sábado, 30 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 19 HOT

Quando Joseph se foi, Demi jurou que não contaria os dias desde sua partida e cumpriu. Não corria para a janela para olhar de antika cada vez que ouvia que se aproximava uma carruagem. Não perguntou ao senhor Bennington se sabia quando iria voltar. Não voltou a se aproximar da ala norte nem a passear pela estufa.
Mas nada disso pode evitar que sentisse falta dele, que sentisse falta de suas brigas verbais, suas danças a meia noite, suas negociações e seus beijos. Ela se repetia constantemente que isso não lhe fazia nenhum bem, já que tanto se ele voltasse como se não, ela iria embora, tentava recordar uma e outra vez todas as palavras desagradáveis que ele tinha dito sobre ela com a esperança de que isso a curasse de sua saudade, mas tampouco funcionou. Essa lembrança tinha deixado de doer-lhe.
Decidida não sentir mais sua falta, Demi se concentrou em seu trabalho. O armazenamento de antika ainda estava cheio de peças para restaurar; logo, passava duas tardes da semana com a família Fitzhugh e ocupava resto do tempo lendo tudo o que encontrava sobre política inglesa, moda ou nobreza. Inclusive chegou a ler um livro que encontrou na biblioteca da cidade sobre como preparar-se para ser uma boa instrutora. A única coisa que Demi evitava com todas as suas forças eram os jornais da sociedade. Não queria ler as especulações que tinham sobre Joseph e sua futura prometida.
Seguido as instruções de Joseph, o funcionário dos estábulos ensinou-lhe a montar em cavalos. Dada sua experiência com os camelos, só foram necessários um par de dias para que se sentisse cômoda na sela de montar, ainda continuava pensando que era um invento totalmente ridículo.
Quando chegaram as férias o senhor e a senhora Bennington foram passar o natal na casa de seu sobrinho, em Wiltshire e lady Fitzhugh convidou Demi a Long Meadows. Ela aceitou encantada e escreveu a Viola para informar-lhe de que ficaria alguns dias a mais em Hampshire, Demi nunca tinha celebrado o natal na Inglaterra e tinha muita vontade de comemorar essa festa com os Fitzhugh. Naqueles últimos meses tinha tido muito carinho a essa família e eles a tratavam como se fosse parte da família.
Em sua primeira ceia de Natal inglesa, Demi comeu os pratos mais exóticos que tinha visto em sua vida, ainda que para seus anfitriões eram mais que comuns. O porco assado não conseguiu gostar, mas gostou do pudim de ameixas.
Os Bennington retornaram a Tremore Hall para se despedir dela e desejaram-lhe uma aventura melhor. No dia cinco de janeiro, o senhor Cox pagou-lhe o prêmio de quinhentas libras. Já não tinha nada que a retese em Hampshire. Tinha chegado o momento de ir embora.
Lady Fitzhugh se escandalizou ao saber que Demi pretendia pegar a diligencia para ir a Londres e insistiu que ficasse com eles em Long Meadows. Eles partiriam até Londres no fim de poucos dias e podiam deixá-la em Chiswick sem nenhum tipo de problema, assim poderia viajar com eles em sua carruagem. Demi aceitou o convite. No mesmo dia cinco de janeiro, Joseph voltou para casa.
Ela estava em antika, acabando de restaurar sua última peça, uma esquisita vasilha samariana. Tinha passado todo o dia e grande parte de da noite recompondo-a e já era quase meia noite quando acabou de catalogá-la.
Sob o desenho que tinha feito podia ler:
«Vasilha redonda. Grupo D: cerâmica rústica, fig. 16.2. Vasilha de Samada com adornos vermelhos e negros; Adriático, século II. Villa de Drucus Aurelius, Wychwood, Hampshire. 1831».
Demi olhou fixamente o desenho. Aquele era o último objeto da villa romana de Joseph que iria restaurar. Talvez o visse em Londres, talvez algum dia visitaria seu museu, mas aquela vasilha simbolizava o fim de seus dias em Tremore Hall e de repente se sentiu desconsolada. Um futuro excitante lhe esperava e cheio de possibilidades, mas quando pensava em Joseph tudo se desvanecia.
Fazia muito tempo que já não sentia por ele aquela adoração estúpida do início. Agora se tratava de algo muito mais profundo, tinha respeito e amizade. Também desejo, isso sempre tinha estado ali. Um sentimento que fazia que ela se derretesse como manteiga simplesmente ao imaginá-lo sem camisa ou se lembrava dos fortes que eram seus braços quando a abraçou ou de como a tinham embriagado seus beijos. Doía-lhe recordar essas sensações, doía-lhe tanto que era como se um grande peso tivesse sido instalado em sua alma. Seu tempo juntos tinha acabado. Tinha sido maravilhoso trabalhar ombro a ombro com ele, dançar, comer no picnic, negociar sobre o tempo que ela iria ficar. Tinha sido mágico e especial e pensar em sua partida era quase insuportável.
Uma lágrima deslizou pelo seu rosto e bruscamente secou-a com um lenço. Tinha jurado que nunca voltaria a chorar por ele e iria cumprir essa promessa.
Demi viu que na chaminé, o fogo tinha se reduzido a brasas e começou a sentir frio. Flexionou os dedos, cansados depois de um dia tão duro de trabalho e ressentidos pela baixa temperatura de antika. Apoiou os cotovelos na mesa e esfregou os óculos sob o vestido, tinha as mãos geladas e isso aliviou suas pálpebras cansadas. Bocejou, era muito tarde, deveria ir dormir, os Fitzhugh esperariam a primeira hora e tinha que madrugar.
A porta se abriu. Demi levantou a cabeça e uma fria corrente de ar apagou as velas de sua mesa de trabalho e reavivou as brasas do fogo. As chamas acenderam o bastante para que ela pudesse ver quem estava de pé no umbral e logo voltaram a se apagar.
Era ele. Ela distinguia perfeitamente sua inconfundível silhueta no marco da porta, seus grandes ombros pareciam um muro negro contra a prateada luz da lua.
—Eu a vi aqui. — Fez uma pausa e enigmático, continuou: — Onde quer que fosse.
Demi tossiu nervosa.
—Já voltou. — Foi à única coisa que conseguiu dizer. Não se via capaz de formular nada mais complicado. Quando ele entrou na habitação, ela se levantou e cruzou os braços para se proteger do frio que tinha entrado ao abrir a porta.
Ele a fechou e se apoiou nela, seu rosto permanecia na escuridão.
—E a senhorita ainda está aqui — disse ele tranquilamente. —Pensei que já tinha ido. Seu último dia de trabalho não era no dia vinte e três de dezembro?
Ele não tinha tido nenhuma intenção de se despedir dela. Demi recorreu ao orgulho para controlar suas emoções.
—Amanhã vou para Long Meadows. Estarei ali duas semanas e quando os Fitzhugh forem à cidade, me acompanharão a casa de sua irmã.
Ele não respondeu e à medida que crescia o silencio entre eles assim como a raiva dela.
—Quê, não vai tentar para que eu fique senhoria? —finalmente disparou, irritada diante de sua indiferença. —Não vai me falar de nossa amizade, de meus belos olhos? —A voz lhe falhou. —Não vai se despedir nem me desejar sorte, como faria com qualquer outro membro de seu serviço?
Ele se afastou da porta e caminhou até ela como uma sombra cinza e negra.
—Deus, Demi, de que acha que sou feito? —perguntou enquanto rodeava a mesa e ficava atrás dela. —Acaso pensa que sou de pedra?
—Não é isso que acha que eu sou feita? —atacou ela e tentou se afastar, mas ele não permitiu.
Ele colocou uma mão em seu ombro e com a outra acariciou-lhe o rosto e afastou uma mecha de cabelo do rosto dela.
—Não, não é de pedra — sussurrou-lhe, apertando-se contra suas costas. —Eu acho que você é melhor como uma trufa.
—Obrigada por me comparar com um cogumelo — disse ela e tratou de se soltar dos braços para assim se separar um pouco dele.
Joseph pôs a mão no outro lado do ombro para mantê-la onde estava e sua cálida risada acariciou-lhe o rosto.
—Não o vegetal — explicou ele e beijou-lhe o rosto, —o chocolate. É como uma trufa de chocolate, doce, suave e deliciosa no interior, mas protegida por uma caixa de papelão. — Deslizou suas mãos até as suas. —Uma trufa gelada, receio. Tem as mãos congeladas.
O calor de seu corpo contra o seu começava a fazê-la ficar com calor. Ela preferia ter frio.
—Deixe que eu te aqueça. — Ele soltou-lhe as mãos e deu-lhe a volta.
Tirou-lhe os óculos e os guardou no bolsinho de seu avental. Pegou-lhe o rosto entre as mãos e então baixou a cabeça e a beijou, mas parou.
—Eu tentei ficar longe de você — disse-lhe, dando-lhe pequenos beijos nos lábios, nas bochechas, na testa. —Se voltasse para me despedir não iria ser capaz de resistir a isto. Demi, tem sido como uma sombra para mim durante estas seis longas semanas te via em todas as partes. Não sou feito de pedra. Só sou um homem e que Deus me ajude, não posso deixar de te desejar. Não me torture mais. —Acariciou-lhe os lábios com a língua. —Me beija.
Ela abriu os lábios embaixo dos seus e fechou os olhos se entregando. Fazia tanto tempo… Ele tinha estado longe tanto tempo que ela já tinha esquecido da sensação de sua boca sobre a sua.
Demi pegou-lhe na aba de seu casaco e puxou-o, como resposta, ele aprofundou o beijo saboreando-a consciente. Ela rodeou-lhe o colo e com os dedos, acariciou-lhe os cabelos.
Ele interrompeu o beijo e se afastou um pouco para olhá-la, parecia muito determinado.
—Diga meu nome — ordenou-lhe e baixou a mão até os nós de seu avental. Começou a desfazê-los. —Joseph.
—Deixe de me dar ordens, senhoria — disse ela e ficou na ponta dos pés para poder beijá-lo. —Não estrague tudo.
Ele tirou-lhe o avental e atirou-o sobre a mesa atrás dela.
Demi ouviu como algo caia e se quebrava em mil pedaços contra o solo e supôs sem nenhuma dúvida que acabava de quebrar a preciosa vasilha. Seu último dia de trabalho desperdiçado. Começou a rir contra seus lábios.
—Você quebrou.
—O que era? —perguntou ele deixando de beijá-la e enterrando a cabeça no colo dela.
—Uma vasilha de Samada —suspirou ela, —do século II, de um valor incalculável.
Ele desabotoou o casaco e a roupa pesada deslizou até seus pés.
—Me arrependerei disso de manhã. —Voltou a beijar-lhe o colo. —Diga.
Demi acariciou-lhe o tórax com as mãos notando seus poderosos músculos embaixo da camisa e voltou a se sentir a excitação de suas antigas negociações.
—E se eu disser que me oferece em troca, senhoria?
—Que quer?
Ela pensou naquele afresco, naquele casal, em como o homem acariciava o seio da mulher, com seus corpos unidos e decidiu que tinha chegado o momento de ser sincera consigo mesma e de reconhecer o que sentia.
—O mesmo que você — respondeu e tentou desfazer-lhe o nó da gravata sem conseguir.
—Deixe-me fazer. — Ele só demorou um segundo em afrouxá-la e a gravata caiu também no chão. Tirou seu casaco e tirou a camisa.
Demi não podia deixar de olhar-lhe, agora já não necessitava da luneta pra ver-lhe. Tocou-lhe o peito e se deu conta de que estava quente embaixo de suas mãos. Seus músculos eram duros como pedra, mas agora eram quentes. Ele não se mexia, mas ela sentia como a observava enquanto ela traçava com seus dedos aquelas formas que tantas vezes tinha desenhado. Apoiou as mãos em seu abdômen e se inclinou para beijar-lhe o peito.
Ele gemeu e agarrou-lhe os pulsos.
—Basta — disse. —Agora, diga.
Ela não queria dizer. Ainda soava estranho, parecia-lhe que era muito íntimo. Era capaz de beijar-lhe o peito nu, mas não queria dizer seu nome e lembrar de seu amor anterior. Aquele momento de paixão era real e também o desejo, mas não era amor. Ela lhe desejava, queria viver esse momento e não ter que imaginá-lo, como tinha feito quando ela o observava com a luneta. O olhou diretamente nos olhos e sem dizer uma palavra, pegou-lhe na mão e colocou-a em seu peito.
Joseph abriu a mão e ela suspirou. Uma doce sensação a inundou por completo, era como se pelo seu corpo circulava uma corrente de mel quente. Ele acariciou-lhe os seios e aquela suave excitação se transformou em uma necessidade desesperada. Ela se afastou contra sua mão desejando mais.
Não conseguiu. Ele se afastou, mas antes que pudesse protestar, notou como suas mãos estavam desabotoando o vestido.
Quando tinha soltado todos os botões, Joseph deslizou o vestido por seus ombros e começou a beijá-la justo por cima do corpete.
—Meu nome — sussurrou contra sua pele. —Farei com que você diga.
Ela sabia que estavam a ponto de realizar o ato mais íntimo que pode haver entre um homem e uma mulher, mas nem podia pronunciar seu nome. Negou com a cabeça e colocou as mãos nos quadris para atraí-lo até si.
Ele acariciava-lhe a pele nua de cima dos seios e Demi gemeu. Tratava de se agarrar a mesa que tinha atrás, pois seus joelhos já não podiam sustentar-lhe. Ele desabotoou-lhe o corpete e deixou seus seios totalmente descobertos, para logo cobri-los com suas mãos.
Demi podia ouvir os estranhos gemidos que saiam de sua própria garganta a cada caricia. Ele moldou seus seios com as mãos fazendo-a arder de desejo, um desejo que a impulsionou a arquear-se contra ele. Esfregou seus quadris com os seus e o atrito ainda produziu mais prazer.
Essa caricia pareceu acender algo nele, que deslizou o corpete pelos ombros e logo começou a levantar-lhe a saia até a cintura. Ela sentiu o frio em suas pernas desnudas e como as mãos dele ardiam contra suas coxas quando a levantou e a sentou na mesa.
Podia sentir seu pênis ereto contra seu joelho enquanto ele a acariciava suavemente no interior de suas coxas.
—Sim, sim — sussurrou para evitar dizer seu nome.
Apoiou as mãos na mesa e se recostou nela; seus quadris se moviam ao ritmo das caricias do homem. O vestido, que agora estava desabotoado, apertava-lhe incomodamente os braços, mas não se importava.
Ele abaixou-se e beijou seu umbigo, um beijo quente e molhado enquanto os dedos do homem se dirigiam a um lugar que ela não podia nem falar, cada caricia mais doce e insuportável que a anterior. Ele sabia, sabia o que Demi queria melhor que ela mesma e a estava atormentando sem piedade.
—Diga meu nome — respirou contra sua pele. —Diga Demi, diga.
Ele a acariciou com o polegar e essa pequena caricia desatou algo nela a libertou de todas as restrições e de todas as limitações que tinha se imposto desde o dia em que o conheceu. Com a força com que um rio rompe uma represa, um prazer puro, indescritível a inundou e não pode evitar fazer o que ele pedia.
—Joseph —suspirou, —oh, por favor, oh, sim, sim.
Ele ouviu como ela dizia seu nome em meio a outros sons incoerentes, súplicas e gemidos que lhe demonstram como suas caricias a estavam afetando. Deus, ela era tão doce.
Joseph a acariciou até que ela teve outro orgasmo e então se colocou entre suas pernas. Se aguentasse mais iria explodir. Nervoso, desabotoou suas calças e separou-lhe um pouco mais as pernas dela.
—Demi — disse e moveu as mãos atrás de suas costas para sentá-la na mesa.
Ela se aproximou da borda da mesa e quando ele a sentiu, úmida e quente contra sua ereção, só pode pensar em que tinha que possuí-la. Com um único movimento a penetrou.
Ela gritou um pouco, ele sabia que tinha-lhe machucado, assim resolveu se manter quieto, mas Demi rodeou-lhe o colo com os braços, os quadris com as pernas e o introduziu mais profundamente em seu interior. Joseph perdeu o pouco de sanidade que ainda lhe restava. Acariciou-lhe os seios, beijou-lhe o rosto e não parou de murmurar-lhe palavras sem sentido enquanto a penetrava com mais força até chegar ao abismo. Quando alcançou o clímax caiu por esse abismo como nunca antes tinha feito em sua vida.
Depois, enquanto estavam tombados na mesa, com um braço dele em baixo da cabeça dela para servir-lhe de travesseiro e cobertos com seu casaco para não sentirem frio, ele se deu conta do que tinha feito.
Se deu contas das inevitáveis consequências do que tinha acabado de acontecer.



naquela epoca se o homem dormisse com a mulher antes do casamento e ela sendo solteira...a coitada seria desonrada...ou seja.. JOE E DEMI FIZERAM MERDA!
bjemi

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 18 parte II

—Tanto? —perguntou enquanto voltava a si.
—Qual é esse compromisso? Monforth e sua família não estão em Londres, acho que passam estes dias em Hertfordshire. — Fez uma pausa e repassou todas as opções. —Ah — sorriu—, suponho que te referes a encantadora Marguerite.
Ao ouvi-lo, Joseph se deu conta de que tinha mais de oito meses sem visitar sua amante. Deus, nem sequer tinha lembrado dela.
—Não vou ver Marguerite — respondeu ele, pensando que talvez pudesse considerar fazer. Talvez assim conseguiria recuperar um pouco de paz. —Vou jantar com os membros do Clube de Antiquários, temos muitas coisas que falar sobre o museu. Gostaria de vir? Estou convencido de que nunca conheceram alguém que nem você. Se me prometer não fazer nada vergonhoso, como por exemplo, recitar versos obscenos, deixo que você me acompanhe.
Dylan se arrepiou todo só de pensar.
—Me sentar para beber vinho do Porto rodeado de velhos arqueólogos e tratando de me comportar? Não, obrigado. Acho que prefiro que me açoitem em praça pública ou beber limonada com as debutantes em Almack's.
—Não pode. Te expulsaram de lá faz dois anos e tem a proibição de entrada. Lady Amélia. Se lembra?
—Ah, sim. Lady Amélia. Já tinha esquecido.
Lady Jersey e o resto das grandes damas que comandavam Almack's tinham-lhe proibido a entrada a tão respeitável instituição quando Dylan tinha se negado a se casar com lady Amélia depois de tê-la beijado diante de todo mundo enquanto dançavam uma valsa. Dylan não lamentava a perda realmente.
—Se não chega a te esbofetear tão rápido, a reputação de lady Amélia não tinha se recuperado desse incidente — continuou Joseph. —Esse beijo a teria arruinado para sempre.
—Eu disse-lhe para me bater. Era a única solução, todo mundo estava nos olhando. —Dylan se separou da estatua e começou a caminhar até a porta. A cada passo que dava, o forro dourado de seu casaco brilhava atrás de suas botas. —Se não quer vir comigo a perseguir saias, terei que ir sozinho. Acho que o melhor será que vá ao teatro, Abigail Williams apresenta Os rivais. Saltarei de minha caixa e vou subir ao palco.
—Sério, Moore — gritou-lhe Joseph a seu amigo. —Não acha que leva muito longe esse papel de artista maluco?
—Quem disse que é um papel? —perguntou Dylan na porta; continuou parado e sorriu-lhe. —Eu mesmo não tenho nada ainda claro. Quando se decidir fazer algo divertido, me chame, Tremore.
Joseph viu como seu amigo desaparecia na escuridão e negou com a cabeça. Dylan era um homem brilhante, com talento, mas cada vez parecia perder mais o curso. Desde seu acidente em Hyde Park fazia três anos, não tinha voltado a ser o mesmo.
Joseph deixou de pensar em Dylan e voltou a olhar o afresco. Deslizou o dedo sobre uma pequena rachadura que tinha sido perfeitamente reparada.
Ele nunca queria tanto algo cuja perda pudesse levá-lo a loucura. Nunca.
Afastou a mão da pintura. Logo que fosse de Londres, iria a Hertfordshire para ver Sarah. Tinha chegado o momento de fazer oficial seu compromisso.
—Não, não — disse Elizabeth rindo. —. Tem o lado errado. —a pegou pelos ombros e a fez girar.
—Tem razão — admitiu Demi entre gargalhadas—. Receio que nunca vou aprender essas quadrilhas — reconheceu e voltou a dançar tentando recordar os passos que Joseph tinha-lhe ensinado. A música correu a cargo de três violinistas e não de uma caixa de música. Elizabeth e não Joseph era agora seu par de dança e outros casais já não eram imaginários. Nessa sala tinha em volta um total de vinte e duas meninas tentando aprender os passos das danças populares.
Graças a Joseph, já não tinha medo de tomar suas lições em uma sala cheia de gente. Agora tinha suficiente autoestima para poder rir de si mesma se errasse. Quando três semanas atrás tinha confessado a Elizabeth que não conhecia as danças populares e que queria aprender, ela insistiu em vir cada quinta-feira pela manhã essas aulas.
—Não te desanimes, Demi — disse-lhe lady Fitzhugh de uma cadeira que tinha junto a parede. —Dançar bem requer prática. Anne e Elizabeth frequentam essas aulas de dança desde que completaram dez anos. Já esta fazendo muito bem, querida — animou-a quando voltou a girar até o lado equivocado.
—É verdade — disse Elizabeth enquanto voltavam a alinhar-se com as demais meninas para começar uma nova quadrinha. —Para quando você for a Londres, já estará fazendo muito bem. Dança melhor do que possa imaginar.
Joseph tinha-lhe dito o mesmo, mas dançar com tanta gente ao redor ainda parecia complicado e fazia com que suas carências fossem mais evidentes.
Mas não queria pensar em Joseph, assim que se obrigou a começar uma conversa.
—Então você vai em duas semanas? —perguntou a Elizabeth enquanto giravam fazendo um moulinet.
—Sim. Tenho tanta vontade… Quando você chegar vamos ficar tão bem juntas!
Demi queria sentir o mesmo entusiasmo que Elizabeth, mas não conseguia. Estavam dançando e ela tentava se concentrar em contar os passos, mas não podia deixar de sentir falta dele, ele era seu par de dança favorito.
Já estava um mês fora e ainda não tinha anunciado sua volta. Ou melhor não retornava até que ela não tivesse ido. Por outro lado, qualquer dia podiam chegar noticias sobre seu compromisso. Talvez nunca voltasse a vê-lo. Três meses atrás, a ideia de ir embora dali a enchia de alegria, mas agora só sentia melancolia.
Tinha tentado esquecer aqueles momentos entre os dois, mas não tinha podido. Havia ocupado seus dias com quantidades enormes de trabalho, passava as tardes e os domingos e as quinta-feira com a família Fitzhugh e Elizabeth tinha-lhe ajudado a escolher um novo vestido na loja da senhora Avery. Trabalhava durante todo o dia, mas Joseph aparecia em sua mente cada vez que pegava um artefato, cada vez que dançava, cada vez que caminhava embaixo da chuva.
Apesar de todos os seus esforços, não tinha podido continuar aborrecida com ele. Nas doze semanas que tinha passado desde que ele tinha apresentado sua demissão seu orgulho tinha se recuperado da dor infligido pela conversa ouvida. E, enquanto dançavam e flertavam, tinha indo nascendo entre ambos uma agradável camaradagem. Ele a tinha feito se sentir bela e interessante cada vez que lhe perguntava por suas viagens ou a tocava. Não sabia como, tinham chegado a serem amigos. Mas ter um amigo que com um simples beijo podia acender seu corpo era algo muito perigoso. Especialmente se tratasse de um duque que iria se casar com alguém chamado lady Sarah, uma mulher que sem nenhuma dúvida estava destinada a ser duquesa.
Joseph passou horas sentadas em sua carruagem, olhando a distancia como a chuva molhava os muros e as janelas da mansão Monforth, mas foi incapaz de ordenar a seu cocheiro que cruzasse o portão. Ficou ali, no caminho, escutando como as gotas respingavam no teto da carruagem naquela melancólica e fria tarde de dezembro.
Pensou em Sarah, em sua incrível beleza, em seu mercenário coração e em sua excelente preparação para cumprir com as obrigações de uma duquesa. Ela era absolutamente perfeita para o posto, mas Dylan tinha razão, não era sensual. Joseph a tinha beijado um par de vezes e sabia que se sugerisse algo mais atrevido só conseguiria que desmaiasse e o consideraria um bárbaro. Mas por isso os homens casados, como os solteiros, tinham amantes.
Pensou brevemente em Marguerite. Não há tinha visitado nem uma só vez durante todo o tempo que tinha estado na cidade e nem ele mesmo podia entender por que. Todo seu corpo ardia com um desejo desesperado e incontrolado.
Pensou em suas responsabilidades. Tinha que fazer um bom casamento para poder assegurar o futuro de seu título. Ter descendência era uma de suas principais obrigações e já tinha demorado muito.
Pensou no poder que teriam seus filhos se sua mãe era a filha de um marquês. Nessa união, ambos sairiam ganhando e estava convencido de que Sarah aceitaria encantada. Assim que tivesse as esmeraldas de Tremore ao redor do colo estaria disposta a pronunciar os sagrados votos. Era exatamente o tipo de esposa que necessitava um duque e era o tipo de mulher que nunca conquistaria sua alma.
Ali sentado, vendo como o entardecer envolvia a mansão Monforth, sentiu o peso de das obrigações de sua posição como nunca antes tinha sentido. Escutou o repicar das gotas contra a coberta e se deu conta de que continuava sem saber por que alguém podia ficar feliz em caminhar embaixo da chuva, embora fosse uma quente tarde de agosto.
Já tinha ficado de noite. Joseph ordenou a seu cocheiro que desse a volta e voltasse para Londres e nem ele mesmo entendeu por que fazia isso.


ih Joe, que houve? Lady Sarah te espera para oficializar o noivado....
bjemi

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 18 parte I

Joseph decidiu se concentrar em seu trabalho. Frequentava a seus habituais encontros com os membros do Clube de Antiquários que estavam na cidade e cumpria com todas as suas obrigações. Só controlar o projeto do museu o tinha ocupado desde que o sol nascia até chegar à noite. Tudo para manter a mente em outra parte e deixar de pensar naqueles olhos cor de lavanda e o desejo que eles lhe despertavam.
Mas ali, de pé no meio sala albergaria a maior coleção de objetos romano britânicos do mundo, cada afresco, cada mosaico, cada ânfora, recordavam aquilo de que ele queria escapar.
Que tinha aquela mulher que não podia tirá-la da cabeça? Alguns meses atrás apenas olhava para ela. Teve uma época em que era incapaz de se lembrar dela a não ser que tivesse de pé na frente dele. Recordava como incomodava-lhe ouvi-la gaguejar ao tentar explicar-lhe sua última tradução do latim ou ao descrever-lhe os detalhes mais ínfimos de um mosaico. Ela obedecia todas as suas ordens sem protestar, não importava ou exigentes ou poucos razoável que estas fossem; ela sempre as cumpria com perfeição. Na verdade, se comportava como qualquer outro membro do serviço: sem queixas, sem perguntas e cobrando um salário pelo trabalho bem feito.
Então se demitiu e disse-lhe na cara que ela não gostava dele e que não queria trabalhar para ele nem mais um dia. Nesse momento, cinco meses depois de sua chegada, ela se transformou diante de seus olhos. Se tornou alguém desconhecido, alguém quem não se importava com seu título nem sua posição. Ele acreditava que ela sempre tinha sido assim, mas por medo de perder seu emprego, tinha se escondido atrás de uma máscara de eficiência. Quando tinha se apresentado a primeira oportunidade de sair dali, tinha aceitado sem hesitar e desde então ele tinha se visto obrigado a recorrer a todo o sua inteligência para tentar convencê-la de que ficasse tempo.
E tudo por quê? Porque ela não gostava dele. Mas tinha gostado que a abraçasse; tinha gostado que a beijasse; tanto como ele.
Joseph sabia que ele sim gostava dela. Demais. A desejava como nunca antes tinha desejado outra mulher. Era tudo tão inesperado, tão incrível. Tinha estado equivocado a respeito de Demi a principio e agora ela invadia cada canto de sua mente. Maldita honra! Por que não tinha aproveitado a oportunidade de fazer amor com ela? Pelo menos assim deixaria de imaginar o que sentiria se fizesse e talvez pudesse afastar de sua mente essa obsessão e se concentrar em seu trabalho. Olhou o afresco que tinha a sua frente e suas cores envelhecidas; o cacho de uvas que tinha sido roxo e agora era de cor lavanda. Ele bateu com o punho na mesa.
—Que vá pra o inferno!
—Você me chamava? —perguntou uma voz masculina no corredor.
—Dylan Moore! —exclamou Joseph reconhecendo essa voz sem ter que levantar a vista. Tomou fôlego e agradecido pela interrupção, afastou a vista da pintura.
—Isto que você chama de museu, Tremore? —disse Dylan olhando ao seu redor. —Parece mais com um mausoléu, está tudo cheio de pedras e de estatuas. Mas olhe, inclusive tem um sarcófago.
—Vejo que continua sem cortar o cabelo — comentou Joseph, se afastando da mesa. —Até quando vai resistir os ditames da moda?
—Ainda não decidi — respondeu seu amigo sorrindo. —Meu mordomo me repreende por isso constantemente, acho que é até capaz de me drogar e cortá-lo enquanto durmo. Mas estou decidido que vai voltar a moda as cabeleiras longas nos cavalheiros. Por favor, Tremore, esses janotas de Londres necessitam de alguém que os guie.
Ninguém podia acusar Dylan de janota. Era o compositor mais famoso de Inglaterra e sua aparência era sempre um pouco chocante. Até o ponto que quando alguém o via pela primeira vez, ficava tão impactado que não podia nem raciocinar. Foi tudo muito estudado.
Era tão alto como Joseph e usava uma cabeleira vasta e negra que chegava aos ombros; sempre despenteada, como se acabasse de se levantar da cama. Seus olhos também eram negros, com umas invisíveis pupilas tão escuras que lady Jersey o tinha apelidado de o moderno Mefistófeles. A comparação tinha caído como uma luva. Suas sobrancelhas se arqueavam zombando, enquanto seus lábios sorriam sedutores. O encanto dos anjos e a sorte do demônio.
Se vestia de acordo com seu apelido e alimentava essa imagem de Mefistófeles usando sempre roupas negras, qualquer que fosse a ocasião. Seu casaco negro com forro dourado era conhecido por todos, igual que era o seu comportamento que a cada ano se tornava mais escandaloso. Dylan era selvagem, rebelde e sempre convidavam-lhe todas as festas. Mas também era o compositor das melodias mais belas que Joseph tinha escutado em sua vida. Se conheceram em Cambridge e eram amigos íntimos desde então.
—Por que você chamava o demônio, Tremore? Suponho que por algo relacionado com o trabalho, isso é a única que pode fazer, trabalhar. — Dylan nunca tinha sido capaz de ficar quieto, assim, que começou a caminhar pela sala observando os objetos expostos. —Ou talvez a ideia de colocar as esmeraldas ducais ao redor do colo de certa dama está fazendo você soltar maldizeres?
—Eu não posso ter uma vida privada? —perguntou Joseph exasperado. —Até onde chegaram os rumores?
—Na semana passada apareceu no jornal uma lista das possíveis candidatas. Que esperava meu amigo? Achava que podia levar as esmeraldas a uma joalheria de Bond Street sem que ninguém soubesse?
—Foi uma bobagem, eu sei.
—Muito grande —continuou Dylan e parou de caminhar para encarar diretamente a seu amigo. —Vamos, desembucha. Quem é a afortunada dama?
—Lady Sarah Monforth.
Seu amigo, incrédulo, olhou-o fixamente e afastou um par de estatuas até ficar de frente para ele.
—Você esta brincando comigo, Tremore. Me diz a verdade.
—Te disse a verdade. Ela estará em Paris até o natal, então eu ainda não lhe falei. Te peço por favor que mantenha isso em segredo.
—Estou muito chocado para guardar. Posso saber por que precisamente você, que é um homem inteligente, vai se casar com uma boba de tal calibre?
—É uma união vantajosa para ambos.
—Sem dúvida. Seu nome era o primeiro da lista. —Dylan pegou uma faca de bronze que estava sobre a mesa e a observou atentamente por um instante, logo devolveu-a seu lugar. —Sabendo como sei que odeia o casamento tanto como eu, suponho que vai fazer para ter um herdeiro.
Joseph estava irritando. Não gostava que seus amigos se metessem em seus assuntos.
—Tem algo para se opor?
—Você vai ter que dormir com ela — disse Dylan olhando-o nos olhos e fazendo uma cara de nojo. —Lady Sarah é uma dessas mulheres que apesar de serem bonitas, não tem nenhum ápice de sensualidade em todo seu corpo.
—Você fala como o hedonista que é, eu estou sendo prático.
A risada de Dylan ecoou por todo o museu.
—Meu Deus, Tremore, como eu gostaria de ser como você. Você é tão responsável, tão disciplinado e tem tanta determinação que consegue sempre o que quer. Suponho que já tenha informado a Deus de que precisa de pelo menos três filhos homens para assegurar a descendência de Tremore.
Joseph já estava acostumado ao cáustico sentido de humor de Dylan e se negava a morder a isca.
—Estou muito contente de te ver, amigo.
—Confesso que eu também. Nós passamos sempre muito bem quando se decide visitar a capital. Que vamos fazer desta vez? Poderíamos ir a Seven Dials para fumar ópio. Eu fui faz uns dias e foi uma experiência indescritível. Acho que inclusive me inspirou para compor cinco novos concertos.
Joseph sabia que era provável que Dylan estivesse dizendo a verdade. Visitar Seven Dials e fumar ópio era a típica situação perigosa que Dylan gostava. Ele sempre fazia coisas assim.
—Ou talvez poderíamos invadir os bordéis, Tremore. Pelo que eu sei, nesse tempo tem sido bastante inteligente para não se apaixonar por uma atriz e depois de tudo, dentro de pouco tempo vai se casar com uma mulher tão erótica como esta peça aqui —disse, apontando a estatua que tinha do lado. —Assim que me diz, visitamos as prostitutas esta noite?
Por um instante Joseph esteve tentado em aceitar. A melhor, um período com uma cortesã de Londres era o que necessitava para se livrar daquela tensão, daquela necessidade que o consumia por dentro. Depois de tudo, se o que necessitava era estar com uma mulher, em meia hora uma prostituta podia resolver.
—Uma ideia tentadora, Moore —admitiu, —mas não posso. Já tenho um compromisso.
—Não seja chato. Levo dias trabalhando em uma nova ópera e faz mais de uma semana que não estou com uma mulher.
A mão de Joseph roçou a borda do afresco que tinha na mesa e inclinou a cabeça para examinar mais de perto o desenho. Fechou os olhos e cheirava um pouco a essência de gardênia. A preferida dela.

ta apaixonadoooooo ta apaixonadoooo
mas nao percebeu ainda....e essa Sarah deve estar pensando que vai mesmo se tornar a duquesa.
bjemi

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Spoiler Capitulo 18

"Que tinha aquela mulher que não podia tirá-la da cabeça? Alguns meses atrás apenas olhava para ela. Teve uma época em que era incapaz de se lembrar dela a não ser que tivesse de pé na frente dele. Recordava como incomodava-lhe ouvi-la gaguejar ao tentar explicar-lhe sua última tradução do latim ou ao descrever-lhe os detalhes mais ínfimos de um mosaico. Ela obedecia todas as suas ordens sem protestar, não importava ou exigentes ou poucos razoável que estas fossem; ela sempre as cumpria com perfeição. Na verdade, se comportava como qualquer outro membro do serviço: sem queixas, sem perguntas e cobrando um salário pelo trabalho bem feito.
Então se demitiu e disse-lhe na cara que ela não gostava dele e que não queria trabalhar para ele nem mais um dia. Nesse momento, cinco meses depois de sua chegada, ela se transformou diante de seus olhos. Se tornou alguém desconhecido, alguém quem não se importava com seu título nem sua posição. Ele acreditava que ela sempre tinha sido assim, mas por medo de perder seu emprego, tinha se escondido atrás de uma máscara de eficiência. Quando tinha se apresentado a primeira oportunidade de sair dali, tinha aceitado sem hesitar e desde então ele tinha se visto obrigado a recorrer a todo o sua inteligência para tentar convencê-la de que ficasse tempo.
E tudo por quê? Porque ela não gostava dele. Mas tinha gostado que a abraçasse; tinha gostado que a beijasse; tanto como ele.
Joseph sabia que ele sim gostava dela. Demais. A desejava como nunca antes tinha desejado outra mulher. Era tudo tão inesperado, tão incrível. Tinha estado equivocado a respeito de Demi a principio e agora ela invadia cada canto de sua mente. Maldita honra! Por que não tinha aproveitado a oportunidade de fazer amor com ela? Pelo menos assim deixaria de imaginar o que sentiria se fizesse e talvez pudesse afastar de sua mente essa obsessão e se concentrar em seu trabalho. Olhou o afresco que tinha a sua frente e suas cores envelhecidas; o cacho de uvas que tinha sido roxo e agora era de cor lavanda. Ele bateu com o punho na mesa.
—Que vá pra o inferno!"

apenas para fazer algumas leitoras subirem pela parede como lagartixa. hehehe eu sou TERRIVEL, EU SOU!
bjemi

Prazeres Proibidos Capitulo 17 parte II

Enquanto ainda restava um pouco de sanidade, Joseph deu a volta e se foi, tinha que afastar-se o máximo possível. Mas dois passos não foram suficientes para fugir dela. Suas roupas tinham se impregnado de seu aroma de gardênia e apesar da insistência de seu mordomo, dormiu com a camisa que estava vestindo e essa essência o torturou a noite toda, inundando seus sonhos de imagens eróticas. Quando despertou pela manhã, ela ocupava todos os seus sentidos e sabia que a coisa mais segura era por terra no meio.
Na hora do café da manhã ela soube que ele tinha partido. O senhor Bennington contou-lhe que ele tinha ido a Londres com todas as peças que estavam prontas para o museu. Não, não tinha dito quando iria retornar. Tinha uma carta junto ao prato de Demi, mas não era uma carta de despedida dele. O selo não tinha o escudo de Joseph. Era uma carta de Viola.
Demi olhou sem ver a carta fechada na mão. Joseph tinha ido por culpa do que tinha passado entre eles, ou melhor, dizendo, pelo o que quase tinha acontecido. Nem sequer tinha-lhe dito adeus.
«Um beijo pode chegar a ser muito mais tentador do que se imagina.»
Tentador sim tinha sido para ambos.
Demi jurou a si mesma que não iria se torturar recordando e abriu a carta de Viola. Dentro tinha outra sobre a primeira, mas primeiro leu a da viscondessa.
Demi:
A noticia de que Joseph está te ensinando a dançar me deixou muito feliz, dominar essa arte te ajudará a desfrutar mais de tua estadia em Londres. Também estou muito contente de saber que finalmente se deu conta de que meu irmão é encantador, eu sempre pensei, mas por ser sua irmã talvez não seja objetiva. Ele sempre se preocupou tanto por mim…
Querida Demi, tenho que confessar-te uma coisa. Temo que tenha abusado de tua confiança e me atrevi a investigar sobre o casamento de teus pais. Incluí a carta que recebi do vigário de uma pequena paróquia de Gretna Green na Escocia. Nela encontrarás o certificado de casamento que contraíram sir Henry Lovato, G. C. B, e a senhorita Jane Durand, filha de lord Durand, no dia 24 de fevereiro de 1805. Dado que você tem vinte e quatro anos, as datas coincidem perfeitamente.
Se o nome de solteira de sua mãe era Jane Durand, acho que já tem bastantes provas para reclamar teus direitos. Espero que me perdoe por ter-me intrometido assim em sua vida, mas eu fiz com a melhor intenção. Você merece que sua família te reconheça e te ofereça todo seu apoio, e desejo muito que sejas feliz!
Enquanto isso espero ansiosa tua chegada. Dê minhas lembranças ao senhor e a senhora Bennington.
Tua amiga,
VIOLA
—Alguma novidade interessante de Chiswick ou Londres? —perguntou à senhora Bennington.
Sem responder, Demi olhou a carta que tinha na mão. O barão não a queria e ela não tinha nenhuma intenção de exigir-lhe nada, nem dinheiro nem apoio. Sabia que era muito orgulhosa e que talvez estivesse errada, mas a não ser que não tivesse nenhuma outra escolha, nunca iria perdir-lhe nada a uma família que não a queria. Primeiro viajaria a Londres e desfrutaria da temporada social tal como tinha previsto, logo procuraria trabalho como instrutora.
Dobrou as duas cartas e guardou-as no bolso.
—Nada de novo, receio —respondeu para a senhora Bennington—. Lady Hammond manda-lhe lembranças. — E logo, dirigindo-se ao senhor Bennington, perguntou: — O duque disse-lhe que queria que fizesse enquanto ele não estava?
—Ele mencionou os mosaicos que lhe dei ontem e, todavia há um ou dois afrescos. Sem esquecer, claro, as muitas peças que ainda nos faltam para restaurar e catalogar. Acredito que tem trabalho suficiente para estar ocupada até o dia de sua partida.
Demi notou a ironia de sua voz e se animou um pouco.
—Com efeito, mais que suficiente — reconheceu. —Sorte que já tenha chegado o frio e tiveram que parar de escavar.
—Está fazendo um excelente trabalho, senhorita Lovato. Tenho que confessar-lhe que ainda sentia um grande respeito pelo trabalho de seu pai, quando o duque me disse que a senhorita iria ocupar seu lugar, pensei que não seria uma substituta adequada. Mas agora me dou conta que estava errado, a senhorita é insubstituível. O duque não poderá encontrar ninguém tão bom. Sentirei sua falta, querida.
—Não falaremos de sua partida — disse sua mulher, —é muito triste. — Logo se dirigiu a Demi: — Ainda tenho a esperança de que mude de opinião e fique conosco.
—O senhores tem sido muito amáveis comigo e eu sentirei a falta dos dois — disse Demi com os olhos cheios de lágrimas e sorrindo-lhe com afeito. —Mas deixamos de falar disso, ainda faltam seis semanas para minha partida.
—Eu sei—disse o senhor Bennington enquanto se levantava da cadeira. —Mas a próxima primavera não será a mesma sem a senhorita. Tenho que deixá-las. Sua senhoria quer que todo o solo esteja restaurado até sua volta e eu ainda tenho muito que fazer.
O arquiteto se foi e sua mulher se aproximou de Demi.
—Eu recebi outra carta de minha amiga, a senhora Treves — comentou a senhora Bennington. —Nela me conta que em Londres todo mundo faz apostas sobre quem será a próxima duquesa. A dama que se case com um homem da posição do duque tem que ser, no mínimo, filha de um conde e agora em Londres não há ninguém que cumpra com esse requisito. Ainda é muito cedo. Assim se o duque foi para Londres tão cedo, duvido que tenha ido ver lady Sarah. Deve ser uma viagem de negócios ou talvez quisesse visitar sua irmã. — Olhou para Demi esperando que confirmasse sua posição.
—Lady Hammond não dizia nada disso em sua carta. Se me perdoa. —Levantou-se e começou a caminhar em direção a cozinha, deixando à senhora Bennington desconcertada.
—Demi, querida, se sente bem?
—Sim — respondeu ela na porta. —É que eu tenho muito coisa para fazer.
No caminho para antika repetiu uma e outra vez que ela não se importava com quem fosse casar com Joseph. Iria se esquecer do que tinha acontecido na noite anterior. Iria esquecer.
Em cima de sua mesa tinha um mosaico com a representação da Europa. Demi olhou fixamente e a imagem do continente começou a mudar até formar outra forma diferente. Demi via um homem e uma mulher nus e lembrou como Joseph tinha contornado com os dedos as formas da mulher.
E tinha a acariciado assim também. Ondas de calor inundaram seu corpo ao lembrar-se dessas caricias. Era impossível deixar de pensar no que tinha sentido quando ele a abraçou pelas costas e apertou seu corpo contra o seu. Sua voz sussurrando-lhe ao ouvido, seus beijos, sua excitação.
Contemplar os afrescos eróticos era uma coisa, mas sentir as mãos dele sobre sua pela, sua boca torturando a sua, era outra coisa muito diferente, que a deixou ardendo e desejando algo mais.
Ele ia se casar com outra. Como tinha podido tocá-la desse modo se iria se casar com outra?
«Os homens não tem permanência no que se refere a mulheres.»
As palavras de Joseph voltaram para atormentá-la e entendeu que um homem podia desejar uma mulher e não sentir nada especial de por ela. Eles dois tinham estado flertando durante semanas. Ele a tinha beijado e ela tinha correspondido o beijo. Os dois queriam algo a mais e os dois tinham tido.
O amor e o desejo não eram a mesma coisa. Talvez ele a desejasse, mas não estava apaixonado por ela. Ela também o desejava ansiava por suas caricias, mas já não o amava. A noite anterior, ambos tinham sentido desejo, não amor. O desejo tinha-lhe proporcionado um dos melhores momentos de sua vida. O amor tinha destruído o seu coração. Faria bem em não esquecê-lo.


acredito que o que Joe tem entre as pernas deve estar hiper pesado e ele nem pode se aliviar pois nao pode fazer coisas com a Demi....isso sera um gravissimo problema.

falta pouco pro capitulo 19 que NINGUEM quer ler ne kkkk
bjemi

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 17 parte I

Beijos em troca de tempo. Joseph estava convencido de que era a proposta mais estranha que tinha feito a uma mulher, mas Demi não parecia impressionada.
—Muito próprio do senhor em pensar algo assim —disse ela enquanto se distanciava dele rindo. —Assim o senhor sempre saí ganhando.
Isso era verdade e não pode evitar rir junto com ela, mas nas três semanas seguintes deixou de fazer graça. Não podia deixar de pensar naquele beijo durante todo o dia. A esquisitice com que a perna dela tinha se amoldado a sua, seus braços rodeando-lhe o colo. O perfume de gardênia inundando-lhe os sentidos, o doce tacto de sua boca e o calor que irradiava de seu corpo. Mas o que mais lembrava era sua expressão quando se separaram. A surpresa, o prazer genuíno que tinha em seu sorriso e que não tinha sido capaz de escondê-lo.
Ele tinha razão. Ela era muito apaixonada, mas mantinha esse sentimento prisioneiro embaixo de sua serena superfície. Ele tinha conseguido liberá-lo por alguns segundos e morria de vontade de fazer isso de novo.
Pelas tardes, revisavam as peças e escolhiam quais enviariam ao museu e quais não. Cada noite a pegava entre seus braços e dançava com ela. Perguntou-lhe tudo o que queria saber sobre os lugares em que tinha vivido, sobre as pirâmides, o Coliseu, os mercados de Tanger e Marrocos. Discutia com ela, provocava ela, flertava com ela, mas nunca, nessas três semanas, nem uma só vez tentou beijá-la de novo.
Beijá-la seria somente o prelúdio de tudo o que tinha imaginado fazer com ela e isso comprometeria a honra dele e a inocência de Demi. Tinha que se lembrar uma e outra vez que ele era um cavalheiro, algo que nunca tinha estado tanto estar presente. Fazia dezessete anos que cumpria com as obrigações de seu cargo, levava toda uma vida acatando as normas da sociedade e cumprindo com uma estreita disciplina, tudo isso agora podia ajudar-lhe. Não importava a posição que tivesse, nem seu título, um autêntico cavalheiro não se aproveita de uma dama inocente, especialmente se ela trabalha para ele. Beijar Demi outra vez não seria correto e Joseph sabia que tinha que controlar-se. Mas tinha tanta vontade, Deus, tanta!
As implicações que ele tinha sugerido a ela não deixavam de perseguir-lhe. Cada dia pensava em infinitas maneiras de dar-lhe prazer em troca de que ficasse mais tempo. Maneiras que o obcecavam de dia e de noite invadiam seus sonhos.
Ela aprendeu a dançar valsa muito bem, assim começou a ensinar-lhe os passos básicos de outras danças populares. Não foi fácil, já que a maioria dessas danças requeriam de no mínimo quatro pessoas. Tratar de explicar-lhe que era um moulinet ou um interchassé sem outros pares era quase impossível, mas ele tentou de todos os modos. Pegar-lhe nas mãos era a maior intimidade que tinha nessas danças, assim que para Joseph eram muito mais seguros que dançar valsa.
A presença de outras pessoas tinha sido de mais utilidade que sua determinação, claro, e agora provavelmente ela já não teria medo de que a vissem, mas ele não o sugeriu. Que Deus o ajudasse, não estava disposto a sacrificar o prazer de estar sozinho com ela. Necessitava estar com ela e queria saber quem ganharia, se seu desejo ou sua resistência. Uma aposta muito perigosa.
Sabia que estava brincando com fogo, mas o risco valia à pena. Três semanas depois do beijo em antika percebeu de que não podia aguentar mais, de que estava no limite e deu corda a caixa de música para que soasse uma valsa.
—Vamos praticar valsa esta noite? —perguntou Demi ao ouvir a melodia. —Faz muito tempo que não dançamos uma.
Joseph pegou-lhe a mão.
—Devemos repassá-la de vez em quando. — Aproximou-a dele e rodeou-lhe a cintura. —Além do mais, prefiro dançar uma valsa com o senhor que formar as chatas figuras da quadrilha através da habitação.
—Verdade?
—Sim, ainda que minha parceira de dança seja tão cruel comigo.
—Estou sendo cruel? —perguntou ela sorrindo ante seu tom zombeteiro de voz. —E como?
—A senhorita sabe o quanto é importante o museu para mim e se nega a me dar mais tempo em troca do beijo que dei-lhe há três semanas, um beijo que sei que desfrutou. — Ele viu como ela se ruborizava e se perguntou como tinha podido achá-la sem graça antes. Era a criatura mais excitante que tinha nunca tinha conhecido. Decidiu se arriscar de novo. —Talvez pudéssemos voltar a negociar.
—Oh, não, não —negou sorrindo. Ela também gostava do jogo que tinha entre os dois. —Não vou dar-lhe mais um mês.
—Pois então duas semanas.
—Que presunçoso de sua parte! —exclamou ela ainda rindo e deu-lhe uma palmada carinhosa no ombro. —Seja serio em suas negociações ou não me faça perder o tempo com elas.
Joseph aproximou-a mais a ele, muito mais do que era apropriado em uma valsa.
—Que consideraria a senhorita uma oferta seria?
Demi fingiu pensar durante alguns instantes.
—Aquele beijo deve ter durado dois minutos, no máximo. Assim que estaria disposta a dar-lhe dois minutos a mais de tempo.
Joseph olhou-a com fingida indignação.
—Dois minutos? Isso é tudo o eu que mereço? Demi me sinto insultado. Acho que uma jovem dama que espera entrar na sociedade deveria valorizar mais meu beijo. No fim das contas, sou um duque.
Os belos olhos dela brilharam com malícia.
—Talvez valesse mais se pudesse contá-lo, mas se conto em Londres o quanto o senhor beija bem, arruinaria minha reputação.
Ele sorriu, gostava de poder flertar com ela.
—Mas faria maravilhas com a minha — respondeu ele. —Eu gosto da ideia de que todas as mulheres de Londres estejam a par de meus encantos.
—O senhor dizia que não gostava de ser o centro das atenções.
Ele aproximou-a ainda mais.
—Ah, Demi, para um homem, ser considerado um bom amante é muito mais gratificante, que qualquer outra fofoca que pudesse dizer sobre ele.
Ele achava que a respiração dela estava acelerando, mas podia não ter certeza. Quando respondeu, fez de maneira seria e breve, mas ainda podia notar o seu sorriso em seus olhos.
—Ninguém ouvirá de mim que beija bem, senhoria.
—A senhorita não é dessas que se gaba de suas próprias conquistas?
—Não. — Baixou a vista para logo olhá-lo diretamente nos olhos. —Além do mais, se quer que eu fique mais tempo, tem que me oferecer algo mais tentador que um simples beijo.
Isso sem dúvida podia fazer. Sabia todos os lugares onde queria beijá-la: nos suaves lóbulos de suas orelhas, em seu sedoso cabelo, no interior de seus pulso, nas bochechas.
Sua imaginação se descontrolou. Sues seios redondos com rosados mamilos excitados por seus lábios. O centro de suas costas, seu umbigo. Os cachos dourados e a doce e quente virilha entre suas pernas.
—Um simples beijo pode ser muito mais tentador do que se imagina — disse ele sem reconhecer sua própria voz.
Tinham deixado de dançar e ele nem sequer tinha se dado conta. Em algum lugar, distante, ouviu como a música ia parando.
Ele ia beijá-la outra vez. Ia permitir que o desejo que sentia por ela se descontrolasse por um instante. Seguro que logo conseguiria contê-lo.
Apenas um beijo. Só um. Abaixou a cabeça.
—A música parou. —Ela recuou alguns passos, virou-se e caminhou até a caixa de música.
Ele não iria permitir que ela se afastasse, assim que a agarrou pela cintura e a atraiu com força até ele. Os dois ficaram petrificados, as costas dela contra o peito dele.
Joseph fechou os olhos e inalou a essência de gardênia de Demi. Sentia seus suaves cabelos roçando sua mandíbula. Podia notar como ela acelerava a respiração em seu braço e sentia suas nádegas apertadas contra seus quadris.
Notava como seus seios roçavam sua mão, tudo o que tinha que fazer era mover um pouco os dedos.
Mas no lugar disso, se afastou um pouco dela e abriu os olhos. Secou-lhe a garganta ao ver sua nuca. Tinha o cabelo recolhido em um belo coque que Ella tinha-lhe feito naquela manhã. Os minúsculos pentes de concha pareciam âmbar a luz da velas. Queria desfazê-lo, passar os dedos por aquela densa cabeleira. Não fez isso, mas inclinou a cabeça e beijou-lhe na nuca. Tinha os tendões rígidos como as cordas de uma harpa.
—Está segura de que outro beijo não conseguiria tentá-la? —perguntou-lhe e se inclinou um pouco para poder beijar-lhe o colo.
—Não ficarei outro mês —disse ela tranquilamente por cima do ombro. —Aquele beijo não foi tão bom.
Ele riu suavemente e seu hálito roçou-lhe a orelha.
—Só foi o momento mais extraordinário de sua vida —sussurrou ele. —Foi o melhor elogio que jamais tinha recebido de uma mulher, Demi.
Ele lambeu-lhe a orelha e ela emitiu um entrecortado suspiro. Ainda tentou continuar discutindo com ele.
—Eu disse… que… tinha sido… um dos momentos mais extraordinários. Um de muitos. Eu já tive outros, sabe?
—Verdade?
—Também, acho que dois minutos é… é… muito generoso de minha parte. Para o senhor, me beijar deveria ser uma recompensa em si.
Recompensa? Ele estava totalmente excitado pelo roçar de suas costas, tremia pelo esforço que estava fazendo por se conter. Aquilo era uma tortura, não uma recompensa. Se naquele instante ela lhe pedisse que lhe daria um mês em troca de permitir-lhe continuar abraçando-a daquele modo, aceitaria. Deus, sim. Imediatamente.
Moveu a mão e cobriu seu seio com ela. Ela se assustou e se virou. Colocou as palmas de suas mãos sobre seu tórax, como se tivesse intenção de afastá-lo.
Ele não podia deixá-la ir. Ainda não.
—É esta é minha recompensa? —perguntou ele deslizando as mãos até sua cintura. Inclinou a cabeça. —Me ensine.
Seus lábios acariciavam entreabertos os seus. Enquanto a beijava, movia suavemente a mão que tinha em suas costas fazendo tímidas caricias, mas Demi não se moveu. Não devolveu-lhe o beijo. Em vez disso, se manteve rígida, com os lábios fortemente apertados.
Agora que Joseph tinha decidido sucumbir a tentação não iria permitir que ela resistisse e sabia que se queria desfrutar de sua paixão tinha que enfeitiçá-la. Acariciou-lhe as bochechas com a ponta dos dedos e lambeu-lhe lentamente os lábios, de um lado para o outro, uma e outra vez, obrigando-a a suspirar.
A boca dela tremeu com a suave caricia de sua língua, mas ainda não estava disposta a render-se.
—Demi, Demi, me beija. Te peço, por favor.
—Eu… —começou a dizer ela, ao falar, abriu seus lábios entre os seus. Joseph aproveitou para beijá-la profundamente, introduzindo sua língua ao notar como ela relaxava. Baixou as mãos até sua cintura e se apertou contra ela a tempo que dava um passo adiante fazendo-a recuar até chegar a parede. Os dedos de Demi se agarravam a sua camisa: puxando o tecido atraindo até ela. A boca dela contra a dele, sua língua buscando a sua. Uma permissão silenciosa. Ele procurou suas mãos e entrelaçou os dedos com os dela, assim junto, respirando um a essência do outro, pouco a pouco ela foi relaxando em seu abraço até render-se a ele.
Joseph soltou-lhe as mãos e rodeou-lhe a cintura. Começou a acariciar-lhe as costelas. Graças a Deus não tinha feito caso em usar espartilho; a última coisa que queria agora seria esse tipo de impedimento. Foi subindo até chegar a seus redondos seios e notou como se endureciam embaixo de suas mãos. Somente duas camadas de roupas separavam a sanidade da loucura.
«Me deterei —prometeu-lhe ela em silencio—. Eu juro.»
Parou de beijá-la e enquanto acariciava-lhe os seios, trilhou um caminho de beijos ao longo de sua mandíbula. As suaves curvas dela queimava-lhe onde quer que as tocasse. Seus quadris se moviam ansiosos contra suas coxas e ondas de prazer inundavam todo seu corpo.
Queria derrubá-la no chão e sentir como esses quadris ondulavam embaixo dos seus, queria notar suas longas pernas ao redor. Queria ouvir-lhe pronunciar seu nome, uma e outra vez, enquanto faziam amor. Ele não podia, não podia, mas tinha que beijá-la um pouca mais antes de deixá-la ir.
Separou seus lábios dos dela e afundou seu rosto na suavidade de seu colo. Beijou cada centímetro de sua pele, saboreando cada um dos suspiros de prazer que ela exalava ao acariciar-lhe os seios. Quando pegou o mamilo entre seus dedos e o rodeou com lentas caricias, esses suspiros se transformaram em gemidos: foi o som mais doce que tinha ouvido em sua vida. Todas as peças de seu autocontrole agora estavam destruídas, recordava que tinha que parar. Mas ainda assim não parar.
Beijou-lhe o colo, a mandíbula e o queixo até voltar a capturar sua boca. Desta vez, ela separou seus lábios um instante; tinha abandonado toda sua resistência. Desejava-lhe tanto como ele desejava ela. Antes que ele pensasse parar, ela rodeou-lhe o colo como os braços e apertou seu corpo contra o seu. A língua dela introduziu em sua boca, eliminando assim de sua mente qualquer estúpido resíduo sobre a honra que ainda pudesse ter.
Sentiu como perdia totalmente o controle e deslizou as mãos por todo seu corpo até acariciar-lhe as nádegas. Levantou-a do chão até notar que seus quadris ficavam na mesma altura que os seus. Demi separou as pernas todo até onde permitia sua saia e se apertou contra ele. Seus corpos se moviam num uníssono, cada balancear incrementando o prazer. Ele ouvia os suaves suspiros que ambos emitiam, sentia como suas línguas se acariciavam como seus quadris se acompanhavam. Permitiu-se alguns segundos mais dessa primorosa tortura e logo deixou de beijá-la. Tinha chegado o momento de parar.
Joseph sussurrou uma maldição contra seu colo. Estava excitado e ansioso, mas a soltou e deu um passo para trás, logo outro, e outro, afastando-se dela em uma tentativa de controlar o desejo insatisfeito que ardia dentro dele. Nenhum dos dois falou. Quando ele deu dois passos se deteve, ali já não tinha a tinha a seu alcance.
Ela não tinha experiência nesses assuntos, mas ele sim. Sabia que não podia ficar ali nem um minuto a mais ou faria algo que não devia fazer. Podia arruinar a reputação dela e perder toda a sua honra.

EU PAAAAAAAAAAAASSSSSSSSSSSSEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIII na prova
agora começar as aulas praticas de direçao.
e por isso que estao ganhando mais um pedaço do capitulo.
Joe ta tendo problemas graves por causa de um beijo..olha ele logo surta e pode fazer besteira...(e fará aiai) bjemi