sábado, 27 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 24 ANTEPENULTIMO

Apesar de suas afirmações, Demi não tinha esquecido a noite que passaram juntos, nem ele e não podia acreditar que ele pensasse nisso. Esses momentos estavam gravados para sempre em sua mente. As lembranças de como a tinha beijado, de como eles tinham feito amor, a gloriosa sensação de suas mãos, de sua boca. O ato em si mesmo, o prazer e o desejo que sentiu, se lembrava toda hora. Ela nunca poderia esquecer. Além do mais, nas duas semanas que se seguiram ao baile das Haydon Rooms ele não permitiu que esquecesse.
No dia seguinte da dança deles juntos, ele lhe mandou doze ramos variados de tulipas e alecrim para dizer-lhe que admirava seus belos olhos e que se lembrava da primeira vez que lhe disse isso. Cada ramo vinha em um bonito vaso de cristal com um laço que tinha pendurado uma pequena forquilha de ouro para o cabelo. Demi tocou um desses belos adornos recordando exatamente o que ele queria que se lembrasse; o dia do penteado.
«O cabelo de uma mulher pode se transformar em uma obsessão para um homem.»
Ele estaria imaginando como ficariam seus cabelos sobre seu travesseiro?
Essa noite tinha sido quando ele lhe confessou que tinha medo do amor e que temia se apaixonar.
O presente era tão exagerado e tão caro que o apropriado seria devolver tudo: flores, vasos e forquilhas de cabelo. No final, ficou com as flores e devolveu o resto, com uma nota em que lhe recordava que não podia aceitar presentes e muito menos tão caros, porque se aceitasse todo mundo pensaria que estavam comprometidos e não era assim.
Alguns dias mais tarde, doze ramos de dicanias proclamavam a paixão que sentia por ela e lhe recordava seu picnic, em que ela lhe descreveu as colinas de Creta. Mas desta vez, só estavam atados com uns laços de seda, não tinha nem vasos nem forquilhas para o cabelo.
No fim de alguns dias, chegaram mais doze ramos. Estes de flores de melocotão.
«Me tens cativo», leu Elizabeth no livro que segurava entre as mãos e se aproximou do ramo que Demi tinha em sua habitação para poder cheirá-las melhor.
—Também significam «estou a sua disposição». — Com um suspiro, se afastou do ramo e se jogou na cama de Demi. —Eu me apaixonaria por um homem que me dissesse essas coisas.
—Está dizendo bobagens — respondeu Demi enquanto escorria os cabelos molhados e fazia que a água caísse nas flores que tinha sobre sua mesa. —«Estou a sua disposição» — repetiu e cobriu os cabelos com uma toalha. — Como se Joseph pudesse pensar em algo tão ridículo.
Se virou e ao ver o novo ramo de flores se lembrou da noite em que negociaram sobre os óculos. Cobriu a boca com as mãos.
«Não se dar conta do poder que tem sobre mim.»
Ao recordar essa noite, invadiu nela de novo o desejo, aquela cálida sensação que se apoderava de todo seu corpo quando ele a acariciava.
—Mas isso não abranda teu coração? Nem sequer um pouquinho? —perguntou Elizabeth.
Demi negou com a cabeça e observou preocupada sua amiga.
—Ele não fala serio.
—Você não acha que ele seja sincero?
—Eu não sei! —respondeu exasperada. —Não quero mais falar do tema.
Elizabeth não voltou a mencionar o assunto e o resto da família Fitzhugh guardou também um respeitoso silencio, mas quando chegaram doze limoeiros indicando a inconfundível intenção que tinha o duque de se casar com ela, sir Edward perguntou divertido se aquelas demonstrações de afeto continuariam assim até o Natal. Porque se essa era a intenção do duque, já temia que fossem receber doze pinheiros.
Além das flores que Demi recebia, chegavam cada dia na mansão cada dia centena de cartas e convites. Tanta gente vinha visitar a Russell Square que o pequeno salão frequentemente não podia acomodar a todos. As visitas falavam delicadamente sobre bodas ou compromissos, mas ninguém era nunca tão atrevido como para perguntar diretamente pelos rumores que circulavam sobre ela. Não tinha sido anunciado nenhum compromisso, mas todo mundo interpretava o silencio de Demi como um sinal de que queria ser discreta e ninguém acreditava que pudesse ser verdade que ela tinha rechaçado o duque.
O barão os visitava frequentemente durante a semana, às vezes ficava conversando e outras vezes a convidava a dar um passeio para assim poderem se conhecer melhor. Demi não sabia se ele fazia isso porque realmente sentia certo carinho por ela ou se a única coisa que queria era parecer um avô atento. Em qualquer caso, Durand estava convencido de que apesar de suas negativas, Demi seria em breve a esposa de um duque.
Essa convicção se via reforçada pelas páginas da sociedade nos jornais de Londres, já que todos davam por certo que ela aceitaria a proposta de Joseph. O decoro lhe impedia desmentir-los publicamente, assim que a única opção que ficava era esperar que se cansassem de falar disso.
Em qualquer caso, durante a segunda semana de seu pouco usual cortejo, as especulações não apenas não cessaram, mas sim que aumentaram consideravelmente. Todo mundo soube dos doze limoeiros e de que Joseph estava usando o livro de Charlotte de la Tour como guia. No fim de alguns dias, todas as livrarias de Londres se encheram de exemplares e muita gente ia passear por Russell Square com a esperança de ver chegar à casa de sir Edward Fitzhugh o novo ramo de flores que o duque mandava à senhorita Lovato.
Havia um grande fórum de discussão sobre as origens de Demi, que eram muito inferiores as do duque. Também se falou da fuga de seus pais e da tentativa do barão de ocultar dizendo que sua filha tinha ido estudar na Itália. Uma ou duas pessoas se atreviam a insinuar que seus pais não tinham se casado, mas esses rumores se calaram em seguida.
Começaram a circular as mais incríveis historias sobre sua vida na África e de como tinha chegado a trabalhar para o duque, restaurando antiguidades e fazendo os desenhos para seu museu.
Se comentava sobre sua beleza muito comum, sua falta de dote e sua falta de influencias. Tudo com a intenção de apontar o quão inadequada que era como duquesa e sugerindo que talvez Tremore não estivesse acertando em sua escolha.
Demi fazia todo o possível para ignorar as coisas horríveis que diziam sobre ela, mas não suportava que a observassem constantemente. Não podia ir a nenhum lugar sem ser observada analisada. Começava a entender o que Joseph lhe tinha dito a respeito o quão pesada que podia ser sua vida.
Mas ele continuava colocando lenha na fogueira. O dia da partida de cartas na casa de dos Fitzhugh outro presente floral chegou a Russell Square.
—É impossível! — disse Demi olhando como dois homens entravam com um enorme ramalhete de flores com todas as cores do arco-íris.
Lady Fitzhugh teve que limpar um canto inteiro da habitação para dar espaço para o enorme ramo que no mínimo, media um metro de largura por um metro e meio de altura e não cabia no pequeno vestíbulo. Quando tinham acabado de instalá-lo, os dois homens que tinham feito a entrega se foram. Elizabeth e Anne examinaram entusiasmadas as flores e Demi olhou exasperada para lady Fitzhugh.
—Que vou fazer? —perguntou desesperada. —Ele não aceita um não como resposta.
—Você vai rejeitar ele? —se surpreendeu Anne. —Oh, Demi, como você pode ser tão ser tão insensível?
A acusação lhe doeu e Elizabeth deve ter percebido, porque saiu em sua defensa.
—Se você não o ama não tem por que se casar com ele.
—Você não o ama? —perguntou Anne incrédula. —Por que não?
—Anne, já é suficiente — disse lady Fitzhugh. —Os sentimentos de Demi não são de nosso assunto. Agora, meninas, acho que é hora de irmos a casa de lady Atherton. São quase três horas. Deixemos Demi em paz um pouquinho, Deus conhece o que lhe convém.
Ela olhou agradecida para lady Fitzhugh enquanto a mulher tirava suas filhas da sala, deixando Demi sozinha com seu novo ramo. O observou durante muito tempo.
Apesar das dezenas de flores e plantas que tinha em sua frente falavam de paixão, de honra, de desejo que tinha de protegê-la, de cuidar dela, Demi não pode evitar perceber de que não tinha nenhuma flor em todo esse enorme ramo que fosse uma declaração de amor.
Não importava muito. O próprio Joseph tinha dito que o que sentia por ela era uma loucura temporal e ainda que tivesse ter havido uma rosa ou um ramalhete de nomeolvides escondido em algum lugar daquele exagerado ramo, não se convenceria de que ele sentisse por ela algo permanente e duradouro. Não havia nenhuma flor, nenhum presente que pudesse convencer seu coração.
Joseph sabia desde o principio que não havia maneira de cortejar Demi sem alimentar fofocas. Mas não estava preparado para a raiva que sentia cada vez que lia algo sobre ela nos jornais. Depois de seu baile em Haydon Rooms não tinha voltado a visitá-la em Russell Square com a esperança de cessar assim os falatórios.
Como não podia ir lá, passava muito tempo no clube. Uma noite, no fim de uma semana do famoso baile, foi a Brook's e se encontrou lá com Dylan, que já tinha bebido mais da metade garrafa de licor.
Joseph aceitou o convite de Dylan de acompanhá-lo e se sentou. Se recostou em sua cadeira e observou a fisionomia cansada e os olhos avermelhados de seu amigo.
—Sempre que te vejo assim me alegro de não ter teu temperamento artístico — comentou.
—Aparentemente eu tampouco tenho. —disse Dylan preocupado. —Não sou capaz de escrever mais de duas notas seguidas, de modo que eu decidi sucumbir aos excessos do álcool. — Apontou a garrafa. —Você quer me acompanhar? Pelo que eu ouvi, você também precisa de um trago.
Joseph não admitiu nada. Em vez disso, se limitou a pedir um copo e quando lhe trouxeram, se serviu ignorando o olhar zombeteiro de seu amigo.
—Eu ouvi que os floristas de Londres estão muito ocupados.
Joseph bebeu em silencio.
—Talvez deveria começar a mandar flores para damas. Isso seria algo novo para mim. Com que flor você pergunta a uma mulher para dormir contigo?
Joseph riu suavemente.
—Você dormiu com tantas que não sei se você é capaz de se lembrar de todas.
—Não é verdade — corrigiu Dylan. —Eu ainda não dormi com a sua, apesar do quanto eu gostaria.
Joseph ficou tenso e apertou o copo entre suas mãos, mas não disse nada.
Dylan se recostou na cadeira e levantou as sobrancelhas procurando o confronto.
—As notas da sociedade não deixam de dizer que ela não é bonita, sabia?
Dizem que ela tem a pele muito queimada pelo sol para os padrões, que suas bochechas são redondas demais e que seus cabelos são de um de castanho muito comum. Acredito que para ti é cor de mel.
Joseph não estava de bom humor para aguentar as zombarias de Dylan.
—Está tentando me provocar?
—Confesso que sim. Pelo menos uma vez, eu gostaria de te ver sem essa máscara de controle ducal. Você sabia que em todos os anos que fazem que eu te conheço nunca te vi perder o controle? Nem uma só vez. Mas vamos deixar de lado o teu caráter por hoje e nos concentramos nos encantos da senhorita Lovato. — Bebeu mais um pouco. —Dizem que ela não enxerga bem e que tem que usar óculos quase o tempo todo. Todas as mulheres de Londres se perguntam como alguém tão insignificante pode ter conquistado teu coração, mas eu acho que há muitos homens que estarão de acordo comigo nisto… Olha, aqui está o que quero te ensinar.
Joseph pegou a copia do The Times que tinha encima da mesa e voltou a dobrá-lo pelas páginas de política.
—Ela tem uma figura sensual — continuou Dylan apesar do gesto de Joseph. —Percebi de imediato, eu sempre presto atenção nas coisas mais importantes. Olhe, os jornais talvez tinham razão em dizer que seu rosto é comum, mas é bastante bonito se você o olha em conjunto. É um rosto que não revela seus sentimentos facilmente, não acha? Eu estive observando enquanto você dançava com ela e qualquer um diria que ela não se interessa nem um pouco por ti. E seus olhos. Deus, que cor tão linda…
Joseph bateu na mesa com o jornal.
—Não me pressiones mais, Moore, esta noite não estou com humor para aguentar teus comentários satíricos.
—O que é satírico é ver você se agonizando de mal de amor. A verdade é que observar este romance a distancia pode ser bastante divertido. Limoeiros, Tremore? Ninguém havia te considerado antes um idiota. A senhorita Lovato parece não corresponder aos teus sentimentos. Como você se sente? Frustrado? Ferido? Descontente com os deuses por terem ficado contra a você?
Joseph começava a tremer o músculo do queixo.
—Vai para o inferno.
—Já estou lá, meu amigo. — Dylan voltou a encher o corpo e levantou. —Pelo inferno— disse e bebeu todo o licor. —Agora já estamos nós dois nele.
Se levantou da cadeira e se dispôs a ir embora, mas antes de ir se inclinou sobre Joseph, apoiando as mãos na mesa.
—Acho que vou compor uma peça em homenagem a senhorita  Lovato— declarou em voz baixa. — «Demi, dos olhos violeta» ou algo do estilo. Quem sabe? O melhor seria uma sonata que teria êxito já que as flores tem fracassado…
Uma ira como nunca tinha sentido antes se apoderou de Joseph, e o que viu logo em seguida foi seu melhor amigo caído no assoalho com os lábios partidos. Sentiu uma dor pulsante em seu punho e notou que vários membros do clube o estavam segurando.
Dylan esfregou seus lábios com a mão. Olhou seus dedos ensanguentados e sorrindo, enfrentou Joseph.
—Você vê, meu amigo? —murmurou. —A loucura afeta a todos. Inclusive a ti.


quem sabe agora surgem mais comentarios.....voces sumiram. 
e a outra fic ja esta engatilhada, so esperando essa acabar...gente  sao 26 capitulos ao todo, ou seja...ja ta acabando, entao colaborem.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 23 parte II

—Lady Sarah não poria nunca um de seus delicados pés em um lugar como esse. Antes ela morre. E tampouco acho que ela tenha sido capaz de me mandar uma planta morta. — Se interrompeu e estudou seu amigo durante um momento. —Você mudou de ideia. E escolheu outra. Me diga que sim, eu te rogo.
—Sim, sim é isso.
—Eu estou ouvindo como os anjos cantam, Tremore. Você não esta brincando, não? De qualquer modo, estou tão aliviado que não me importa. Então, quem é sua nova escolhida? Que tipo de futura duquesa vai a um baile nas Haydon Rooms e te manda uma planta morta? Não será uma moça do campo?
—Mais ou menos, mas seria mais preciso dizer que é uma moça do mundo.
—Fiquei intrigado.
—Eu sei — respondeu Joseph caminhando até a porta com seu amigo pisando nos calcanhares. —Estava convencido de que assim seria.
Demi pensava que a primeira vez que ia em um baile em Londres passaria o tempo sentada olhando como as pessoas dançavam, mas surpreendeu-se ao ver que se equivocava e que lhe solicitavam danças em varias ocasiões. Nenhum de seus parceiros podia se comparar com o homem que tinha lhe ensinado a dançar, mas ela não podia evitar pensar.
—Quanto tempo vai ficar em Londres, senhorita Lovato? —perguntou-lhe sir William Laverton enquanto participavam em uma quadrilha. —Já visitou algum museu?
—Sim, claro — respondeu ela tentando se concentrar em seu par e na porta do Haydon Rooms. Uma planta gelada simbolizava a recusa de alguns avanços, mas não sabia se Joseph iria aceitar sua resposta. Temia que aparecesse por ali em qualquer momento.
—Sendo filha de quem é, tenho certeza que encontrará museus fascinantes em Londres. — Sir William continuava falando e ela voltou a tentar se concentrar no que dizia e tratando de não bocejar. Seu par era bastante agradável, mas não á motivava. Era o tipo de homem que não lhe partiria o coração somente em olhá-la e que era incapaz de chegar a sua alma só em tocá-la. Deveria se alegrar disso.
A música parou de repente e todo mundo parou de dançar. Seu parceiro tinha o olhar fixo em algum ponto em cima de seu ombro e Demi se virou. Apesar de não usar seus óculos, não precisou para saber quem acabava de entrar.
Todos os sopros foram se silenciando e o são ficou em completo silencio. Inclusive aqueles que não o conheciam podiam distinguir que se tratava de um membro da nobreza. As pessoas começaram a se inclinar e a fazer reverencias diante dele como salgueiros balançando ao vento.
Ainda não podia vê-lo bem, Demi, notava que ele a estava olhando. Distinguia o bastante como para perceber de que tinha começado a caminhar até ela, mas tinha parado de repente.
Outro homem seguia a Joseph e parou ao seu lado. Um homem vestido todo de negro com a exceção da camisa branca. Tinha tal silencio que todo mundo podia ouvir o que dizia.
—Serio, Tremore —se queixou. —basta você chegar para acabar com a diversão. — Com um gesto de aborrecimento continuou. —Estão todos parados. Vamos, faz os que fazem os duques e lhe diz que podem continuar. Se não fazer isso, não vamos poder dançar com nenhuma das damas aqui presentes.
—Isso seria uma pena —respondeu Joseph e ela notou como ele continuava olhando-a. —Me viciei muito em dançar ultimamente.
Ele deixou de olhá-la um instante para saudar as pessoas ali reunidas.
—Podem continuar.
A música voltou a tocar e seu acompanhante continuou dançando com ela.
—O duque de Tremore —disse sir William em um de seus encontros. —Nossa pequena reunião não pode ter nenhum interesse para ele. Me pergunto o que faz aqui.
—Não posso nem imaginar —mentiu ela quando voltaram a se separar.
Demi continuou dançando com sir William e se manteve todo o tempo concentrada nos passos, mas quando a música finalizou, viu que Joseph e seu amigo estavam com os Fitzhugh. Não podia escapar dele.
—Senhorita Lovato— disse ele ao saudá-la, — é um prazer voltar a vê-la. Me permita que lhe apresente a este cavalheiro. — Apontou ao homem que estava ao seu lado. —Esse é Dylan Moore, meu mais querido e velho amigo. Moore, ela é a senhorita Lovato. Talvez tenha ouvido falar de Dylan, senhorita Lovato, é um dos melhores compositores da Inglaterra.
—Você exagera meu talento, Tremore. —O homem de negro lhe fez uma reverencia. —Tenho entendido que é uma grande viajante e que esteve em um montão de lugares exóticos, senhorita Lovato. Sir Joseph me contou suas aventuras no deserto com seu famoso pai. Realmente montou num camelo?
—Muitas vezes — respondeu ela evitando olhar Joseph. —Mas não há nada exótico nisso. Um dia a camelo e um é dolorosamente consciente de todos os músculos que tem no corpo. É tão pouco romântico como que te arrancassem um dente.
Todo mundo riu, inclusive Joseph, mas quando os músicos voltaram a tocar, sua expressão ficou seria.
—Eu gostaria de saber mais sobre camelos, senhorita Lovato. Se não tem outro compromisso, me concederia a honra de dançar comigo? —disse Joseph.
—Eu não acho… — se interrompeu, consciente de que todo mundo a estava observando e percebeu que não podia dizer que não. Se lhe rechaçasse o ofenderia publicamente diante de todas as pessoas.
—Claro, senhor — murmurou ela enquanto ele lhe oferecia o braço. —Será uma honra.
Demi foi pega por ele e lhe permitiu guiá-la até a pista de dança. Sentia como todo mundo os observava enquanto Joseph lhe colocava a mão em sua cintura e levantava a outra. Estava certa de que tropeçaria, assim que olhava para o solo.
—Me olhe, Demi. Não para o assoalho.
Ela optou por um ponto no meio. Fixou a vista em sua gravata e tentou não pensar que todo mundo os estavam observando. Mas seu medo a fazer o ridículo desapareceu quando começaram a tocar as primeiras notas da valsa, pois seu corpo se recordava de todas as vezes que tinham dançado juntos e o seguiu com facilidade.
—Me alegra ter finalmente a oportunidade de te ver com o vestido rosa — disse ele quando começaram a dançar. —Me lembro de quanto você estava contente no dia que o comprou.
Surpreendida, Demi o olhou diretamente nos olhos.
—Você se lembra disso?
—Claro. — Tinha algo em seus olhos, algo intenso e apaixonado. —Me lembro de tudo.
Ela podia sentir como tremia por dentro. Tinha medo. Tinha medo de ser sua paixão de hoje, mas não a de amanhã, medo do muito que lhe doeria se voltasse a confiar nele e se enganasse.
—Você esta linda —disse ele, —o rosa fica muito bem em ti.
—Não faça isso — lhe ordenou com a voz controlada. —Não me elogie, por favor.
—Muito bem. Mudarei de assunto e lhe direi o muito que gostei do teu presente. Eu o recebi agora a pouco e devo confessar que nunca em minha vida tinha me sentido tão aliviado ao receber algo.
Ele nem sequer piscou quando ela o olhou cética, nem quando suspirou como se não tivesse lhe acreditado.
—Estou dizendo a verdade, tem sido muito cruel receber a planta congelada durante três dias. Estava começando a perder a esperança de receber alguma resposta.
—Não era minha intenção lhe causar tal inquietude — comentou ela. —Essa coisa tinha que estar três dias no gelo para que estivesse totalmente morta.
Ele soltou uma gargalha e ela viu como um montão de gente se virava para olhá-los.
—Shhh — lhe repreendeu. —As pessoas estão nos olhando.
—Eu sei — disse ele sorrindo. —As palavras não podem expressar o feliz que fiquei em receber essa planta morta e congelada. É um sinal do muito que te importo.
—Feliz? —lhe atacou ela. —Me sinto decepcionada. Esperava que seus sentimentos tomassem outra direção, mas para tragédia do que para alegria.
—Nem muito menos. Talvez quando amanhã você receber minha resposta saberá que vivo dependente de conseguir sua atenção e seus favores.
—Oh, pare agora, Joseph! Não gosto quando você se comporta assim.
—Assim, como?
—Todos esses elogios e esse desenvolvimento de sentimentos. Cheira a falsidade e isso não é próprio de você.
—Já te disse que quando dou minha opinião sou sempre honesto. Eu não teria dito se não fosse verdade. Mas não culpo você por não acreditar em meus elogios — continuou antes que ela pudesse responder. —Depois de tudo, eu não tinha sido muito pretendente, falando de obrigações, de honra e de dever quando deveria ter falado da paixão, do romance ou do quanto são bonitos seus olhos.
—Cale-se! Você esta me deixando irritada.
—Você, Demi? A mulher que me atirou uma espátula na cabeça? Não posso acreditar.
—Não atirei em você de propósito — recordou-lhe. —Se você não tivesse feito, teria dado.
—Não tenho nenhuma dúvida.
Ela voltou a abaixar a vista até sua gravata, apertou os lábios e não disse mais nada.
—Por que você aborrecida comigo, Demi?
Ela não estava aborrecida. Só tentava se endurecer em frente a ele, mas a doçura de sua voz a estava deixando nervosa. O olhou nos olhos, afastou a vista e voltou a olhá-lo.
—Você foi ver o barão e disse-lhe que íamos nos casar. Como você pode dizer tal coisa se te rechacei claramente?
—Sim, fui ver a Durand. E não, não lhe disse que íamos nos casar. Como ele é teu parente mais próximo, disse-lhe que tinha intenção de me casar contigo e eu pedi permissão para te cortejar honrosamente. Isso é tudo.
—Eu sabia desde o início que ele aceitaria encantado tua solicitude.
—Sim, claro — admitiu ele tratando de não sorrir. —Mas já te confessei faz tempo como me aborreço quando me dizem não. Esperava que em algum momento você decidisse passar por alto meus defeitos e que aceitasse se casar comigo.
—Eu não quero me casar com você, já te disse isso. Por que você não pode aceitar?
—Porque não posso deixar de pensar em você. Em nossas danças, em nossas conversas, na primeira vez que te ouvir rir. Não posso deixar de pensar em nós dois, naquela noite em antika — disse ele com uma voz entrecortada que lhe chegou ao coração. —Me lembro de como tua pele estava fria a principio, de como sentia que aquecia medida que te acariciava. Me lembro do quanto você estava linda quando estava com a luz da lua refletindo em ti enquanto eu acariciava seus seios.
—Por favor. — Estava se ruborizando diante de todas aquelas pessoas.
—Me lembro de como você repetia meu nome uma e outra vez enquanto te tocava e de quanto eu gostava de ouvir você pronunciar, me lembro de como preencheu todos os meus sentidos até que eu já não podia nem pensar.
Ela engoliu um soluço de dor e de fúria.
—Você é cruel, Joseph — sussurrou-lhe chateada. —É cruel me dizer todas essas coisas quando ambos sabemos que a única coisa que te importa é a tua determinação.
—Ambos fizemos algo que odiamos fazer, Demi. Ambos perdemos o controle. Eu aceitei toda a responsabilidade porque eu sabia o que estava fazendo e não fui capaz de me deter. E você diz que eu sou cruel? Você nem sequer me permite reparar o dano que lhe fiz. Se estou decidido é só porque quero cuidar de você. É você que esta sendo cruel, Demi, ao me negar isso.
A dança acabou e a música parou. Enquanto a acompanhava junto aos Fitzhugh, ele desafiou todos os olhares e lhe sussurrou diretamente ao ouvido.
—Me lembro de tudo e não acredito que você tenha esquecido. E se você esqueceu, farei com que você se lembre. Juro por minha vida que eu farei.

a historia tem 26 capitulos ao todo, ou seja, falta pouco...e Joseph ta investindo pesado, acho que a Demi nao ira resistir por muito tempo.
comentem gente, a proxima historia volta a ser uma das que fiz.
bjemi

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 23 parte I

A mansão que Joseph tinha em Londres estava localizada em Grosvenor Square e era mais uma amostra de sua opulência, ele passava muito tempo nessa casa e refletia a perfeição sua personalidade, muito mais que suas outras propriedades. As chaminés eram de um pálido mármore e os tapetes macios eram de cores sutis com desenhos simples. Tinha gente que a descrevia como sóbria demais, sem graça e mais intimidante que impactante. Para Joseph isso tudo era um elogio.
Um daqueles tapetes macios estava sendo muito castigado desde que tinha ido visitar Demi em Russell Square três dias antes. Não deixava de andar de cima a baixo diante da chaminé de seu estúdio. Cada hora que passava estava mais impaciente.
Quando visitou a casa dos Fitzhugh não tinha nenhuma dúvida de que Demi lhe responderia. Um jogo em que ele tinha que utilizar a linguagem das flores, uma linguagem que ela tinha demonstrado muito interesse. Por força tinha que estar intrigada, mas ainda não tinha recebido nenhuma resposta a seu desafio. Ela gostava de jogar tanto quanto ele.
O primeiro dia depois de sua visita a Russell Square tinha continuado com sua rotina, acreditando de que quando chegasse a casa encontraria ali sua resposta, mas não recebeu nada.
Ao final do segundo dia, ainda não tinha nenhuma resposta e começou a se preocupar que ela não respondesse a seu desafio.
Às nove da noite do terceiro dia, sua confiança e sua preocupação foram substituídas por um profundo e escuro sentimento de incerteza. Essa era uma emoção nova para e ele não gostava especialmente.
Agora, andava na frente do fogo, desejando com todas as suas forças que ela não tivesse respondido não significava que não tinha intenção de responder e começou a pensar em uma nova tática. Tinha que encontrar um modo de convencê-la de que se casasse com ele era a única opção possível. Ele tinha achado que com o jogo das flores, com sua declaração previa de que iria a ganhar, seria suficiente para conseguir que ela respondesse, mas se não, tinha que encontrar outro modo. De nenhuma maneira iria desistir.
A porta do estúdio se abriu e Joseph se deteve quando entrou Quimby, seu mordomo de Londres.
—Dylan Moore está aqui, senhoria — lhe informou Quimby.
O mordomo se afastou da porta para deixar espaço para o compositor. Dylan era umas das poucas pessoas que não tinham que pedir visitar previa para visitar o duque. Ele sempre era bem recebido.
—Tremore, eu venho te suplicar que venha comigo — disse sem preliminares. —Já não posso suportar a nenhuma outra diva petulante a mais.
—Problemas com sua nova ópera? —perguntou Joseph, mas com a cabeça em outro lugar. Não podia deixar de pensar em tudo o que tinha dito naquela abominável noite falando com Viola. Tinha que encontrar um modo de convencer Demi de que já não havia desse modo. Agora via a aquela mulher debaixo da chuva. Via seu belo rosto que sempre tentava esconder seus sentimentos, até que um dia explodia entre riso ou raiva e essa raiva só se dirigia a ele. A via com aquele horrível avental olhando o afresco erótico e depois olhando-o com aquela mistura de sedução e inocência.
—Não, não tenho problemas com a ópera, querido amigo, tenho problemas com a diva — corrigiu-lhe Dylan. —Elena Triandos é uma excelente soprano, mas é grega e as divas gregas são especialmente insuportáveis. Quando me lembro de que fui eu quem insistiu em lhe dar o papel principal, me…
A voz de Dylan se perdeu na distancia enquanto Joseph girava sobre seus calcanhares e voltava a andar sobre o tapete, mordendo a unha e pensando.
Demi necessitava que a cortejasse e parecia que as flores não tinham sido suficiente. Ela nunca tinha tido oportunidade de aproveitar dos prazeres da vida e Deus sabia que ela necessitava. O modo que seu pai a tinha arrastado por todo o mundo sem por nunca ao seu alcance as comodidades da civilização lhe chateava profundamente. Demi merecia algo mais além que os sabonetes perfumados, os bombons e o vestido rosa que tinha comprado. Merecia todos os luxos que a vida era capaz de oferecer e ele podia dar a ela. Ele jurou se tivesse a oportunidade, a encheria de todo tipo de presentes. A única coisa que precisava era uma resposta.
«E se ela me mandasse uma indiferente nota em que educadamente me dissesse que me rechaça? Isso seria muito pior do que se ela não me mandasse nada.»
Sentia como a dúvida o estava roendo com cada minuto que passava sem ter noticias dela. Que aconteceria se nada do que ele pudesse fazer fosse o suficiente? Negou com a cabeça. Não, isso ela não podia aceitar. Não podia acreditar. A única coisa que tinha que fazer era encontrar a resposta adequada, as palavras certas que dizer-lhe. Não, não iria se render.
—O que é que o deixou tão alterado que não pode parar de andar com tanta ânsia? —perguntou Dylan olhando-lhe. —Algum problema político na Câmara? Algum problema no museu? Se é isso, deve ser muito grave, nunca tinha te visto tão preocupado.
Joseph olhou distraído para seu amigo, mas não respondeu. O que tinha que fazer era conseguir ficar a sós com ela. Isso poderia fazê-la mudar de opinião. Quando visitou Durand, contou-lhe quais eram suas intenções. Estava certo de que Demi não tinha gostado disso, mas ele tinha sido obrigado a fazer isso. Sabia que se a sociedade não há visse como um deles não a aceitaria e ela seria a vítima perfeita daquelas línguas de víbora. Por mais discretos que fossem os Fitzhugh, não se poderia manter em segredo que a estava cortejando. Joseph tremia só de pensar que pudessem dizer que ela era uma oportunista que a única coisa que queria era capturar um duque. Já que dentro de pouco tempo todo mundo acreditaria que estariam comprometidos, talvez pudesse ficar a sós com ela. Pudesse beijá-la, tocá-la, dizer-lhe o quanto era bonita por dentro e por fora.
—Maldita seja, Tremore! Se der mais um passo sem me dizer o que esta acontecendo eu te juro que te dou uma surra.
Joseph não teve oportunidade de responder, porque nesse momento Stephens, um de seus empregados, apareceu na porta com uma caixa de madeira nas mãos.
—É de DeCharteres, senhoria — informou ao lacaio. —O senhor Quimby me disse que o senhor tinha estado perguntando se tinha chegado algo e chegou logo em seguida.
O alivio se apoderou de todo o corpo de Joseph. De repente sentiu tanta tranquilidade que teve que fechar os olhos e tomar ar. «Já era hora.»
Abriu os olhos e indiciou ao lacaio que entrasse na habitação e deixasse a caixa encima de seu escritório. Quando saiu, Joseph se aproximou da mesa e a observou. Não se importava o que ela tivesse mandado, o fato de que ela tivesse mandado algo já lhe dava esperanças
—DeCharteres? —Dylan se aproximou do escritório, intrigado, mas sem entender nada ainda. —A melhor floricultura de Londres manda agora ovos à nobreza? Ou talvez entre tanta palha escondida há uma delicada flor para sua famosa estufa?
Joseph estava muito ocupado tirando cachos de palha para responder-lhe. Queria ver o que ela tinha lhe mandado. Finalmente descobriu um pote envolto em papel. Quando o retirou, viu que tinha um aspecto lamentável. Suas folhas estavam secas e destruídas pela terra seca. Se deu conta de que o pote simples continha algo estava totalmente congelado e Joseph começou a rir.
Seu amigo olhou a patética planta e levantou uma sobrancelha.
—Que demônios é isto?
—Um presente de uma jovem dama — respondeu ele entre risos.
Uma planta gelada. Não tinha nenhuma nota, mas não fazia falta. Bem próprio de Demi pensar em algo engenhoso e que lhe fizesse jus.
—Está morta. — Dylan apontou o que era obvio olhando o aspecto que mostravam as folhas negras. — E além do mais está congelada. —Olhou surpreso a Joseph. —Isto é um presente de uma dama e você acha divertido?
—Sim, muito — respondeu Joseph sorrindo enquanto se aproximava daquela planta tão feia perto da chaminé. Colocou-a no centro da mesa. —Mas o que é mais importante: é um fato incentivador. — Olhou por cima do ombro de seu amigo e continuou: — Já que você esta vestido para a ocasião e me suplicou que te distraia de suas excêntricas divas, pode me acompanhar.
—Claro, mas aonde vamos?
—A Haydon Rooms.
Agora foi a vez de Dylan rir.
—Está brincando. As Haydon Rooms são muito mundanas para ti, não acha? Estará repleto de moças decentes procurando possíveis prometidos. Que homem razoavelmente inteligente quer conhecer uma moça que pensa em casamento?
Joseph se virou para olhar o amigo.
—Vamos ver minha duquesa.

mesmo chateada com o sumiço de voces, postei, 
nem deveria, mas como ontem terminei mais uma fic e isso me animou, ja q eu tava meio travada para escrever... espero q isso anime voces tambem
 bjemi

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 22 parte II

—Sim, Demi. Apesar de eu estar feliz que me faz te considerar um membro de minha família, isso não altera que o barão é realmente teu avô. Entendo perfeitamente teu orgulho, eu também tenho e compreendo que te indignem seus motivos. Sem dúvida, o fato que o duque se interesse por ti tem motivado este reencontro familiar. Sem dúvida, lhe interessa se aparentar com Tremore. E teme as críticas da sociedade se sabe que se negou a te ajudar no momento mais delicado, a consequência do qual você se viu forçada a trabalhar. Mas apesar de seus motivos, eu te aconselharia que lhe permitisse fazer o correto e que te reconhecesse como sua neta. Deixa que atue como um generoso e benevolente avô, ao menos agora.
Demi ia falar, mas lady Fitzhugh tocou-lhe o braço e então decidiu calar-se.
—Pelo teu bem, Demi —continuou lady Fitzhugh, —serei, direta e te falarei como se fosse minha filha. Você é uma mulher prática, mas neste assunto deixa que o orgulho te nuble o juízo. Se você insistir em rechaçar o duque, ele cedo ou tarde desistirá de seu empenho, mas se você permitir que Durand te reconheça agora, ele não poderá retroceder ainda que você não chegar a se casar com o duque. Você terá sua proteção e seu apoio e não terá que temer nunca mais por teu futuro. Antes de você chegar, estive falando com ele e cheguei a conclusão de que ele não seja um homem rico, tem renda suficiente de todas suas propriedades e poderá te manter sem problemas. Querida, você já sabe o que é passar por penúrias, sabe o quão dura pode chegar ser a vida. Não permita que teu orgulho te prive de ter a segurança e a proteção que teu avô pode te brindar. O duque, com certeza foi falar com ele com a intenção de te ajudar, ofereceu ao barão a possibilidade de corrigir todo o mal que tem feito. Permite que Durand alivie sua consciência e te reconheça.
Demi tomou fôlego e o soltou lentamente.
—Tem razão. Ele tinha se negado de tal modo a me reconhecer que hoje, quando ele veio aqui e pareceu tão claro que a única coisa que queria era ganhar o favor de Joseph, eu fui incapaz de raciocinar. Recusar que me reconheça seria realmente estúpido.
—Joseph? —Lady Fitzhugh repetiu o nome com uma voz tão reflexiva que Demi corou. Mas lady Fitzhugh era uma mulher discreta. —Um copo de chá iria bem a nós duas, não acha? —lhe sugeriu.
Quando o chá tinha acabado de chegar os cavalheiros voltaram a entrar no salão. Ela e lady Fitzhugh se levantaram e sir Edward se aproximou de Demi.
—O barão me confirmou seu reconhecimento como sua neta. —Apertou-lhe carinhosamente o ombro. —Seu futuro está assegurado, querida.
Demi olhou o barão e seguindo o conselho de lady Fitzhugh, permitiu-lhe tranquilizar sua consciência.
—Obrigada — disse educadamente. —O senhor é muito amável.
—Também chegamos a um acordo sobre a sua situação — continuou sir Edward. —Lord Durand permite que você fique com a gente. Se da conta de que você se tornou uma grande amiga para Elizabeth e Anne e acha que lady Fitzhugh será una excelente companhia para ti. Oferece uma pequena quantia para seus gastos de dez libras semanais e disse que pode utilizar seu nome sempre que precisar.
—Isso é muito generoso de sua parte, lord Durand — continuou lady Fitzhugh. —Tanto se casar com um duque como não, uma dama necessita de roupa e outras coisas para o estilo. Demi é uma amiga maravilhosa para minhas filhas e estamos encantados que ela fique aqui conosco. Procurarei tentar fazer uso de sua generosidade sabiamente.
—Obrigado — disse o barão e se dirigiu até ela tossindo um pouco. —Demi, só espero que quando você entender a situação, você pode chegar a sentir certo afeto por mim.
Fez uma reverencia e se foi.
Logo quando Mary tinha fechado a porta, Elizabeth e Anne entraram correndo para o salão.
—O que aconteceu? —perguntaram as duas de uma vez só.
—O barão é avô de Demi — informou-lhes seu pai.
As duas gritaram surpresas e se viraram para olhar para Demi.
—Por que não nos disse? Por que você estava trabalhando para o duque se é neta de um barão?
—O barão não tinha me reconhecido — respondeu Demi com amargura ao recordar o quão assustada que tinha ficado em Tánger. Agora sim.
—Durand permite que fique com a gente — comunicou sir Edward a suas filhas, —e lhe ofereceu uma quantia que estou convencido de que vocês vão lhe ensinarem como gastar o mais rápido possível.
—Oh, sim, acredito que sim — disse Elizabeth rindo. —Vestidos novos, chapéus e tudo o que possa necessitar uma mulher que esta sendo cortejada por um duque. Primeiro um duque veio nos visitar, depois um barão. Acho que quando acabar a semana já nos haverá visitado um conde também.
Demi estremeceu.
—O barão só está sendo generoso porque acha que vou me casar com o duque. Agora que meu futuro já está assegurado, acho que é um bom dia para começar a gastar esse dinheiro. Pode me acompanhar Anne e Elizabeth? —perguntou-lhe a lady Fitzhugh.
—Claro que sim, querida — respondeu a mulher. —Aonde você vai?
—A DeCharteres, tenho que mandar minha resposta ao duque.
Anne e Elizabeth estavam entusiasmadas de ir com ela a floricultura para ver que flores escolhia como resposta. Mas lady Fitzhugh só levantou as sobrancelhas diante a noticia.
—Respondê-lo é muito carinhoso de sua parte, querida.
—Quando ele vê Elinor, duvido que esteja de acordo com a senhora.


jogo sera iniciadoooooo
bjemi

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos #Spoiler Capitulo 23

"—Todos esses elogios e esse desenvolvimento de sentimentos. Cheira a falsidade e isso não é próprio de você.
—Já te disse que quando dou minha opinião sou sempre honesto. Eu não teria dito se não fosse verdade. Mas não culpo você por não acreditar em meus elogios — continuou antes que ela pudesse responder. —Depois de tudo, eu não tinha sido muito pretendente, falando de obrigações, de honra e de dever quando deveria ter falado da paixão, do romance ou do quanto são bonitos seus olhos.
—Cale-se! Você esta me deixando irritada.
—Você, Demi? A mulher que me atirou uma espátula na cabeça? Não posso acreditar.
—Não atirei em você de propósito — recordou-lhe. —Se você não tivesse feito, teria dado.
—Não tenho nenhuma dúvida.
Ela voltou a abaixar a vista até sua gravata, apertou os lábios e não disse mais nada.
—Por que você aborrecida comigo, Demi?
Ela não estava aborrecida. Só tentava se endurecer em frente a ele, mas a doçura de sua voz a estava deixando nervosa. O olhou nos olhos, afastou a vista e voltou a olhá-lo.
—Você foi ver o barão e disse-lhe que íamos nos casar. Como você pode dizer tal coisa se te rechacei claramente?
—Sim, fui ver a Durand. E não, não lhe disse que íamos nos casar. Como ele é teu parente mais próximo, disse-lhe que tinha intenção de me casar contigo e eu pedi permissão para te cortejar honrosamente. Isso é tudo.
—Eu sabia desde o início que ele aceitaria encantado tua solicitude.
—Sim, claro — admitiu ele tratando de não sorrir. —Mas já te confessei faz tempo como me aborreço quando me dizem não. Esperava que em algum momento você decidisse passar por alto meus defeitos e que aceitasse se casar comigo.
—Eu não quero me casar com você, já te disse isso. Por que você não pode aceitar?
—Porque não posso deixar de pensar em você. Em nossas danças, em nossas conversas, na primeira vez que te ouvir rir. Não posso deixar de pensar em nós dois, naquela noite em antika — disse ele com uma voz entrecortada que lhe chegou ao coração. —Me lembro de como tua pele estava fria a principio, de como sentia que aquecia medida que te acariciava. Me lembro do quanto você estava linda quando estava com a luz da lua refletindo em ti enquanto eu acariciava seus seios."


isso é assunto para ser comentando numa baile Duque? tsc tsc
GENTE, SEXTA FOI O NIVER DO BLOG, MAS COMO FIQUEI SEM INTERNET POR UNS PROBLEMAS NO TRABALHO NAO PUDE FAZER O QUE EU QUERIA.  POR ESSE MOTIVO POSTEI 2 CAPITULOS SABADO.
todo plano que tinha foi pro espaço =\
bom fica pra proxima ne... maybe...bjemi


ps: ja sei a proxima fic que sera postada..BUT NAO CONTO


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 22 parte I

A previsão de lady Fitzhugh de que sua casa se encheria de visitas começou a se concretizar na tarde seguinte. O primeiro a visitar Demi foi lord Durand.
Ela não estava de bom humor para receber visitas. Junto com Elizabeth acabava de chegar em casa depois de um longo passeio por Montagu House, onde não lhe tinham deixado entrar no museu porque não tinha concluído seu pedido com antecedência. O fato de que ela fosse à filha de sir Henry Lovato, cujos descobrimentos constituíam a maior parte da exposição, não tinha impressionado suficientemente aos encarregados para romper suas estritas normas de admissão. Assim que, quando chegou à casa de Russell Square e se encontrou com lord Durand que estava esperando-a na sala, seu humor não melhorou.
Ficou petrificada de pé na escada, sua mão agarrada com força ao seu corrimão.
—Lord Durand? —repetiu olhando confundida a Mary enquanto entregava seu casou e seu chapéu. —Por que veio me ver?
A empregada pegou suas coisas e respondeu.
—Não sei, senhorita, mas lady Fitzhugh me pediu que eu lhe dissesse quando chegasse.
Antes que Demi pudesse responder, lady Fitzhugh, que deve ter ouvido suas vozes, saiu da sala e desceu rapidamente da escada.
—Lord Durand está aqui — sussurrou a Demi. —Ele está esperando-a mais de meia hora. —Tocou com carinho o braço de Demi. —Ele me disse que é teu avô, o pai de tua mãe e que acaba de saber disso. Isso é verdade, Demi?
—Sim — admitiu Demi e começou a subir com ela a escada. —Mas nos ignorou durante anos e eu nunca o vi em toda a minha vida. Por que ele quer me ver precisamente agora?
—Disse que deseja falar contigo. Parece ansioso para conhecê-la e para que não seja tudo tão estranho, sir Edward e eu gostaríamos de estar presentes na reunião. O barão está de acordo, se você não se importa, claro.
—Não, não, claro. Suponho que não posso me negar a vê-lo, apesar de que ele se negou a me ver.
—Ele fez isso? —Lady Fitzhugh estranhou. —Hoje ele parece ter muita vontade em te ver. Mas em qualquer caso, não acho que foi a decisão mais acertada, querida. Ele já reconheceu Edward e eu somos uma família.
—Ah é? —perguntou na hora que lady Fitzhugh abria a porta da sala e entrava nela. Demi a seguiu.
A primeira imagem do barão a deixou surpreendida e se deteve na porta. Demi não esperava que fosse um homem bonito. Tinha imaginado uma espécie de ancião de mandíbula desencavada e expressão maléfica. Em vez disso, se tratava de um homem alto, elegante, com o cabelo prateado e que apesar de sua idade, continuava sendo muito bonito. Essa surpresa se incrementou ao ouvir suas primeiras palavras.
—Minha queridíssima neta — exclamou e se aproximou para pegar-lhe as mãos. —Fico tão feliz em poder te ver finalmente. Venha, venha, deixa eu te olhar. — Examinou-a de cima a baixo e logo a pegou pelo braço para guiá-la até o sofá que tinha perto do fogo, de frente da cadeira que estava sentada lady Fitzhugh. —Tenho tanta vontade que passemos um agradável tempo juntos.
Demi soltou-se e preferiu se sentar perto de lady Fitzhugh, para assim poder olhá-lo diretamente nos olhos. Mas antes que pudesse perguntar-lhe nada, o barão falou:
—Estou tão contente por você, querida menina. Deixa que eu seja o primeiro a felicitá-la.
Ela piscou surpresa.
—Perdão? Por que me felicita?
—Pelo teu compromisso com o duque de Tremore, claro.
Demi não podia acreditar.
—Não sei do que se refere. Não estou comprometida com o duque.
O barão, não pareceu impressionado por suas palavras.
—Claro, claro, eu entendo. O duque já me explicou o quão impetuosa que foi sua proposta e pediu para te cortejar como você merece antes de tornar oficial o compromisso de vocês.
—Ele disse isso? —perguntou ela apertando os dentes.
—Sim e eu entendo perfeitamente. Você tem todo o direito a querer que te conquistem, mesmo que ele seja um duque.
—Não tenho nenhuma intenção de me casar com ele — respondeu ela sem conseguir distinguir se irritava-se mais com Joseph ou com o barão. Nesses momentos estava igualmente farta dos dois.
O barão piscou-lhe um olho.
—Poucas jovens se atreveriam fazer um duque esperar, mas ele parece estar bastante apaixonado por você e já esta bastante resignado com a ideia. De todos os modos, deixa que eu te dei um conselho, querida. Não faça ele esperar muito. A final, ele é um duque.
Demi tinha a sensação de que iria ouvir essa frase bastante frequentemente.
—Não vou me casar com ele — insistiu ela. —Não fale de um compromisso que não existe, eu lhe rogo.
—É inútil que você tente manter em segredo, o próprio duque me disse que tinha intenção de fazer público que esta te cortejando. Você é minha neta e como cavalheiro tenho o dever e a obrigação em cuidar de ti. Te darei conselhos de como prosseguir com este cortejo, ainda que agora já seja um pouco inútil, pois já dei meu consentimento ao duque.
Demi começava a ficar farta de tratar com cavalheiros honoráveis.
—Eu não quero ser sua obrigação, senhor.
Antes que ele pudesse responder, se atreveu a perguntar-lhe a única coisa que realmente queria saber.
—Por que ocultou que minha mãe fugiu com meu pai e como conseguiu manter em segredo seu casamento?
O barão olhou a sir Edward e a lady Fitzhugh. Parecia aborrecido pela mudança de assunto e se incomodou de ter que responder essas perguntas, mas ainda assim respondeu.
—Minha filha era muito jovem, só tinha dezessete anos. Não dei minha aprovação no casamento. A grande diferença social fazia que para ela fosse uma união muito desvantajosa. Quando fugiram, decidi evitar a todo custa o escândalo e disse a todo mundo que Jane tinha ido a Itália estudar arte.
Demi se sentia satisfeita de que ele tivesse disposto a contar a verdade sobre seus pais, mas era como se estivesse falando um discurso perfeitamente ensaiado.
—Eu fiz o melhor que pude.
Demi cruzou os braços e o encarou seria.
—Verdade?
O barão se mexeu desconfortavelmente na cadeira, mas Demi não se afetou.
—Por que então não tentou corrigir seu erro e me reconhecer quando lhe pedi? Já sei que meu pai era um órfão sem família nem influencias, mas era um homem brilhante. Era um cavalheiro e sua filha o amava. O senhor sabia que eu era sua neta e apesar disso se negou a me reconhecer. Não tem vergonha de ter nos tratado assim?
O barão não pode raciocinar diante daquela avalanche de acusações. Ele parecia irritado por ter que tocar nesse assunto em sua primeira visita. Mas quando falou não estava aborrecido, mas agitou as mãos surpreso.
—Demi, não é como você diz.
—Ah não?
—Não, não. —Voltou a olhar incomodado para sir Edward e para lady Fitzhugh, mas eles não lhe ofereciam ajuda. Lady Fitzhugh costurava e sir Edward atiçava o fogo. Nenhum dos dois parecia estar escutando sua conversa e nem tossindo forçado o barão conseguiu captar a atenção deles.
Sem nenhuma vontade o barão voltou a encarar Demi, que mantinha um estoico silencio.
—Teu pai estava em Durham, perto de minha propriedade de Cramond. Ia a dar ali umas conferencias sobre antiguidades romanas. Minha filha assistiu essas conferencias e começaram a se encontrar em segredo. Uma semana mais tarde, vieram me ver e me comunicaram que tinham intenção de se casarem. Não faz falta que te diga que não aprovei.
—A deserdou?
Ele negou com a cabeça no mesmo instante.
—Não, não. Mas estava furioso. Teu pai era um órfão sem família e sem influencias. Era quase vinte anos mais velho que minha Jane e não tinha dinheiro para poder mantê-la como ela merecia, nem tampouco os filhos que teriam. Se tivessem vindo morar comigo os teria perdoado, mas ele queria que tua mãe o seguisse por todo o Mediterrâneo. Além do mais, estava convencido de que em uma semana não tinha tido muito tempo de se apaixonar. Minha filha e eu discutimos. Ela e teu pai fugiram na mesma noite e alguns dias depois embarcaram para Edimburgo com destino a Nápoles. Nunca voltei a ver minha filha. Minha mulher também já morreu e não tenho mais filhos. Você pode chegar a entender o quão amargo e traído que me sinto?
—O senhor disse que não a deserdou, mas fez sim. Eliminou-a de seu coração e nunca respondeu nenhuma de suas cartas. Como tampouco respondeu a minha.
Ele piscou diante a brutalidade de suas palavras.
—Espero que algum dia você entenda.
Demi se apoiou na cadeira, sem chegar a compreender seu ponto de vista.
—Não, não entendo. Não apenas abandonou sua filha, mas também me abandonou. Eu lhe escrevi pedindo ajuda e a única coisa que recebi foi uma carta de seus advogados. Quer que lhe diga o que dizia?
Ele tratou de responder, mas ela não o permitiu.
—Dizia, de um modo muito explícito, que eu não podia ser sua neta —continuou — e que qualquer outra tentativa de entrar em contato com o senhor para obter seu dinheiro seria inútil. Meu pai tinha acabado de morrer. Estava no meio do deserto do Marrocos, sem dinheiro, sem família, sem ninguém que me ajudasse. Lhe escrevi desde Tánger e durante dois meses esperei sua resposta tentando sobreviver com o pouco que tinha. Todas as antiguidades que papai tinha descoberto em Volubilis já as tinha vendido ao duque de Tremore ou a um museu de Roma e o pouco dinheiro que papai tinha para gastos já tinha se acabado.
Se dava conta que se estava ficando nervosa e muito emotiva, mas não se importava. Queria que soubesse como tinha-lhe ferido sua indiferença.
—Me vi obrigada a vender os livros e a equipe de meu pai para poder comprar comida e ter um lugar onde dormir, mas esperei, tinha a esperança de que meu avô, de que o senhor, me ajudaria. Entretanto, não ajudou. Me abandonou e me deixou sozinha, sem dinheiro e sem proteção. Sorte que o duque de Tremore queria contratar meu pai e mandou duas passagens para Inglaterra. Fui para Hampshire e trabalhei para ganhar meu sustento. O senhor me pergunta se posso entender o que fez e minha resposta é não. Não posso entendê-lo e acho que será impossível perdoá-lo.
—Sendo tão jovem você dar sua opinião muito convencida — gritou ele irritado. —Eu vim aqui de boa fé, com a intenção de corrigir o péssimo modo como me comportei contigo.
—Só veio aqui porque acha que vou me casar com um duque. Não há nenhum compromisso. Assim que…
—Talvez — interrompeu sir Edward pela primeira vez desde o inicio da conversa — deveríamos falar deste assunto a sós, lord Durand. Acho que as mulheres e acredito que o senhor está de acordo, são criaturas muito emotivas e não permitem que a razão intervenha em seu discurso.
Demi se sentiu ultrajada, mas lady Fitzhugh pôs uma mão em seu braço e quando ela se virou para olhá-la, lady Fitzhugh disse:
—Tranquila.
—Talvez tenha razão, sir Edward — disse Durand.
—Fantástico! Vamos para o meu estúdio? — Apontou a porta e os dois homens saíram juntos deixando as mulheres sozinhas.
Demi ficou de pé logo quando cruzaram a porta e começou a andar pela habitação.
—Isto é humilhante. Sei perfeitamente que a única coisa que fez vir aqui hoje é porque acha que vou me casar com o duque. Que homem tão horrível! E como o duque se atreve a ir à casa de Durand e falar-lhe tudo isso? Ele sabe que não vou me casar com ele, quando o recusei fui bastante clara a respeito.
—Demi, se senta.
Ela viu que lady Fitzhugh a estava observando tão seria que decidiu dar-lhe atenção e se sentar.
—Então na verdade o duque te pediu em casamento.
—Sim. — Temerosa de que lady Fitzhugh pudesse dizer-lhe, continuou: — Por favor, não me diga que fui uma estúpida ao recusá-lo. Eu…
—Não, não, Demi, eu nunca me intrometeria em algo tão delicado. Você deve ter suas razões para ter feito isso. Respeito se que não quer falar disso é tua escolha. Eu só te perguntava se era verdade que o duque lhe tinha proposto casamento, porque se sim eu gostaria de te dar um conselho. Se você me permite.
Demi a olhou surpresa e um pouco intrigada. Ela tinha muita estima a lady Fitzhugh e não queria ouvi-la dizer que tinha se equivocado ao rechaçar um duque.
—Conselho?
—Sim. —A mulher cruzou as mãos sobre seu colo e guardou um momento de silencio. Depois começou a falar: — Antes de mais nada, quero que você sabia que tenho-lhe muito carinho, querida. Você tem sido uma excelente companhia para minhas filhas, já que sendo mais velha que elas tem conseguido transmitir-lhes certa serenidade e responsabilidade. Mas eu sou mais velha que você e esses anos me fizeram mais sábia ou assim espero. Por favor, permite que te dei um conselho e entende que o faço só pensando em ti e em sua felicidade.
—Claro, pode me dar todos os conselhos que quiser. A senhora tem sido muito amável comigo, abriu as portas de sua casa para mim, tem sido minha amiga e… — e interrompeu sua voz e demorou um momento em poder continuar. —Lady Fitzhugh, eu estou tão agradecida. A senhora tem me tratado como se fosse mais um membro da família e as palavras não podem expressar…
—Tranquila, filha — disse, dando uns tapinhas carinhosos em sua mão. —E me chame de Elinor, querida. E você tem que saber que para mim você já é um membro da minha família —continuou sorrindo, —ainda que talvez você não goste tanto de mim quando ouvires o que tenho para te dizer.
Demi se preparou para o inevitável.
—Vai me dizer que deveria ser mais pronta e aceitar a proposta do duque.
—Não, não, você já é adulta o suficiente para saber o que há em seu coração e em sua cabeça. Além do mais, ser duquesa é uma enorme responsabilidade e entendo perfeitamente sua reticência a ocupar esse posto. Não estou segura de que eu quisesse para uma de minhas filhas. Não, meu conselho se refere ao barão.
—Ao barão?

Demi mostrando as garras diretamente ao avô....
comentem pessoal. pleaseee
bjemi