sábado, 15 de setembro de 2018

O Diário Secreto da Senhorita Demetria Cheever Capitulo 16


Roseadle era, para os níveis aristocráticos, de dimensões modestas. A cálida e elegante casa tinha estado na família Bevelstoke durante várias gerações, e era costume para o filho mais velho usála como sua casa senhorial antes de se tornar conde e a mais magnífica Haverbreaks. Adam amava Roseadle, amava suas paredes simples de pedra e torre ameada. E sobre tudo, amava a paisagem selvagem, domesticado só pelas centenas de rosas que haviam sido plantadas com abandono ao redor da casa.
Chegaram bem tarde na noite, tendo parado para um relaxado almoço perto da fronteira. Demetria adormeceu fazia muito, advertiu que o movimento da carruagem sempre a deixava sonolenta, mas Adam não se importou. Gostava da tranquilidade da noite, com apenas os sons dos cavalos, a carruagem e o vento no ar. Gostava da luz da lua, que chegava pelas janelas. E gostou de jogar uma olhada a nova esposa, que não era nada elegante em seu sono... Sua boca estava aberta, e a verdade seja dita, roncava um pouco. Mas gostou. Não sabia por que, mas assim era.
E gostou de saber.
Desceu da carruagem, colocou um dedo sobre seus lábios quando uma das escoltas se aproximou para ajudar, logo atraiu Demetria e a tomou nos braços. Nunca tinha ido a Roseadle, embora não ficasse longe dos Lagos. Esperou que chegasse a gostar como ele. Pensou que o faria. Conheciaa bem, estava começando a compreendêla. Não estava seguro de quando ocorreu, mas podia olhar algo e pensar, Demetria gostaria disto.
Adam parou em seu caminho a Escócia e os criados foram instruídos para ter a casa pronta. Estava, embora não tivesse mandado recado sobre a exata data da chegada, portanto, o pessoal não estava reunido para apresentarse ante a nova viscondessa. Adam se alegrou disto; não iria querer despertar Demetria.
Quando entrou em seu quarto, notou agradecido que o fogo estava ardendo na lareira. Poderia ser agosto, mas as noites de Northumberland tinham um frio característico. Enquanto colocava Demetria suavemente sobre a cama, um par de lacaios trouxe sua exígua bagagem. Sussurrou ao mordomo que sua nova esposa poderia conhecer o pessoal pela manhã, ou talvez pela tarde, e logo fechou a porta.
Demetria, que tinha passado do ronco ao balbuciou intranquilo, mudou deposição e aproximou um travesseiro do peito. Adam voltou para seu lado e sussurrou brandamente em seu ouvido. Pareceu reconhecer sua voz no sono; soltou um suspiro satisfeito e imediatamente virou.
—Não durma justo agora — murmurou. — Vou livrála destas roupas. — Ela estava de lado, por isso começou a trabalhar nos botões que desciam pelas costas. — Pode se mantiver sentada só um momento? Assim posso tirar seu vestido?
Como uma criança sonolenta, permitiu que a sentasse.
—Onde estamos? — Bocejou não totalmente acordada.
—Roseadle. Seu novo lar. — Moveu as saias mais acima dos quadris de modo que pudesse tirála pela cabeça.
—Oh! É agradável. — Caiu para trás sobre a cama.
Ele riu indolentemente e lutou para sustentála.
—Só outros poucos segundos. — Com um hábil movimento, tirou o vestido pela cabeça, deixandoa vestida com a camisa.
—Bom — murmurou Demetria, tratando de arrastarse sob os lençóis.
—Não tão rápido. — Apanhou seu tornozelo. — Aqui não dormimos com roupa.
A camisa se uniu ao vestido no chão. Demetria, mal compreendendo que estava nua, aninhouse finalmente sob os lençóis, suspirou com total satisfação e rapidamente caiu no sono.
Adam riu em silêncio e sacudiu a cabeça quando observou a esposa. Tinha notado antes que seus cílios eram tão longos? Talvez só fosse a luz da vela. Também estava cansado, assim se despiu com movimentos rápidos e eficientes e se arrastou para a cama. Ela estava deitada de lado, enroscada como uma criança, assim estendeu um braço a seu redor e a atraiu ao centro da cama, onde ele poderia aconchegarse contra seu calor. A pele dela era insuportavelmente suave e ociosamente deslizou a mão sobre o estômago. Algo que deve ter feito cócegas, já que soltou um suave gemido e virou.
—Tudo vai ficar bem — sussurrou ele.
Eles tinham o afeto e a atração, e isto era mais do que tinham muitos casais.
Inclinouse para frente para beijar a sonolenta boca, delineando seu contorno ligeiramente com sua língua.
Suas pálpebras bateram asas.
—Você deve ser a Bela Adormecida do bosque — murmurou. — Despertada por um beijo.
—Onde estamos? — Perguntou sua voz atordoada.
—Em Roseadle. Já me perguntou isso.
—Sim? Não lembro.
Totalmente incapaz de conterse, inclinouse e a beijou outra vez.
—Ah! Demetria é muito doce.
Soltou um pequeno suspiro de satisfação pelo beijo, mas era óbvio que estava tendo problemas para manter suas pálpebras abertas.
—Adam?
—Sim, princesa?
—Sinto muito.
—O que lamenta?
—Sinto muito. Só não posso... Isto é, estou tão cansada. — Bocejou. — Não posso cumprir com meu dever.
Ele riu ironicamente quando a envolveu entre seus braços.
—Shhh — sussurrou, inclinandose para beijar a têmpora dela. — Não pense nisso como um dever. É muito esplêndido para isso. E não sou tão canalha para forçar uma mulher que está esgotada. Temos tempo de sobra. Não se preocupe.
Mas ela já estava dormindo.
Roçou os lábios contra seu cabelo.
—Temos uma vida inteira.
Demetria despertou a primeira hora da manhã seguinte, soltando um imenso bocejo quando abriu os olhos. A luz do dia se filtrava pelas cortinas, mas definitivamente não era o sol o que fazia que a cama fosse tão acolhedora e quente. O braço de Adam caiu sobre sua cintura em algum momento durante a noite, e estava aconchegada contra ele. Senhor, o homem irradiava calor.
Escorregou ao redor para permitir uma melhor vista dele enquanto dormia. Seu rosto sempre mostrava um encanto juvenil, mas dormindo o efeito se acentuava.
Parecia um anjo perfeito, sem um rastro do cinismo que às vezes enchia seus olhos.
—Temos que agradecer Camille por isso — murmurou Demetria suavemente, tocando sua bochecha.
Ele se revolveu, resmungando algo em seu sono.
—Não ainda, meu amor — sussurrou, sentindose bastante valente para usar palavras carinhosas quando sabia que não podia ouvila. — Eu gosto de vêlo dormir.
Adam dormia e o escutava respirar.
Isto era o céu.
Finalmente se mexeu o corpo se alongando a caminho de despertar antes que levantassem as pálpebras. E logo ali estava ele, olhandoa com olhos sonolentos, sorrindo.
—Bom dia — disse aturdido.
—Bom dia.
Bocejou.
—Faz muito que está acordada?
—Só um pouquinho.
—Está com fome? Poderia fazer subir algo para tomarmos café da manhã.
Ela sacudiu a cabeça.
Ele bocejou outra vez e em seguida riu dela.
—Está muito rosada pela manhã.
—Rosada? — Não podia evitar ficar intrigada.
—Mmm, mmm. Sua pele... Resplandece.
—Não.
—Sim. Confie em mim.
—Minha mãe sempre me dizia para que suspeitasse do homem que dissesse:
"Confie em mim".
—Sim, bom, sua mãe nunca me conheceu muito bem — disse sem pensar.
Tocou os lábios dela com o indicador. — Estão rosados, também.
—De verdade? — Perguntou ela em um fôlego.
—Mmm, mmm! Muito rosados. Mas acho que não tão rosados como algumas outras partes tuas.
Demetria ficou absolutamente corada.
—Estas, por exemplo — murmurou, roçando as palmas sobre os mamilos. A mão rodou e suavemente a cavou na bochecha dela. — Estava muito cansada ontem à noite.
—Sim, estava.
—Muito cansada para atender alguns assuntos importantes.
Ela engoliu nervosamente, tratando de não soltar um pequeno gemido enquanto a mão dele se arrastava brandamente por suas costas.
—Acho que é o momento de consumar este matrimônio — murmurou ele, os lábios quentes e perversos em seu ouvido. E logo a impulsionou contra ele, e ela compreendeu quanto logo queria cuidar do assunto.
Demetria lhe dirigiu um sorriso cheio de humor.
—Cuidamos bastante disso, faz algum tempo. Um pouquinho antes de tempo, se você não se lembra.
—Não conta — disse alegremente, agitandoa com seu comentário. — Não estávamos casados.
—Se não contasse, não estaríamos casados.
Adam admitiu o argumento com um sorriso libertino.
—Ah, bem, creio que tem razão. Mas tudo se resolveu ao final. Depois pode se zangar comigo por ser tão tremendamente viril.
Demetria poderia ser bastante inocente, mas sabia o suficiente para arregalar os olhos ante isto. Não poderia mencionar, entretanto, quando a mão dele se moveu para seus seios e fez algo à ponta que ela poderia jurar que sentiu entre suas pernas.
Sentiuse deslizar, pegar o travesseiro e pôr sobre suas costas, sentiuse escorregadia por dentro, além disso, com cada toque parecia derreter outra polegada de seu corpo. Ele beijou seus seios, seu estômago, suas pernas. Parecia não haver nenhuma parte dela que não o interessasse. Demetria não sabia o que fazer.
Recostouse sob a exploração das mãos e boca, retorcendose e gemendo quando as sensações começaram a afligila.
—Você gosta assim? — Murmurou Adam, enquanto examinava a parte de trás de seu joelho com os lábios.
—Eu gosto de tudo — ofegou ela.
Moveuse pegando a sua boca e deixou cair um beijo sobre ela.
—Não posso te dizer quanto me agrada ouvila dizer isto.
—Isto não pode ser apropriado.
Ele sorriu abertamente.
—Não menos que o que fiz na carruagem.
Ela ficou vermelha com a lembrança, logo mordeu o lábio para impedir de pedir que fizesse outra vez.
Mas ele leu sua mente, ou ao menos seu rosto e soltou um ronrono de prazer enquanto beijava um caminho ao longo do corpo em direção a sua feminilidade. Seus lábios tocaram primeiro o interior de uma coxa, logo a outra.
—OH, sim! — Suspirou ela, além da vergonha agora. Não se preocupou se isso a fazia parecer uma maliciosa descarada. Somente queria o prazer.
—Tão doce — murmurou ele, e colocou uma de suas mãos sobre o suave pêlo e a abriu ainda mais. O fôlego quente lhe tocou a pele, e esticou as pernas, ainda quando sabia que queria isto. — Não, não, não — disse, com regozijo na voz quando gentilmente as separou. Em seguida se inclinou e beijou aquela parte mais sensível de carne.
Demetria, incapaz de dizer algo coerente, chiou ante a absoluta sensação de seus beijos. Era prazer ou dor? Não estava segura. Suas mãos, que haviam se fechado em punhos aos lados, voaram à cabeça de Adam e se enredaram em seu cabelo.
Quando seus quadris começaram a retorcerse debaixo ele, ele fez um movimento como se fosse levantar, mas suas mãos sustentaram a cabeça dele firmemente no lugar. Finalmente se soltou e se moveu por seu corpo até que os lábios ficaram a nível com os dela.
—Pensei que não fosse me deixar tomar ar — murmurou.
Demetria não achou possível em sua posição, mas ruborizou.
Ele mordiscou a orelha.
—Você gosta assim?
Balançou a cabeça, incapaz de expressar as palavras.
—Há muitas, muitas coisas para aprender.
—Eu poderia...? —OH, como perguntar?
Ele sorriu indolentemente.
—Poderia o que?
Ela engoliu a vergonha.
—Eu poderia tocálo?
Em resposta, ele tomou sua mão e a dirigiu para baixo por seu corpo. Quando alcançaram sua virilidade, sua mão se sacudiu com um reflexo. Estava muito mais quente do que tinha esperado e muito, muito duro. Adam pacientemente voltou a levar a mão para ele e desta vez fez algumas carícias vacilantes, maravilhandose de quão suave era a pele.
—É tão diferente — maravilhouse. — Tão estranho.
Ele riu em silêncio, em parte porque era o único modo em que podia conter o desejo que corria por ele.
—Nunca me pareceu estranho.
—Quero vêlo.
—OH, Deus, Demetria! — Disse com os dentes apertados.
—Não, sério. — Ela empurrou os lençóis até que ele ficou nu ante seus olhos.
— OH, Meu Deus! — Disse em um sussurro. Isto encaixaria nela? Mal podia acreditar.
Ainda imensamente curiosa, fechou sua mão ao redor e com cuidado apertou.
Adam quase caiu da cama.
Ela o deixou imediatamente.
—Te machuquei?
—Não — grasnou. — Faça outra vez.
Os lábios de Demetria se curvaram em um sorriso de satisfação quando repetiu as carícias.
—Posso beijálo?
—Melhor não — disse ele com voz rouca.
—OH! Pensei que, já que você tinha me beijado...
Adam soltou um grunhido primitivo, virandoa sobre as costas e se colocou entre suas coxas.
—Mais tarde. Pode fazêlo mais tarde. — Incapaz de controlar mais tempo sua paixão, sua boca desceu sobre a dela com contundente força, reclamandoa como dele. Empurrou a coxa com seu joelho, forçandoa a abrirse mais.
Demetria instintivamente inclinou seus quadris para facilitar a entrada. Deslizou dentro dela sem esforço e ela se maravilhou que seu corpo cedesse para encaixálo.
Começou a acariciála devagar entrando e saindo, entrando e saindo, movendo se dentro dela com um ritmo lento, mas implacável.
—OH, Demetria! —Gemeu. — OH, Deus!
—Sim. Sim.
A cabeça sacudia de um lado ao outro. O peso dele estava sujeitandoa, e ainda assim não podia ficar quieta.
—É minha — grunhiu ele, intensificando o ritmo. — Minha.
Ela gemeu em resposta.
Ainda a sujeitava, os olhos estranhos e penetrantes enquanto dizia.
—Diga.
—Sou tua — sussurrou ela.
—Cada polegada sua. Cada deliciosa polegada. Daqui — cavou seu seio — até aqui — deslizou seu dedo ao longo da curva de sua bochecha — até aqui. —retirouse até que só a ponta dele ficou dentro dela e logo bombeou dentro até o punho.
—OH, Deus sim! Adam. Tudo o que quiser.
—Quero você.
—Sou tua. Juro.
—De ninguém mais, Demetria. Prometame isso. —Outra vez se retirou quase até ficar fora.
Ela se sentiu completamente despojada sem ele dentro dela e quase gritou.
—Prometo — ofegou. — Por favor... Volta para mim agora mesmo.
Ele retrocedeu, lhe provocando de uma vez um suspiro de alívio e um ofego de desejo.
—Não haverá nenhum outro homem. Ouviu?
Demetria sabia que suas prementes palavras derivavam da traição de Camille, mas estava muito imbuída na paixão para pensar em repreendêlo por comparála com a anterior esposa.
—Nenhum juro! Nunca quis ninguém mais.
—E nunca o fará — disse firmemente, como se pudesse fazêlo verdade simplesmente dizendo.
—Nunca! Por favor, Adam, por favor... Preciso de você. Necessito...
—Sei o que necessita.
Seus lábios se fecharam ao redor de um dos mamilos enquanto apressava seus movimentos dentro dela. Ela sentiu a pressão alagando seu corpo. Os espasmos de prazer estavam disparandose por seu ventre, sob os braços e pelas pernas. E logo, de repente, soube que talvez não suportasse outro momento sem explodir no ato, seu corpo inteiro se convulsionou, apertandose ao redor de sua virilidade como uma luva de seda. Gritou o nome dele, agarrandose por seus braços quando seus ombros se elevaram da cama pela força do clímax.
A pura sensualidade da liberação empurrou Adam sobre a borda e gritou com voz rouca quando no último minuto se inundou dentro dela, metendo até o punho.
Seu prazer era intenso, e não podia acreditar na rapidez com a qual se derramou nela. Derrubouse sobre ela, completamente exausto. Nunca foi tão bom, nunca. Nem sequer a vez anterior com Demetria. Era como se cada movimento, cada toque se intensificasse agora que sabia que era dele e só dele. Estava sobressaltado por sua possessividade, aniquilado pelo modo em que a fez jurar sua fidelidade, e repugnado pelo fato de que manipulou sua paixão para satisfazer suas infantis necessidades.
Estava zangada? Odiavao por isso? Levantou a cabeça e examinou seu rosto.
Seus olhos estavam fechados e os lábios curvados em um meio sorriso. Parecia uma mulher satisfeita em cada centímetro, e rapidamente decidiu que se ela não estava ofendida por suas ações ou perguntas, não ia discutir com ela.
—Está ruborizada, princesa — murmurou, acariciando sua bochecha.
—Ainda? — Perguntou preguiçosamente, ainda sem abrir os olhos.
—Inclusive mais.
Adam sorriu, apoiandose sobre os cotovelos para aliviar um pouco de seu peso sobre ela. Passou o dedo ao longo da curva da sua bochecha, começando no canto da boca e logo terminando na sensível pele próxima ao olho. Tocou os cílios.
—Abra os olhos.
Ela levantou as pálpebras.
—Bom dia.
—Assim é. — Ele sorriu aberta e juvenilmente.
Ela se retorceu sob seu intenso olhar.
—Não está muito incômodo?
—Eu gosto de estar aqui em cima.
—Mas seus braços...
—É forte o bastante para me sustentar um instante mais. Além disso, desfruto te olhando.
Timidamente, ela afastou seu olhar.
—Não, não, não. Não fuja. Volte a me olhar. — Tocou seu queixo e a atraiu até que o enfrentou outra vez. — É muito bela, sabe.
—Não sou — disse com uma voz que significava que ela sabia que ele estava mentindo.
—Não irá discutir comigo sobre este ponto. Sou mais velho que você e vi muitas mulheres.
—Viu? — Perguntou com receio.
—Isso minha querida esposa, é realmente outro assunto, e um que não requer discussão. Simplesmente quis indicar que sou provavelmente um pouco mais conhecedor que você e deveria aceitar minha opinião sobre a matéria. Se digo que é bela então você é bela.
—Realmente, Adam, é muito doce.
Inclinouse até apoiar o nariz sobre o dela.
—Está começando a me irritar, esposa.
—Meu Deus! Eu não quereria fazer isso.
—Eu achava que não.
Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso.
—É muito bonito.
—Obrigado — disse magnanimamente. — Agora, viu quão amavelmente aceitei seu elogio?
—Arruinou um pouco o efeito assinalando suas boas maneiras.
Ele sacudiu a cabeça.
—Que boca a sua. Terei que fazer algo sobre isso.
—Beijála? — Disse esperançosa.
—Mmm, não é um problema. — Sua língua se lançou e desenhou o contorno dos lábios. — Muito agradável. Muito saboroso.
—Não sou um bolo de fruta, sabe — replicou ela.
—Aí está essa boca outra vez — disse ele suspirando.
—Imagino que terá que continuar me beijando.
Ele suspirou como se fosse uma grande tarefa.
—OH, está bem!
Desta vez, empurrou em sua boca e deslizou a língua ao longo da superfície lisa de seus dentes. Quando levantou sua cabeça outra vez e olhou para seu rosto, ela estava acesa. Essa parecia ser a única palavra para descrever o resplendor que emanava de sua pele.
—Deus, Demetria — disse com voz rouca. — Realmente é bela.
Desceu, rodou para o lado e a envolveu em seus braços.
—Nunca vi ninguém brilhar assim, como faz você neste instante — murmurou, puxandoa mais forte contra ele. — Deitese aqui assim por um momento.
Ela foi adormecendo, pensando que este era um modo excelente de começar um casamento.
6 DE NOVEMBRO DE 1819
Hoje celebrei a décima semana de casamento e a terceira desde quando deveria ter menstruado. Não deveria estar surpresa de ter concebido outra vez tão rapidamente...
Adam é o marido mais atento.
Não tenho do que me queixar.
12 DE JANEIRO DE 1820
Quando entrei no banheiro esta tarde, poderia jurar que vi um leve inchaço em meu ventre. Acredito agora. Acredito que está aqui para ficar.
30 DE ABRIL DE 1820
OH! Estou enorme. E faz quase três meses. Adam parece adorar minha redondez. Está convencido que será uma menina. Sussurra: “Amo você” a meu ventre.
Mas somente ao meu ventre. Não a mim. Para ser justa, eu não disse as palavras, mas estou segura que ele sabe que o amo. Depois de tudo, disse antes de nosso matrimônio, e ele disse uma vez que uma pessoa não se desapaixona tão facilmente.
Sei que se preocupa comigo. Por que não pode me amar? Ou se o faz, por que não diz?


reta final ja gente, acham que a paz vai reinar definitivamente agora? hehehe

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