quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 20 parte I

Demi notou que ele se levantava e abriu os olhos. Já começava a amanhecer e viu que ele estava de pé perto da mesa, de costas para ela.
Se apoiou sobre seu cotovelo e contemplou seu torso nu. Estava tão perto que podia ver perfeitamente sem seus óculos, tão perto que poderia tocá-lo. Tinha uns ombros muito grandes, pensou ela e uns quadris mais estreitos que os seus. Desde o primeiro instante que o viu na escavação se deu conta do atrativo que poderia ser um homem sem camisa. Mas apesar de toda a sua força, a tinha abraçado com doçura e a tinha acariciado com requinte. Sem o calor de seu corpo começou a sentir o frio da habitação, mas bastou lembrar do que tinha acontecido entre eles para voltar a se sentir confortável. Isso a fez sorrir.
Bocejando, se mexeu e afastou o casaco dele, que ainda a cobria, com intenção de começar a se vestir.
—Eu pensei que estava dormindo — disse ele sem se virar.
—Não. — Ela rodeou-lhe os quadris com as pernas por trás e se abraçou as suas costas. Nessa manhã se sentia feminina, bonita e absurdamente feliz. Estava contente e tudo parecia bem. Era fantástico como ter relações com um homem podia conseguir tudo isso. Era algo extraordinário.
Ela descansou seu rosto em suas costas e se deu conta de quão tenso que ele estava desde que o tinha abraçado. Afastou a cabeça preocupada.
—Joseph?
Ele se separou bruscamente dela e só a olhou um momento antes de se abaixar para pegar sua camisa do chão.
—Esta tudo bem com você?
Joseph se ergueu e vestiu a camisa. Então a olhou, tossiu e tornou a afastar a vista.
—Eu machuquei você — disse olhando através da janela. —Me perdoe, não era minha intenção.
Por que estava tão preocupado? Ele tinha lhe machucado, mas muito pouco e só durante um momento.
—Oh, não. — Sob a mesa e para tranquiliza-lo, Acariciou-lhe o braço. —Não foi nada. Estou perfeitamente bem, Joseph. — Desviou até seu torso e voltou a se sentir um pouco tímida. —Na verdade é que me sinto maravilhosamente bem — confessou sorrindo e se atreveu a acariciar-lhe o peito. Tocou a pele quente que ainda não sido coberta com a camisa e olhou esperando que ele se desse conta de quais eram suas intenções.
Ele não a olhou. Apertou os lábios e voltou a se abaixar para recolher seu casaco.
Ela o olhou durante um instante.
—Joseph, por favor, não se preocupe comigo. A dor foi insignificante.
—Fico feliz em saber.
Ele acabou de vestir-se sem encará-la.
Demi voltou a se sentir incomodada. Virou-se e começou a arrumar suas roupas. Primeiro vestiu o corpete e logo depois o vestido. Os dois se vestiram em silencio. Quando os dois estavam prontos ele apoiou as mãos sobre seus ombros por um instante e ela se surpreendeu de que ele a tocasse. Mas voltou a se afastar e colocou sua gravata, levantou a gola da camisa e fez o nó.
—Joseph, o que aconteceu?
Ele terminou de ajeitar seu pescoço e então pegou suas mãos e as levou aos seus lábios para beijá-las.
—Eu assumo toda a responsabilidade do que aconteceu — disse ele e soltou-lhe as mãos. —Não precisa se preocupar com teu futuro.
Ela o olhou surpresa sem entender do que ele estava falando.
—Meu futuro?
Ele pegou seu casaco do solo.
—Nos casaremos assim que terem lido os proclames. Celebraremos a cerimônia aqui na capela ducal, se você achar bom. Se preferir a capela da cidade, só tem que me dizer.
Joseph estava lhe propondo casamento? Ela não podia acreditar no que estava ouvindo. Soava tão desapaixonado que Demi não sabia se acabava de falar de casamento ou estava comentando o tempo. A doce sensação que a tinha inundado ao despertar já desaparecido completamente.
Ele colocou o casaco, se virou e caminhou até a janela.
—Até o dia do casamento você terá que viver em outro lugar — disse, olhando o firmamento ainda escuro. — Enderby estará bem. Não seria apropriado que estivesse aqui. Eu explicarei tudo a Viola. Devido à grande diferença de classe que há entre você e eu haverá falatórios e lamentavelmente, não posso evitar.
Ele se calou, continuava de costas e Demi não podia distinguir bem sua expressão. Não entendia por que ele estava falando de casamento, mas se lembrou do que ele tinha dito a sua irmã de que nunca se casaria por amor e supôs que, antes de poder considerar sua proposta, teria que saber uma coisa. Tomou fôlego e perguntou:
—Esta me propondo casamento porque você se apaixonou por mim?
Ele virou a cabeça, mas não a olhou na face.
—A estas alturas já deve ter percebido que eu..., que eu..., bom..., sinto uma forte..., uma grande paixão, sim..., isso..., uma forte atração por você e que te desejo intensamente.
—Entendo — Demi não sabia qual era a etiqueta para recusar uma proposta de casamento, mas com certeza no mínimo, tinha que ver o rosto da pessoa que rejeitava. Se abaixou e pegou os óculos do bolsinho do avental, que ainda estava no chão. Com os óculos no rosto caminhou até ele e acariciou-lhe o braço. —O desejo é maravilhoso, Joseph; mas não é o suficiente. Não me casarei contigo.
—Agora já não temos escolha. — Ele não a olhava. —Eu eliminei qualquer outra alternativa para ambos.
—Você fala como se eu não tivesse tido nada a ver com tudo isso. Foi uma decisão de nós dois, Joseph, eu também te desejo intensamente, mas isso é tudo. Sem amor, não vejo nenhuma razão para que tenhamos que nos casar.
Ele colocou na frente dela e em sua expressão não tinha nem um pouco de afeto, só via uma férrea determinação de fugir com ela. Uma expressão que ela conhecia muito bem.
—Você tem que reconhecer que não podemos fazer nada. Teremos que nos casar. Não temos escolha.
—Eu não tenho que fazer nada. Suas obrigações e suas normas não se aplicam a minha vida, senhoria — disse ela tentando parecer tão fria como ele. —Já sei que o casamento é a resposta mais habitual diante de situações como esta, mas há outras opções. Ninguém tem que saber o que aconteceu. Eu irei a Londres tal como tinha previsto e…
—Isso é para não mencionar. Agora mesmo poderá estar grávida de um filho meu. Ou você não tinha pensado nisso?
Deus santo, não tinha pensando nisso. Inconscientemente acariciou sua barriga e sentiu uma emoção até então desconhecida. Uma mistura de esperança e medo e entendeu que tinha que ser forte e não permitir que as circunstancias marcassem seu destino ou o de seu possível bebê.
—Não sabemos se estou grávida — respondeu ela. —Além do mais você é um bom homem e sei se necessário, você iria cuidar de nós. Filhos ilegítimos de homens de sua classe não sofrem penúrias.
—Por Deus, Demi, de que está falando? Você pretende se tornar minha amante?
Antes que ela pudesse responder, Joseph respondeu por ela.
—Você não pode ser minha amante. Se isso fosse possível, claro que eu cuidaria de ti. Te compraria uma casa e te daria dinheiro, mas isto esta fora de questão.
—Você parece familiarizado com os detalhes de ter uma amante. —A dúvida a consumiu e ela perguntou. —Tem alguma agora? Uma amante?
—Eu tinha, sim —respondeu ele com toda a dignidade que correspondia a um duque. —Mas eu não há vejo desde…
—Ela tem…? —Fez-se um nó no estômago de Demi, mas se obrigou a acabar a pergunta, — ela tem algum filho que possa…? — Não pode continuar. Tapou a boca com as mãos e se virou.
—Não. — Ele respondeu a pergunta que ela não tinha acabado de formular. —Marguerite não tem filhos, nem meus nem de ninguém. Demi, isso agora não tem importância. Eu arruinei sua reputação e não vou permitir que viva com a vingança de ter um filho ilegítimo. Assim que tal como te disse, temos que nos casar.
Ela se colocou do outro lado da mesa para que esta servisse de barreira entre os dois e se virou para olhá-lo.
Ele não a seguiu, mas permaneceu onde estava.
—Aparentemente, é neta de um barão. Viola me disse que não sabe quem é, mas o encontraremos. O obrigaremos que te reconheça e obteremos sua permissão para nos casarmos. Uma mera formalidade, dadas as circunstancias, mas necessária afinal. Negociarei com ele os términos de teu dote e quando tivermos nos casado, te assegurarei um generoso salário para teus gastos. Como minha esposa, terás sempre todo meu apoio.
Demi começou a sentir como a ira e a frustração invadiam todo o seu corpo. Ele estava falando como se ela não pintasse nada ali.
—Não é um pouco exagerado que nos casemos? Reconheço que não sou uma especialistas nesses assuntos, mas acho que os homens de tua posição não se casam com mulheres como eu, e sim as paga para irem embora.
Ele empurrou a mesa de carvalho que tinha entre os dois com tanta força que se movimentou até bater contra a parede. Ela não se mexeu.
Deu um passo até ela e a cadeira seguiu o mesmo destino da mesa. Demi continuava sem se mover, olhando-o diretamente nos olhos só há alguns passos de distancia.
—Você acaba de insultar minha honra e a sua própria — disse furioso em voz baixa. —Se acha que vou descer tão baixo como para pagar-te pelos serviços prestados como se fosse uma qualquer está muito enganada.
—Você é o único que faz isso. Não para de falar de acordos e de pagamentos sem se importar quais sejam meus sentimentos a respeito. Aceitar que tenha a responsabilidade pelo meu filho é uma coisa, me casar contigo é outra muito diferente. E totalmente desnecessária.
—Você era virgem, por todos os santos! Se acha que eu sou capaz de tomar a inocência de uma dama e em seguida não fazer a coisa correta, é porque você não me conhece.


duque ta furioso com a Demi.....2 pessoas de sangue quente da nisso. o que sera que vai acontecer agora? façam suas apostas.bjemi

5 comentários:

  1. agora vai demi,cospe na cara dele tudinho, vai!!!!

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  2. Percebo a posição dos dois, o Joseph quer defender a sua honra e a Demi quer amor e carinho...
    Acho que ela não se vai casar (já) com ele, afinal ele não a pode obrigar. Esta história ainda vai dar muitas voltas :)
    Um bebé seria maravilhoso hehe

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  3. Ahhhhhhhhhh MDS EU SURTEI COM O CAPÍTULO 19 (desculpa n comentar, só li hj) ESSA FIC TA MTO PERFEITA, O JOE TEM QUE PARAR DE SER MANDÃO, NEM EU CASAVA SE FOSSE ASSIM.
    DEIXA EU DESLIGAR O CAPS LOOK KKKKK
    Pronto, agr posta mais pleaseeee!!!!
    Bjoss.

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  4. que perfeição !!
    tá tudo maravilhoso ❤️
    Demi é que está certa...tem que se casar por amor...
    posta logooooo
    beijos

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