domingo, 1 de setembro de 2019

VIDA DE PRINCESA Capitulo 7


Depois, ele a abraçou, acalmando-a com palavras carinhosas e carícias ternas até que ela parasse de soluçar, embora nem tivesse percebido que estava chorando. O corpo dela relaxou lentamente, até que ela vacilou nos braços dele, enfraquecida.
Ele a abraçou por um longo e silencioso momento, enquanto as pernas dela bambeavam e a ligação entre seus corpos permanecia, lembrando-a que uma vez raramente era suficiente para aquele homem... mesmo quando a transa culminava em um prazer explosivo que a deixava totalmente exausta.
Finalmente, ele a levantou e começou a lavá-la com mãos gentis que tocavam cada centímetro dela como se ele quisesse assegurar sua possessão.
Ela tentou retribuir o favor, mas suas mãos estavam desajeitadas, seus movimentos canhestros por um tipo de cansaço que somente ele podia provocar. Ele desligou o chuveiro e saiu do box, com os braços ainda em torno dela.
Ela tentou se afastar para que pudesse se secar, mas ele também a ajudou. Então, ele a puxou para perto de seu corpo e caminhou para o quarto.
Eles foram para a cama juntos, e ela, sem perceber, se aninhou nos braços dele, fechando os olhos e adormecendo imediatamente.
Ela acordou algumas horas depois com um beijo na testa.
— Acorde, cara. Precisamos nos apressar ou não chegaremos no hospital antes da cirurgia.
Ela sentou-se, sentindo-se meio mal-humorada. Apesar do prazer da transa, seus sonhos haviam sido perturbadores, e ela não dormira bem. Ela sentia dor no abdome e desejou poder dormir mais. Porque, descansando ou não, pelo menos ela podia fugir da realidade em que vivia.
Ela logo ficaria menstruada, embora agora não estivesse tão regular, já que não usava mais pílulas. Mas ela sabia que a dor só pioraria a cada dia, até ficar insuportável, quando seu corpo começasse a sangrar.
Joseph já estava quase pronto e olhou por cima dos ombros.
— Mexa-se, Demetria.
Ela assentiu, estremecendo. Então, saiu da cama com vivacidade, sem deixar de olhar para ele. Pelo menos isso a agradava. Não podia imaginar a vida sem aquele homem, e proferiu essas palavras antes de conseguir evitá-las.
Ele parou.
— Mas não precisa. Depois da noite passada, é óbvio que podemos esquecer essa história de divórcio.
— Está dizendo que não está mais entediado comigo?
— Precisa perguntar, depois do que, aconteceu no chuveiro? — ele perguntou, com o sorriso diabólico.
Mas ela não retribuiu o sorriso. A transa no chuveiro fora incrível, e eles haviam passado o resto da noite nos braços um do outro. Só que ele não falou sobre isso.
Sexo. Era tudo que ele queria dela e, quando estava em oferta, ela era a esposa perfeita. Ele falou isso quando revelou que estava entediado... que o valor dela caíra significativamente depois que ela havia começado a rejeitá-lo. A noite anterior e a reação dele só sustentavam que a verdade não era uma realidade prazerosa.
Ela virou a cabeça.
— A noite passada não mudou nada.
Ele falou um verdadeiro palavrão e ela desviou o olhar dele.
Ele terminou dando de ombros, com um olhar frio e duro.
— Você não está me dizendo que ainda pensa que precisamos nos divorciar. Recuso-me a aceitar que esteja falando isso.
— Mas é o que digo — ela admitiu, com dor de cabeça.
Se os olhares pudessem ser letais, o que ele lançou para ela a teria matado. Ele parecia detestá-la, e não falou mais nenhuma palavra.
Simplesmente acabou de se vestir e saiu do quarto.
Movimentando-se o mais depressa que podia com as dores chegando perto do insuportável, ela se vestiu e o acompanhou. Encontrou-o lá embaixo, dando instruções aos assistentes.
— Os outros estão esperando no carro — ele falou quando a viu.
— Joseph.
— Não fale comigo, Demetria. — O veneno na voz dele a silenciou efetivamente.
Ele a detestava.
Ficou assim o resto da manhã, conseguindo apenas manter um véu de civilidade na frente da família. Quando não estavam perto de ninguém, mostravam uma violenta hostilidade recíproca.
O único bom momento foi rei Paul ter passado com êxito pela cirurgia, depois da qual pôde receber os familiares. Quando Denise se ofereceu para ficar no hospital, ele aceitou e mandou os demais para casa, com a sua característica dose de arrogância.
Apesar da melhora contínua do sogro, os dias seguintes foram um tormento para Demetria. De corpo e alma. Joseph ficava na suíte somente por aparência, mas havia uma muralha que os separava na cama... quando ele dormia ali. Ele também se recusava a falar com ela quando estavam sozinhos, exceto para tratarem dos seus deveres.
Se ela demonstrasse que ia entrar no campo pessoal, ele arrumava uma desculpa para sair... ou saía sem qualquer desculpa. Quando ele estava presente. O que não era frequente. Ela o via mais na companhia de outras pessoas.
Ele sempre tivera uma agenda muito ocupada, mas agora estava ainda pior. Ele tinha de cobrir as próprias responsabilidades e as do pai. Como líder no trabalho, não podia deixar de cumprir nenhum dever. Ele sempre dormiu menos que ela, mas agora ela imaginava que ele chegava a ficar sem dormir.
Os irmãos ajudavam como podiam, mas a função de Joseph na família demandava a maior parte das decisões, e os irmãos quase não sentiam o peso da responsabilidade e do estresse.
Independentemente do quanto a rejeição dele doesse, sentia-se mal por ele, preocupada, e desejava dez vezes por dia ter pedido o divórcio depois dessa crise. Ele se recusava a aceitar conforto ou ajuda dela de qualquer forma, e ela não o culpava; apenas queria ajudá-lo.
O pedido de divórcio arrasou o orgulho dele e feriu seu ego no momento em que ele menos podia lidar com esse tipo de dor. Ele precisava de toda força interior nas circunstâncias atuais, mas estava abalado pela raiva e pelo desprezo dela. Ela queria explicar que não era desprezo, mas a
dor causada pela endometriose e a tontura resultante dos remédios aniquilavam a sua capacidade de justificar qualquer coisa.
Era tudo o que podia fazer para vencer cada dia. Não tinha como brigar com o marido para colocar o casamento em dia... apenas convencê-lo de que não havia outro jeito.
De toda forma, não conseguia deixar de pensar que teria sido melhor pedir o divórcio a Joseph quando ele tivesse voltado de Nova York. Pelo menos poderia evitar toda a raiva e a hostilidade que sugam as energias num momento tão crítico.
A culpa por essa tardia percepção a arrasava, tornando mais difícil suportar a dor física, e algumas noites ela simplesmente ficava chorando sozinha na cama. Como o médico previu, a dor desse mês era pior do que a do anterior e alguns dias ela achava que não iria sobreviver.
Seus próprios deveres não desapareceram magicamente por conta da crise familiar, mas aumentaram.
E ela tinha de passar pelo menos parte do dia no hospital, onde tinha de manter as aparências.
Certa tarde estava saindo do quarto do rei Paul, quando encontrou com Joseph.
Ele parecia abatido de tanto cansaço, mas, quando a viu, colocou uma máscara de invencibilidade.
— Você precisa descansar — ela falou, em vez de cumprimentá-lo, colocando a mão no braço dele.
Ele se esquivou do toque dela com a testa franzida.
— Estou bem.
— Não, não está. Todos dizem que está se esforçando demais, mas ninguém sabe o que fazer a respeito.
— Não há nada a fazer. É meu dever cuidar do meu país enquanto meu pai está doente.
— Seus irmãos...
— Têm as próprias responsabilidades.
— Estão preocupados com você. Ele olhou para ela.
— Algum deles pediu para você vir conversar comigo?
— Sim — ela falou, suspirando. — Os dois, na realidade.
— Eu deveria saber que você não demonstraria preocupação.
— Eu me importo com você, Joseph.
— Certamente... não se importa.
Ela estremeceu diante da certeza do tom de voz dele e do cinismo de seu olhar.
— Sinto muito.
— Eu também. Agora, se me dá licença, só tenho vinte e cinco
minutos para ficar com meu pai.
— Vai para casa depois?
— Não.
— Precisa dormir um pouco.
— Está me convidando para a sua cama? Subitamente, a expressão dela mudou diante da ideia de compartilhar intimamente o corpo com ele, enquanto a dor a incomodava de forma incessante. Ele empalideceu, endurecendo o olhar.
— Bem, isso diz tudo, não?
— Não — ela conseguiu tocá-lo antes de ele se afastar. — Por favor, Joseph, me ouça.
Ele olhou para ela.
— Você não tem nada para me dizer que eu queira ouvir.
Uma severa pontada a atingiu e ela se escorou contra a parede na mesma hora. Não podia fazer isso agora. As casualidades aconteciam a todo momento e ela não podia deixar de evitar.
— Certo. Nos vemos mais tarde... seja quando for. — Encontrando ar para conseguir caminhar, ela saiu.
Joseph observou Demetria sair com um misto de raiva e incompreensão. Ela agia como se ele realmente a tivesse magoado, mas era ela quem queria o divórcio. Quando ela falou que nada havia mudado depois daquela incrível transa, ele ficou furioso.
Ela apenas o usou.
Saber disso doeu mais que qualquer outra coisa, e ele acabou ficando furioso. Ela não devia magoá-lo. Era mulher dele, carne de sua carne... osso de seu osso. Sua companheira quintessencial e amante... só que ela havia se transformado numa traidora.
A fúria causada por essa percepção não foi aliviada em seis dias. Ele andava como uma bomba prestes a explodir. Estava agradecido pela carga extra de trabalho, pois assim dava vazão à energia gerada pelas emoções contidas.
Não queria que os irmãos se preocupassem, mas não tinha intenção de diminuir o ritmo.
Seu pai e seu país precisavam dele, mesmo que sua esposa não precisasse.
Demetria acordou tarde da noite com uma dor horrível e a sensação de umidade no meio das pernas.
Estava com hemorragia.
Não era nada novo desde que havia começado a endometriose, mas, normalmente, se conseguisse se levantar e se trocar várias vezes durante a noite, não teria com que se preocupar. Estava tão cansada quando
foi se deitar que dormiu quatro horas seguidas.
Ela se esquecera de tomar os remédios para a dor e agora se lembrava deles.
Ela tentou levantar para cuidar de ambos os problemas, mas caiu de novo na cama, com um grito de dor preso na garganta. O menor movimento agravava sua agonia.
Mas ficar parada também doía. Tanto que ela quase perdia o ar por causa disso.
Ela olhou para a grande extensão da cama. Joseph não estava, claro. Ele geralmente não vinha deitar antes da madrugada, quando vinha. Dormia no escritório algumas noites e, depois daquele encontro no hospital, ele certamente não planejava outro durante a noite.
A dor a arrasava e ela gemia, as lágrimas molhavam seus olhos e sua face, enquanto contorcia o corpo. Se ao menos conseguisse pegar os remédios, mas não conseguia nem alcançar a mesa-de-cabeceira.
Como pôde ter esquecido de tomá-los?
Ela se arrastou até a beira da cama, mas muito lentamente. Qual era a distância até a mesa? A dor fazia tudo ao redor parecer embaçado. Talvez se rolasse. Ela tomou impulso com um dos lados da barriga e quase desmaiou de dor. Teria sido bom, ela pensou.
Ainda tonta, ela tentou completar o rolamento, mas acabou caindo da cama. Ela podia ouvir alguém chorando e queria ajudar, mas não podia se mexer. Ela tentou se concentrar na escuridão, mas mal podia ver a sombra da mesinha, que parecia mais longe do que quando estava na cama.
Ela tentou alcançar, os soluços presos na garganta, sem ajudar a amenizar a dor.
— Demetria? O que diabos está acontecendo? — A luz principal foi acesa, iluminando tudo.
A luz irritou os olhos dela, e ela os fechou, desmoronando no chão em calafrios, enquanto Joseph corria e falava em italiano.
— O que aconteceu? — Ele se abaixou ao lado dela, com a mão sobre o seu ombro. — Está sangrando. Vou chamar uma ambulância.
— Não! — Ela olhou para o marido alto e lindo, com os olhos tomados de lágrimas que ela tentava limpar para conseguir enxergá-lo. — Preciso dos meus remédios para dor... na... mesinha... — ela balbuciou diante de outra onda de pontadas.
— Remédios para dor não vão evitar o sangramento.
— Não precisa... é minha menstruação.
— O diabo. Está tendo uma hemorragia. Ele pegou o telefone e ela gritou.
— Não! Por favor, Joseph... — ela engasgou e então gemeu quando
a dor a castigou. — Apenas pegue... — Ela respirava fundo, tentando pegar mais ar para continuar. — A cama. Por favor. Dói... — Ela se aninhou em posição fetal.
Ele largou o telefone e ela sentiu um cobertor sobre o seu corpo. Ele a pegou, mas não a colocou na cama. Ele se dirigiu à porta.
— Aonde... vamos? — ela perguntou, sem forças.
— Para o hospital, e pode parar de discutir. Não vou chamar uma ambulância se não quiser, mas precisa de um médico.
— Eu fui ao médico. Falei para você... meus remédios... preciso deles.
— Você precisa de muito mais que remédio para dor — ele gritou, sem parar de andar.
— Sim. Cirurgia. Hoje, não.
— Sim, hoje. Se é o que precisa, será hoje.
— Não pode.
— Por que não? — ele perguntou, em frente ao sistema de comunicação da porta deles.
— Não é seguro — ela olhou para ele, seu rosto se contorcia com outro espasmo de dor. — Por favor. Preciso dos remédios.
Ele olhou para ela com os olhos apertados.
— Precisa de um médico.
— Por favor — ela implorou com tanta dor que faria qualquer coisa pelos remédios.
Ele cerrou os dentes com força.
— Certo, mas acho melhor estar certa em relação a esse sangue. Não vou deixá-la morrer. Ouviu?
Ele voltou para o quarto cuidadosamente para não sacudi-la e a deitou gentilmente na cama, antes de abrir a gaveta da mesinha-de-cabeceira. Ele pegou um vidro com prescrição médica, abriu e pegou dois comprimidos.
Ele colocou o braço por trás dos ombros dela e a levantou suavemente, ajudando-a a tomar os remédios, como se não conseguisse fazer isso por conta própria. E a verdade era que não podia mesmo. Ela estava se controlando ao máximo para não gritar sua agonia.
Depois de ela tomar os remédios, Joseph a deitou gentilmente na cama.
— Há quanto tempo?
— De vinte a trinta minutos.
— Posso fazer mais alguma coisa?
Ela estava sentindo muita dor para se apegar ao fato de que o homem que lhe oferecia ajuda a tratara como leprosa nos dias anteriores.
— Água quente ajuda.
— Para beber ou tomar banho?
— Banheira... chuveiro também.
Ele assentiu e desapareceu no banheiro. Ela ouviu a água descendo e ele voltou, nu. Ela não conseguia entender, mesmo que tentasse.
— Vou tirar sua roupa.
— Certo — ela falou, entorpecida em razão do rápido efeito dos medicamentos, ingeridos sem comida.
Ele removeu o cobertor e as roupas dela com mãos cuidadosas. Ele praguejou ao ver quanto sangue havia no meio de suas pernas. Ele a observou implacavelmente.
— Tem certeza de que esse sangue é apenas menstruação?
— Sim.
Ele sacudiu a cabeça, mas não falou nada. Simplesmente a levantou da cama. Mesmo com toda suavidade, o movimento ainda a atingiu, provocando ondas de tontura, quando a dor a castigou novamente.
Ela gemeu.
Ele praguejou.
— Isso não pode ser normal, cara.
— Não falei que era normal — ela murmurou, com os olhos fechados e a cabeça apoiada nos ombros dele.
Estranhamente, ele não perguntou o que era.
— Estou surpresa — ela falou.
— Com o quê?
— Não está fazendo perguntas.
— Não faz ideia do quanto aparenta estar terrível, faz?
— Pareço terrível? — ela perguntou, com lágrimas rolando pela face. — Feia?
— Doente, mulher tola. Está branca feito papel e parece que até uma brisa pode derrubá-la.
— Dói.
— Eu sei. — E parecia arruinado por reconhecer isso, mas ela devia ter ouvido mal.
Por que se importaria por ela sentir dor, se a detestava?
Mas a forma como ele a segurava não era cruel nem impessoal. Ele a segurava como se ela fosse preciosa e, mesmo que fosse uma ilusão, ela se abraçou a ele, necessitando daquele conforto e muito fraca para fingir.
Ela não havia entendido para onde iam até ele parar no chuveiro já quente, e então ela compreendeu por que ele ficara nu. Ele planejava segurá-la enquanto tomava banho. Lágrimas de alívio rolaram sob os seus olhos fechados enquanto a água quente caía em sua pele.
Ele não a deixou sozinha com sua dor e ela sentia-se pateticamente agradecida. Ela manteve os olhos fechados, sem se importar por cair água no rosto. Ele jogava água na direção das pernas dela, para que pudesse limpar o sangue.
— Tem muito sangue — ele repetia em um tom de voz baixo.
— Fica pior todos os meses — ela disse, refletindo sobre a sua falta de constrangimento por vê-lo cuidando dela assim.
Mas quantas vezes ela havia desejado que ele estivesse lá para cuidar dela, que ele se importasse a ponto de perceber o quanto a menstruação dela passara a ser dolorosa e a confortasse por isso? Tais pensamentos eram fantasia antes, mas agora eram reais, e ela tinha dificuldade de lidar com eles.
Ele cuidou dela com uma eficiência e uma compreensão instintiva que causaram admiração em Demetria.
Ela não sabe por quanto tempo ficaram sob o chuveiro, mas em algum momento ele falou:
— Acho que já pode ir para a banheira. O sangramento parou ou diminuiu consideravelmente.
— Ele vem e volta — ela falou cansada, enquanto permitia que ele a levasse para a banheira.
Ele não a colocou lá como ela imaginava, mas entrou junto com ela. Ela murmurou algo em protesto.
— Não pode tomar banho sozinha nessas condições.
— Só quero ficar deitada aqui.
— E vai ficar... nos meus braços.
Ela não discutiu mais e ele a acomodou entre as suas pernas e com os braços em torno do dorso dela. Ele cuidou de tudo para ela. Ela suspirou aliviada, com os remédios fazendo efeito, e se recostou contra ele em paz.
Ela deveria se sentir culpada por deixar que ele cuidasse dela, mas era tão bom... tão certo para sentir-se culpada. E descansar em uma banheira não era nada mal para ele também, uma voz dentro de sua cabeça a convencia.
Conforme a dor passava e a sensação de bem-estar aumentava, ela se permitia relaxar.
— Isso é bom.
— Está se sentindo melhor?
— Sim — ela suspirou. — Mas vamos ter que sair logo.
— Por quê?
— Posso começar a sangrar novamente. Ele suspirou.
— Concordamos que essa menstruação não é normal.
— Não, não é.
— O que está acontecendo?
— Tentei contar no avião voltando de Nova York, mas você não quis ouvir. — O que era uma acusação, e não uma resposta, mas ainda doía o fato de ele estar tão pronto para abrir mão do casamento que sequer havia se importado com as razões dela.
— Não, eu teria me lembrado.
— Sim, tentei.
— Quando tentou me contar sobre essa horrível hemorragia e toda essa dor?—  ele perguntou, ainda parecendo duvidar dela.
— Quando tentei dizer que temos que terminar nosso casamento, mas aí você falou que queria terminar de qualquer forma, e isso não pareceu ter mais importância. — Por mais que tentasse, não conseguia encarar isso com tranquilidade.
Isso a arrasou, o que estava explícito na sua voz. O forte corpo dele foi tomado de tensão.
— Foi por isso que pediu divórcio? Por causa da dor e da hemorragia?






eu amo esse capitulo, pois aqui começa a reveleçao de tudo, por isso comentem por favor. sao os comentarios que anima quem escreve ou adapta as fics para voces lerem

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