Quando eles
chegaram ao palácio, Demetria conseguiu sair do carro e caminhar ao lado de
Joseph até o apartamento sem uma segunda troca de olhares e sem permitir que
sua mão roçasse a dele. Isso o incomodava. Não gostava de ser ignorado pela
esposa e ela ainda era esposa dele, independentemente do fato de querer fingir
outra coisa.
Ele seguiu seu
esguio corpo para dentro do apartamento com uma
forte sensação de ter sido usado.
Entretanto, ela
parecia tão perdida — e isso o enfurecia tanto — que ele se importou.
— Devia ter
vindo com Liam e Miley.
— Eu não queria
— ela falou com aquela voz suave que provocava sua libido.
Mas teria sido
infiel? Estaria apenas pensando nisso? Seria o pedido de divórcio uma
preparação para entrar em outra relação? As perguntas o cegavam diante da
possibilidade de ter perdido apenas o coração dela, mas o corpo ainda não.
— Eu notei —
ele resmungou, decepcionado com ela em vários níveis.
— Queria ficar
lá, caso acontecesse alguma coisa — ela retrucou com um suspiro, enquanto
retirava os sapatos e caminhava descalça na sala de estar.
Quanto mais ela
evitava o olhar dele, mais ele se irritava. O fato de ter de segui-la como um
cão adestrado também não amenizava as coisas.
— Não teria
feito diferença.
— Não foi o que
você falou em Nova York.
— Estava com
raiva.
— E descontando
em mim. Eu percebi.
E em quem ela
pensava que ele despejaria sua raiva, depois do pedido de divórcio? Em vez de
fazer uma pergunta cuja resposta não queria ouvir, ele falou:
— Não gosto da
ideia de ver você dormindo no sofá de uma sala de espera. Você estava tão
desligada que nem percebeu quando cheguei na sala.
Entretanto, ela
se aninhou no paletó dele, sussurrando seu nome e ele sentiu como se alguém
tivesse chutado seu estômago. Como ainda podia buscar o conforto dele quando na
noite anterior queria outra coisa?
— A segurança
estava a postos o tempo todo. Ele já tinha tirado a gravata e se livrou do
paletó que trazia o cheiro dela. Como seus corpos, depois que faziam amor. Ele
não gostava de lembrar disso. Por razões que não conseguia entender, ele a
desejava mais que nunca.
Podia estar
enojado só de pensar em tocá-la. Mas, longe disso, ainda considerando a
possibilidade de ela estar sozinha no sentido físico, a necessidade de carimbar
a possessão no corpo dela novamente atiçava todos os seus sentidos.
— Não é esse o
caso.
— Não há
caso... não há por que discutir isso agora — ela se encaminhou ao banheiro,
claramente demonstrando que ia se trocar lá, quando há alguns dias teria se
despido na frente dele com naturalidade. — O que está feito está feito.
Ele supunha que
era assim que ela considerava o fim do relacionamento deles, mas ele não
aceitava.
— Concordamos
em demonstrar união por enquanto.
— Demonstrar
união não significa que vou aceitar ordens como se fosse um cachorro.
— Olhe para
mim, droga! — ele explodiu, sentindo necessidade de conversar.
Ela virou
rispidamente para fitá-lo, de cabeça erguida e com os lindos olhos verdes em
posição de desafio.
Ele retribuiu o
olhar, totalmente impaciente.
— Nunca a
tratei dessa maneira!
— Não vamos
abordar o assunto de como você me trata — ela falou, com sarcasmo. — Não
importa mais.
— Está dizendo
que quer o divórcio porque está infeliz com a forma como a trato no casamento?
— Ele nunca havia pensado nisso. A fraca sensação de esperança que o percorria
o deixava irritado, mas, ao mesmo tempo, animado.
Mas uma mulher
não reclamaria das coisas que a incomodam antes de fazer algo drástico como
pedir um divórcio? Especialmente uma mulher consciente como Demetria?
— Não pedi
divórcio por causa da forma como me trata. Se você se lembrar, sequer pedi
divórcio.
— Não venha
discutir semântica comigo — ele resmungou. — Você falou que temos que nos
divorciar.
— E temos.
— Mas não por
causa da forma como a trato?
— Não.
Somente uma
circunstância poderia levar uma mulher leal e responsável como Demetria a
ignorar suas convicções e pedir o divórcio. Ela tinha de estar apaixonada por
outro homem. O amor transformava as pessoas mais inteligentes e fortes em
verdadeiros idiotas.
A ideia de
Demetria amar outro homem dessa forma provocou um sentimento de ciúme tão forte
que quase o possuía. Ele forçou-se a acalmar-se, sem desejar se entregar a essa
fraqueza.
— Eu adoraria
que fizesse um teste formal de gravidez.
— Não será necessário.
— Ficar
menstruada não é garantia de que não esteja grávida.
— E se eu
estiver grávida... ficaria chateado comigo? Ainda ficaria tão contente em se
divorciar? — perguntou, com um sarcasmo que não era característico dela.
O orgulho o impedia de dar a resposta correta, então ele
ficou calado. Ela suspirou.
— Foi o que
pensei. Tenho certeza de que não estou grávida. Vamos deixar as coisas assim.
— Você tem
feito alguma coisa para impedir a gravidez? — ele perguntou, em tom de
suspeita.
Até onde iriam
as desculpas dela?
— Não.
— Então há
risco. Você vai fazer um exame.
Ela deu de
ombros cansada, antes de falar:
— Se é o que
quer, eu faço.
— O que quero
não tem nada a ver com essa conversa.
— Bem,
certamente ela não trata do que eu quero.
A expressão de
Joseph demonstrava que ele pensava que a conversa era exatamente sobre isso.
Ele agarrou os ombros de Demetria sem machucá-la fisicamente, mas causando uma
angústia mental nela que ele não entenderia.
— Se você
estiver grávida, não haverá divórcio. Era exatamente o que ela havia imaginado.
Ela não entendia como conseguia sentir mais dor ainda, mas sentia. Ele deixou
bem claro, sem permitir espaço para outras interpretações. Ela era importante
para ele por sua capacidade de ser uma potencial incubadora para o herdeiro
Scorsolini. Pelo seu filho, ele ficaria casado com a mulher que o entediava.
— Como quiser —
ela estava tão cansada e desanimada que não tinha energia nem vontade de
discutir.
Além disso, não
importava. Sabia que não estava grávida. Fazer o exame não mudaria nada.
O corpo forte
dele vibrava com uma tensão que ela não entendia.
— Você deve
estar muito certa de que essa possibilidade não existe, pois a perspectiva de
perder sua possível liberdade não parece chateá-la.
Além de se importar
com o que revelava, ela suspirou.
— Talvez porque
não esteja tão preocupada com isso.
— Embora tenha
acabado de me falar que não está tomando nada para evitar.
— Não estou.
— Se isso é
verdade, como pode estar certa?
— Não minto e
estou certa.
— A única
evidência seria sua menstruação.
— Não estou
menstruada.
— Mas falou...
— Que tenho certeza de que não estou grávida — ela
interrompeu, querendo acabar com a conversa para que pudesse tomar um banho. —
Conheço meu corpo e a menstruação está vindo. Todos os sinais estão aí. —
Incluindo a dor da endometriose. Felizmente, até então, sentia apenas as
pontadas da outra noite.
— Como eu
falei, sua menstruação não é garantia.
— Eu disse que
vou fazer o exame. Não entendo por que estamos discutindo isso. Podemos acabar
com essa conversa agora? Quero me trocar e ir dormir.
— Sim,
concordou em fazer o exame, mas também me falou que queria muito um bebê meu.
Não sei em que acreditar. Não entendo.
E não
sossegaria enquanto não entendesse. Lágrimas que teriam sido impossíveis, pelo
tanto que já havia chorado, arderam nos olhos dela.
— Eu queria ter
um filho seu.
Ainda queria, o
que fazia dela uma total estúpida e uma total perdedora.
— Queria... no
passado.
— O que espera?
Nenhuma mulher quer saber que está grávida de um homem que está entediado dela
e do casamento.
Pelo menos ela
não quereria, mas a ideia de ele impedir que partisse se estivesse grávida era
tentadora, fazendo com que desejasse o impossível e se irritasse consigo mesma
por isso. Entediado ou não, nunca deixaria a mãe de seus filhos ir embora.
— Não sei mais
o que esperar de você, Demetria. Não a entendo — ele repetiu, com um tom de
desnorteamento. — Pensei que a conhecesse bem, mas descobri que estava muito
errado.
— Que diferença
isso faz? Está entediado com o que conhece. Foi o que falou — ela virou e foi
para o banheiro, fechando a porta nas suas costas, sem desejar que ele visse o
quanto aquelas palavras a haviam magoado.
Ela tirou a
roupa e entrou no box. Não porque queria outro banho, depois do longo que havia
tomado no hotel, mas porque era o único local em que podia extravasar suas
emoções com segurança.
Agradáveis
cascatas de água quente molhavam seu corpo quando ela sentiu outra presença no
local.
Ela virou, sua
mente dizendo aos instintos que eles deviam estar enganados, mas não estavam.
Joseph estava ali.
Ele estava
maravilhosamente nu e a água caía em redemoinhos no seu peito bronzeado.
— Decidi não
esperar para tomar banho.
— Saia — ela sussurrou.
— Por que deveria? Já fizemos isso juntos várias vezes.
— Mas tudo
mudou.
— Ainda é minha
mulher — e ela não entendia essa mensagem.
— Apenas
temporariamente — ela falou para punir mais a si mesma do que a ele.
— Foi o que
você falou.
— E você
concordou. Disse que queria isso... o divórcio — ela falou, incapaz de esconder
a dor dessa verdade.
— Talvez eu
tenha falado precipitadamente. Não estou entediado com nenhum aspecto do nosso
relacionamento, cara. Ainda não.
Aquilo era para
que ela se sentisse melhor? Não conseguia, assim como o olhar de desejo dele.
— Quer sexo? —
ela perguntou, chocada ao perceber.
— Por que a
surpresa? É algo em que somos muito bom juntos.
— Mas você
falou... — Ele dissera que o valor dela como parceira havia diminuído quando
ela começou a rejeitá-lo, não que não a quisesse mais.
— Eu disse?
— Coisas que me
magoaram.
— E o seu
pedido de divórcio não me magoou? — ele perguntou.
Magoou?
Provavelmente. Mas, então, por que queria sexo agora? Nada mais fazia sentido.
— Não entendo —
ela falou. Ele apertou os olhos escuros.
— Bem-vinda ao
clube.
— Não pode me
desejar.
— É aí que você
se engana, Demetria. Muito. — Ele se abaixou e beijou-a com sedução, moldando
os lábios aos dela, deslizando as grandes mãos pela cintura dela para
aproximá-la de sua nudez masculina.
Ela estava tão
impressionada com esse rumo nos acontecimentos que não fez nada, nem brigou,
nem concordou.
Ele levantou a
cabeça, com a paixão revelada pelos olhos mais quente do que a água que os
banhava.
— Qual é o
problema? Você respondeu rapidamente na noite passada.
Como podia
perguntar tamanha idiotice?
— Isso foi
antes...
— Antes de me
dizer que queria o divórcio?
— Sim. Não
acho...
Ele cobriu a
boca de Demetria com a mão molhada.
— Não quero que
pense. Porque senão terei que pensar também, e não quero. Não quero pensar em
nada.
E ela
entendia... ou pensou que entendia. Se não estivesse tão
cansada, provavelmente teria previsto aquilo. Joseph
precisava de conforto. Seu pai agonizava no hospital diante do futuro incerto e
seu marido forte jamais admitira sentir medo. Ou nenhum outro sentimento.
A pergunta era
o que faria em relação a isso.
Mas, mesmo
fazendo essa pergunta, percebeu algo. Precisava de conforto também.
Ele não a amava
e isso doía. A saúde do rei Paul estava em perigo e isso doía também. Mesmo se
sobrevivesse à cirurgia, e as chances eram grandes... ela o perderia,
juntamente com os demais Scorsolini, quando o casamento terminasse. Esse
reconhecimento acrescentava mais dor ainda.
Seu coração
padecia ainda mais quando ela reconhecia que as cunhadas floresceriam em suas
funções novas, teriam seus filhos e mais crianças depois. Tudo sem ela por
perto para experimentar, ainda que de forma substitutiva, o amor familiar.
Denise e Paul
finalmente ficariam juntos... era óbvio para qualquer pessoa que estavam
apaixonados, como sempre estiveram. Mas ela não estaria por perto para
regozijar-se com eles. Novamente, estaria observando de fora.
Tentaria
preencher sua vida com esforços menos significativos, mas os ventos frios da
solidão já sopravam na sua alma. Porque o mais devastador de tudo seria ver
Joseph casando novamente e tendo seus filhos, que não seriam dela.
A dor era tão
intensa que se tornou física, estremecendo seu corpo, enquanto Joseph olhava
nos seus olhos, com uma expressão indecifrável, exceto pela necessidade física
que ardia no seu olhar.
— Eu quero
você, cara. Se for honesta consigo mesma... vai admitir que me quer também.
Ela olhou para
baixo, seguindo os olhos dele. Seus seios estavam corados por desejo, os bicos
rígidos e avermelhados. Eles ansiavam sob o olhar apaixonado dele, a pele
latejava com o sangue que pulsava sob ela e os bicos dos seios gritavam uma
necessidade de alívio gerado pelo toque dele.
Milhões de
lembranças sobre como era ter as mãos e a boca dele em suas zonas erógenas a
atormentavam. E o que ele não podia ver, mas ela podia sentir era a forma como
sua parte mais íntima tinha inchado e também pulsava com a necessidade de ser
preenchida por ele, ligada a ele.
Sua dor
emocional e sua necessidade física eram geradas pelo profundo amor que sentia
por ele. Não importava o fato de ele não retribuir esse amor. Era uma parte
muito forte do seu ser para ignorar e cada emoção causada por esse sentimento
brigava por supremacia.
Uma promessa de
solidão vazia que as lágrimas nunca aliviariam.
— Sim, eu o
quero — ela falou com certo desespero.
Ele não esperou mais, e desceu até a boca de Demetria com
a velocidade e o poder de uma força armada, enquanto gemia pelo contato
completo com ela. Seus lábios devoraram os dela, seu corpo masculino imprimia
uma mensagem de necessidade sexual no dela.
Era uma
necessidade que encontrou ávida resposta nela e Demetria não ficou passiva, mas
o tocou como se fosse a última vez. Ela se deleitou com o contraste que seus
dedos encontraram entre a pele bronzeada dele e pêlos encaracolados que
marcavam seu corpo masculino, tão diferente do dela. Um corpo de homem, o
epítome da perfeição masculina, para os sentimentos dela.
Ela percorreu
os traços marcados pela rigidez muscular de Joseph, lembrando novamente como
era seu corpo. Ela não sabia como viveria o resto de sua vida sem isso. Era tão
especial... tão perfeito que ela sempre chorava em razão da pura beleza das sensações
que ele gerava nela.
Lágrimas
brotaram em seus olhos e ela piscou para livrar-se delas, enquanto a água
quente escondia qualquer vestígio de suas perturbações. A mão dela rondava a
excitação dele, suas unhas mexiam com o ninho de pêlos negros de onde vinha seu
membro. O corpo forte dele tremia e sons de necessidade troavam em seu peito.
Era incrível
como ela adorava aqueles sons. Estava viciada neles e passou horas na cama com
ele, ouvindo, observando, prestando muita atenção às reações dele para que
pudesse ter mais... e mais... e mais.
As mãos dele
também estavam ocupadas, moldando os seios dela e acariciando áreas sensíveis
que ele conhecia tão bem. Era como se ele soubesse que aquele momento era
especial, uma oportunidade única que poderia não ocorrer novamente, porque ele
a tocava com tanto cuidado, que a excitava a ponto de ferver. E ela emitia os
próprios sons de desejo, gemidos e sussurros que se misturavam à batida da
água.
Ela perdia o
controle a cada momento, até que se tornou uma massa viva, ofegante e
palpitante de necessidade sexual feminina. Ela gemeu contra os lábios dele por
causa de seu toque, pedindo mais com o movimento do corpo e acariciando com
avidez o corpo dele, com todo o fogo que a queimava por dentro.
O som dos
gemidos sexuais de Demetria enlouquecia Joseph, enquanto ela se tornava
selvagem para ele. Sempre fora incrivelmente responsiva... quando deixava que
ele a tocasse, mas agora havia uma qualidade nova na sua resposta. O corpo dela
tremia e sacudia, e suas mãos passeavam por todo o corpo dele, tão quentes
sobre a sua pele que ele sentia chamuscar.
Ela o tocava
com um desespero furioso. Como se nunca o tivesse tocado... ou não fosse
tocá-lo nunca mais.
Mas ele ignorou o último pensamento diante do quanto ela
o queria. Esse tipo de desejo não era obtido em uma tentativa de se fazer
amor... ou em cem. Ele devia saber. Ele a desejava da mesma forma.
Sempre a
desejaria.
E sua esposa
tímida e respeitável estava praticamente subindo no corpo dele em uma tentativa
de unir seus corpos. Estava totalmente fora de controle e ele se recusava a
acreditar que ela podia dar uma fração sequer daquela reação a outro homem. Ela
podia pensar que queria outra pessoa por razões que ele ainda precisava
descobrir, mas era ele que podia tocar o centro da sua alma com uma simples mão
em seu seio.
Foi assim desde
a primeira vez em que ele a tocou com a intenção de seduzi-la.
A ligação
sexual dos dois era muito forte para ser quebrada, muito primitiva para ser
explicada ou até compreendida em um nível intelectual. Talvez ela tivesse se
controlado mais nos últimos meses do que no começo, mas quando permitia que ele
se aproximasse... era despedaçada. Talvez não de forma tão espetacular quanto
agora, mas definitivamente de maneira muito forte para ele acreditar que ela
pudesse desejar outro homem.
Ela não podia
reagir da mesma forma com outra pessoa e ainda responder de um modo tão
primoroso a ele... não sua esposa, uma mulher que passou a vida escondendo as
reações emocionais. Isso ia de encontro a tudo que ele conhecia dela.
A menos que ela
pensasse no outro homem enquanto Joseph a tocava... a menos que ela o estivesse
usando para aliviar uma necessidade que não poderia abrandar de outra forma.
Ele não sabia
de onde esse pensamento tinha vindo, mas detonou o poder de uma bomba nuclear
em sua cabeça. Não, droga. Ele não acreditaria nisso. Porém, fazia sentido para
uma mulher que pediu divórcio e logo depois fez amor como se fosse morrer se
não tivesse o toque dele.
Ele interrompeu
o beijo e a levantou para uma posição em que sua ereção pudesse ter acesso à
entrada de seu corpo escorregadio. Tinha de possuí-la... nem mesmo os
pensamentos perturbadores podiam amenizar suas necessidades, mas ele não podia
permitir que ela o usasse assim. Não deixaria que essa situação fosse
verdadeira para eles.
— Diga meu
nome... peça para que eu a penetre. Ela abriu os olhos, mostrando-se confusa.
— O... quê?
— Quem sou eu?
— ele perguntou com a voz rouca.
— Amore mio.
As palavras o
atingiram como uma bigorna... era assim que ela
chamava o outro homem ou estava dizendo que Joseph era
seu amor? Ele podia contar nos dedos das mãos as vezes em que ela se referira a
ele daquela forma, e nenhuma delas nos últimos seis meses.
— Meu nome,
diga.
Ela curvou os
lábios suavemente, sua expressão era uma mistura que ele não podia decifrar.
Parecia que exultação e tristeza eram expressas por seus olhos verdes, mas isso
não fazia sentido para ele.
— Joseph... meu
príncipe.
Então, ela se
inclinou para frente para reconectar os lábios deles e o beijou com uma
desesperada paixão, devorando sua boca, antes de mordiscar seu queixo e passar
para a orelha.
— Faça amor
comigo, Joseph. Por favor. Seja meu... nem que seja por pouco tempo.
A voz dela
tinha um som estranho, como se não fosse meramente sexo que pedia, mas ele não
entendia o que mais ela queria. Ele podia dar-lhe sexo. Na realidade, estava
louco para fazê-lo. Ele nivelou o corpo dela ao seu pênis e a penetrou com
urgente força.
Ela gemeu, sua
cabeça caindo sobre os ombros, sua expressão de contentamento agonizante.
— Você se
encaixa tão bem em mim, amante.
— Você
parece... perfeito... dentro de mim... — ela sussurrou enquanto ele se movia
para frente e para trás.
Demetria pensou
que poderia morrer de paixão. Se morresse, seria a forma de ir... muito melhor
que a dor gerada pela endometriose todos os meses.
A sensação de
tê-lo dentro dela era incrível. Ela e Joseph haviam feito amor várias vezes, de
várias formas, mas nunca nada tão primitivo e básico como daquela vez. Não
havia cama para ampará-los. Ele sequer usava a parede para apoiá-la, como
fizera nas outras vezes em que haviam transado no chuveiro, apenas a pura força
animal.
Era como se
estivessem em um mundo totalmente à parte de qualquer coisa normal, de qualquer
coisa que tivessem vivido antes. Eles ficaram cercados de vapor, como uma
neblina aquecida, enquanto a água caía por seus corpos, unidos por uma
extasiante intimidade.
Ela gemeu
quando ele penetrou mais e atingiu aquela zona especial de prazer dentro dela.
— Está bem, mi
moglie. Derreta-se para mim. Mostre-me o lado que ninguém mais vê. — A boca
dele estava sobre o pescoço dela, sugando, lambendo, mordiscando e provocando
arrepios de sensações para as áreas mais sensíveis do seu corpo.
Ela travou os
tornozelos por trás dele e montou nele... ele
estremeceu dentro dela... ela apertou a ereção dele
dentro do seu corpo... ele guiava o corpo dela com um forte aperto em seus
quadris e bumbum.
Ela abriu os
olhos para olhar para ele e viu que a cabeça dele estava jogada para trás como
a dela, seu rosto tomado por um intenso prazer sexual. Ela se inclinou para
frente e bateu no peito dele em um gesto tão primitivo que mesmo no seu estado
avançado de paixão... a chocou.
Ele, no
entanto, não ficou chocado; limitou-se a gemer e aumentar o ritmo, penetrando
nela com toda força. Era tão intenso que ela sentia como se estivesse prestes a
cair em milhões de pedaços.
Ela sentiu uma
forte tensão percorrendo seu corpo, uma sensação de pular de uma experiência
para a outra, viajando em um precipício e então flutuando, quando seu corpo
estremeceu ao redor dele e ela gritou seu nome. Ela estava caindo muito
rapidamente e gritou de pavor.
Ele a apertou
mais forte e ela passou os braços com mais força em torno de seu pescoço, a
única sensação de realidade em um universo que explodia de prazer. Ele ficou em
silêncio quando gozou, seus dentes à mostra em um sorriso feroz que falava de
forma mais eloquente que qualquer palavra como ele se sentia.
quero tanto ver a reação de voces quando o joe quebrar a face