terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 22 parte II

—Sim, Demi. Apesar de eu estar feliz que me faz te considerar um membro de minha família, isso não altera que o barão é realmente teu avô. Entendo perfeitamente teu orgulho, eu também tenho e compreendo que te indignem seus motivos. Sem dúvida, o fato que o duque se interesse por ti tem motivado este reencontro familiar. Sem dúvida, lhe interessa se aparentar com Tremore. E teme as críticas da sociedade se sabe que se negou a te ajudar no momento mais delicado, a consequência do qual você se viu forçada a trabalhar. Mas apesar de seus motivos, eu te aconselharia que lhe permitisse fazer o correto e que te reconhecesse como sua neta. Deixa que atue como um generoso e benevolente avô, ao menos agora.
Demi ia falar, mas lady Fitzhugh tocou-lhe o braço e então decidiu calar-se.
—Pelo teu bem, Demi —continuou lady Fitzhugh, —serei, direta e te falarei como se fosse minha filha. Você é uma mulher prática, mas neste assunto deixa que o orgulho te nuble o juízo. Se você insistir em rechaçar o duque, ele cedo ou tarde desistirá de seu empenho, mas se você permitir que Durand te reconheça agora, ele não poderá retroceder ainda que você não chegar a se casar com o duque. Você terá sua proteção e seu apoio e não terá que temer nunca mais por teu futuro. Antes de você chegar, estive falando com ele e cheguei a conclusão de que ele não seja um homem rico, tem renda suficiente de todas suas propriedades e poderá te manter sem problemas. Querida, você já sabe o que é passar por penúrias, sabe o quão dura pode chegar ser a vida. Não permita que teu orgulho te prive de ter a segurança e a proteção que teu avô pode te brindar. O duque, com certeza foi falar com ele com a intenção de te ajudar, ofereceu ao barão a possibilidade de corrigir todo o mal que tem feito. Permite que Durand alivie sua consciência e te reconheça.
Demi tomou fôlego e o soltou lentamente.
—Tem razão. Ele tinha se negado de tal modo a me reconhecer que hoje, quando ele veio aqui e pareceu tão claro que a única coisa que queria era ganhar o favor de Joseph, eu fui incapaz de raciocinar. Recusar que me reconheça seria realmente estúpido.
—Joseph? —Lady Fitzhugh repetiu o nome com uma voz tão reflexiva que Demi corou. Mas lady Fitzhugh era uma mulher discreta. —Um copo de chá iria bem a nós duas, não acha? —lhe sugeriu.
Quando o chá tinha acabado de chegar os cavalheiros voltaram a entrar no salão. Ela e lady Fitzhugh se levantaram e sir Edward se aproximou de Demi.
—O barão me confirmou seu reconhecimento como sua neta. —Apertou-lhe carinhosamente o ombro. —Seu futuro está assegurado, querida.
Demi olhou o barão e seguindo o conselho de lady Fitzhugh, permitiu-lhe tranquilizar sua consciência.
—Obrigada — disse educadamente. —O senhor é muito amável.
—Também chegamos a um acordo sobre a sua situação — continuou sir Edward. —Lord Durand permite que você fique com a gente. Se da conta de que você se tornou uma grande amiga para Elizabeth e Anne e acha que lady Fitzhugh será una excelente companhia para ti. Oferece uma pequena quantia para seus gastos de dez libras semanais e disse que pode utilizar seu nome sempre que precisar.
—Isso é muito generoso de sua parte, lord Durand — continuou lady Fitzhugh. —Tanto se casar com um duque como não, uma dama necessita de roupa e outras coisas para o estilo. Demi é uma amiga maravilhosa para minhas filhas e estamos encantados que ela fique aqui conosco. Procurarei tentar fazer uso de sua generosidade sabiamente.
—Obrigado — disse o barão e se dirigiu até ela tossindo um pouco. —Demi, só espero que quando você entender a situação, você pode chegar a sentir certo afeto por mim.
Fez uma reverencia e se foi.
Logo quando Mary tinha fechado a porta, Elizabeth e Anne entraram correndo para o salão.
—O que aconteceu? —perguntaram as duas de uma vez só.
—O barão é avô de Demi — informou-lhes seu pai.
As duas gritaram surpresas e se viraram para olhar para Demi.
—Por que não nos disse? Por que você estava trabalhando para o duque se é neta de um barão?
—O barão não tinha me reconhecido — respondeu Demi com amargura ao recordar o quão assustada que tinha ficado em Tánger. Agora sim.
—Durand permite que fique com a gente — comunicou sir Edward a suas filhas, —e lhe ofereceu uma quantia que estou convencido de que vocês vão lhe ensinarem como gastar o mais rápido possível.
—Oh, sim, acredito que sim — disse Elizabeth rindo. —Vestidos novos, chapéus e tudo o que possa necessitar uma mulher que esta sendo cortejada por um duque. Primeiro um duque veio nos visitar, depois um barão. Acho que quando acabar a semana já nos haverá visitado um conde também.
Demi estremeceu.
—O barão só está sendo generoso porque acha que vou me casar com o duque. Agora que meu futuro já está assegurado, acho que é um bom dia para começar a gastar esse dinheiro. Pode me acompanhar Anne e Elizabeth? —perguntou-lhe a lady Fitzhugh.
—Claro que sim, querida — respondeu a mulher. —Aonde você vai?
—A DeCharteres, tenho que mandar minha resposta ao duque.
Anne e Elizabeth estavam entusiasmadas de ir com ela a floricultura para ver que flores escolhia como resposta. Mas lady Fitzhugh só levantou as sobrancelhas diante a noticia.
—Respondê-lo é muito carinhoso de sua parte, querida.
—Quando ele vê Elinor, duvido que esteja de acordo com a senhora.


jogo sera iniciadoooooo
bjemi

Um comentário:

  1. Esta semana foi muito preenchida e agora será difícil vir aqui comentar constantemente, mas por favor vá postando mais :) Adoro vir aqui quando tenho um tempinho livre e ler os seus capítulos maravilhosos :)
    A Lady Fitzhugh deu um bom conselho a Demi, agora o que eu quero ver é a reacção do Joe quando receber a resposta da Demi hehehe

    ResponderExcluir