segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 21 parte I

Demi se foi de Tremore Hall apenas vinte minutos depois de deixar Joseph em antika. Ele não tentou vê-la antes que ela se fosse, pensou que o melhor seria era esperar alguns dias antes de segui-la a Chiswick. Assim os dois teriam tempo para pensar nessa situação e poderiam resolvê-la com mais calma. Ele sabia que não tinha sido muito romântico o modo que tinha lhe feito o pedido. Se quisesse convencer Demi, teria que melhorar nesse aspecto. Acreditando que em Enderby seria fácil falar com ela a sós, mas quando chegou ali, sua irmã mudou todos os seus planos.
Encontrou Viola fazendo as malas, rodeada de um montão de baús abertos e camareiras perambulando pela habitação.
—Ela já se foi? —perguntou-lhe a irmã. —Que você dizer com que ela se foi?
Viola negou com a cabeça sem se dirigir a ele.
—Não, não, Celeste, o vestido verde de seda não, quero o verde de lã.
Então se virou e concentrou toda a sua atenção em seu irmão, e lhe indiciou que se sentasse.
—Nossa querida Demi já foi para Londres. Dadas as circunstancias, lady Fitzhugh foi amável de convidá-la e de aceitar apresentá-la em sociedade.
Joseph franziu a testa e se sentou na cadeira sem se preocupar com os vestidos que esmagou quando sentou.
—Que circunstancias? —Olhou ao seu redor. —Você não vai para a cidade?
—Não, vou para Northumberland. Hammond teve uma espécie de acidente e devo ir imediatamente a Hammond Park. Ontem à noite recebi uma carta do doutor Chancellor.
—Que tipo de acidente?
—Ele foi baleado.
—Um acidente de caça?
—Não. — Viola mordeu o lábio e afastou a vista. Depois de um momento voltou a olhar Joseph diretamente nos olhos. —Participou de um duelo. Por uma mulher.
—Cretino! —Joseph bateu com força a cadeira. —Juro que vou matá-lo por isto. Quantas humilhações mais você vai ter que suportar?
Sua irmã parecia magoada e ele soltou violentamente o ar que não sabia que estava contendo. Hammond tratava sua irmã miseravelmente e esse duelo era a gota d’água que caia no vaso. Joseph não tinha nenhuma pena pelas feridas que tivesse sofrido seu cunhado.
—Eu lamento, Viola, mas Hammond é o pior canalha que conheço.
—Agora já não importa. — Ela encolheu seus ombros e continuou. —Eu estou tão contente de poder ver Demi por alguns dias! Tivemos um ótimo tempo juntas, ela lamentou muito que eu não pudesse acompanhá-la a Londres, depois de tudo. Passará a temporada com os Fitzhugh.
Se Demi ficasse na casa dos Fitzhugh ele iria ter tudo muito mais complicado. Não poderia estar a sós com ela e teria que tentar convencê-la a vista de toda a sociedade. Os falatórios e fofocas seriam enormes.
—Maldita seja!
Ele se deu conta do quão surpreendida o olhava ele irmã.
—Você parece muito desgostoso por estas noticias, Joseph. O que esta acontecendo? Você sabia que ela estava indo para a cidade. —Viola começou a rir. —Acaso esperava convencê-la para que voltasse a restaurar mosaicos e vasos contigo?
Joseph a olhou com um olhar ameaçador.
—Você trocou confidências com a senhorita Lovato?
—Confidencias? Não sei ao que esta se referindo. Que confidencias ela deveria ter compartilhado comigo? Aconteceu alguma coisa?
A grande maioria das mulheres teria faltado tempo suficiente para presumir que um duque tinha lhe pedido em casamento, especialmente na frente a irmã deste, mas era evidente que Demi não tinha dito nada a Viola. Sendo ele mesmo um homem muito reservado, agradou-lhe o comportamento discreto dela, mas Viola tinha que saber cedo ou tarde, assim que o melhor seria que ele mesmo dissesse. Antes que lesse em uma nota de sociedade.
—Você pediu Demi em casamento? —Um enorme sorriso iluminou-lhe o rosto e se levantou da cadeira em que estava sentada para dar-lhe um beijo em cada bochecha. —É maravilhoso!
—Não, não tanto — respondeu ele enquanto Viola voltava a se sentar. —Ela me rejeitou.
—Sério? Não posso entender por que, ela está… — Viola se calou sobre aquilo que iria dizer e de forma suspeita, olhou seu irmão. —Eu não sei se você pediu, ou não? Receio que simplesmente comunicou. Não adianta negar. — Antes que ele pudesse responder, ela continuou. —Te conheço muito bem, Joseph. Você se fez de mandão e autoritário e ela mandou você passear. — Viola começou a rir dele as gargalhas. —Oh, já sabia que gostava dela.
—Que bom que você esta passando tão bem com isto, mas você não deveria estar a meu favor?
—Não — respondeu ela sorrindo de orelha a orelha. —Estou totalmente do lado de Demi. Nós mulheres devemos nos apoiar em situações como esta. — Não deixou que Joseph respondesse e prosseguiu. —Há uma cosa que me intriga, se ela te recusou, porque você esta aqui?
Ele começava a se irritar que sua irmã achasse tão divertida suas desventuras.
—Se você acha que eu aceitarei um não como resposta é porque não me conhece bem, irmãzinha.
—Você tem razão, mas Demi tem todo o direito que a cortejem, sabe? Você não pode ir para o mundo ordenando as pessoas para que casem contigo. Um casamento não é uma escavação. Oh, como eu gostaria de poder ficar para ver o espetáculo.
—Sim, acho que sim — respondeu ele sem ver graça no assunto. —Não se preocupe, acho que as notas da sociedade te contarão com todos os detalhes. Antes que me esqueça, tenho que te perguntar uma coisa. Demi te mencionou alguma vez o nome de seu avô? Vou ter que procurar o barão para poder fixar os términos de nosso acordo.
—Lord Durand. Suas propriedades estão em Durham, acredito, mas eu descobri que ele esta agora na cidade. Sugeri a Demi que fosse visitar-lhe, mas ela me disse que não queria. Me contou que Durand se negou a reconhecê-la. Depois da morte de seu pai ela lhe enviou uma carta e recebeu uma resposta de um dos advogados dele dizendo que nem era nem seria nunca a neta do barão. Seus pais fugiram, assim que é evidente que Durand não aprovou esse casamento. Pode acreditar? Quase chorei quando me contou. Ali estava ela, sozinha em Tánger, ou onde quer que fosse, sem nada nem ninguém, e esse homem horrível escreveu-lhe para dizer que não esperasse nada dele.
Joseph se levantou. A ira inundava todo o seu corpo, mas quando falou sua voz soou firme, serena, perfeitamente controlada.
—Não sei por que — disse a Viola, — mas acho que Durand não se negará a reconhecê-la depois de falar comigo.
—Sim — concordou Viola olhando-o satisfeita, — estou convencida de que assim será. Mas Joseph —continuou com tacto, —não acho que Durand seja teu maior problema. Ainda tem que convencer Demi que te aceite.
Joseph jurou que isso tampouco seria um problema. Abandonou Enderby e se dirigiu até Londres. Jurou que Demi se tornaria sua duquesa, ainda que tivesse que cortejá-la diante de toda a alta sociedade britânica.
—Por todos os santos!
A exclamação fez com que Demi deixasse de desenhar Elizabeth e Anne, que estavam posando sentadas em frente dela em um dos salões da casa que os Fitzhugh tinham em Londres. Se virou e viu como lady Fitzhugh, que estava sentada numa cadeira a seu lado, olhava o cartão que acabava de entregar-lhe a empregada. Colocou a outra mão em cima de seu coração descontrolado e se reclinou em seu assento.
—O duque de Tremore veio nos fazer uma visita.
—Quê? —gritaram suas duas filhas de uma vez.
—Bom, não demorou muito — murmurou Demi.
—Com certeza ele veio te ver, Demi! —disse Elizabeth. —Nós temos vivido toda uma vida em Hampshire e nunca veio nos visitar.
—Deve ser isso —continuou sua mãe batendo o cartão nos dedos. —Eu apenas falei com um duque uma dúzia de vezes em todos esses anos e nunca nos tinha feito essa honra. —Guardou o cartão no bolso e se endireitou na cadeira. —Mande-o entrar, Mary. A um duque não se faz esperar.
Demi se deu conta que rápido a empregada abandonou a habitação, lady Fitzhugh e suas filham verificaram seus penteados e arrumaram os vestidos para receber o tão ilustre convidado. Ela não fez nada disso, ao contrario, pensou que era uma pena que esse dia não usasse o cabelo recolhido naquele coque que ele tanto odiava. Quando viu que Elizabeth fazia gestos para que ela tirasse os óculos, ela a ignorou e os deixou nos olhos.
Quando Joseph entrou na habitação, ela se levantou e lhe fez uma reverencia, igual a todas, logo se refugiou atrás de seu caderno de desenho enquanto lady Fitzhugh lhe apresentava as suas filhas e o convidava para se sentar.
Por cima do caderno, Demi observou as expressões de Anne e Elizabeth, abobalhadas olhando-o, enquanto Joseph se sentava a seu lado. Olhar aquelas meninas era como se ver refletida em um espelho. Porque que tinha ficado com essa mesma cara no dia que o conheceu. Era uma mistura de nervosismo, vergonha e tolice. Ele estava lindíssimo, estava muito elegante e parecia o grande duque que era. Usava um casaco azul com uma calça de um azul mais escuro, em cima, uma capa com pequenas listras douradas e como sempre, uma imaculada e impecável camisa branca. Apostaria que as meninas Fitzhugh se perguntavam se estavam sonhando.
«Acho que está mais que acostumado a causar este tipo de reações femininas por onde quer que vá», pensou Demi e então se deu conta de que tinha apertado tão forte o lápis contra o papel que tinha estragado o retrato de Elizabeth.
—Toca a campainha para que nos tragam um pouco de chá, Anne — ordenou lady Fitzhugh a sua filha mais velha, que parecia incapaz de se mover.
—Não, por favor, não se preocupe comigo — disse Joseph. —Não posso ficar muito tempo. Visitei minha irmã justo antes que ela fosse a Northumberland e me contou que a senhorita  Lovato estava com as senhoras na cidade. Só queria apresentar meus respeitos.


Joseph vai APRONTAR! pobre Demi.

presentinho de carnaval guys
bjemi

3 comentários:

  1. Ah adoro, adoro, adoro :)
    Agora vai começar o jogo, desta vez à vista de todos.
    Mal posso esperar pelo próximo capítulo.

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  2. Tou com pena da Demi. Adorei poste logo 😆

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  3. Tou com pena da Demi. Adorei poste logo 😆

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