Depois, ele a
abraçou, acalmando-a com palavras carinhosas e carícias ternas até que ela
parasse de soluçar, embora nem tivesse percebido que estava chorando. O corpo
dela relaxou lentamente, até que ela vacilou nos braços dele, enfraquecida.
Ele a abraçou
por um longo e silencioso momento, enquanto as pernas dela bambeavam e a
ligação entre seus corpos permanecia, lembrando-a que uma vez raramente era
suficiente para aquele homem... mesmo quando a transa culminava em um prazer
explosivo que a deixava totalmente exausta.
Finalmente, ele
a levantou e começou a lavá-la com mãos gentis que tocavam cada centímetro dela
como se ele quisesse assegurar sua possessão.
Ela tentou
retribuir o favor, mas suas mãos estavam desajeitadas, seus movimentos
canhestros por um tipo de cansaço que somente ele podia provocar. Ele desligou
o chuveiro e saiu do box, com os braços ainda em torno dela.
Ela tentou se
afastar para que pudesse se secar, mas ele também a ajudou. Então, ele a puxou
para perto de seu corpo e caminhou para o quarto.
Eles foram para a cama juntos, e ela, sem perceber, se
aninhou nos braços dele, fechando os olhos e adormecendo imediatamente.
Ela acordou
algumas horas depois com um beijo na testa.
— Acorde, cara.
Precisamos nos apressar ou não chegaremos no hospital antes da cirurgia.
Ela sentou-se,
sentindo-se meio mal-humorada. Apesar do prazer da transa, seus sonhos haviam
sido perturbadores, e ela não dormira bem. Ela sentia dor no abdome e desejou
poder dormir mais. Porque, descansando ou não, pelo menos ela podia fugir da
realidade em que vivia.
Ela logo
ficaria menstruada, embora agora não estivesse tão regular, já que não usava
mais pílulas. Mas ela sabia que a dor só pioraria a cada dia, até ficar
insuportável, quando seu corpo começasse a sangrar.
Joseph já
estava quase pronto e olhou por cima dos ombros.
— Mexa-se,
Demetria.
Ela assentiu,
estremecendo. Então, saiu da cama com vivacidade, sem deixar de olhar para ele.
Pelo menos isso a agradava. Não podia imaginar a vida sem aquele homem, e proferiu
essas palavras antes de conseguir evitá-las.
Ele parou.
— Mas não
precisa. Depois da noite passada, é óbvio que podemos esquecer essa história de
divórcio.
— Está dizendo
que não está mais entediado comigo?
— Precisa
perguntar, depois do que, aconteceu no chuveiro? — ele perguntou, com o sorriso
diabólico.
Mas ela não
retribuiu o sorriso. A transa no chuveiro fora incrível, e eles haviam passado
o resto da noite nos braços um do outro. Só que ele não falou sobre isso.
Sexo. Era tudo
que ele queria dela e, quando estava em oferta, ela era a esposa perfeita. Ele
falou isso quando revelou que estava entediado... que o valor dela caíra
significativamente depois que ela havia começado a rejeitá-lo. A noite anterior
e a reação dele só sustentavam que a verdade não era uma realidade prazerosa.
Ela virou a
cabeça.
— A noite
passada não mudou nada.
Ele falou um
verdadeiro palavrão e ela desviou o olhar dele.
Ele terminou
dando de ombros, com um olhar frio e duro.
— Você não está
me dizendo que ainda pensa que precisamos nos divorciar. Recuso-me a aceitar
que esteja falando isso.
— Mas é o que
digo — ela admitiu, com dor de cabeça.
Se os olhares
pudessem ser letais, o que ele lançou para ela a teria matado. Ele parecia
detestá-la, e não falou mais nenhuma palavra.
Simplesmente acabou de se vestir e saiu do quarto.
Movimentando-se
o mais depressa que podia com as dores chegando perto do insuportável, ela se
vestiu e o acompanhou. Encontrou-o lá embaixo, dando instruções aos
assistentes.
— Os outros
estão esperando no carro — ele falou quando a viu.
— Joseph.
— Não fale
comigo, Demetria. — O veneno na voz dele a silenciou efetivamente.
Ele a
detestava.
Ficou assim o
resto da manhã, conseguindo apenas manter um véu de civilidade na frente da
família. Quando não estavam perto de ninguém, mostravam uma violenta
hostilidade recíproca.
O único bom
momento foi rei Paul ter passado com êxito pela cirurgia, depois da qual pôde
receber os familiares. Quando Denise se ofereceu para ficar no hospital, ele
aceitou e mandou os demais para casa, com a sua característica dose de
arrogância.
Apesar da
melhora contínua do sogro, os dias seguintes foram um tormento para Demetria.
De corpo e alma. Joseph ficava na suíte somente por aparência, mas havia uma
muralha que os separava na cama... quando ele dormia ali. Ele também se
recusava a falar com ela quando estavam sozinhos, exceto para tratarem dos seus
deveres.
Se ela
demonstrasse que ia entrar no campo pessoal, ele arrumava uma desculpa para
sair... ou saía sem qualquer desculpa. Quando ele estava presente. O que não
era frequente. Ela o via mais na companhia de outras pessoas.
Ele sempre
tivera uma agenda muito ocupada, mas agora estava ainda pior. Ele tinha de
cobrir as próprias responsabilidades e as do pai. Como líder no trabalho, não
podia deixar de cumprir nenhum dever. Ele sempre dormiu menos que ela, mas
agora ela imaginava que ele chegava a ficar sem dormir.
Os irmãos
ajudavam como podiam, mas a função de Joseph na família demandava a maior parte
das decisões, e os irmãos quase não sentiam o peso da responsabilidade e do
estresse.
Independentemente
do quanto a rejeição dele doesse, sentia-se mal por ele, preocupada, e desejava
dez vezes por dia ter pedido o divórcio depois dessa crise. Ele se recusava a
aceitar conforto ou ajuda dela de qualquer forma, e ela não o culpava; apenas
queria ajudá-lo.
O pedido de
divórcio arrasou o orgulho dele e feriu seu ego no momento em que ele menos
podia lidar com esse tipo de dor. Ele precisava de toda força interior nas
circunstâncias atuais, mas estava abalado pela raiva e pelo desprezo dela. Ela
queria explicar que não era desprezo, mas a
dor causada pela endometriose e a tontura resultante dos
remédios aniquilavam a sua capacidade de justificar qualquer coisa.
Era tudo o que
podia fazer para vencer cada dia. Não tinha como brigar com o marido para
colocar o casamento em dia... apenas convencê-lo de que não havia outro jeito.
De toda forma,
não conseguia deixar de pensar que teria sido melhor pedir o divórcio a Joseph
quando ele tivesse voltado de Nova York. Pelo menos poderia evitar toda a raiva
e a hostilidade que sugam as energias num momento tão crítico.
A culpa por
essa tardia percepção a arrasava, tornando mais difícil suportar a dor física,
e algumas noites ela simplesmente ficava chorando sozinha na cama. Como o
médico previu, a dor desse mês era pior do que a do anterior e alguns dias ela
achava que não iria sobreviver.
Seus próprios
deveres não desapareceram magicamente por conta da crise familiar, mas
aumentaram.
E ela tinha de
passar pelo menos parte do dia no hospital, onde tinha de manter as aparências.
Certa tarde
estava saindo do quarto do rei Paul, quando encontrou com Joseph.
Ele parecia
abatido de tanto cansaço, mas, quando a viu, colocou uma máscara de
invencibilidade.
— Você precisa
descansar — ela falou, em vez de cumprimentá-lo, colocando a mão no braço dele.
Ele se esquivou
do toque dela com a testa franzida.
— Estou bem.
— Não, não
está. Todos dizem que está se esforçando demais, mas ninguém sabe o que fazer a
respeito.
— Não há nada a
fazer. É meu dever cuidar do meu país enquanto meu pai está doente.
— Seus
irmãos...
— Têm as
próprias responsabilidades.
— Estão
preocupados com você. Ele olhou para ela.
— Algum deles
pediu para você vir conversar comigo?
— Sim — ela
falou, suspirando. — Os dois, na realidade.
— Eu deveria
saber que você não demonstraria preocupação.
— Eu me importo
com você, Joseph.
— Certamente...
não se importa.
Ela estremeceu
diante da certeza do tom de voz dele e do cinismo de seu olhar.
— Sinto muito.
— Eu também.
Agora, se me dá licença, só tenho vinte e cinco
minutos para ficar com meu pai.
— Vai para casa
depois?
— Não.
— Precisa
dormir um pouco.
— Está me
convidando para a sua cama? Subitamente, a expressão dela mudou diante da ideia
de compartilhar intimamente o corpo com ele, enquanto a dor a incomodava de
forma incessante. Ele empalideceu, endurecendo o olhar.
— Bem, isso diz
tudo, não?
— Não — ela
conseguiu tocá-lo antes de ele se afastar. — Por favor, Joseph, me ouça.
Ele olhou para
ela.
— Você não tem
nada para me dizer que eu queira ouvir.
Uma severa
pontada a atingiu e ela se escorou contra a parede na mesma hora. Não podia
fazer isso agora. As casualidades aconteciam a todo momento e ela não podia
deixar de evitar.
— Certo. Nos
vemos mais tarde... seja quando for. — Encontrando ar para conseguir caminhar,
ela saiu.
Joseph observou
Demetria sair com um misto de raiva e incompreensão. Ela agia como se ele realmente
a tivesse magoado, mas era ela quem queria o divórcio. Quando ela falou que
nada havia mudado depois daquela incrível transa, ele ficou furioso.
Ela apenas o
usou.
Saber disso
doeu mais que qualquer outra coisa, e ele acabou ficando furioso. Ela não devia
magoá-lo. Era mulher dele, carne de sua carne... osso de seu osso. Sua
companheira quintessencial e amante... só que ela havia se transformado numa
traidora.
A fúria causada
por essa percepção não foi aliviada em seis dias. Ele andava como uma bomba
prestes a explodir. Estava agradecido pela carga extra de trabalho, pois assim
dava vazão à energia gerada pelas emoções contidas.
Não queria que
os irmãos se preocupassem, mas não tinha intenção de diminuir o ritmo.
Seu pai e seu
país precisavam dele, mesmo que sua esposa não precisasse.
Demetria
acordou tarde da noite com uma dor horrível e a sensação de umidade no meio das
pernas.
Estava com
hemorragia.
Não era nada
novo desde que havia começado a endometriose, mas, normalmente, se conseguisse
se levantar e se trocar várias vezes durante a noite, não teria com que se
preocupar. Estava tão cansada quando
foi se deitar que dormiu quatro horas seguidas.
Ela se
esquecera de tomar os remédios para a dor e agora se lembrava deles.
Ela tentou
levantar para cuidar de ambos os problemas, mas caiu de novo na cama, com um
grito de dor preso na garganta. O menor movimento agravava sua agonia.
Mas ficar
parada também doía. Tanto que ela quase perdia o ar por causa disso.
Ela olhou para
a grande extensão da cama. Joseph não estava, claro. Ele geralmente não vinha
deitar antes da madrugada, quando vinha. Dormia no escritório algumas noites e,
depois daquele encontro no hospital, ele certamente não planejava outro durante
a noite.
A dor a
arrasava e ela gemia, as lágrimas molhavam seus olhos e sua face, enquanto
contorcia o corpo. Se ao menos conseguisse pegar os remédios, mas não conseguia
nem alcançar a mesa-de-cabeceira.
Como pôde ter
esquecido de tomá-los?
Ela se arrastou
até a beira da cama, mas muito lentamente. Qual era a distância até a mesa? A
dor fazia tudo ao redor parecer embaçado. Talvez se rolasse. Ela tomou impulso
com um dos lados da barriga e quase desmaiou de dor. Teria sido bom, ela
pensou.
Ainda tonta,
ela tentou completar o rolamento, mas acabou caindo da cama. Ela podia ouvir
alguém chorando e queria ajudar, mas não podia se mexer. Ela tentou se
concentrar na escuridão, mas mal podia ver a sombra da mesinha, que parecia
mais longe do que quando estava na cama.
Ela tentou
alcançar, os soluços presos na garganta, sem ajudar a amenizar a dor.
— Demetria? O
que diabos está acontecendo? — A luz principal foi acesa, iluminando tudo.
A luz irritou
os olhos dela, e ela os fechou, desmoronando no chão em calafrios, enquanto
Joseph corria e falava em italiano.
— O que
aconteceu? — Ele se abaixou ao lado dela, com a mão sobre o seu ombro. — Está
sangrando. Vou chamar uma ambulância.
— Não! — Ela
olhou para o marido alto e lindo, com os olhos tomados de lágrimas que ela
tentava limpar para conseguir enxergá-lo. — Preciso dos meus remédios para
dor... na... mesinha... — ela balbuciou diante de outra onda de pontadas.
— Remédios para
dor não vão evitar o sangramento.
— Não
precisa... é minha menstruação.
— O diabo. Está
tendo uma hemorragia. Ele pegou o telefone e ela gritou.
— Não! Por
favor, Joseph... — ela engasgou e então gemeu quando
a dor a castigou. — Apenas pegue... — Ela respirava
fundo, tentando pegar mais ar para continuar. — A cama. Por favor. Dói... — Ela
se aninhou em posição fetal.
Ele largou o
telefone e ela sentiu um cobertor sobre o seu corpo. Ele a pegou, mas não a
colocou na cama. Ele se dirigiu à porta.
— Aonde...
vamos? — ela perguntou, sem forças.
— Para o
hospital, e pode parar de discutir. Não vou chamar uma ambulância se não
quiser, mas precisa de um médico.
— Eu fui ao
médico. Falei para você... meus remédios... preciso deles.
— Você precisa
de muito mais que remédio para dor — ele gritou, sem parar de andar.
— Sim.
Cirurgia. Hoje, não.
— Sim, hoje. Se
é o que precisa, será hoje.
— Não pode.
— Por que não?
— ele perguntou, em frente ao sistema de comunicação da porta deles.
— Não é seguro
— ela olhou para ele, seu rosto se contorcia com outro espasmo de dor. — Por
favor. Preciso dos remédios.
Ele olhou para
ela com os olhos apertados.
— Precisa de um
médico.
— Por favor —
ela implorou com tanta dor que faria qualquer coisa pelos remédios.
Ele cerrou os
dentes com força.
— Certo, mas
acho melhor estar certa em relação a esse sangue. Não vou deixá-la morrer.
Ouviu?
Ele voltou para
o quarto cuidadosamente para não sacudi-la e a deitou gentilmente na cama,
antes de abrir a gaveta da mesinha-de-cabeceira. Ele pegou um vidro com
prescrição médica, abriu e pegou dois comprimidos.
Ele colocou o
braço por trás dos ombros dela e a levantou suavemente, ajudando-a a tomar os
remédios, como se não conseguisse fazer isso por conta própria. E a verdade era
que não podia mesmo. Ela estava se controlando ao máximo para não gritar sua
agonia.
Depois de ela
tomar os remédios, Joseph a deitou gentilmente na cama.
— Há quanto
tempo?
— De vinte a
trinta minutos.
— Posso fazer
mais alguma coisa?
Ela estava
sentindo muita dor para se apegar ao fato de que o homem que lhe oferecia ajuda
a tratara como leprosa nos dias anteriores.
— Água quente ajuda.
— Para beber ou
tomar banho?
— Banheira...
chuveiro também.
Ele assentiu e
desapareceu no banheiro. Ela ouviu a água descendo e ele voltou, nu. Ela não
conseguia entender, mesmo que tentasse.
— Vou tirar sua
roupa.
— Certo — ela
falou, entorpecida em razão do rápido efeito dos medicamentos, ingeridos sem
comida.
Ele removeu o
cobertor e as roupas dela com mãos cuidadosas. Ele praguejou ao ver quanto
sangue havia no meio de suas pernas. Ele a observou implacavelmente.
— Tem certeza
de que esse sangue é apenas menstruação?
— Sim.
Ele sacudiu a
cabeça, mas não falou nada. Simplesmente a levantou da cama. Mesmo com toda
suavidade, o movimento ainda a atingiu, provocando ondas de tontura, quando a
dor a castigou novamente.
Ela gemeu.
Ele praguejou.
— Isso não pode
ser normal, cara.
— Não falei que
era normal — ela murmurou, com os olhos fechados e a cabeça apoiada nos ombros
dele.
Estranhamente,
ele não perguntou o que era.
— Estou
surpresa — ela falou.
— Com o quê?
— Não está
fazendo perguntas.
— Não faz ideia
do quanto aparenta estar terrível, faz?
— Pareço
terrível? — ela perguntou, com lágrimas rolando pela face. — Feia?
— Doente,
mulher tola. Está branca feito papel e parece que até uma brisa pode
derrubá-la.
— Dói.
— Eu sei. — E
parecia arruinado por reconhecer isso, mas ela devia ter ouvido mal.
Por que se
importaria por ela sentir dor, se a detestava?
Mas a forma
como ele a segurava não era cruel nem impessoal. Ele a segurava como se ela
fosse preciosa e, mesmo que fosse uma ilusão, ela se abraçou a ele,
necessitando daquele conforto e muito fraca para fingir.
Ela não havia
entendido para onde iam até ele parar no chuveiro já quente, e então ela
compreendeu por que ele ficara nu. Ele planejava segurá-la enquanto tomava
banho. Lágrimas de alívio rolaram sob os seus olhos fechados enquanto a água
quente caía em sua pele.
Ele não a deixou sozinha com sua dor e ela sentia-se
pateticamente agradecida. Ela manteve os olhos fechados, sem se importar por
cair água no rosto. Ele jogava água na direção das pernas dela, para que
pudesse limpar o sangue.
— Tem muito
sangue — ele repetia em um tom de voz baixo.
— Fica pior
todos os meses — ela disse, refletindo sobre a sua falta de constrangimento por
vê-lo cuidando dela assim.
Mas quantas
vezes ela havia desejado que ele estivesse lá para cuidar dela, que ele se
importasse a ponto de perceber o quanto a menstruação dela passara a ser
dolorosa e a confortasse por isso? Tais pensamentos eram fantasia antes, mas
agora eram reais, e ela tinha dificuldade de lidar com eles.
Ele cuidou dela
com uma eficiência e uma compreensão instintiva que causaram admiração em
Demetria.
Ela não sabe
por quanto tempo ficaram sob o chuveiro, mas em algum momento ele falou:
— Acho que já
pode ir para a banheira. O sangramento parou ou diminuiu consideravelmente.
— Ele vem e
volta — ela falou cansada, enquanto permitia que ele a levasse para a banheira.
Ele não a
colocou lá como ela imaginava, mas entrou junto com ela. Ela murmurou algo em
protesto.
— Não pode
tomar banho sozinha nessas condições.
— Só quero
ficar deitada aqui.
— E vai ficar...
nos meus braços.
Ela não
discutiu mais e ele a acomodou entre as suas pernas e com os braços em torno do
dorso dela. Ele cuidou de tudo para ela. Ela suspirou aliviada, com os remédios
fazendo efeito, e se recostou contra ele em paz.
Ela deveria se
sentir culpada por deixar que ele cuidasse dela, mas era tão bom... tão certo
para sentir-se culpada. E descansar em uma banheira não era nada mal para ele
também, uma voz dentro de sua cabeça a convencia.
Conforme a dor
passava e a sensação de bem-estar aumentava, ela se permitia relaxar.
— Isso é bom.
— Está se
sentindo melhor?
— Sim — ela
suspirou. — Mas vamos ter que sair logo.
— Por quê?
— Posso começar
a sangrar novamente. Ele suspirou.
— Concordamos
que essa menstruação não é normal.
— Não, não é.
— O que está acontecendo?
— Tentei contar
no avião voltando de Nova York, mas você não quis ouvir. — O que era uma
acusação, e não uma resposta, mas ainda doía o fato de ele estar tão pronto
para abrir mão do casamento que sequer havia se importado com as razões dela.
— Não, eu teria
me lembrado.
— Sim, tentei.
— Quando tentou
me contar sobre essa horrível hemorragia e toda essa dor?— ele perguntou, ainda parecendo duvidar dela.
— Quando tentei
dizer que temos que terminar nosso casamento, mas aí você falou que queria
terminar de qualquer forma, e isso não pareceu ter mais importância. — Por mais
que tentasse, não conseguia encarar isso com tranquilidade.
Isso a arrasou,
o que estava explícito na sua voz. O forte corpo dele foi tomado de tensão.
— Foi por isso
que pediu divórcio? Por causa da dor e da hemorragia?
eu amo esse capitulo, pois aqui começa a reveleçao de tudo, por isso comentem por favor. sao os comentarios que anima quem escreve ou adapta as fics para voces lerem
Posta mais por favor......
ResponderExcluirAmo amo amo vc é melhor
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