—Sim,
Demi. Apesar de eu estar feliz que me faz te considerar um membro de minha
família, isso não altera que o barão é realmente teu avô. Entendo perfeitamente
teu orgulho, eu também tenho e compreendo que te indignem seus motivos. Sem
dúvida, o fato que o duque se interesse por ti tem motivado este reencontro
familiar. Sem dúvida, lhe interessa se aparentar com Tremore. E teme as
críticas da sociedade se sabe que se negou a te ajudar no momento mais
delicado, a consequência do qual você se viu forçada a trabalhar. Mas apesar de
seus motivos, eu te aconselharia que lhe permitisse fazer o correto e que te
reconhecesse como sua neta. Deixa que atue como um generoso e benevolente avô,
ao menos agora.
Demi
ia falar, mas lady Fitzhugh tocou-lhe o braço e então decidiu calar-se.
—Pelo
teu bem, Demi —continuou lady Fitzhugh, —serei, direta e te falarei como se
fosse minha filha. Você é uma mulher prática, mas neste assunto deixa que o
orgulho te nuble o juízo. Se você insistir em rechaçar o duque, ele cedo ou
tarde desistirá de seu empenho, mas se você permitir que Durand te reconheça
agora, ele não poderá retroceder ainda que você não chegar a se casar com o
duque. Você terá sua proteção e seu apoio e não terá que temer nunca mais por
teu futuro. Antes de você chegar, estive falando com ele e cheguei a conclusão
de que ele não seja um homem rico, tem renda suficiente de todas suas
propriedades e poderá te manter sem problemas. Querida, você já sabe o que é
passar por penúrias, sabe o quão dura pode chegar ser a vida. Não permita que
teu orgulho te prive de ter a segurança e a proteção que teu avô pode te
brindar. O duque, com certeza foi falar com ele com a intenção de te ajudar, ofereceu
ao barão a possibilidade de corrigir todo o mal que tem feito. Permite que
Durand alivie sua consciência e te reconheça.
Demi
tomou fôlego e o soltou lentamente.
—Tem
razão. Ele tinha se negado de tal modo a me reconhecer que hoje, quando ele
veio aqui e pareceu tão claro que a única coisa que queria era ganhar o favor
de Joseph, eu fui incapaz de raciocinar. Recusar que me reconheça seria
realmente estúpido.
—Joseph?
—Lady Fitzhugh repetiu o nome com uma voz tão reflexiva que Demi corou. Mas
lady Fitzhugh era uma mulher discreta. —Um copo de chá iria bem a nós duas, não
acha? —lhe sugeriu.
Quando
o chá tinha acabado de chegar os cavalheiros voltaram a entrar no salão. Ela e
lady Fitzhugh se levantaram e sir Edward se aproximou de Demi.
—O
barão me confirmou seu reconhecimento como sua neta. —Apertou-lhe
carinhosamente o ombro. —Seu futuro está assegurado, querida.
Demi
olhou o barão e seguindo o conselho de lady Fitzhugh, permitiu-lhe tranquilizar
sua consciência.
—Obrigada
— disse educadamente. —O senhor é muito amável.
—Também
chegamos a um acordo sobre a sua situação — continuou sir Edward. —Lord Durand
permite que você fique com a gente. Se da conta de que você se tornou uma
grande amiga para Elizabeth e Anne e acha que lady Fitzhugh será una excelente
companhia para ti. Oferece uma pequena quantia para seus gastos de dez libras
semanais e disse que pode utilizar seu nome sempre que precisar.
—Isso
é muito generoso de sua parte, lord Durand — continuou lady Fitzhugh. —Tanto se
casar com um duque como não, uma dama necessita de roupa e outras coisas para o
estilo. Demi é uma amiga maravilhosa para minhas filhas e estamos encantados
que ela fique aqui conosco. Procurarei tentar fazer uso de sua generosidade
sabiamente.
—Obrigado
— disse o barão e se dirigiu até ela tossindo um pouco. —Demi, só espero que
quando você entender a situação, você pode chegar a sentir certo afeto por mim.
Fez
uma reverencia e se foi.
Logo
quando Mary tinha fechado a porta, Elizabeth e Anne entraram correndo para o
salão.
—O
que aconteceu? —perguntaram as duas de uma vez só.
—O
barão é avô de Demi — informou-lhes seu pai.
As
duas gritaram surpresas e se viraram para olhar para Demi.
—Por
que não nos disse? Por que você estava trabalhando para o duque se é neta de um
barão?
—O
barão não tinha me reconhecido — respondeu Demi com amargura ao recordar o quão
assustada que tinha ficado em Tánger. Agora sim.
—Durand
permite que fique com a gente — comunicou sir Edward a suas filhas, —e lhe
ofereceu uma quantia que estou convencido de que vocês vão lhe ensinarem como
gastar o mais rápido possível.
—Oh,
sim, acredito que sim — disse Elizabeth rindo. —Vestidos novos, chapéus e tudo
o que possa necessitar uma mulher que esta sendo cortejada por um duque.
Primeiro um duque veio nos visitar, depois um barão. Acho que quando acabar a
semana já nos haverá visitado um conde também.
Demi
estremeceu.
—O
barão só está sendo generoso porque acha que vou me casar com o duque. Agora
que meu futuro já está assegurado, acho que é um bom dia para começar a gastar
esse dinheiro. Pode me acompanhar Anne e Elizabeth? —perguntou-lhe a lady
Fitzhugh.
—Claro
que sim, querida — respondeu a mulher. —Aonde você vai?
—A
DeCharteres, tenho que mandar minha resposta ao duque.
Anne
e Elizabeth estavam entusiasmadas de ir com ela a floricultura para ver que
flores escolhia como resposta. Mas lady Fitzhugh só levantou as sobrancelhas
diante a noticia.
—Respondê-lo
é muito carinhoso de sua parte, querida.
—Quando ele vê
Elinor, duvido que esteja de acordo com a senhora.jogo sera iniciadoooooo
bjemi
Esta semana foi muito preenchida e agora será difícil vir aqui comentar constantemente, mas por favor vá postando mais :) Adoro vir aqui quando tenho um tempinho livre e ler os seus capítulos maravilhosos :)
ResponderExcluirA Lady Fitzhugh deu um bom conselho a Demi, agora o que eu quero ver é a reacção do Joe quando receber a resposta da Demi hehehe