e inocência.
—Não, não tenho problemas com a ópera, querido amigo, tenho problemas com a diva — corrigiu-lhe Dylan. —Elena Triandos é uma excelente soprano, mas é grega e as divas gregas são especialmente insuportáveis. Quando me lembro de que fui eu quem insistiu em lhe dar o papel principal, me…
A voz de Dylan se perdeu na distancia enquanto Joseph girava sobre seus calcanhares e voltava a andar sobre o tapete, mordendo a unha e pensando.
Demi necessitava que a cortejasse e parecia que as flores não tinham sido suficiente. Ela nunca tinha tido oportunidade de aproveitar dos prazeres da vida e Deus sabia que ela necessitava. O modo que seu pai a tinha arrastado por todo o mundo sem por nunca ao seu alcance as comodidades da civilização lhe chateava profundamente. Demi merecia algo mais além que os sabonetes perfumados, os bombons e o vestido rosa que tinha comprado. Merecia todos os luxos que a vida era capaz de oferecer e ele podia dar a ela. Ele jurou se tivesse a oportunidade, a encheria de todo tipo de presentes. A única coisa que precisava era uma resposta.
«E se ela me mandasse uma indiferente nota em que educadamente me dissesse que me rechaça? Isso seria muito pior do que se ela não me mandasse nada.»
Sentia como a dúvida o estava roendo com cada minuto que passava sem ter noticias dela. Que aconteceria se nada do que ele pudesse fazer fosse o suficiente? Negou com a cabeça. Não, isso ela não podia aceitar. Não podia acreditar. A única coisa que tinha que fazer era encontrar a resposta adequada, as palavras certas que dizer-lhe. Não, não iria se render.
—O que é que o deixou tão alterado que não pode parar de andar com tanta ânsia? —perguntou Dylan olhando-lhe. —Algum problema político na Câmara? Algum problema no museu? Se é isso, deve ser muito grave, nunca tinha te visto tão preocupado.
Joseph olhou distraído para seu amigo, mas não respondeu. O que tinha que fazer era conseguir ficar a sós com ela. Isso poderia fazê-la mudar de opinião. Quando visitou Durand, contou-lhe quais eram suas intenções. Estava certo de que Demi não tinha gostado disso, mas ele tinha sido obrigado a fazer isso. Sabia que se a sociedade não há visse como um deles não a aceitaria e ela seria a vítima perfeita daquelas línguas de víbora. Por mais discretos que fossem os Fitzhugh, não se poderia manter em segredo que a estava cortejando. Joseph tremia só de pensar que pudessem dizer que ela era uma oportunista que a única coisa que queria era capturar um duque. Já que dentro de pouco tempo todo mundo acreditaria que estariam comprometidos, talvez pudesse ficar a sós com ela. Pudesse beijá-la, tocá-la, dizer-lhe o quanto era bonita por dentro e por fora.
—Maldita seja, Tremore! Se der mais um passo sem me dizer o que esta acontecendo eu te juro que te dou uma surra.
Joseph não teve oportunidade de responder, porque nesse momento Stephens, um de seus empregados, apareceu na porta com uma caixa de madeira nas mãos.
—É de DeCharteres, senhoria — informou ao lacaio. —O senhor Quimby me disse que o senhor tinha estado perguntando se tinha chegado algo e chegou logo em seguida.
O alivio se apoderou de todo o corpo de Joseph. De repente sentiu tanta tranquilidade que teve que fechar os olhos e tomar ar. «Já era hora.»
Abriu os olhos e indiciou ao lacaio que entrasse na habitação e deixasse a caixa encima de seu escritório. Quando saiu, Joseph se aproximou da mesa e a observou. Não se importava o que ela tivesse mandado, o fato de que ela tivesse mandado algo já lhe dava esperanças
—DeCharteres? —Dylan se aproximou do escritório, intrigado, mas sem entender nada ainda. —A melhor floricultura de Londres manda agora ovos à nobreza? Ou talvez entre tanta palha escondida há uma delicada flor para sua famosa estufa?
Joseph estava muito ocupado tirando cachos de palha para responder-lhe. Queria ver o que ela tinha lhe mandado. Finalmente descobriu um pote envolto em papel. Quando o retirou, viu que tinha um aspecto lamentável. Suas folhas estavam secas e destruídas pela terra seca. Se deu conta de que o pote simples continha algo estava totalmente congelado e Joseph começou a rir.
Seu amigo olhou a patética planta e levantou uma sobrancelha.
—Que demônios é isto?
—Um presente de uma jovem dama — respondeu ele entre risos.
Uma planta gelada. Não tinha nenhuma nota, mas não fazia falta. Bem próprio de Demi pensar em algo engenhoso e que lhe fizesse jus.
—Está morta. — Dylan apontou o que era obvio olhando o aspecto que mostravam as folhas negras. — E além do mais está congelada. —Olhou surpreso a Joseph. —Isto é um presente de uma dama e você acha divertido?
—Sim, muito — respondeu Joseph sorrindo enquanto se aproximava daquela planta tão feia perto da chaminé. Colocou-a no centro da mesa. —Mas o que é mais importante: é um fato incentivador. — Olhou por cima do ombro de seu amigo e continuou: — Já que você esta vestido para a ocasião e me suplicou que te distraia de suas excêntricas divas, pode me acompanhar.
—Claro, mas aonde vamos?
—A Haydon Rooms.
Agora foi a vez de Dylan rir.
—Está brincando. As Haydon Rooms são muito mundanas para ti, não acha? Estará repleto de moças decentes procurando possíveis prometidos. Que homem razoavelmente inteligente quer conhecer uma moça que pensa em casamento?
Joseph se virou para olhar o amigo.
—Vamos ver minha duquesa.

mesmo chateada com o sumiço de voces, postei, 
nem deveria, mas como ontem terminei mais uma fic e isso me animou, ja q eu tava meio travada para escrever... espero q isso anime voces tambem
 bjemi

3 comentários:

  1. Uhull,voltei. Tava sumida pq tinha mts coisas pra fazer,senti tanta falta de ler essa fic *-*
    Adorei o Capítulo, esses joguinhos estão ficando interessantes kkk. Posta mais gataa.
    Bjoss!!

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  2. "vamos ver minha duquesa" dei um berro de alegria, eu tô sumida pq minhas aulas voltaram e tb cortaram os fios da internet por engano aqui em casa

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  3. Também consegui arranjar um tempinho para vir comentar :)
    Adorei a parte final do capítulo, ele agora até vai apresentá-la aos amigos (ainda que o Dylan seja meio louquito hehe)
    Posta mais :)

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