domingo, 11 de agosto de 2019

VIDA DE PRINCESA Capitulo 4


— O quê? Por quê? — Ele estava expulsando Demetria da suíte porque ela havia pedido o divórcio? Isso não fazia sentido.
— Precisamos voltar para Lo Paradiso imediatamente.
Ela pulou da poltrona, apertando o cobertor com força em volta do corpo.
— Aconteceu alguma coisa?
— Meu pai teve um infarto.
— Não. — O rei Paul, não. — Como ele está?
— Estável, mas precisa de uma cirurgia para colocação de um marca-passo. Está no hospital — Joseph falava entre os dentes, com o olhar acusatório. — Está sozinho, sem a família por perto, pois você resolveu vir para cá sem motivo algum.
— Onde está seu irmão?
— A caminho, agora que liguei para ele. O papai não permitiu que ligassem para ele e só permitiu que me avisassem depois que ficou estável. Se você estivesse lá, isso jamais teria ocorrido.
Ela engasgou.
— Não pode me culpar por ele ter enfartado.
— Não, mas se você estivesse lá, teria ligado para mim e para o meu irmão, apesar dos desejos do meu pai. Ele não lhe daria ordens como a um criado.
— Tem certeza? — Talvez o rei não tivesse solicitado sua submissão como se ela fosse uma criada, mas ela se importava com ele e podia muito bem ter concordado para evitar mais estresse.
Mas então ela pensou que certamente faria o que julgasse correto... o que talvez fosse ligar para Joseph. Ela e o resto da família estavam acostumados a contar com ele em momentos de crise. Na realidade, sua primeira reação ao sentir as primeiras dores abdominais teria sido recorrer a Joseph.
Ela havia decidido tomar o curso contrário diante da necessidade de protegê-lo.
— Sim, tenho certeza. Você teria me ligado, mesmo contra a vontade do papai — Joseph respondeu, mostrando que a conhecia bem de todas as formas, menos da que mais importava para ela.
Ele não sabia do amor dela por ele e não podia se importar menos com sua existência, ela admitira dolorosamente.
— Você foi avisado agora — ela observou.
— E se ele tivesse morrido? E se for pior do que o que ele me falou?
— Eu não poderia ter controlado nenhuma das situações, e não tenho dúvidas de que você já conversou com o médico e sabe exatamente quais são as condições do seu pai.
— Falei, e não são boas. Você deveria estar lá — ele repetia, como
se essa traição fosse mais grave que o pedido de separação.
— Não está sendo justo. Sabe que eu precisava vir. Precisava conversar com você.
— Sobre quebrar suas promessas. E, ainda assim, quando voltei da reunião, você já havia decidido que a conversa podia esperar. O que era imperativo não foi tão importante para você. Você partiu em um capricho egoísta e meu pai pagou por isso. Eu fiz um péssimo cálculo quando a pedi em casamento — ele falou, colocando um ponto final na discussão.
Entretanto, ela estava muito tomada pela própria raiva diante da reação dele pela doença do pai para sentir a dor que aquelas palavras teriam causado há algumas horas.
— Entendo por que pensa dessa forma — ela falou, suspirando. — Mas ainda preciso lhe contar algo.
— Não quero ouvir.
— Você precisa.
O desdém da expressão dele dizia tudo. Ele não ouviria as explicações dela.
— Vou sair em dez minutos. Se quiser ir comigo, vista-se.
Demetria passou as duas primeiras horas de voo remoendo a raiva. Ela escolhera um assento o mais longe possível dele, sem se importar com o fato de ele ter demonstrado satisfação com sua atitude. O comportamento dele era tudo, menos exemplar.
Quando dera motivos a Joseph para ele acreditar que ela fosse caprichosa e egoísta? Ela havia cumprido seu papel como princesa, ignorando suas necessidades pessoais reiteradas vezes, mas, aparentemente, dois anos como a perfeita filha do diplomata e aliado político viraram fumaça diante do primeiro ato que ele não aprovava.
Será que ela, como esposa, não merecia o mínimo de consideração? Mas ele deixou claro... antes de tudo, ela era princesa. Seu papel como esposa era sempre ofuscado pelo papel principal como sua futura rainha. Reconhecer isso arrasava o que ainda restava do seu ego feminino.
Ela havia demonstrado ousadia ao reorganizar sua agenda por algo que julgava importante e ele destruíra tudo. Não apenas isso, ele simplesmente supôs que as razões para ela pedir o divórcio teriam sido egoístas e falsas. Por quê? Como mulher, sempre deu a ele tudo de que precisava, mesmo quando ele não notava. Quando foi que ela tomou alguma atitude em relação a ele baseada no egoísmo? Mesmo a sua decisão de casar-se com ele foi tomada com a consciência de que seria o tipo de mulher que ele queria.
Ela o amava, mas não teria se casado com ele se não soubesse que ele não a amava, caso não conseguisse ser esse tipo de mulher. Olhando para
trás, para ver o quanto sofrerá pelo que era melhor para ele, dedicando muito pouco tempo a si mesma, ela refletia se era masoquista ou uma perfeita idiota, ou se tinha ambos os defeitos.
Mas ela havia passado toda a vida tentando agradar as pessoas. Primeiro seus pais, cada um com expectativas diferentes para a vida dela. Ela preencheria as da mãe, pois seria a única forma de obter êxito.
A mãe dela dissera várias vezes que a beleza e o porte de Demetria eram sua principal arma e que ela devia usá-la com cautela. Isso foi fácil. A beleza física fora uma providência divina, e porte era algo que uma filha de diplomata não poderia deixar de ter na escola.
Esses atributos chamaram a atenção de Joseph, mas mesmo suas maneiras perfeitas e seu discernimento político não foram suficientes para balançá-lo nos votos do casamento. Ele queria ter certeza de que ela não o desapontaria na cama e a testou nesse quesito.
Joseph mão amou Demetria quando a cortejou, pensando em casamento. Ele a beijava e tocava com uma paixão animalesca, provocando respostas que ela aprendera a aceitar, mas que inicialmente a chocaram e assustaram. Ficar tão à mercê dos desejos do seu corpo ia de encontro à forma como fora criada, que demandava esconder os sentimentos.
Na realidade, ela provavelmente não teria permitido que seu amor por Joseph florescesse se ele não tivesse provocado sua sensualidade latente. Ela ultrapassou suas barreiras emocionais e deixou seu coração totalmente sob a influência dele.
Agora ela pagaria o preço por sua fraqueza.
A vulnerabilidade sempre tinha um preço. Seu pai vivia repetindo isso, e sua mãe... pensaria em palavras diferentes? Mas ela não teve forças para impedir-se de apaixonar-se pelo príncipe que tinha um coração feito de pedra.
O custo desse amor era seu coração despedaçado.
Saber da doença do rei Paul aumentou o nível de sofrimento do seu coração. Ela amava o sogro de uma forma que nunca amou o próprio pai. E o rei Paul a aceitara de uma forma como seu pai nunca o fez. Ele admirava sua força feminina e sempre falava isso a ela.
Quando ele pensou que ela estivesse sendo negligenciada, fez comentários sobre o comportamento de Joseph em relação aos seus deveres de uma forma nada elogiosa. Ele foi seu aliado por três anos e, se o perdesse agora, ficaria arrasada. E isso também significaria que a necessidade de Joseph de ter um herdeiro viraria uma urgência.
Joseph falou que o estado do pai era estável, mas ela sabia o quanto os problemas de coração podiam ser imprevisíveis. Por mais que considerasse as acusações de Joseph injustas em relação a ela, se soubesse
que a saúde do sogro estava ameaçada, teria esperado o retorno do marido de Nova York para falar sobre o fim do casamento.
Porque adorava o rei Paul, que era um pai melhor que seu pai biológico jamais fora, e não permitiria que ele fosse parar sozinho em um quarto de hospital, preocupado com a própria vida.
As lágrimas dela foram suficientes para fazer seu coração tremer. Além disso, ela ainda se ressentia da forma como Joseph havia acabado com qualquer esperança de ela significar algo mais em sua vida do que um corpo na cama e uma aliada.
Ela, honestamente, não pensava que poderia suportar uma guerra silenciosa contínua com o marido. Porém, quando falasse sobre a endometriose, pelo menos isso teria fim. Ele ficaria um pouco desapontado. Poderia até vê-la como uma total derrota feminina, como ela mesma se via, mas não ficaria mais furioso.
A raiva de Demetria dizia que ela não devia se importar, mas seu coração estava muito sensível, devido às feridas recentes, para suportar mais, e ela era esperta para perceber isso. Além disso, era totalmente possível que não conseguisse mais esconder a dor física causada pela endometriose quando ficasse menstruada.
Pelo menos, se contasse agora, não teria de lidar com as revelações em um momento delicado para fazê-lo. A cada mês piorava e, até fazer a cirurgia, continuaria assim. Embora ele provavelmente não fosse gostar de ouvir a verdade, não poderia ser pior que ele acreditar que ela o estava abandonando por egoísmo.
Ela se moveu para sentar-se ao lado dele, irritada, e a necessidade de deixar as coisas claras entre ambos ainda brigava dentro dela.
— Joseph.
Ele olhou para ela com um frio olhar.
— Oi.
Lembre-se de diplomacia e tato, ela dizia a si mesma.
— Não quero preocupá-lo ainda mais, porém...
— Então não me preocupe.
— O quê? — ela perguntou, sem esperar uma interrupção desse jeito. Afinal, apesar da forma como ele agira mais cedo, ele também fora treinado a manter a diplomacia desde a infância.
— Está querendo me contar por que quer se divorciar, não é?
— Sim.
— Não conte.
— Mas eu preciso.
— Não quero ouvir.
— Mas...
— Você terá o divórcio, Demetria, mas espere até a saúde do meu pai ficar estável o suficiente para suportar a notícia de que sua adorada nora tem pés de argila. Até lá, continuaremos com a fachada do nosso casamento. Capice?
— Não, não entendo. Não entendo nada — ela admitiu, confusa pela terceira vez em uma noite pelas reações dele. Era como se ele fosse um homem totalmente diferente do que aquele que havia se casado com ela. — Pensei que tivesse dito que nosso casamento só terminaria por cima do seu cadáver.
— Mudei de ideia.
— Posso perceber, mas por quê?
— Você não foi a única a ficar entediada pelo protocolo, mas eu não fiz nada para você pensar que eu seja um idiota por causa dos meus deveres.
E ela pensou que estivesse acostumada com muita dor. Que piada! Ela sentia como se seu coração estivesse sendo arrancado do peito.
— Eu nunca falei que estava entediada.
— Mas eu estou. — Ele fez um gesto com as mãos que indicava que seu casamento não significava nada. — A verdade é que estou muito contente em lhe conceder o divórcio, mas como eu disse... terá que esperar até a melhora do meu pai. Acredito que possa viver com essa limitação.
— Você quer o divórcio? — ela perguntou, registrando apenas essas palavras.
Essa era a pior situação que poderia prever. Ela pensou que pudesse ser possível que ele aceitasse a solução dela com dolorosa resignação, mas nunca imaginou que daria boas-vindas a ela. Que ele havia ficado entediado ao seu lado.
— Você é linda, Demetria, mas um homem precisa de algo mais que um rosto lindo e maneiras impecáveis à mesa para amenizar a perspectiva de toda uma vida em comum. Quando você começou a me rejeitar na cama, seu papel caiu muito na minha vida. Como eu disse, eu teria mantido o casamento para cumprir minha promessa. Mas não vou lutar por um casamento que, na realidade, não quero.
— Não quer continuar casado comigo? — ela perguntou, sem forças, precisando que ele revisse as palavras.
— Por que a surpresa? Você sente o mesmo.
— Eu... sinto? — ela perguntou estupidamente, sem conseguir pensar.
— E sequer tem a força de caráter para pôr isso para fora — ele falou, tratando as palavras dela como confirmação, em vez de dúvida. —
Engraçado, sempre pensei que sentia mais por você que isso, mas não vou fingir um desgosto que não sinto.
— Mas antes...
— Deixei que meu orgulho ditasse as palavras. Certamente não estava reagindo de acordo com o que queria.
Sentindo-se enjoada por conta de um verdadeiro desgosto pesando no estômago, ela se levantou.
— Então, acho que não preciso falar mais nada.
— Nada que eu queira ouvir.
Ela assentiu rispidamente, surpresa com a força do coração humano, que conseguia suportar tanta dor sem sucumbir, e sangrando por dentro.
Joseph observou a esposa cambalear até o assento e teve vontade de jogar algo para o alto. Droga, por que ela parecia tão perturbada? Ela queria o divórcio. Fora ela que conhecera outra pessoa.
E queria contar isso a ele. Como se os detalhes fossem amenizar a infidelidade dela.
Provavelmente contaria a ele que se apaixonara, que não conseguira evitar. Ele já tinha ouvido isso antes de amigos e conhecidos de todo o mundo. Mas raramente os votos de amor faziam com que essas pessoas do círculo político chegassem ao divórcio.
Ele entendia que sua madrasta precisou abandonar seu pai, mas nunca compreendeu o fato de ter ido tão longe e exigido o divórcio. Ela não se casou novamente... e certa vez ele ouviu quando ela comentou com alguém que jamais se casaria. Então, por que arrastar o nome da família na lama?
Por um princípio?
Ele tinha tanta certeza de que Demetria não faria nada tão ousado que nunca contou com a possibilidade de ela conhecer outra pessoa.
Talvez, de uma forma arrogante, ele tenha suposto que fosse suficiente para os dois, na cama e fora dela. Estava errado. Então, por que ela agia como se as palavras dele a tivessem arrasado?
Ele as falou para salvar sua pele. Elas saíram no impulso, totalmente inesperadas, quando ele percebeu que ela estava prestes a contar que tinha outro homem. Ele não estava orgulhoso de mentir. Era um homem honesto e isso o envergonhava, mas não se arrependia.
Seu orgulho fora dilacerado pelo pedido de divórcio e pela consequente percepção da confirmação de todos os seus receios pela falta de interesse sexual de Demetria. Ela havia conhecido outra pessoa e queria se divorciar dele, do príncipe Joseph Scorsolini, por causa dele.
Não havia outra explicação possível para as revelações da noite.
Saber disso o deixara furioso o bastante para querer matar, mas
não era Demetria que queria ferir. Era o homem que levou sua suave esposa a uma paixão que obviamente fora além do que o que eles tinham juntos. Joseph mal podia crer que isso era possível. A maior mentira que disse a Demetria foi que havia se entediado a seu lado. Ele continuava a desejar seu corpo, mesmo com a recente falta de disponibilidade sexual dela. Na realidade, isso chegou a desafiá-lo tanto quanto a decepcioná-lo. Era o predador natural que havia nele, que desejava caçá-la quando ela se esquivava.
Ele ficava doente de raiva ao reconhecer que se esforçava para seduzi-la e ela queria outra pessoa. Ainda assim, ele não acreditava que havia falado aquelas palavras a ela. Não porque não pudesse ser tão rude quanto todos os seus ancestrais que colonizaram Isole dei Re, mas porque as palavras não correspondiam à verdade. Ele havia ficado surpreso e resolvera adotar essa linha de defesa.
O casamento deles nunca fora apenas sexo, embora para ele esse aspecto fosse de suma importância. Para qual homem não era? Mas ela confiava nele. E como o veria? Ele não passava de um corpo na cama dela e de uma forma de atender às necessidades de alpinismo social da mãe dela.
Mas quem seria o homem? Não era um João-Ninguém, certamente. Um americano. O que justificaria as frequentes viagens dela aos Estados Unidos. Não seria difícil para o detetive Hawke encontrar um nome. Por alguma razão, a ideia de descobrir os detalhes por conta própria não parecia tão dolorosa quanto a de saber por ela. Talvez porque se sentisse no controle enquanto estivesse reunindo as informações.
Joseph ainda não sabia o que faria com os dados que viesse a obter.
O desejo de vingança era latente dentro dele.
Ele arrasaria o outro homem? Faria qualquer coisa para impedir que Demetria fosse feliz ao lado dele? Tudo o que tinha a fazer era recusar o divórcio. Não era fácil terminar um casamento com um membro da família real de Isole dei Re.
Denise só conseguiu com o pai dele porque o casamento aconteceu na Itália e, ainda assim, porque ele não contestou ou negou sua infidelidade.
Joseph não sabia se agiria da mesma forma. Falou a Demetria que não ficaria preso a uma relação que não queria. Isso era verdade... mas não era verdade que não queria o casamento. Ele não sabia se poderia tocá-la novamente, sabendo que seu corpo havia pertencido a outro homem, mas também não sabia se conseguiria deixá-la.
E reconhecer isso o amargurava, tornando-o ainda mais furioso do que o fato de saber da infidelidade dela.
Eles chegaram a Lo Paradiso de madrugada e foram direto para o
hospital.
Demetria tentou descansar no avião, mas era impossível dormir com aqueles pensamentos, que oscilavam entre o desejo de Joseph de se divorciar e o rei Paul doente em um hospital. Ela pensava que nada poderia ser pior que saber que tinha endometriose com grande chance de total infertilidade.
Estava errada. Saber que não tinha alternativa a não ser deixar Joseph havia doído, mas descobrir que ele queria terminar... que ele estava entediado com ela havia arrasado Demetria. Ela não tinha mais dúvidas de que não era uma sobrevivente em sua guerra particular. Seu coração estava morto no seu corpo.
Mas se estava morto, por que ainda doía tanto?
Quando eles chegaram ao hospital, Joseph segurou o braço dela para impedir que entrasse na limusine.
— Demetria...
Ela não olhou para ele. Não podia.
— O quê?
— Minha família está passando por muito estresse agora.
— Sim — ela também estava, mas ele deixou dolorosamente claro que não se importava.
Ela teve a audácia de pedir o divórcio e isso a tornava persona non grata.
— Não quero estressá-los ainda mais com as notícias de nosso iminente rompimento.
Ele precisava colocar as coisas assim, como se não pudesse esperar para livrar-se dela?
— Claro.
— Espero que se comporte como sempre comigo.
— Certamente não teremos problemas em manter as aparências — ela olhou para ele. — Não é como se tivéssemos um casamento como os de seus irmãos. Ninguém espera que sejamos carinhosos.
Ela puxou a mão com raiva e entrou no carro, com a máscara pública firmemente no lugar.
Esperava-se isso dela. Ela faria sua parte para mostrar uma aparência de solidariedade. Ela levantou a cabeça, seu corpo a apenas alguns centímetros do dele, mas podia muito bem ter sido um quilômetro.
Quantas vezes caminhou ao lado dele desejando que ele a envolvesse com o braço ou lhe desse a mão... para mostrar a ela de alguma forma que sentia uma ligação entre ambos? Mas ele nunca agiu assim. Ela ficava furiosa consigo mesma, mas desejava aquele apoio físico ainda mais agora.
Ela não tinha ideia do que encontrariam no hospital e. estava assustada, com o coração em frangalhos.
Eles caminharam para o prédio e cruzaram um batalhão de repórteres.
Ela escondeu o rosto com as mãos, mas seus pés vacilaram e ela teve de se esforçar para continuar andando.
De repente, o corpo forte de Joseph estava ali, protegendo-a dos jornalistas, seu braço forte em torno dos ombros dela.
Embora sentisse que estava se apoiando no inimigo, ela aproveitou o conforto do escudo humano que ele oferecia e deixou que ele a conduzisse pelos ávidos jornalistas. Ela não conseguiu deixar de pensar que seria assim ou pior, caso a imprensa soubesse que ela não poderia engravidar sem fertilização in vitro.
Que tipo de perguntas acusatórias fariam a ela e Joseph?
Ela não se importava em pensar nisso. Não se quisesse manter a sanidade diante da saúde do rei Paul.
Quando eles entraram no hospital e a porta se fechou, Joseph a soltou, como se não suportasse ficar perto dela por mais nenhum segundo.
Eles caminharam em silêncio. O próprio diretor veio recebê-los e os levou à área destinada à família real. Ele e Joseph conversaram, mas, quando ela notou que ele não dizia nada diferente sobre a condição do sogro, deixou os homens a sós.
Em algum lugar, por trás daquelas silenciosas paredes, seu sogro lutava pela vida. Estável ou não, seu estado não era seguro, se tinha de passar por uma cirurgia para colocação de marca-passo. Ela já ouvira falar de pessoas perfeitamente saudáveis que haviam enfartado pela segunda vez durante esse tipo de cirurgia. Ela só podia agradecer pela primeira não ter matado o líder do país.


capitulo fresquinho...estão odiando o Joseph ne? hehehe mas logo ele vai meio que se dar mal..nao falo mais nada


Um comentário: