terça-feira, 1 de março de 2016

Prazeres Proibidos Capitulo 25 parte I PENULTIMO

Tal como tinha prometido a lady Fitzhugh, Joseph aceitou seu convite para o jogo de cartas, já sabia de antemão que isso serviria para alimentar ainda mais rumores.
Queria ver Demi. Desejava que o fato de se comportar corretamente não estivesse em contradição com poder vê-la secretamente, mas vê-la entre um grupo de pessoas era melhor que não vê-la. Ainda assim, ao chegar à casa de Russell Square, obteve o que tinha desejado encarecidamente: uma oportunidade para estar a sós com ela.
A usual excitação que se produzia com a chegada de um duque prosseguiu com as pertinentes apresentações do resto dos convidados e acabou com um incômodo silencio. Lady Fitzhugh tossiu e se dirigiu a seu marido, sugeriu:
—Talvez devêssemos começar?
—Sim, sim, grande ideia, Elinor — disse sir Edward imediatamente. —Que comece o jogo. Ainda lamento que dois de nós teremos que nos contentar em jogar ao piquet, em vez de ao whist. O senhor Jennings pegou um resfriado e sua mulher não nos avisou até a última hora que não poderiam assistir, assim que faltam duas pessoas para o whist.
Demi se dirigiu a Joseph e enquanto apontou para um corredor que tinha um cômodo ligado, sugeriu:
—Talvez sua senhoria preferisse jogar xadrez em vez de jogar cartas?
O silencio que prosseguiu foi mais que incômodo, importuno. Por algum motivo, Demi queria uma entrevista privada com ele e ainda duvidava que os motivos dela fossem os mesmos que os seus, Joseph aproveitou rapidamente a ocasião.
—Eu gosto muito de xadrez, senhorita Lovato— disse ele. —Seria uma honra para mim.
—Excelente — respondeu Demi e se dirigiu ao cômodo anexo, onde se tinha afastado o tabuleiro de xadrez para dar lugar para o jogo de cartas.
Ele saudou aos outros convidados e a seguiu. Quando ela se sentou ele colocou a cadeira dele em frente a dela.
—Senhoria —disse abertamente, —o senhor tem que parar. —E parou ao ver-lhe o sorriso em seu rosto. —Por Deus! Por que o senhor me olha dessa maneira?
—Porque amanhã todo mundo em Londres saberá que estamos comprometidos. — Observou o tabuleiro e continuou. —As mulheres começam.
—Do que esta falando? Não estamos comprometidos! — Ela franziu o cenho enquanto movia um peão do tabuleiro totalmente absorta. —Eu não me importo nem um pouco com o que pensem da gente.
—Diante de todos os presentes na sala, me convidou para ficar a sós comigo — observou enquanto mexia seu peão. —A conclusão evidente é que estamos comprometidos. Se tivesse sabido que iria ser tão simples, eu deveria ter ido antes para que não me convidasse para jogar xadrez.
Demi olhou impacientemente para o corredor e adiantou outro peão.
—Isso é ridículo. Não estamos sozinhos e as portas estão abertas. Lady Fitzhugh pode nos ver perfeitamente de onde está sentada.
—Não importa. Nós estamos em outra habitação e estamos mantendo uma conversa particular. Ninguém que não está comprometido pode se permitir essa liberdade. — Ele moveu seu cavalo e lhe disse esboçando um sorriso: — Quando você estava aprendendo as de etiqueta, perdeu esta parte?
—Joseph, você deve parar com isso. O fato de que eu necessite de livros de etiqueta mostra a péssima duquesa que eu seria.
—Você será uma duquesa estupenda quando você pegar o jeito. Tudo o que você faz, faz muito bem.
—Isso não é verdade e de todas as formas não é disse que estamos falando. Não vou me casar contigo.
—Se quiser se mantenha assim, mas espero que um dia se dei conta do meu tormento e sinta pena de mim. — Apontou o tabuleiro. —É sua vez.
—Por que você faz isso? —perguntou sem se importar com nada na partida. —Porque sou uma loucura temporal? E quando passar esta loucura, o que acontecerá? Marguerite voltará a sua cama? Ou talvez uma nova amante? Certamente, quantas amantes você já teve?
—Mais de uma e menos de uma dezena.
—Como…? —parou um instante e afastou o olhar. Joseph sentiu uma pontinha de esperança quando ela prosseguiu: — Já tornou a ver a essa mulher?
Ela se importava. Ela devia se importar se tinha formulado essa pergunta. Ele disse a verdade.
—Sim, a vi uma vez em Row. A uns vinte metros de distancia. Já tinha lhe enviado uma carta comunicando-lhe que nossa relação tinha terminado. — Ele pegou carinhosamente seu queixo com as mãos, devolvendo sua atenção para ele e perguntou com gentileza: — Acaso estamos jogando agora as Vinte Perguntas em vez de xadrez?
—Não, mas… — Afastou seu olhar do dele e olhou ao redor, como se estivesse pensando como expressar o que queria dizer. —Uma vez você me disse que eu era um mistério, mas é você que nunca revelou nada. Desde aquele jantar com os Bennington eu te contei muitas coisas sobre mim. Minha vida, meu trabalho, meu pai, meus… meus sentimentos por ti. Mas até agora você só me contou insignificâncias. Não te conheço o suficiente como para me casar contigo.
—O que você queria saber? Pergunte sem rodeios. Vai me entrevistar para o posto de marido.
—Não estou te entrevistando para nenhum posto! E esta conversa está me demonstrando que nada do que eu possa te perguntar pudesse se satisfazer com palavras. Nem com flores. Você não me ama. Você apenas me oferece teu nome porque acha de que com isso basta e porque é tão obstinado e arrogante e…
—E você disse que não me conhece o suficiente como para se casar comigo?
Demi se sentiu ofendida e se levantou. Ela lhe virou as costas e atravessou o tapete persa em direção a chaminé. Ela olhou a outra sala e percebeu que lady Fitzhugh estava completamente concentrada nas cartas. Ele se levantou da cadeira e se aproximou de Demi, que estava observando o fogo. Se pôs atrás dela e lhe sussurrou ao ouvido:
—Você me conhece mais do que pensa, Demi. Ninguém me conhece melhor que você. Nunca ninguém me conhecerá melhor que você.
Ela começou a falar, mas ele a interrompeu imediatamente.
—Me escuta. Passei toda a semana tentando te dizer e te demonstrar o quanto te desejo. Sei que as palavras não são as mais adequadas para te convencer, mas não sei outra maneira de fazer isso. O que mais posso fazer, Demi? — Ele lhe pôs as mãos em sua cintura e a atraiu até ele. —Eu poderia dizer com meu corpo?
Demi fechou os olhos, mas algo havia mudado nela. Algo a tinha comovido, suavizado. Ela levantou a mão e apertou o punho no ar.
—Não, Joseph, não.
Ele aproveitou sua vantagem.
—Você me deseja. Só faz umas semanas você me desejou, na antika. — Se afastou um pouco. —Te esqueceu disso?
—Claro que não! —respondeu ela com um sussurro apaixonado. —Tampouco não me esqueci que não sou eu com quem você queria se casar.
—Mas eu nunca desejei ela da maneira que te desejo. — Parece estranho, mas era a verdade e eu estava desesperado. —É você quem não me quer mais.
Ela negou com a cabeça com os olhos, todavia fechados e os lábios franzidos, enquanto emitia um leve som de dissidência.
—Você diz que não —continuou, —mas você se priva dos muitos dos prazeres da vida. Por que, se eu posso te dar todos?
Um ligeiro gemido lhe escapou quando as mãos dele subiram desde suas costas até seus seios.
—Eu te desejo — admitiu com um sussurro. —Não é isso. Nunca tinha tido algo assim. Eu sempre…
—Prove o que você diz então. — Olhou por cima do ombro até a porta e a beijou na orelha. —Se você me deseja, passa o resto da noite comigo. Podemos ir para minha casa. Todos os convidados que estão aqui terão ido a meia a noite a uma e meia estarão dormindo. Traga algo para cobrir teu rosto. Te esperarei na passagem com minha carruagem e estará de volta antes do amanhecer. Vem.
—Eu não irei.


ja to ficando com saudades desses dois.
esta no fim mimimi....mas logo vem o senhor....xiu Lais.
bjemi

3 comentários:

  1. Acho que é a primeira vez que eu apareço. Amo essa fic e nem acredito que tá terminando. #triste

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  2. nao sei nem o que dizer sobre esse capítulo apenas wow. to triste que ta no final mas to curiosa pela próxima

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  3. O Joe está tentando por tudo conquistar a Demi, mas o que lhe falta é falar dos seus sentimentos e partilhar com ela alguns dos seus pensamentos, ele tem que se abrir mais :)
    Será que ela vai ter com ele??? Ah posta mais :)

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