domingo, 7 de outubro de 2018

O Diário Secreto da Senhorita Demetria Cheever Capitulo 17



Os meses passaram e os recém casados se assentaram em uma rotina cômoda e carinhosa. Adam, que tinha vivido um inferno com Camille, estava constantemente surpreso por quão agradável podia ser o casamento, uma vez assumido, com a pessoa correta. Demetria era um total prazer para ele. Adorava observála ler um livro, pentearse, dar instruções à governanta, adorava observála fazer qualquer coisa. E tirava o chapéu constantemente procurando desculpas para tocála. Assinalava uma invisível bolinha de pó sobre o vestido e logo a escovava para tirála. Uma mecha de cabelo escapou, murmurava enquanto voltava a colocálo no lugar.
E a ela nunca parecia incomodar. Às vezes, se estivesse ocupada com algo, afastavalhe a mão com um tapinha, mais frequentemente meramente sorria e às vezes movia a cabeça, só um pouco, o suficiente para descansar a bochecha em sua mão.
Mas em algumas ocasiões, quando não se dava conta de que estava observandoa, pegava olhandoo com grande saudade. Sempre afastava o olhar, com tanta rapidez que frequentemente não podia sequer estar seguro se o momento tinha ocorrido mesmo. Mas sabia que sim, porque quando fechava os olhos de noite, via os dela, com aquele brilho de tristeza que lhe rasgava as vísceras.
Sabia o que ela queria. Teria sido tão fácil. Três simples palavras. E realmente, não deveria dizêlas? Mesmo se não as sentisse, não valeria a pena só para vêla feliz?
Havia momentos em que tentava dizer, tentava fazer com que sua boca formasse as palavras, mas sempre aparecia àquela sensação de sufoco, como se estivessem comprimindo a própria respiração na garganta.
E a ironia era... Que achava que a amava. Sabia que não ficaria nada se algo ocorresse com Demetria. Sim, claro estava, tinha acreditado que amava Camille, e olhe onde o levou aquilo. Adorava tudo a respeito de Demetria, da forma em que o nariz se elevava ligeiramente na ponta até seu mordaz engenho o qual nunca regulava com ele.
Mas, isso era o mesmo que amar á pessoa?
E se a amasse, como diria? Desta vez queria estar certo. Queria algum tipo de prova científica. Tinha tido fé no amor antes, acreditando que aquela vertiginosa mescla de desejo e obsessão tinha que ser amor. Porque, que outra coisa poderia ser?
Mas agora tinha mais idade. Também era mais sábio, o que era bom, e muito mais cínico, do que antes.
A maior parte do tempo era capaz de manter afastadas aquelas preocupações da cabeça. Era um homem, e francamente, aquilo era o que faziam os homens. As mulheres podiam discutir e ruminar (e era provável que seguissem discutindo) tudo o que desejassem. Ele preferia ponderar o assunto uma vez, talvez duas e pronto.
É por isso que era particularmente mortificante que parecesse incapaz de deixar de lado aquele tema em particular. Sua vida era encantadora. Feliz. Deliciosa.
Não deveria estar perdendo valiosos pensamentos e energia refletindo sobre o estado de seu próprio coração. Merecia ser capaz de desfrutar de muitas bênçãos e não ter que pensar nisso.
Estava fazendo precisamente aquilo — concentrandose em por que não desejava pensar em tudo aquilo — quando ouviu um golpe na porta do escritório.
—Entre!
A cabeça de Demetria apareceu pela soleira.
—Incomodo?
—Não, claro que não. Entre.
Empurrou para abrir o resto da porta e entrar no recinto. Adam teve que suprimir um sorriso quando a viu. Ultimamente sua barriga parecia preceder ao resto do corpo ao entrar em um recinto por bons cinco segundos. Ela viu seu sorriso e se olhou com tristeza.
—Estou enorme, não é?
—É verdade.
Ela suspirou.
—Deveria ter mentido para não ferir meus sentimentos e dizer que não estou tão grande. As mulheres na minha condição ficam muito sensíveis, sabe?
Caminhou até uma cadeira perto da escrivaninha dele e pôs as mãos sobre os braços da cadeira para ajudála a sentar.
Adam ficou de pé imediatamente para ajudála.
—Acho que eu gosto de grande.
Ela bufou.
—Só você gosta de ver a prova tangível de sua própria virilidade.
Ele sorriu ante isso.
—Ela te chutou em algum momento hoje?
—Não, e não estou tão segura de que seja ela.
—É obvio que é. É perfeitamente óbvio.
—Devo supor que está planejando abrir um consultório sobre partos?
As sobrancelhas do Adam se elevaram.
—Vigia sua boca, esposa.
Demetria arregalou os olhos e elevou um pedaço de papel.
—Hoje recebi uma carta de sua mãe. Pensei que você gostaria de lêla.
Adam pegou a carta da mão dela, caminhando de forma distraída pelo recinto enquanto lia á missiva. Demorou tanto quanto pode contar a sua família sobre o casamento, mas depois de dois meses, Demetria o convenceu de que talvez não pudesse evitar mais. Como era de esperar, surpreenderamse (com exceção de Selena, que teve uma vaga ideia do que estava ocorrendo), e Adam se apressou em seguida a Roseadle para inspecionar a situação. Ouviu sua mãe murmurar umas poucas centenas de vezes: "Nunca teria imaginado...", e o nariz de Mikey ficou um pouco deslocado, mas em geral, Demetria fazia uma suave transição de Cheever a Bevelstoke. Depois de tudo, já era praticamente parte da família.
—Mikey se colocou em problemas em Oxford — murmurou Adam, os olhos movendose com rapidez sobre as palavras de sua mãe.
—Sim, bem, era de esperar, imagino.
Levantou a vista para olhála com expressão de assombro.
—O que significa isso?
—Não pense que nunca ouvi falar sobre suas façanhas na universidade.
Ele sorriu abertamente.
—Agora sou muito mais maduro.
—Isso eu espero.
Adam caminhou para ela e deixou um primeiro beijo em seu nariz e logo outro em seu ventre.
—Desejaria ter ido a Oxford — disse ela com desejo. — Teria me encantado escutar todas essas aulas.
—Nem todas. Acredite algumas eram péssimas.
—Ainda assim acredito que teria gostado.
Adam de um encolher de ombros.
—Talvez. Certamente é terrivelmente mais inteligente que a maioria dos homens que conheci lá.
—Depois de ter passado quase uma temporada em Londres, devo dizer que não é terrivelmente difícil ser mais inteligente que muitos dos homens da alta sociedade.
—Excluindo a presente companhia, espero.
Ela assentiu cortesmente.
—É obvio.
Sacudiu a cabeça enquanto voltava para escrivaninha. Aquilo era o que mais gostava de ele estar casado, com ela aquelas pequenas e extravagantes conversas que enchiam seus dias.
Voltou a sentarse e levantou o documento que esteve examinando com atenção antes que ela entrasse.
—Parece que terei que ir a Londres.
—Agora? Ainda há alguém lá?
—Muito poucos — admitiu. O Parlamento não estava reunido, e a maioria da alta sociedade tinha deixado a cidade para ir a suas casas no campo. — Mas um bom amigo meu está lá e precisa da minha ajuda para uma empresa comercial.
—Quer que vá contigo?
—Não há nada eu gostaria mais, mas não farei você viajar em um momento assim.
—Estou perfeitamente saudável.
—Eu acredito, mas parece imprudente correr riscos desnecessários. E devo dizer que se converteu em algo... – Clareou a garganta. — Difícil de dirigir.
Demetria fez uma careta.
—Perguntome que outra coisa poderia ter dito que pudesse me fazer sentir menos atraente.
Os lábios dele crisparam, inclinouse para frente e a beijou na bochecha.
—Não ficarei durante muito tempo. Não mais de uma quinzena, acho.
—Uma quinzena? —Disse ela tristemente.
—São ao menos quatro dias de viagem em cada sentido. Com toda a chuva recente, é certo que as estradas estarão fatais.
—Vou sentir saudades.
Ele fez uma pausa um momento antes de responder.
—Eu também sentirei sua falta.
A princípio Demetria não disse nada. E logo suspirou um pequeno e melancólico som que espremeu o coração dele. Mas então a atitude dela mudou e pareceu um pouco mais ativa.
—Creio que há muitas coisas para me manter ocupada — disse com um suspiro. — Eu gostaria de redecorar a sala oeste. A tapeçaria está totalmente desbotada. Talvez convide Selena para uma visita. É muito boa com este tipo de coisa.
Adam sorriu calidamente. Sentia grande prazer por ela estar chegando a amar sua casa tanto como ele fazia.
—Confio em seu julgamento. Não precisa de Selena.
—Entretanto, desfrutaria da companhia dela enquanto você não esta.
—Então claro que sim, convidea. —Lançou uma olhada ao relógio —Tem fome? Passa bastante do meiodia.
Demetria esfregou o estômago de forma ausente.
—Não muito, acho. Mas poderia comer um bocado ou dois.
—Mais de dois — disse firmemente. — Mais de três. Já não come só para você mesma, já sabe.
Demetria baixou tristemente os olhos a inchada barriga.
—Acredite em mim, eu sei.
Ficou em pé e avançou a passadas para a porta.
—Irei correndo à cozinha e conseguirei algo.
—Pode simplesmente chamar para pedir algo.
—Não, não, será mais rápido assim.
—Mas eu não... — Muito tarde. Já tinha saído correndo pela porta e não podia escutála. Sorriu enquanto se sentava e curvava as pernas embaixo dela. Ninguém podia duvidar que Adam se preocupasse com seu bemestar e a do bebê. Viase na forma em que afofava os travesseiros para ela antes que fosse deitar. Na forma que se assegurava para que comesse bem, comida saudável, e especialmente na maneira em que insistia em pôr a orelha no estômago para ouvir como o bebê se movia.
—Acho que deu um chute! — Exclamava excitado.
—É provável que tenha sido um arroto — havia brincando Demetria uma vez.
Adam não percebeu a brincadeira e elevou a cabeça, a preocupação lhe nublava os olhos.
—Pode arrotar aí dentro? É normal?
Ela tinha deixado sair uma suave e indulgente gargalhada.
—Não sei.
—Talvez devesse perguntar ao médico.
Tinha pegado a mão dele e o empurrado para cima até que ficou deitado ao seu lado.
—Estou segura de que tudo está bem.
—Mas...
—Se manda procurar um médico, vai pensar que está louco.
—Mas...
—Simplesmente vamos dormir. Isso é tudo, me abrace. Forte. —Suspirou e se aconchegou perto dele. — Aqui. Agora poderei dormir.
De volta ao estúdio, Demetria sorriu enquanto recordava a conversa. Fazia coisas assim centenas de vezes ao dia, demonstrando quanto a queria. Verdade? Como podia olhála com tanta ternura e não querêla? Por que estava tão insegura de seus sentimentos?
Porque nunca disse em voz alta, replicou em silêncio. Oh, fazia elogios e frequentemente fazia comentários sobre quão contente estava por ter se casado com ela.
Era uma das formas mais cruéis de tortura, e Adam não tinha nem ideia do que fazia. Acreditava que estava sendo amável e atento, e era verdade.
Mas cada vez que a olhava, e sorria com daquela cálida e misteriosa forma, ela pensava... Por um intenso segundo pensava que ele se inclinaria e sussurraria...
Amo você.
...E cada vez, quando não ocorria, e simplesmente roçava a bochecha com seus lábios, ou lhe despenteava o cabelo, ou perguntava se havia desfrutado da maldita sobremesa, pelo amor de Deus...
Demetria sentia que algo desmoronava em seu interior. Um pequeno apertão, criando somente uma pequena ruga, mas todas aquelas dobras em seu coração estavam somando, e cada dia parecia um pouco mais duro fingir que sua vida era precisamente como havia desejado.
Tentava ser paciente. O último que queria dele era falsidade. Amar era totalmente devastador quando não havia nenhum sentimento por trás.
Mas não queria pensar nisso. Não naquele momento, não quando estava sendo tão doce e atento, e ela deveria estar total e completamente feliz.
E estava. De verdade. Quase. Era só a pequena parte dela que abria caminho para diante, e estava ficando incomoda, de verdade, porque Demetria não queria esbanjar todos seus pensamentos e energia pensando em algo sobre o que não tinha controle. Só queria viver o momento, desfrutar de suas muitas bênçãos sem ter que pensar nisso.
Adam entrou no momento oportuno, entrando a grandes passos no aposento e deixando um suave beijo sobre a cabeça dela.
—A senhora Hingham diz que fará subir um prato de comida em alguns minutos.
—Disse que não deveria ter se incomodado em descer – repreendeu Demetria.
— Sabia que não haveria nada preparado.
—Se não tivesse descido eu mesmo — disse em tom prático, — teria que esperar que chegasse a donzela para ver o que queria, então teria que esperar que descesse à cozinha, e logo teria que esperar enquanto a senhora Hingham preparava a comida, e depois...
Demetria sustentou uma mão no alto.
—Já é o suficiente! Entendi o que quer dizer.
—Assim chegará antes. — Adam se inclinou para frente com um sorriso diabólico. — Não sou uma pessoa paciente.
Nem ela tampouco, pensou Demetria tristemente.
Mas seu marido, inconsciente de seus tormentosos pensamentos, simplesmente sorriu enquanto olhava pela janela. Uma ligeira camada de neve cobria as árvores.
Um lacaio e uma donzela entraram no recinto, trazendo a comida e a deixaram sobre a escrivaninha do Adam.
—Não está preocupado com seus papéis? —Perguntou Demetria.
—Ficarão bem. — Colocouos formando uma pilha.
—Mas não irão se misturar?
Ele deu um encolher de ombros.
—Tenho fome. Isso é mais importante. Você é mais importante.
A donzela deixou escapar um pequeno suspiro ante as românticas palavras.
Demetria sorriu firmemente. O pessoal da casa provavelmente pensava que
Adam professava seu amor sempre que estavam fora do alcance deles.
—Então vamos — disse Adam energicamente. — Há guisado de carne de vitela e vegetais. Quero que coma isso tudo.
Demetria olhou duvidosa à sopeira que Adam colocou frente a ela. Seria necessário um pequeno exército de mulheres grávidas para comer tudo.
—Está brincando — disse.
—Absolutamente. — Inundou a colher no guisado e a sustentou na frente de sua boca.
—De verdade, Adam eu não posso...
Colocou com rapidez a colher na boca.
Afogouse surpreendida durante um segundo, então mastigou e engoliu.
—Posso comer sozinha.
—Mas assim é muito mais divertido.
—Para você, que...
A colher entrou uma vez mais.
Demetria engoliu.
—Isto é ridículo.
—Absolutamente.
—É alguma forma de me ensinar a não falar tanto?
—Não, embora perdesse uma grande oportunidade com essa última frase.
—Adam, é incorri...
Colocou outra vez.
—Incorrigível?
—Sim — balbuciou ela.
—OH, querida — disse. — Tem um pouco no queixo.
—Você é quem dirige a colher.
—Sentese quieta — inclinouse para frente e lambeu a gota de molho de sua pele. — Mmm, delicioso.
—Toma um pouco — disse ela inexpressiva. — Há muito.
—OH, mas não quero privála de tão valiosos nutrientes.
Ela soprou em resposta.
—Aqui tem outro pouco... OH, querida, acho que tornei a falhar outra vez — sua língua voltou a sair e limpou o desastre.
—Fez de propósito! – Acusou ela.
—E esbanjar de propósito a comida que alimentaria minha esposa grávida? — colocou uma mão ofendida no peito. — Que canalha pensa que sou!
—Talvez não um canalha, mas sim um pequeno e furtivo...
—Vitória!
Moveu seu dedo para ele.
—Mmph grmphng gtrmph.
—Não fale com a boca cheia. É de má educação.
Ela engoliu.
—Disse que me vingarei você... — Deixou de falar quando a colher fez conexão com seu nariz.
—Olhe o que fez — disse, sacudindo a cabeça com um movimento exagerado.
— Moveuse tanto que voltei a falhar. Agora fica quieta. — Ela franziu os lábios, mas não pôde evitar que escapasse a insinuação de um sorriso. — Boa garota — murmurou ele, inclinandose. Capturou a ponta do nariz em sua boca e chupou até que o molho de carne desapareceu.
—Adam!
—A única mulher no mundo com um nariz susceptível — soltou um risinho. — E tive o sentido comum de me casar contigo.
—Pára, pára, pára.
—De te pôr molho no rosto ou de te beijar?
O fôlego ficou apanhado na garganta.
—De me pôr molho no rosto. Não necessita uma desculpa para me beijar.
Ele se inclinou para frente.
—Não?
—Não.
—Imagina meu alívio. — Seu nariz tocou a dela.
—Adam?
—Hmm?
—Se não me beijar logo, acredito que vou ficar furiosa.
Atormentoua com o mais leves dos beijos.
—Está bom assim?
Ela negou com a cabeça.
Ele aprofundou o beijo.
—E agora?
—Receio que não.
—O que precisa? — Sussurrou sua ardente voz contra os lábios de Demetria.
—O que precisa você? — Respondeu ela.
Suas mãos deslizaram para cima até os ombros dele, e como era costume, começou a massageálos.
E aparentemente o ardor dele se esfumou instantaneamente.
—OH, Deus, Demetria — gemeu, relaxando o corpo. — Isso é maravilhoso. Não, não pare. Por favor, não pare.
—É extraordinário — disse ela com um leve sorriso. — É massa entre minhas mãos.
—O que quiser — gemeu. — Simplesmente não pare.
—Por que está tão tenso?
Ele abriu os olhos e lhe lançou um irônico olhar.
—Sabe muito bem.
Ela ruborizou. O médico havia informado durante a última visita que era o momento de parar as relações maritais. Adam não parou de grunhir durante uma semana.
—Negome a acreditar — disse, levantando os dedos dos ombros dele sorridente quando gemeu em protesto — que eu seja a única causa de suas horríveis dores nas costas.
—Estresse por não ser capaz de fazer amor, excessivo esforço físico por ter que carregar seu agora enorme corpo escada acima...
—Nunca teve que me carregar escada acima!
—Sim, bom, pensei e certamente foi suficiente para me dar dor nas costas.
Justo... — Fez girar seus braços ao redor e apontou um lugar das costas. —... Aqui.
Demetria franziu os lábios, mas ainda assim começou a esfregar onde ele havia indicado.
—Você, milord, é um menino grande.
—Mmm... mmm... — concordou ele, a cabeça virtualmente inclinada para o lado. — Importase se me sento? Será mais fácil para você.
Demetria se perguntou como tinha conseguido manipulála para que lhe esfregasse as costas sobre o tapete. Mas estava gostando também. Adorava tocálo, memorizar o contorno de seu corpo. Sorridente, tirou a camisa do cinto das calças e deslizou as mãos debaixo para poder tocar a pele. Era quente e suave como a seda, e não pôde evitar mover suas mãos ligeiramente sobre ela, só para sentir a excelente suavidade que era única nele.
—Eu gostaria que você me esfregasse as costas — ouviuse dizer.
Tinham passado semanas desde a última vez que foi capaz de deitar sobre o estômago.
Ele virou a cabeça para que ela pudesse ver seu rosto e sorriu. Então, com um pequeno grunhido, sentouse.
—Sentese reta — disse brandamente, virandoa para poder massagear as costas.
Era o paraíso.
—OH, Adam — suspirou. — É delicioso.
Ele emitiu um som, um estranho, e se virou o melhor que pôde para poder ver o rosto dele.
—Sinto muito — disse, fazendo uma careta quando ela viu o desejo e o controle lutando em seus olhos. — Eu também sinto falta, se servir de consolo.
Apertoua contra ele, abraçandoa tão forte como pôde sem pressionar muito forte contra sua barriga.
—Não é culpa sua, princesa.
—Não, eu sei, mas ainda assim sinto. Sinto terrivelmente falta de você. —Baixou o tom de voz. — Às vezes está tão dentro de mim, que parece como se estivesse me tocando o coração. Isso é o que mais sinto falta.
—Não diga isso — disse ele com voz rouca.
—Sinto muito.
—E pelo amor de Deus, pare de pedir perdão.
Ela quase riu.
—Eu... Não, retiro. Não sinto. Mas sim sinto que você, hein, esteja em tal estado. Não parece justo.
—É mais que justo. Em troca tenho uma esposa sã e um bebê precioso. E tudo o que tenho que fazer é me conter por poucos meses.
—Mas não deveria fazêlo — murmurou sugestivamente, sua mão vagou para os botões de suas calças. — Não tem por que.
—Demetria, detenhase. Não poderei suportar.
—Não deveria fazêlo — repetiu enquanto empurrava para cima a já tirada camisa pelo peito e beijava o plano estômago.
—O que... Oh, Deus, Demetria — deixou escapar um gemido irregular.
Os lábios dela se moveram inclusive mais abaixo.
—Oh, Deus! Demetria!
7 DE MAIO DE 1820.
Sou uma descarada.
Mas meu marido não se queixa.


 (nao paro de ouvir a Yuri)e o casal só na felicidade......o que acham que ira acontecer no proximo capitulo?

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