—Vou
esperar igualmente. — Ele a beijou na bochecha. —Você vê, Demi? A honra não é
minha única motivação, porque neste momento me sinto bastante desonrado. Eu
desejo você mais do que eu já desejei algo em toda minha vida.
Não
acreditava que ela pudesse vir. As três horas que seguiram a sua ilícita
proposta foram insuportáveis para ambos, simulando que estavam jogando xadrez e
aparentando desfrutar do jantar, do vinho Madeira e da conversa a lado e lado
da mesa. Ao término da festa, pensou que seguramente ela tinha mudado de
opinião.
Mas
não. Alguns minutos depois que o relógio inglês marcou uma e meia, ele viu uma
figura coberta com um capuz sair dos estábulos até a passagem em que se
encontrava. Ele abriu a porta e ela pulou. Ao retirar o capuz apenas tinha luz
para poder-lhe ver o rosto, mas era suficiente.
—Você
tem certeza disso? —perguntou ele.
—Sim.
Aquilo
era suficiente. Teria tempo depois de compreender os motivos que a tinham
levado a mudar de opinião. Mas naquele momento, não lhe importavam. Ele fechou
a cortina, bateu o teto com sua bengala e a carruagem começou a andar.
Com
a última cortina abaixada, estava tão escuro dentro da carruagem que não podia
ver nada dela. Com o barulho do veículo não podia nem ouvir sua respiração. Ela
não falava. Apenas o aroma de essência de gardênia lhe dizia que ela continuava
ali.
Naquela
noite na antika, a viu apenas sobre a pálida luz da lua. Desta vez, em troca,
acenderia todas as velas que encontrasse. Desta vez iria vê-la enquanto lhe
fazia amor. Observaria as curvas perfeitas de seus seios e quadris, olharia
suas longas pernas, a expressão de seu rosto quando chegasse ao clímax.
Joseph
se acomodou, concentrando-se no barulho das rodas da carruagem, em controlar a
excitação e a ansiedade de seu corpo. O trajeto até Grosvenor Square parecia
interminável.
Ele
a conduziu através dos estábulos até a parte de trás da casa, porque sempre
tinha carruagens entrando e saindo da praça esta hora, levando pessoas em casa
depois de festas como aquela na mesma noite. E apesar de que o cabelo de Demi
estava oculto embaixo co capuz, não queria arriscar de que alguém a reconhecesse.
Pegando-lhe
pela mão, a levou em cima pela escadaria traseira, através dos escuros cômodos
e corredores que conduziam a seu quarto. Foi ao seu toucador, despertou a
Richardson e olhe disse que avisasse a um criado para que acendesse o fogo e
lhe comunicou que já não precisaria de seus serviços até a manhã seguinte. Seu
mordomo saiu lançando apenas um ligeiro olhar para a mulher encapuzada que
estava ao lado da cama e de costas para ele. Quando o servo apareceu, Joseph
lhe ordenou que acendesse todas as velas do quarto, assim como o fogo da
chaminé. Quando o lacaio se foi, fechou a porta com a chave. Por fim, pensou,
tomando um profundo fôlego e soltando-se finalmente. Finalmente á sós.
Joseph
se virou. Ela fez o mesmo.
Ela
tirou o capuz e ele a olhou iluminada pela tênue luz das velas. Se lembrou da
primeira vez que a tinha visto. Tinha quase o mesmo aspecto que agora. Sem
chapéu de palha, mas com a mesma expressão solene e de uma corujinha e com um
casaco. Embora desta vez não era uma qualquer poeira que ocultava seu corpo. A
luz se refletia em seus óculos dourados e não lhe deixava ver seus olhos. Ela
era mais ou menos a mesma em todos os aspectos superficiais, mas agora supôs
que era muito diferente em outros aspectos mais difíceis de definir.
Essa
noite, ele queria demonstrar-lhe todo o que sentia quando a olhava, não só o
que via. Tal como lhe havia dito, se as palavras e as flores não eram
suficientes, usaria seu corpo. Apenas esperava poder se comportar. Uma grande
excitação atravessava todo seu corpo anarquicamente, mas as próximas horas não
eram para ele. Eram para ela.
Se
colocou na frente de Demi. Retirou-lhe os óculos e os deixou na mesinha ao lado
da cama. Tirou-lhe o casaco dos ombros. Agora não usava um simples vestido bege
de algodão, mas sim um vestido de seda azul escuro que tinha estado na festa.
Tocou sua clavícula com a ponta dos dedos, acariciou seu rosto e puxou sua
cabeça para trás enquanto aproximava sua boca da sua.
—Demi
—foi tudo o que conseguiu dizer antes de beijá-la.
Junto
dele, entreabriu os lábios suavemente, doce e suavemente, com um ligeiro sabor
de vinho Madeira. Os olhos dela estavam fechados, e os dele abertos, porque
queria ver qualquer pitada de sentimento que pudesse arrancar-lhe com suas mãos
e sua boca. Ele deslizou os dedos entre os cabelos dela; por sorte, não tinha
se tornado em uma vítima da moda do momento, que levava a muitas mulheres a
colocar laços e flores de seda em seus cabelos. Sem forquilhas, apenas pequenas
presilhas que à medida que ele os retirava, deixavam cair sua espessa cabeleira
por suas costas. As presilhas foram caindo no chão, enquanto passava as mãos
por seu sedoso cabelo. A beijou profundamente, saboreando a doçura de sua boca.
Ela
soltou um pequeno e afogado grunhido de desejo e lhe rodeou o colo com os
braços, apertando o corpo cada vez mais contra o seu e incendiando de vontade
que ele tinha de estar em seu interior. Essa necessidade que ele estava
tentando manter sob controle.
Para
ganhar tempo, separou seus lábios dos dela e começou a beijá-la nos ombros até
chegar a borda do vestido azul pálido e continuou outra vez de volta. Suas mãos
largaram os cabelos dela e deslizaram até seus quadris. A queria totalmente
despida, mas forçava a si mesmo a conter seus movimentos até que o corpo dela
estivesse preparado para o próximo passo.
Quando
ela começou a tremer em seus braços e a emitir pequenos gemidos contra sua
camisa, acreditou que ela estava pronta. Subiu as mãos que tinha em sua cintura
e acariciou-lhe as costas. Se separou um pouco para ver-lhe o rosto quando lhe
afastou os cabelos e se colocou encima de um ombro para poder tirar-lhe o
vestido.
Ela,
com os olhos fechados, separou os lábios e inclinou sua cabeça para atrás, mas
a medida que ele lhe deslizava o vestido pelos ombros abriu os olhos e ele
percebeu como tremia um pouco, ainda tímida, mas ele continuou com o que estava
fazendo.
Ela
o olhou.
—Esse
tipo de coisas só pode fazer com tantas velas acesas?
—Oh,
sim. Definitivamente sim. — Ele continuou deslizando-lhe o vestido por seus
ombros, mas quando lhe liberou os braços e a peça estava já quase à altura de
sua cintura e ele podia ver sua roupa interior, ela se apertou contra seu peito
para detê-lo.
—Joseph,
acho que deveríamos apagá-las.
—Por
quê? —Ele abaixou a cabeça para beijar-lhe o colo. —Quero te ver. Você não quer
me ver?
—Eu
não posso enxergar nada — sussurrou ela. —Você tirou meus óculos. Outra vez.
Ele
riu e o suave ar acariciando-lhe o colo dela, que durante alguns instantes não
se moveu.
—Demi
— disse ele finalmente, —eu quero te ver nua em minha cama. Quero ver teus
cabelos sobre meu travesseiro. Quero ver seu rosto quando te toco, porque para
mim você é linda e porque necessito desesperadamente saber o que você sente
quando te acaricio. — Fez uma pausa perguntando-se se estava dizendo bobagens.
—Mas se você fica mais a vontade no escuro, prefere que eu apague as velas,
apagarei.
Ela
não respondeu. Em vez disso, mordeu seu lábio e acariciou as a aba do casaco
dele. Depois de um momento, ela começou a retira-lhe o casaco por seus ombros.
—Não
—disse, —deixe-as acesas.
Joseph
ficou quieto durante um instante e deixou que ela o despisse. Deixou que ela
lhe desabotoasse a camisa e a tirasse. Esperou, obrigando-se a permanecer
imóvel enquanto Demi lhe acariciava o peito nu com as mãos e lhe beijava a
pele. Esperou tremendo de prazer enquanto ela estava levando seu autocontrole
ao limite. Quando notou a ponta de sua língua em seu mamilo a deteve.
—Deus,
Demi, basta! —gemeu e suas mãos se agarraram nos cabelos dela. Afastou-a suavemente
um instante para recuperar a respiração. —Acho que você gosta de me atormentar.
Ela
levantou a vista e olhou sorrindo.
—Acho
que você poderia se acostumar.
—Não
tenho nenhuma dúvida. — Pôs as mãos em seus ombros nus e tocou a borda de sua
roupa interior, — Laços no corpete? —falou ele tratando de recuperar algo de
seu controle, já que o desejo que sentia começava a transbordar. —Demi, estou
surpreso desta extravagância.
—A
senhora Avery me disse que qualquer corpete tem que ter um laço, ainda que
ninguém possa vê-lo não vejo graça nisso.
—Eu
sim — disse ele veementemente enquanto retirava a delicada peça. —A única coisa
que te peço é que nunca use espartilho.
—Mas
assim manteria minha postura perfeita quando caminhasse, não? Achou que eu
precisaria senhoria, senhor duque, quem me aconselhou para que usasse um.
—Eu
mudei de ideia. Os fechos dos espartilhos são muito difíceis de abrir. — Ele
desmanchou finalmente os laços do corpete e abaixou a peça por seus ombros
deixando seus seios totalmente despidos. Eram sensuais, de cor creme e rosados
a luz das velas. Ele ficou com água na boca.
Ele
o pegou com a mão, levantou a vista e viu como o desejo se refletia no rosto de
Demi e quando fechou os olhos e se recostou na parede que tinha atrás dela,
pensou que era o rosto mais bonito que tinha visto em toda a sua vida.
Apertou-lhe suavemente os mamilos e os pequenos suspiros de prazer que ela
conseguia emitir que ele perdesse por completo seu controle.
Calado,
afastou a mão de seus seios e as colocou sobre a roupa que se tinha amontoado
em sua cintura, Deslizou o vestido e o corpete por suas pernas e se ajoelhou em
frente na frente dela com a vista fixa no travesseiro para manter sua luxúria
sob controle.
Quando
todas as peças de roupa chegaram ao solo, seu corpo estava ardendo. Ela se
apoiou no ombro dele enquanto se livrava das roupas dela.
Joseph
tirou-lhe então os sapatos e os deixou de um lado, enquanto suas mãos começavam
a subir desde seus tornozelos até seu colo. Acariciou-lhe a parte de trás e
notou como um calafrio lhe percorria todo o corpo. Ele desabotoava toda sua
roupa interior e a deslizou até o solo junto com as outras.
Apenas
quando estava totalmente despida, Joseph se atreveu a olhá-la de novo. Mas ele
fez isso devagar, se deleitou em suas lindas pernas, em como eram longas e
perfeitas e pensou que nenhum homem poderia imaginar umas pernas como aquelas.
—Deus,
Demi, eu…
Não
pode continuar. Joseph acariciou-lhe as coxas e logo com as mãos em seus
quadris nuns, a atraiu até ele e beijou os suaves cachos que cobriam o vértice
de suas pernas, inalando o aroma de gardênia e o da excitação feminina.
Esse
beijo foi demais para ela. Ofegou entrecortadamente e teve que se apoiar nos
ombros dele, pois suas pernas já não a sustentavam.
Joseph
a levantou e a pegou em seus braços. Dando a volta a depositou na cama e logo
se sentou a seu lado e tirou suas botas. Voltou a ficar de pé e não deixou de
olhá-la enquanto desabotoava sua calça. Quando os lábios dela se separaram em
um oh de surpresa, lhe deu vontade de saltar de tão contente estava.
O
colchão cedeu abaixo por seu peso quando se colocou de seu lado. Apoiou seu
cotovelo e a observou durante um momento, logo começou a tocá-la. Apoiou a mão
em seu estômago deslizando-a lentamente até embaixo, entre suas pernas, e
introduziu a ponta de seu dedo dentro dela.
Percebeu
que ela estava úmida e excitada quando lhe roçou suavemente o clitóris com seu
dedo. Ele apenas se moveu, sem deixar de observar o rosto dela enquanto seus
quadris se moviam freneticamente contra sua mão a medida que se aproximava do
clímax. Agora já não lhe escondia o que sentia: cada linha de seu rosto
refletia a felicidade e o êxtase que a inundavam nesse momento. Joseph sentiu
como os tremores iam desaparecendo a medida que as últimas chamas do orgasmo a
consumia e se deu conta de que tinha obtido mais prazer olhando-a que em
qualquer outra experiência sexual de sua vida.
Afastou
sua mão e se colocou encima dela. Penetrou-a, queria se mover lentamente,
dar-lhe prazer mais uma vez, mas ela o agarrava com tanta força que ao sentir
como ela o envolvia todas as suas boas intenções foram frustradas.
Ele
ouvia seus próprios gemidos viscerais e sentiu como crescia dentro dele a
tensão até ficar insuportável. Agora já não podia ser cuidadoso, não podia se
conter. Acelerou o ritmo, penetrando-a com mais força, sua paixão finalmente
tinha lhe vencido e não podia controlá-la. Sua ejaculação foi como uma
torrente, as sensações explodindo dentro dele com toda a força de uns fogos de
artifícios.
Depois,
ele continuou encima dela, com as mãos carinhosamente em suas costas e viu que
ela abria os olhos.
—Meu
Deus — suspirou Demi tratando de recuperar o fôlego. —Agora entendo por que os
romanos pintavam todos aqueles afrescos.
Ele
riu tão alto que provavelmente despertou o criado que esperava cochilando no
corredor. Se virou sem soltar seu abraço, arrastando-a com ele para que ficasse
assim em cima.
O
cabelo lhe caía pelo rosto quando a beijou. Não sabia se essa mulher lhe fazia
sentir como um deus romano ou como o melhor amante de toda Inglaterra, mas em
qualquer caso, aquilo era mais do o que nunca tinha se atrevido a sonhar.
pra quem nao iria passar a noite com o duque hein Demi...
bom amanha, posto o ultimo capitulo, sem divisoes. e espero que gostem do que irá ocorrer.
bjemi
Ah meu deus!!!! Que capítulo foi esse?!?!
ResponderExcluirUau, eles pegaram fogo :) Ainda bem que a Demi foi ter com ele.
Mal posso esperar pelo capítulo final dessa história, vai deixar muitas saudades.
Continua essa história vai deixar saudade������
ResponderExcluirque hot...
ResponderExcluirjemi ❤️
tá tudo maravilhoso
posta logoo o ultimo,ansiosa
beijos