Os meses passaram e
os recém casados se assentaram em uma rotina cômoda e carinhosa. Adam, que
tinha vivido um inferno com Camille, estava constantemente surpreso por quão
agradável podia ser o casamento, uma vez assumido, com a pessoa correta. Demetria
era um total prazer para ele. Adorava observá‐la ler um livro, pentear‐se,
dar instruções à governanta, adorava observá‐la fazer qualquer coisa. E tirava
o chapéu constantemente procurando desculpas para tocá‐la.
Assinalava uma invisível bolinha de pó sobre o vestido e logo a escovava para
tirá‐la. Uma mecha de cabelo escapou, murmurava enquanto voltava a
colocá‐lo no lugar.
E a ela nunca parecia
incomodar. Às vezes, se estivesse ocupada com algo, afastava‐lhe
a mão com um tapinha, mais frequentemente meramente sorria e às vezes movia a
cabeça, só um pouco, o suficiente para descansar a bochecha em sua mão.
Mas em algumas
ocasiões, quando não se dava conta de que estava observando‐a,
pegava olhando‐o com grande saudade. Sempre afastava o olhar, com tanta rapidez
que frequentemente não podia sequer estar seguro se o momento tinha ocorrido
mesmo. Mas sabia que sim, porque quando fechava os olhos de noite, via os dela,
com aquele brilho de tristeza que lhe rasgava as vísceras.
Sabia o que ela
queria. Teria sido tão fácil. Três simples palavras. E realmente, não deveria
dizê‐las? Mesmo se não as sentisse, não valeria a pena só para vê‐la
feliz?
Havia momentos em que
tentava dizer, tentava fazer com que sua boca formasse as palavras, mas sempre
aparecia àquela sensação de sufoco, como se estivessem comprimindo a própria
respiração na garganta.
E a ironia era... Que
achava que a amava. Sabia que não ficaria nada se algo ocorresse com Demetria.
Sim, claro estava, tinha acreditado que amava Camille, e olhe onde o levou
aquilo. Adorava tudo a respeito de Demetria, da forma em que o nariz se elevava
ligeiramente na ponta até seu mordaz engenho o qual nunca regulava com ele.
Mas, isso era o mesmo
que amar á pessoa?
E se a amasse, como
diria? Desta vez queria estar certo. Queria algum tipo de prova científica.
Tinha tido fé no amor antes, acreditando que aquela vertiginosa mescla de
desejo e obsessão tinha que ser amor. Porque, que outra coisa poderia ser?
Mas agora tinha mais
idade. Também era mais sábio, o que era bom, e muito mais cínico, do que antes.
A maior parte do
tempo era capaz de manter afastadas aquelas preocupações da cabeça. Era um
homem, e francamente, aquilo era o que faziam os homens. As mulheres podiam
discutir e ruminar (e era provável que seguissem discutindo) tudo o que
desejassem. Ele preferia ponderar o assunto uma vez, talvez duas e pronto.
É por isso que era
particularmente mortificante que parecesse incapaz de deixar de lado aquele
tema em particular. Sua vida era encantadora. Feliz. Deliciosa.
Não deveria estar
perdendo valiosos pensamentos e energia refletindo sobre o estado de seu
próprio coração. Merecia ser capaz de desfrutar de muitas bênçãos e não ter que
pensar nisso.
Estava fazendo
precisamente aquilo — concentrando‐se em por que não desejava
pensar em tudo aquilo — quando ouviu um golpe na porta do escritório.
—Entre!
A cabeça de Demetria
apareceu pela soleira.
—Incomodo?
—Não, claro que não.
Entre.
Empurrou para abrir o
resto da porta e entrar no recinto. Adam teve que suprimir um sorriso quando a
viu. Ultimamente sua barriga parecia preceder ao resto do corpo ao entrar em um
recinto por bons cinco segundos. Ela viu seu sorriso e se olhou com tristeza.
—Estou enorme, não é?
—É verdade.
Ela suspirou.
—Deveria ter mentido
para não ferir meus sentimentos e dizer que não estou tão grande. As mulheres
na minha condição ficam muito sensíveis, sabe?
Caminhou até uma
cadeira perto da escrivaninha dele e pôs as mãos sobre os braços da cadeira
para ajudá‐la a sentar.
Adam ficou de pé
imediatamente para ajudá‐la.
—Acho que eu gosto de
grande.
Ela bufou.
—Só você gosta de ver
a prova tangível de sua própria virilidade.
Ele sorriu ante isso.
—Ela te chutou em
algum momento hoje?
—Não, e não estou tão
segura de que seja ela.
—É obvio que é. É
perfeitamente óbvio.
—Devo supor que está
planejando abrir um consultório sobre partos?
As sobrancelhas do Adam
se elevaram.
—Vigia sua boca,
esposa.
Demetria arregalou os
olhos e elevou um pedaço de papel.
—Hoje recebi uma
carta de sua mãe. Pensei que você gostaria de lê‐la.
Adam pegou a carta da
mão dela, caminhando de forma distraída pelo recinto enquanto lia á missiva.
Demorou tanto quanto pode contar a sua família sobre o casamento, mas depois de
dois meses, Demetria o convenceu de que talvez não pudesse evitar mais. Como
era de esperar, surpreenderam‐se (com exceção de Selena, que teve uma vaga ideia do que estava
ocorrendo), e Adam se apressou em seguida a Roseadle para inspecionar a
situação. Ouviu sua mãe murmurar umas poucas centenas de vezes: "Nunca
teria imaginado...", e o nariz de Mikey ficou um pouco deslocado, mas em
geral, Demetria fazia uma suave transição de Cheever a Bevelstoke. Depois de tudo,
já era praticamente parte da família.
—Mikey se colocou em
problemas em Oxford — murmurou Adam, os olhos movendo‐se
com rapidez sobre as palavras de sua mãe.
—Sim, bem, era de
esperar, imagino.
Levantou a vista para
olhá‐la com expressão de assombro.
—O que significa
isso?
—Não pense que nunca
ouvi falar sobre suas façanhas na universidade.
Ele sorriu
abertamente.
—Agora sou muito mais
maduro.
—Isso eu espero.
Adam caminhou para
ela e deixou um primeiro beijo em seu nariz e logo outro em seu ventre.
—Desejaria ter ido a
Oxford — disse ela com desejo. — Teria me encantado escutar todas essas aulas.
—Nem todas. Acredite
algumas eram péssimas.
—Ainda assim acredito
que teria gostado.
Adam de um encolher
de ombros.
—Talvez. Certamente é
terrivelmente mais inteligente que a maioria dos homens que conheci lá.
—Depois de ter
passado quase uma temporada em Londres, devo dizer que não é terrivelmente
difícil ser mais inteligente que muitos dos homens da alta sociedade.
—Excluindo a presente
companhia, espero.
Ela assentiu
cortesmente.
—É obvio.
Sacudiu a cabeça
enquanto voltava para escrivaninha. Aquilo era o que mais gostava de ele estar
casado, com ela aquelas pequenas e extravagantes conversas que enchiam seus
dias.
Voltou a sentar‐se e
levantou o documento que esteve examinando com atenção antes que ela entrasse.
—Parece que terei que
ir a Londres.
—Agora? Ainda há
alguém lá?
—Muito poucos —
admitiu. O Parlamento não estava reunido, e a maioria da alta sociedade tinha
deixado a cidade para ir a suas casas no campo. — Mas um bom amigo meu está lá
e precisa da minha ajuda para uma empresa comercial.
—Quer que vá contigo?
—Não há nada eu
gostaria mais, mas não farei você viajar em um momento assim.
—Estou perfeitamente
saudável.
—Eu acredito, mas
parece imprudente correr riscos desnecessários. E devo dizer que se converteu
em algo... – Clareou a garganta. — Difícil de dirigir.
Demetria fez uma
careta.
—Pergunto‐me
que outra coisa poderia ter dito que pudesse me fazer sentir menos atraente.
Os lábios dele
crisparam, inclinou‐se para frente e a beijou na bochecha.
—Não ficarei durante
muito tempo. Não mais de uma quinzena, acho.
—Uma quinzena? —Disse
ela tristemente.
—São ao menos quatro
dias de viagem em cada sentido. Com toda a chuva recente, é certo que as
estradas estarão fatais.
—Vou sentir saudades.
Ele fez uma pausa um
momento antes de responder.
—Eu também sentirei
sua falta.
A princípio Demetria
não disse nada. E logo suspirou um pequeno e melancólico som que espremeu o
coração dele. Mas então a atitude dela mudou e pareceu um pouco mais ativa.
—Creio que há muitas
coisas para me manter ocupada — disse com um suspiro. — Eu gostaria de
redecorar a sala oeste. A tapeçaria está totalmente desbotada. Talvez convide Selena
para uma visita. É muito boa com este tipo de coisa.
Adam sorriu
calidamente. Sentia grande prazer por ela estar chegando a amar sua casa tanto
como ele fazia.
—Confio em seu
julgamento. Não precisa de Selena.
—Entretanto,
desfrutaria da companhia dela enquanto você não esta.
—Então claro que sim,
convide‐a. —Lançou uma olhada ao relógio —Tem fome? Passa bastante do meio‐dia.
Demetria esfregou o
estômago de forma ausente.
—Não muito, acho. Mas
poderia comer um bocado ou dois.
—Mais de dois — disse
firmemente. — Mais de três. Já não come só para você mesma, já sabe.
Demetria baixou
tristemente os olhos a inchada barriga.
—Acredite em mim, eu
sei.
Ficou em pé e avançou
a passadas para a porta.
—Irei correndo à
cozinha e conseguirei algo.
—Pode simplesmente
chamar para pedir algo.
—Não, não, será mais
rápido assim.
—Mas eu não... —
Muito tarde. Já tinha saído correndo pela porta e não podia escutá‐la.
Sorriu enquanto se sentava e curvava as pernas embaixo dela. Ninguém podia
duvidar que Adam se preocupasse com seu bem‐estar e a do bebê. Via‐se
na forma em que afofava os travesseiros para ela antes que fosse deitar. Na
forma que se assegurava para que comesse bem, comida saudável, e especialmente
na maneira em que insistia em pôr a orelha no estômago para ouvir como o bebê
se movia.
—Acho que deu um
chute! — Exclamava excitado.
—É provável que tenha
sido um arroto — havia brincando Demetria uma vez.
Adam não percebeu a
brincadeira e elevou a cabeça, a preocupação lhe nublava os olhos.
—Pode arrotar aí
dentro? É normal?
Ela tinha deixado
sair uma suave e indulgente gargalhada.
—Não sei.
—Talvez devesse
perguntar ao médico.
Tinha pegado a mão
dele e o empurrado para cima até que ficou deitado ao seu lado.
—Estou segura de que
tudo está bem.
—Mas...
—Se manda procurar um
médico, vai pensar que está louco.
—Mas...
—Simplesmente vamos
dormir. Isso é tudo, me abrace. Forte. —Suspirou e se aconchegou perto dele. —
Aqui. Agora poderei dormir.
De volta ao estúdio, Demetria
sorriu enquanto recordava a conversa. Fazia coisas assim centenas de vezes ao
dia, demonstrando quanto a queria. Verdade? Como podia olhá‐la
com tanta ternura e não querê‐la? Por que estava tão insegura de seus sentimentos?
Porque nunca disse em
voz alta, replicou em silêncio. Oh, fazia elogios e frequentemente fazia
comentários sobre quão contente estava por ter se casado com ela.
Era uma das formas
mais cruéis de tortura, e Adam não tinha nem ideia do que fazia. Acreditava que
estava sendo amável e atento, e era verdade.
Mas cada vez que a
olhava, e sorria com daquela cálida e misteriosa forma, ela pensava... Por um
intenso segundo pensava que ele se inclinaria e sussurraria...
Amo você.
...E cada vez, quando
não ocorria, e simplesmente roçava a bochecha com seus lábios, ou lhe
despenteava o cabelo, ou perguntava se havia desfrutado da maldita sobremesa,
pelo amor de Deus...
Demetria sentia que
algo desmoronava em seu interior. Um pequeno apertão, criando somente uma
pequena ruga, mas todas aquelas dobras em seu coração estavam somando, e cada
dia parecia um pouco mais duro fingir que sua vida era precisamente como havia
desejado.
Tentava ser paciente.
O último que queria dele era falsidade. Amar era totalmente devastador quando
não havia nenhum sentimento por trás.
Mas não queria pensar
nisso. Não naquele momento, não quando estava sendo tão doce e atento, e ela
deveria estar total e completamente feliz.
E estava. De verdade.
Quase. Era só a pequena parte dela que abria caminho para diante, e estava
ficando incomoda, de verdade, porque Demetria não queria esbanjar todos seus
pensamentos e energia pensando em algo sobre o que não tinha controle. Só
queria viver o momento, desfrutar de suas muitas bênçãos sem ter que pensar
nisso.
Adam entrou no
momento oportuno, entrando a grandes passos no aposento e deixando um suave
beijo sobre a cabeça dela.
—A senhora Hingham
diz que fará subir um prato de comida em alguns minutos.
—Disse que não
deveria ter se incomodado em descer – repreendeu Demetria.
— Sabia que não
haveria nada preparado.
—Se não tivesse
descido eu mesmo — disse em tom prático, — teria que esperar que chegasse a
donzela para ver o que queria, então teria que esperar que descesse à cozinha,
e logo teria que esperar enquanto a senhora Hingham preparava a comida, e
depois...
Demetria sustentou
uma mão no alto.
—Já é o suficiente!
Entendi o que quer dizer.
—Assim chegará antes.
— Adam se inclinou para frente com um sorriso diabólico. — Não sou uma pessoa
paciente.
Nem ela tampouco,
pensou Demetria tristemente.
Mas seu marido,
inconsciente de seus tormentosos pensamentos, simplesmente sorriu enquanto
olhava pela janela. Uma ligeira camada de neve cobria as árvores.
Um lacaio e uma
donzela entraram no recinto, trazendo a comida e a deixaram sobre a
escrivaninha do Adam.
—Não está preocupado
com seus papéis? —Perguntou Demetria.
—Ficarão bem. —
Colocou‐os formando uma pilha.
—Mas não irão se
misturar?
Ele deu um encolher
de ombros.
—Tenho fome. Isso é
mais importante. Você é mais importante.
A donzela deixou
escapar um pequeno suspiro ante as românticas palavras.
Demetria sorriu
firmemente. O pessoal da casa provavelmente pensava que
Adam professava seu
amor sempre que estavam fora do alcance deles.
—Então vamos — disse Adam
energicamente. — Há guisado de carne de vitela e vegetais. Quero que coma isso
tudo.
Demetria olhou
duvidosa à sopeira que Adam colocou frente a ela. Seria necessário um pequeno
exército de mulheres grávidas para comer tudo.
—Está brincando —
disse.
—Absolutamente. —
Inundou a colher no guisado e a sustentou na frente de sua boca.
—De verdade, Adam eu
não posso...
Colocou com rapidez a
colher na boca.
Afogou‐se
surpreendida durante um segundo, então mastigou e engoliu.
—Posso comer sozinha.
—Mas assim é muito
mais divertido.
—Para você, que...
A colher entrou uma
vez mais.
Demetria engoliu.
—Isto é ridículo.
—Absolutamente.
—É alguma forma de me
ensinar a não falar tanto?
—Não, embora perdesse
uma grande oportunidade com essa última frase.
—Adam, é incorri...
Colocou outra vez.
—Incorrigível?
—Sim — balbuciou ela.
—OH, querida — disse.
— Tem um pouco no queixo.
—Você é quem dirige a
colher.
—Sente‐se
quieta — inclinou‐se para frente e lambeu a gota de molho de sua pele. — Mmm,
delicioso.
—Toma um pouco —
disse ela inexpressiva. — Há muito.
—OH, mas não quero
privá‐la de tão valiosos nutrientes.
Ela soprou em
resposta.
—Aqui tem outro
pouco... OH, querida, acho que tornei a falhar outra vez — sua língua voltou a
sair e limpou o desastre.
—Fez de propósito! –
Acusou ela.
—E esbanjar de
propósito a comida que alimentaria minha esposa grávida? — colocou uma mão
ofendida no peito. — Que canalha pensa que sou!
—Talvez não um
canalha, mas sim um pequeno e furtivo...
—Vitória!
Moveu seu dedo para
ele.
—Mmph grmphng gtrmph.
—Não fale com a boca
cheia. É de má educação.
Ela engoliu.
—Disse que me
vingarei você... — Deixou de falar quando a colher fez conexão com seu nariz.
—Olhe o que fez —
disse, sacudindo a cabeça com um movimento exagerado.
— Moveu‐se
tanto que voltei a falhar. Agora fica quieta. — Ela franziu os lábios, mas não
pôde evitar que escapasse a insinuação de um sorriso. — Boa garota — murmurou ele,
inclinando‐se. Capturou a ponta do nariz em sua boca e chupou até que o molho
de carne desapareceu.
—Adam!
—A única mulher no
mundo com um nariz susceptível — soltou um risinho. — E tive o sentido comum de
me casar contigo.
—Pára, pára, pára.
—De te pôr molho no
rosto ou de te beijar?
O fôlego ficou
apanhado na garganta.
—De me pôr molho no
rosto. Não necessita uma desculpa para me beijar.
Ele se inclinou para
frente.
—Não?
—Não.
—Imagina meu alívio.
— Seu nariz tocou a dela.
—Adam?
—Hmm?
—Se não me beijar
logo, acredito que vou ficar furiosa.
Atormentou‐a
com o mais leves dos beijos.
—Está bom assim?
Ela negou com a
cabeça.
Ele aprofundou o
beijo.
—E agora?
—Receio que não.
—O que precisa? —
Sussurrou sua ardente voz contra os lábios de Demetria.
—O que precisa você?
— Respondeu ela.
Suas mãos deslizaram
para cima até os ombros dele, e como era costume, começou a massageá‐los.
E aparentemente o
ardor dele se esfumou instantaneamente.
—OH, Deus, Demetria —
gemeu, relaxando o corpo. — Isso é maravilhoso. Não, não pare. Por favor, não
pare.
—É extraordinário —
disse ela com um leve sorriso. — É massa entre minhas mãos.
—O que quiser —
gemeu. — Simplesmente não pare.
—Por que está tão
tenso?
Ele abriu os olhos e
lhe lançou um irônico olhar.
—Sabe muito bem.
Ela ruborizou. O
médico havia informado durante a última visita que era o momento de parar as
relações maritais. Adam não parou de grunhir durante uma semana.
—Nego‐me a
acreditar — disse, levantando os dedos dos ombros dele sorridente quando gemeu
em protesto — que eu seja a única causa de suas horríveis dores nas costas.
—Estresse por não ser
capaz de fazer amor, excessivo esforço físico por ter que carregar seu agora
enorme corpo escada acima...
—Nunca teve que me
carregar escada acima!
—Sim, bom, pensei e
certamente foi suficiente para me dar dor nas costas.
Justo... — Fez girar
seus braços ao redor e apontou um lugar das costas. —... Aqui.
Demetria franziu os
lábios, mas ainda assim começou a esfregar onde ele havia indicado.
—Você, milord, é um
menino grande.
—Mmm... mmm... —
concordou ele, a cabeça virtualmente inclinada para o lado. — Importa‐se
se me sento? Será mais fácil para você.
Demetria se perguntou
como tinha conseguido manipulá‐la para que lhe esfregasse as costas sobre o tapete. Mas estava
gostando também. Adorava tocá‐lo, memorizar o contorno de seu corpo. Sorridente, tirou a camisa
do cinto das calças e deslizou as mãos debaixo para poder tocar a pele. Era
quente e suave como a seda, e não pôde evitar mover suas mãos ligeiramente
sobre ela, só para sentir a excelente suavidade que era única nele.
—Eu gostaria que você
me esfregasse as costas — ouviu‐se dizer.
Tinham passado
semanas desde a última vez que foi capaz de deitar sobre o estômago.
Ele virou a cabeça
para que ela pudesse ver seu rosto e sorriu. Então, com um pequeno grunhido,
sentou‐se.
—Sente‐se
reta — disse brandamente, virando‐a para poder massagear as costas.
Era o paraíso.
—OH, Adam — suspirou.
— É delicioso.
Ele emitiu um som, um
estranho, e se virou o melhor que pôde para poder ver o rosto dele.
—Sinto muito — disse,
fazendo uma careta quando ela viu o desejo e o controle lutando em seus olhos.
— Eu também sinto falta, se servir de consolo.
Apertou‐a
contra ele, abraçando‐a tão forte como pôde sem pressionar muito forte contra sua
barriga.
—Não é culpa sua,
princesa.
—Não, eu sei, mas
ainda assim sinto. Sinto terrivelmente falta de você. —Baixou o tom de voz.
— Às vezes está tão dentro de mim, que parece como se estivesse me tocando o
coração. Isso é o que mais sinto falta.
—Não diga isso —
disse ele com voz rouca.
—Sinto muito.
—E pelo amor de Deus,
pare de pedir perdão.
Ela quase riu.
—Eu... Não, retiro.
Não sinto. Mas sim sinto que você, hein, esteja em tal estado. Não parece
justo.
—É mais que justo. Em
troca tenho uma esposa sã e um bebê precioso. E tudo o que tenho que fazer é me
conter por poucos meses.
—Mas não deveria fazê‐lo —
murmurou sugestivamente, sua mão vagou para os botões de suas calças. — Não tem
por que.
—Demetria, detenha‐se.
Não poderei suportar.
—Não deveria fazê‐lo —
repetiu enquanto empurrava para cima a já tirada camisa pelo peito e beijava o
plano estômago.
—O que... Oh, Deus, Demetria
— deixou escapar um gemido irregular.
Os lábios dela se
moveram inclusive mais abaixo.
—Oh, Deus! Demetria!
7 DE
MAIO DE 1820.
Sou
uma descarada.
Mas
meu marido não se queixa.
(nao paro de ouvir a Yuri)e o casal só na felicidade......o que acham que ira acontecer no proximo capitulo?
Eu amei, to adorando esses dois, posta mais logo,
ResponderExcluirE muito mimo do Adam , quero um pra mim kkk
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