domingo, 25 de agosto de 2019

VIDA DE PRINCESA Capitulo 6


Quando eles chegaram ao palácio, Demetria conseguiu sair do carro e caminhar ao lado de Joseph até o apartamento sem uma segunda troca de olhares e sem permitir que sua mão roçasse a dele. Isso o incomodava. Não gostava de ser ignorado pela esposa e ela ainda era esposa dele, independentemente do fato de querer fingir outra coisa.
Ele seguiu seu esguio corpo para dentro do apartamento com uma
forte sensação de ter sido usado.
Entretanto, ela parecia tão perdida — e isso o enfurecia tanto — que ele se importou.
— Devia ter vindo com Liam e Miley.
— Eu não queria — ela falou com aquela voz suave que provocava sua libido.
Mas teria sido infiel? Estaria apenas pensando nisso? Seria o pedido de divórcio uma preparação para entrar em outra relação? As perguntas o cegavam diante da possibilidade de ter perdido apenas o coração dela, mas o corpo ainda não.
— Eu notei — ele resmungou, decepcionado com ela em vários níveis.
— Queria ficar lá, caso acontecesse alguma coisa — ela retrucou com um suspiro, enquanto retirava os sapatos e caminhava descalça na sala de estar.
Quanto mais ela evitava o olhar dele, mais ele se irritava. O fato de ter de segui-la como um cão adestrado também não amenizava as coisas.
— Não teria feito diferença.
— Não foi o que você falou em Nova York.
— Estava com raiva.
— E descontando em mim. Eu percebi.
E em quem ela pensava que ele despejaria sua raiva, depois do pedido de divórcio? Em vez de fazer uma pergunta cuja resposta não queria ouvir, ele falou:
— Não gosto da ideia de ver você dormindo no sofá de uma sala de espera. Você estava tão desligada que nem percebeu quando cheguei na sala.
Entretanto, ela se aninhou no paletó dele, sussurrando seu nome e ele sentiu como se alguém tivesse chutado seu estômago. Como ainda podia buscar o conforto dele quando na noite anterior queria outra coisa?
— A segurança estava a postos o tempo todo. Ele já tinha tirado a gravata e se livrou do paletó que trazia o cheiro dela. Como seus corpos, depois que faziam amor. Ele não gostava de lembrar disso. Por razões que não conseguia entender, ele a desejava mais que nunca.
Podia estar enojado só de pensar em tocá-la. Mas, longe disso, ainda considerando a possibilidade de ela estar sozinha no sentido físico, a necessidade de carimbar a possessão no corpo dela novamente atiçava todos os seus sentidos.
— Não é esse o caso.
— Não há caso... não há por que discutir isso agora — ela se encaminhou ao banheiro, claramente demonstrando que ia se trocar lá, quando há alguns dias teria se despido na frente dele com naturalidade. — O que está feito está feito.
Ele supunha que era assim que ela considerava o fim do relacionamento deles, mas ele não aceitava.
— Concordamos em demonstrar união por enquanto.
— Demonstrar união não significa que vou aceitar ordens como se fosse um cachorro.
— Olhe para mim, droga! — ele explodiu, sentindo necessidade de conversar.
Ela virou rispidamente para fitá-lo, de cabeça erguida e com os lindos olhos verdes em posição de desafio.
Ele retribuiu o olhar, totalmente impaciente.
— Nunca a tratei dessa maneira!
— Não vamos abordar o assunto de como você me trata — ela falou, com sarcasmo. — Não importa mais.
— Está dizendo que quer o divórcio porque está infeliz com a forma como a trato no casamento? — Ele nunca havia pensado nisso. A fraca sensação de esperança que o percorria o deixava irritado, mas, ao mesmo tempo, animado.
Mas uma mulher não reclamaria das coisas que a incomodam antes de fazer algo drástico como pedir um divórcio? Especialmente uma mulher consciente como Demetria?
— Não pedi divórcio por causa da forma como me trata. Se você se lembrar, sequer pedi divórcio.
— Não venha discutir semântica comigo — ele resmungou. — Você falou que temos que nos divorciar.
— E temos.
— Mas não por causa da forma como a trato?
— Não.
Somente uma circunstância poderia levar uma mulher leal e responsável como Demetria a ignorar suas convicções e pedir o divórcio. Ela tinha de estar apaixonada por outro homem. O amor transformava as pessoas mais inteligentes e fortes em verdadeiros idiotas.
A ideia de Demetria amar outro homem dessa forma provocou um sentimento de ciúme tão forte que quase o possuía. Ele forçou-se a acalmar-se, sem desejar se entregar a essa fraqueza.
— Eu adoraria que fizesse um teste formal de gravidez.
— Não será necessário.
— Ficar menstruada não é garantia de que não esteja grávida.
— E se eu estiver grávida... ficaria chateado comigo? Ainda ficaria tão contente em se divorciar? — perguntou, com um sarcasmo que não era característico dela.
O orgulho o impedia de dar a resposta correta, então ele ficou calado. Ela suspirou.
— Foi o que pensei. Tenho certeza de que não estou grávida. Vamos deixar as coisas assim.
— Você tem feito alguma coisa para impedir a gravidez? — ele perguntou, em tom de suspeita.
Até onde iriam as desculpas dela?
— Não.
— Então há risco. Você vai fazer um exame.
Ela deu de ombros cansada, antes de falar:
— Se é o que quer, eu faço.
— O que quero não tem nada a ver com essa conversa.
— Bem, certamente ela não trata do que eu quero.
A expressão de Joseph demonstrava que ele pensava que a conversa era exatamente sobre isso. Ele agarrou os ombros de Demetria sem machucá-la fisicamente, mas causando uma angústia mental nela que ele não entenderia.
— Se você estiver grávida, não haverá divórcio. Era exatamente o que ela havia imaginado. Ela não entendia como conseguia sentir mais dor ainda, mas sentia. Ele deixou bem claro, sem permitir espaço para outras interpretações. Ela era importante para ele por sua capacidade de ser uma potencial incubadora para o herdeiro Scorsolini. Pelo seu filho, ele ficaria casado com a mulher que o entediava.
— Como quiser — ela estava tão cansada e desanimada que não tinha energia nem vontade de discutir.
Além disso, não importava. Sabia que não estava grávida. Fazer o exame não mudaria nada.
O corpo forte dele vibrava com uma tensão que ela não entendia.
— Você deve estar muito certa de que essa possibilidade não existe, pois a perspectiva de perder sua possível liberdade não parece chateá-la.
Além de se importar com o que revelava, ela suspirou.
— Talvez porque não esteja tão preocupada com isso.
— Embora tenha acabado de me falar que não está tomando nada para evitar.
— Não estou.
— Se isso é verdade, como pode estar certa?
— Não minto e estou certa.
— A única evidência seria sua menstruação.
— Não estou menstruada.
— Mas falou...
— Que tenho certeza de que não estou grávida — ela interrompeu, querendo acabar com a conversa para que pudesse tomar um banho. — Conheço meu corpo e a menstruação está vindo. Todos os sinais estão aí. — Incluindo a dor da endometriose. Felizmente, até então, sentia apenas as pontadas da outra noite.
— Como eu falei, sua menstruação não é garantia.
— Eu disse que vou fazer o exame. Não entendo por que estamos discutindo isso. Podemos acabar com essa conversa agora? Quero me trocar e ir dormir.
— Sim, concordou em fazer o exame, mas também me falou que queria muito um bebê meu. Não sei em que acreditar. Não entendo.
E não sossegaria enquanto não entendesse. Lágrimas que teriam sido impossíveis, pelo tanto que já havia chorado, arderam nos olhos dela.
— Eu queria ter um filho seu.
Ainda queria, o que fazia dela uma total estúpida e uma total perdedora.
— Queria... no passado.
— O que espera? Nenhuma mulher quer saber que está grávida de um homem que está entediado dela e do casamento.
Pelo menos ela não quereria, mas a ideia de ele impedir que partisse se estivesse grávida era tentadora, fazendo com que desejasse o impossível e se irritasse consigo mesma por isso. Entediado ou não, nunca deixaria a mãe de seus filhos ir embora.
— Não sei mais o que esperar de você, Demetria. Não a entendo — ele repetiu, com um tom de desnorteamento. — Pensei que a conhecesse bem, mas descobri que estava muito errado.
— Que diferença isso faz? Está entediado com o que conhece. Foi o que falou — ela virou e foi para o banheiro, fechando a porta nas suas costas, sem desejar que ele visse o quanto aquelas palavras a haviam magoado.
Ela tirou a roupa e entrou no box. Não porque queria outro banho, depois do longo que havia tomado no hotel, mas porque era o único local em que podia extravasar suas emoções com segurança.
Agradáveis cascatas de água quente molhavam seu corpo quando ela sentiu outra presença no local.
Ela virou, sua mente dizendo aos instintos que eles deviam estar enganados, mas não estavam. Joseph estava ali.
Ele estava maravilhosamente nu e a água caía em redemoinhos no seu peito bronzeado.
— Decidi não esperar para tomar banho.
— Saia — ela sussurrou.
— Por que deveria? Já fizemos isso juntos várias vezes.
— Mas tudo mudou.
— Ainda é minha mulher — e ela não entendia essa mensagem.
— Apenas temporariamente — ela falou para punir mais a si mesma do que a ele.
— Foi o que você falou.
— E você concordou. Disse que queria isso... o divórcio — ela falou, incapaz de esconder a dor dessa verdade.
— Talvez eu tenha falado precipitadamente. Não estou entediado com nenhum aspecto do nosso relacionamento, cara. Ainda não.
Aquilo era para que ela se sentisse melhor? Não conseguia, assim como o olhar de desejo dele.
— Quer sexo? — ela perguntou, chocada ao perceber.
— Por que a surpresa? É algo em que somos muito bom juntos.
— Mas você falou... — Ele dissera que o valor dela como parceira havia diminuído quando ela começou a rejeitá-lo, não que não a quisesse mais.
— Eu disse?
— Coisas que me magoaram.
— E o seu pedido de divórcio não me magoou? — ele perguntou.
Magoou? Provavelmente. Mas, então, por que queria sexo agora? Nada mais fazia sentido.
— Não entendo — ela falou. Ele apertou os olhos escuros.
— Bem-vinda ao clube.
— Não pode me desejar.
— É aí que você se engana, Demetria. Muito. — Ele se abaixou e beijou-a com sedução, moldando os lábios aos dela, deslizando as grandes mãos pela cintura dela para aproximá-la de sua nudez masculina.
Ela estava tão impressionada com esse rumo nos acontecimentos que não fez nada, nem brigou, nem concordou.
Ele levantou a cabeça, com a paixão revelada pelos olhos mais quente do que a água que os banhava.
— Qual é o problema? Você respondeu rapidamente na noite passada.
Como podia perguntar tamanha idiotice?
— Isso foi antes...
— Antes de me dizer que queria o divórcio?
— Sim. Não acho...
Ele cobriu a boca de Demetria com a mão molhada.
— Não quero que pense. Porque senão terei que pensar também, e não quero. Não quero pensar em nada.
E ela entendia... ou pensou que entendia. Se não estivesse tão
cansada, provavelmente teria previsto aquilo. Joseph precisava de conforto. Seu pai agonizava no hospital diante do futuro incerto e seu marido forte jamais admitira sentir medo. Ou nenhum outro sentimento.
A pergunta era o que faria em relação a isso.
Mas, mesmo fazendo essa pergunta, percebeu algo. Precisava de conforto também.
Ele não a amava e isso doía. A saúde do rei Paul estava em perigo e isso doía também. Mesmo se sobrevivesse à cirurgia, e as chances eram grandes... ela o perderia, juntamente com os demais Scorsolini, quando o casamento terminasse. Esse reconhecimento acrescentava mais dor ainda.
Seu coração padecia ainda mais quando ela reconhecia que as cunhadas floresceriam em suas funções novas, teriam seus filhos e mais crianças depois. Tudo sem ela por perto para experimentar, ainda que de forma substitutiva, o amor familiar.
Denise e Paul finalmente ficariam juntos... era óbvio para qualquer pessoa que estavam apaixonados, como sempre estiveram. Mas ela não estaria por perto para regozijar-se com eles. Novamente, estaria observando de fora.
Tentaria preencher sua vida com esforços menos significativos, mas os ventos frios da solidão já sopravam na sua alma. Porque o mais devastador de tudo seria ver Joseph casando novamente e tendo seus filhos, que não seriam dela.
A dor era tão intensa que se tornou física, estremecendo seu corpo, enquanto Joseph olhava nos seus olhos, com uma expressão indecifrável, exceto pela necessidade física que ardia no seu olhar.
— Eu quero você, cara. Se for honesta consigo mesma... vai admitir que me quer também.
Ela olhou para baixo, seguindo os olhos dele. Seus seios estavam corados por desejo, os bicos rígidos e avermelhados. Eles ansiavam sob o olhar apaixonado dele, a pele latejava com o sangue que pulsava sob ela e os bicos dos seios gritavam uma necessidade de alívio gerado pelo toque dele.
Milhões de lembranças sobre como era ter as mãos e a boca dele em suas zonas erógenas a atormentavam. E o que ele não podia ver, mas ela podia sentir era a forma como sua parte mais íntima tinha inchado e também pulsava com a necessidade de ser preenchida por ele, ligada a ele.
Sua dor emocional e sua necessidade física eram geradas pelo profundo amor que sentia por ele. Não importava o fato de ele não retribuir esse amor. Era uma parte muito forte do seu ser para ignorar e cada emoção causada por esse sentimento brigava por supremacia.
Uma promessa de solidão vazia que as lágrimas nunca aliviariam.
— Sim, eu o quero — ela falou com certo desespero.
Ele não esperou mais, e desceu até a boca de Demetria com a velocidade e o poder de uma força armada, enquanto gemia pelo contato completo com ela. Seus lábios devoraram os dela, seu corpo masculino imprimia uma mensagem de necessidade sexual no dela.
Era uma necessidade que encontrou ávida resposta nela e Demetria não ficou passiva, mas o tocou como se fosse a última vez. Ela se deleitou com o contraste que seus dedos encontraram entre a pele bronzeada dele e pêlos encaracolados que marcavam seu corpo masculino, tão diferente do dela. Um corpo de homem, o epítome da perfeição masculina, para os sentimentos dela.
Ela percorreu os traços marcados pela rigidez muscular de Joseph, lembrando novamente como era seu corpo. Ela não sabia como viveria o resto de sua vida sem isso. Era tão especial... tão perfeito que ela sempre chorava em razão da pura beleza das sensações que ele gerava nela.
Lágrimas brotaram em seus olhos e ela piscou para livrar-se delas, enquanto a água quente escondia qualquer vestígio de suas perturbações. A mão dela rondava a excitação dele, suas unhas mexiam com o ninho de pêlos negros de onde vinha seu membro. O corpo forte dele tremia e sons de necessidade troavam em seu peito.
Era incrível como ela adorava aqueles sons. Estava viciada neles e passou horas na cama com ele, ouvindo, observando, prestando muita atenção às reações dele para que pudesse ter mais... e mais... e mais.
As mãos dele também estavam ocupadas, moldando os seios dela e acariciando áreas sensíveis que ele conhecia tão bem. Era como se ele soubesse que aquele momento era especial, uma oportunidade única que poderia não ocorrer novamente, porque ele a tocava com tanto cuidado, que a excitava a ponto de ferver. E ela emitia os próprios sons de desejo, gemidos e sussurros que se misturavam à batida da água.
Ela perdia o controle a cada momento, até que se tornou uma massa viva, ofegante e palpitante de necessidade sexual feminina. Ela gemeu contra os lábios dele por causa de seu toque, pedindo mais com o movimento do corpo e acariciando com avidez o corpo dele, com todo o fogo que a queimava por dentro.
O som dos gemidos sexuais de Demetria enlouquecia Joseph, enquanto ela se tornava selvagem para ele. Sempre fora incrivelmente responsiva... quando deixava que ele a tocasse, mas agora havia uma qualidade nova na sua resposta. O corpo dela tremia e sacudia, e suas mãos passeavam por todo o corpo dele, tão quentes sobre a sua pele que ele sentia chamuscar.
Ela o tocava com um desespero furioso. Como se nunca o tivesse tocado... ou não fosse tocá-lo nunca mais.
Mas ele ignorou o último pensamento diante do quanto ela o queria. Esse tipo de desejo não era obtido em uma tentativa de se fazer amor... ou em cem. Ele devia saber. Ele a desejava da mesma forma.
Sempre a desejaria.
E sua esposa tímida e respeitável estava praticamente subindo no corpo dele em uma tentativa de unir seus corpos. Estava totalmente fora de controle e ele se recusava a acreditar que ela podia dar uma fração sequer daquela reação a outro homem. Ela podia pensar que queria outra pessoa por razões que ele ainda precisava descobrir, mas era ele que podia tocar o centro da sua alma com uma simples mão em seu seio.
Foi assim desde a primeira vez em que ele a tocou com a intenção de seduzi-la.
A ligação sexual dos dois era muito forte para ser quebrada, muito primitiva para ser explicada ou até compreendida em um nível intelectual. Talvez ela tivesse se controlado mais nos últimos meses do que no começo, mas quando permitia que ele se aproximasse... era despedaçada. Talvez não de forma tão espetacular quanto agora, mas definitivamente de maneira muito forte para ele acreditar que ela pudesse desejar outro homem.
Ela não podia reagir da mesma forma com outra pessoa e ainda responder de um modo tão primoroso a ele... não sua esposa, uma mulher que passou a vida escondendo as reações emocionais. Isso ia de encontro a tudo que ele conhecia dela.
A menos que ela pensasse no outro homem enquanto Joseph a tocava... a menos que ela o estivesse usando para aliviar uma necessidade que não poderia abrandar de outra forma.
Ele não sabia de onde esse pensamento tinha vindo, mas detonou o poder de uma bomba nuclear em sua cabeça. Não, droga. Ele não acreditaria nisso. Porém, fazia sentido para uma mulher que pediu divórcio e logo depois fez amor como se fosse morrer se não tivesse o toque dele.
Ele interrompeu o beijo e a levantou para uma posição em que sua ereção pudesse ter acesso à entrada de seu corpo escorregadio. Tinha de possuí-la... nem mesmo os pensamentos perturbadores podiam amenizar suas necessidades, mas ele não podia permitir que ela o usasse assim. Não deixaria que essa situação fosse verdadeira para eles.
— Diga meu nome... peça para que eu a penetre. Ela abriu os olhos, mostrando-se confusa.
— O... quê?
— Quem sou eu? — ele perguntou com a voz rouca.
— Amore mio.
As palavras o atingiram como uma bigorna... era assim que ela
chamava o outro homem ou estava dizendo que Joseph era seu amor? Ele podia contar nos dedos das mãos as vezes em que ela se referira a ele daquela forma, e nenhuma delas nos últimos seis meses.
— Meu nome, diga.
Ela curvou os lábios suavemente, sua expressão era uma mistura que ele não podia decifrar. Parecia que exultação e tristeza eram expressas por seus olhos verdes, mas isso não fazia sentido para ele.
— Joseph... meu príncipe.
Então, ela se inclinou para frente para reconectar os lábios deles e o beijou com uma desesperada paixão, devorando sua boca, antes de mordiscar seu queixo e passar para a orelha.
— Faça amor comigo, Joseph. Por favor. Seja meu... nem que seja por pouco tempo.
A voz dela tinha um som estranho, como se não fosse meramente sexo que pedia, mas ele não entendia o que mais ela queria. Ele podia dar-lhe sexo. Na realidade, estava louco para fazê-lo. Ele nivelou o corpo dela ao seu pênis e a penetrou com urgente força.
Ela gemeu, sua cabeça caindo sobre os ombros, sua expressão de contentamento agonizante.
— Você se encaixa tão bem em mim, amante.
— Você parece... perfeito... dentro de mim... — ela sussurrou enquanto ele se movia para frente e para trás.
Demetria pensou que poderia morrer de paixão. Se morresse, seria a forma de ir... muito melhor que a dor gerada pela endometriose todos os meses.
A sensação de tê-lo dentro dela era incrível. Ela e Joseph haviam feito amor várias vezes, de várias formas, mas nunca nada tão primitivo e básico como daquela vez. Não havia cama para ampará-los. Ele sequer usava a parede para apoiá-la, como fizera nas outras vezes em que haviam transado no chuveiro, apenas a pura força animal.
Era como se estivessem em um mundo totalmente à parte de qualquer coisa normal, de qualquer coisa que tivessem vivido antes. Eles ficaram cercados de vapor, como uma neblina aquecida, enquanto a água caía por seus corpos, unidos por uma extasiante intimidade.
Ela gemeu quando ele penetrou mais e atingiu aquela zona especial de prazer dentro dela.
— Está bem, mi moglie. Derreta-se para mim. Mostre-me o lado que ninguém mais vê. — A boca dele estava sobre o pescoço dela, sugando, lambendo, mordiscando e provocando arrepios de sensações para as áreas mais sensíveis do seu corpo.
Ela travou os tornozelos por trás dele e montou nele... ele
estremeceu dentro dela... ela apertou a ereção dele dentro do seu corpo... ele guiava o corpo dela com um forte aperto em seus quadris e bumbum.
Ela abriu os olhos para olhar para ele e viu que a cabeça dele estava jogada para trás como a dela, seu rosto tomado por um intenso prazer sexual. Ela se inclinou para frente e bateu no peito dele em um gesto tão primitivo que mesmo no seu estado avançado de paixão... a chocou.
Ele, no entanto, não ficou chocado; limitou-se a gemer e aumentar o ritmo, penetrando nela com toda força. Era tão intenso que ela sentia como se estivesse prestes a cair em milhões de pedaços.
Ela sentiu uma forte tensão percorrendo seu corpo, uma sensação de pular de uma experiência para a outra, viajando em um precipício e então flutuando, quando seu corpo estremeceu ao redor dele e ela gritou seu nome. Ela estava caindo muito rapidamente e gritou de pavor.
Ele a apertou mais forte e ela passou os braços com mais força em torno de seu pescoço, a única sensação de realidade em um universo que explodia de prazer. Ele ficou em silêncio quando gozou, seus dentes à mostra em um sorriso feroz que falava de forma mais eloquente que qualquer palavra como ele se sentia.







quero tanto ver a reação de voces quando o joe quebrar a face

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