Demi
notou que ele se levantava e abriu os olhos. Já começava a amanhecer e viu que
ele estava de pé perto da mesa, de costas para ela.
Se
apoiou sobre seu cotovelo e contemplou seu torso nu. Estava tão perto que podia
ver perfeitamente sem seus óculos, tão perto que poderia tocá-lo. Tinha uns
ombros muito grandes, pensou ela e uns quadris mais estreitos que os seus.
Desde o primeiro instante que o viu na escavação se deu conta do atrativo que
poderia ser um homem sem camisa. Mas apesar de toda a sua força, a tinha abraçado
com doçura e a tinha acariciado com requinte. Sem o calor de seu corpo começou
a sentir o frio da habitação, mas bastou lembrar do que tinha acontecido entre
eles para voltar a se sentir confortável. Isso a fez sorrir.
Bocejando,
se mexeu e afastou o casaco dele, que ainda a cobria, com intenção de começar a
se vestir.
—Eu
pensei que estava dormindo — disse ele sem se virar.
—Não.
— Ela rodeou-lhe os quadris com as pernas por trás e se abraçou as suas costas.
Nessa manhã se sentia feminina, bonita e absurdamente feliz. Estava contente e
tudo parecia bem. Era fantástico como ter relações com um homem podia conseguir
tudo isso. Era algo extraordinário.
Ela
descansou seu rosto em suas costas e se deu conta de quão tenso que ele estava
desde que o tinha abraçado. Afastou a cabeça preocupada.
—Joseph?
Ele
se separou bruscamente dela e só a olhou um momento antes de se abaixar para
pegar sua camisa do chão.
—Esta
tudo bem com você?
Joseph
se ergueu e vestiu a camisa. Então a olhou, tossiu e tornou a afastar a vista.
—Eu
machuquei você — disse olhando através da janela. —Me perdoe, não era minha
intenção.
Por
que estava tão preocupado? Ele tinha lhe machucado, mas muito pouco e só
durante um momento.
—Oh,
não. — Sob a mesa e para tranquiliza-lo, Acariciou-lhe o braço. —Não foi nada.
Estou perfeitamente bem, Joseph. — Desviou até seu torso e voltou a se sentir
um pouco tímida. —Na verdade é que me sinto maravilhosamente bem — confessou
sorrindo e se atreveu a acariciar-lhe o peito. Tocou a pele quente que ainda
não sido coberta com a camisa e olhou esperando que ele se desse conta de quais
eram suas intenções.
Ele
não a olhou. Apertou os lábios e voltou a se abaixar para recolher seu casaco.
Ela
o olhou durante um instante.
—Joseph,
por favor, não se preocupe comigo. A dor foi insignificante.
—Fico
feliz em saber.
Ele
acabou de vestir-se sem encará-la.
Demi
voltou a se sentir incomodada. Virou-se e começou a arrumar suas roupas.
Primeiro vestiu o corpete e logo depois o vestido. Os dois se vestiram em
silencio. Quando os dois estavam prontos ele apoiou as mãos sobre seus ombros
por um instante e ela se surpreendeu de que ele a tocasse. Mas voltou a se
afastar e colocou sua gravata, levantou a gola da camisa e fez o nó.
—Joseph,
o que aconteceu?
Ele
terminou de ajeitar seu pescoço e então pegou suas mãos e as levou aos seus
lábios para beijá-las.
—Eu
assumo toda a responsabilidade do que aconteceu — disse ele e soltou-lhe as
mãos. —Não precisa se preocupar com teu futuro.
Ela
o olhou surpresa sem entender do que ele estava falando.
—Meu
futuro?
Ele
pegou seu casaco do solo.
—Nos
casaremos assim que terem lido os proclames. Celebraremos a cerimônia aqui na
capela ducal, se você achar bom. Se preferir a capela da cidade, só tem que me
dizer.
Joseph
estava lhe propondo casamento? Ela não podia acreditar no que estava ouvindo.
Soava tão desapaixonado que Demi não sabia se acabava de falar de casamento ou
estava comentando o tempo. A doce sensação que a tinha inundado ao despertar já
desaparecido completamente.
Ele
colocou o casaco, se virou e caminhou até a janela.
—Até
o dia do casamento você terá que viver em outro lugar — disse, olhando o
firmamento ainda escuro. — Enderby estará bem. Não seria apropriado que
estivesse aqui. Eu explicarei tudo a Viola. Devido à grande diferença de classe
que há entre você e eu haverá falatórios e lamentavelmente, não posso evitar.
Ele
se calou, continuava de costas e Demi não podia distinguir bem sua expressão.
Não entendia por que ele estava falando de casamento, mas se lembrou do que ele
tinha dito a sua irmã de que nunca se casaria por amor e supôs que, antes de
poder considerar sua proposta, teria que saber uma coisa. Tomou fôlego e
perguntou:
—Esta
me propondo casamento porque você se apaixonou por mim?
Ele
virou a cabeça, mas não a olhou na face.
—A
estas alturas já deve ter percebido que eu..., que eu..., bom..., sinto uma
forte..., uma grande paixão, sim..., isso..., uma forte atração por você e que
te desejo intensamente.
—Entendo
— Demi não sabia qual era a etiqueta para recusar uma proposta de casamento,
mas com certeza no mínimo, tinha que ver o rosto da pessoa que rejeitava. Se
abaixou e pegou os óculos do bolsinho do avental, que ainda estava no chão. Com
os óculos no rosto caminhou até ele e acariciou-lhe o braço. —O desejo é
maravilhoso, Joseph; mas não é o suficiente. Não me casarei contigo.
—Agora
já não temos escolha. — Ele não a olhava. —Eu eliminei qualquer outra
alternativa para ambos.
—Você
fala como se eu não tivesse tido nada a ver com tudo isso. Foi uma decisão de nós
dois, Joseph, eu também te desejo intensamente, mas isso é tudo. Sem amor, não
vejo nenhuma razão para que tenhamos que nos casar.
Ele
colocou na frente dela e em sua expressão não tinha nem um pouco de afeto, só
via uma férrea determinação de fugir com ela. Uma expressão que ela conhecia
muito bem.
—Você
tem que reconhecer que não podemos fazer nada. Teremos que nos casar. Não temos
escolha.
—Eu
não tenho que fazer nada. Suas obrigações e suas normas não se aplicam a minha
vida, senhoria — disse ela tentando parecer tão fria como ele. —Já sei que o
casamento é a resposta mais habitual diante de situações como esta, mas há
outras opções. Ninguém tem que saber o que aconteceu. Eu irei a Londres tal
como tinha previsto e…
—Isso
é para não mencionar. Agora mesmo poderá estar grávida de um filho meu. Ou você
não tinha pensado nisso?
Deus
santo, não tinha pensando nisso. Inconscientemente acariciou sua barriga e
sentiu uma emoção até então desconhecida. Uma mistura de esperança e medo e
entendeu que tinha que ser forte e não permitir que as circunstancias marcassem
seu destino ou o de seu possível bebê.
—Não
sabemos se estou grávida — respondeu ela. —Além do mais você é um bom homem e
sei se necessário, você iria cuidar de nós. Filhos ilegítimos de homens de sua
classe não sofrem penúrias.
—Por
Deus, Demi, de que está falando? Você pretende se tornar minha amante?
Antes
que ela pudesse responder, Joseph respondeu por ela.
—Você
não pode ser minha amante. Se isso fosse possível, claro que eu cuidaria de ti.
Te compraria uma casa e te daria dinheiro, mas isto esta fora de questão.
—Você
parece familiarizado com os detalhes de ter uma amante. —A dúvida a consumiu e
ela perguntou. —Tem alguma agora? Uma amante?
—Eu
tinha, sim —respondeu ele com toda a dignidade que correspondia a um duque.
—Mas eu não há vejo desde…
—Ela
tem…? —Fez-se um nó no estômago de Demi, mas se obrigou a acabar a pergunta, — ela
tem algum filho que possa…? — Não pode continuar. Tapou a boca com as mãos e se
virou.
—Não.
— Ele respondeu a pergunta que ela não tinha acabado de formular. —Marguerite
não tem filhos, nem meus nem de ninguém. Demi, isso agora não tem importância.
Eu arruinei sua reputação e não vou permitir que viva com a vingança de ter um
filho ilegítimo. Assim que tal como te disse, temos que nos casar.
Ela
se colocou do outro lado da mesa para que esta servisse de barreira entre os
dois e se virou para olhá-lo.
Ele
não a seguiu, mas permaneceu onde estava.
—Aparentemente,
é neta de um barão. Viola me disse que não sabe quem é, mas o encontraremos. O
obrigaremos que te reconheça e obteremos sua permissão para nos casarmos. Uma
mera formalidade, dadas as circunstancias, mas necessária afinal. Negociarei
com ele os términos de teu dote e quando tivermos nos casado, te assegurarei um
generoso salário para teus gastos. Como minha esposa, terás sempre todo meu
apoio.
Demi
começou a sentir como a ira e a frustração invadiam todo o seu corpo. Ele
estava falando como se ela não pintasse nada ali.
—Não
é um pouco exagerado que nos casemos? Reconheço que não sou uma especialistas
nesses assuntos, mas acho que os homens de tua posição não se casam com
mulheres como eu, e sim as paga para irem embora.
Ele
empurrou a mesa de carvalho que tinha entre os dois com tanta força que se
movimentou até bater contra a parede. Ela não se mexeu.
Deu
um passo até ela e a cadeira seguiu o mesmo destino da mesa. Demi continuava
sem se mover, olhando-o diretamente nos olhos só há alguns passos de distancia.
—Você
acaba de insultar minha honra e a sua própria — disse furioso em voz baixa. —Se
acha que vou descer tão baixo como para pagar-te pelos serviços prestados como
se fosse uma qualquer está muito enganada.
—Você
é o único que faz isso. Não para de falar de acordos e de pagamentos sem se
importar quais sejam meus sentimentos a respeito. Aceitar que tenha a
responsabilidade pelo meu filho é uma coisa, me casar contigo é outra muito
diferente. E totalmente desnecessária.
—Você
era virgem, por todos os santos! Se acha que eu sou capaz de tomar a inocência
de uma dama e em seguida não fazer a coisa correta, é porque você não me
conhece.
duque ta furioso com a Demi.....2 pessoas de sangue quente da nisso. o que sera que vai acontecer agora? façam suas apostas.bjemi
agora vai demi,cospe na cara dele tudinho, vai!!!!
ResponderExcluirPOSTA MAIS POR FAVOR
ResponderExcluirPercebo a posição dos dois, o Joseph quer defender a sua honra e a Demi quer amor e carinho...
ResponderExcluirAcho que ela não se vai casar (já) com ele, afinal ele não a pode obrigar. Esta história ainda vai dar muitas voltas :)
Um bebé seria maravilhoso hehe
Ahhhhhhhhhh MDS EU SURTEI COM O CAPÍTULO 19 (desculpa n comentar, só li hj) ESSA FIC TA MTO PERFEITA, O JOE TEM QUE PARAR DE SER MANDÃO, NEM EU CASAVA SE FOSSE ASSIM.
ResponderExcluirDEIXA EU DESLIGAR O CAPS LOOK KKKKK
Pronto, agr posta mais pleaseeee!!!!
Bjoss.
que perfeição !!
ResponderExcluirtá tudo maravilhoso ❤️
Demi é que está certa...tem que se casar por amor...
posta logooooo
beijos