Roseadle era, para os
níveis aristocráticos, de dimensões modestas. A cálida e elegante casa tinha
estado na família Bevelstoke durante várias gerações, e era costume para o
filho mais velho usá‐la como sua casa senhorial antes de se tornar conde e a mais
magnífica Haverbreaks. Adam amava Roseadle, amava suas paredes simples de pedra
e torre ameada. E sobre tudo, amava a paisagem selvagem, domesticado só pelas
centenas de rosas que haviam sido plantadas com abandono ao redor da casa.
Chegaram bem tarde na
noite, tendo parado para um relaxado almoço perto da fronteira. Demetria
adormeceu fazia muito, advertiu que o movimento da carruagem sempre a deixava
sonolenta, mas Adam não se importou. Gostava da tranquilidade da noite, com
apenas os sons dos cavalos, a carruagem e o vento no ar. Gostava da luz da lua,
que chegava pelas janelas. E gostou de jogar uma olhada a nova esposa, que não era
nada elegante em seu sono... Sua boca estava aberta, e a verdade seja dita, roncava
um pouco. Mas gostou. Não sabia por que, mas assim era.
E gostou de saber.
Desceu da carruagem,
colocou um dedo sobre seus lábios quando uma das escoltas se aproximou para
ajudar, logo atraiu Demetria e a tomou nos braços. Nunca tinha ido a Roseadle,
embora não ficasse longe dos Lagos. Esperou que chegasse a gostar como ele.
Pensou que o faria. Conhecia‐a bem, estava começando a compreendê‐la. Não estava seguro de
quando ocorreu, mas podia olhar algo e pensar, Demetria gostaria disto.
Adam parou em seu
caminho a Escócia e os criados foram instruídos para ter a casa pronta. Estava,
embora não tivesse mandado recado sobre a exata data da chegada, portanto, o
pessoal não estava reunido para apresentar‐se ante a nova viscondessa. Adam
se alegrou disto; não iria querer despertar Demetria.
Quando entrou em seu
quarto, notou agradecido que o fogo estava ardendo na lareira. Poderia ser
agosto, mas as noites de Northumberland tinham um frio característico. Enquanto
colocava Demetria suavemente sobre a cama, um par de lacaios trouxe sua exígua
bagagem. Sussurrou ao mordomo que sua nova esposa poderia conhecer o pessoal
pela manhã, ou talvez pela tarde, e logo fechou a porta.
Demetria, que tinha
passado do ronco ao balbuciou intranquilo, mudou deposição e aproximou um
travesseiro do peito. Adam voltou para seu lado e sussurrou brandamente em seu
ouvido. Pareceu reconhecer sua voz no sono; soltou um suspiro satisfeito e
imediatamente virou.
—Não durma justo
agora — murmurou. — Vou livrá‐la destas roupas. — Ela estava de lado, por isso começou a
trabalhar nos botões que desciam pelas costas. — Pode se mantiver sentada só um
momento? Assim posso tirar seu vestido?
Como uma criança
sonolenta, permitiu que a sentasse.
—Onde estamos? —
Bocejou não totalmente acordada.
—Roseadle. Seu novo
lar. — Moveu as saias mais acima dos quadris de modo que pudesse tirá‐la
pela cabeça.
—Oh! É agradável. —
Caiu para trás sobre a cama.
Ele riu
indolentemente e lutou para sustentá‐la.
—Só outros poucos
segundos. — Com um hábil movimento, tirou o vestido pela cabeça, deixando‐a
vestida com a camisa.
—Bom — murmurou Demetria,
tratando de arrastar‐se sob os lençóis.
—Não tão rápido. —
Apanhou seu tornozelo. — Aqui não dormimos com roupa.
A camisa se uniu ao
vestido no chão. Demetria, mal compreendendo que estava nua, aninhou‐se
finalmente sob os lençóis, suspirou com total satisfação e rapidamente caiu no
sono.
Adam riu em silêncio
e sacudiu a cabeça quando observou a esposa. Tinha notado antes que seus cílios
eram tão longos? Talvez só fosse a luz da vela. Também estava cansado, assim se
despiu com movimentos rápidos e eficientes e se arrastou para a cama. Ela estava
deitada de lado, enroscada como uma criança, assim estendeu um braço a seu
redor e a atraiu ao centro da cama, onde ele poderia aconchegar‐se contra
seu calor. A pele dela era insuportavelmente suave e ociosamente deslizou a mão
sobre o estômago. Algo que deve ter feito cócegas, já que soltou um suave gemido
e virou.
—Tudo vai ficar bem —
sussurrou ele.
Eles tinham o afeto e
a atração, e isto era mais do que tinham muitos casais.
Inclinou‐se
para frente para beijar a sonolenta boca, delineando seu contorno ligeiramente
com sua língua.
Suas pálpebras
bateram asas.
—Você deve ser a Bela
Adormecida do bosque — murmurou. — Despertada por um beijo.
—Onde estamos? —
Perguntou sua voz atordoada.
—Em Roseadle. Já me
perguntou isso.
—Sim? Não lembro.
Totalmente incapaz de
conter‐se, inclinou‐se e a beijou outra vez.
—Ah! Demetria é muito
doce.
Soltou um pequeno
suspiro de satisfação pelo beijo, mas era óbvio que estava tendo problemas para
manter suas pálpebras abertas.
—Adam?
—Sim, princesa?
—Sinto muito.
—O que lamenta?
—Sinto muito. Só não
posso... Isto é, estou tão cansada. — Bocejou. — Não posso cumprir com meu
dever.
Ele riu ironicamente
quando a envolveu entre seus braços.
—Shhh — sussurrou,
inclinando‐se para beijar a têmpora dela. — Não pense nisso como um dever. É
muito esplêndido para isso. E não sou tão canalha para forçar uma mulher que
está esgotada. Temos tempo de sobra. Não se preocupe.
Mas ela já estava
dormindo.
Roçou os lábios
contra seu cabelo.
—Temos uma vida
inteira.
Demetria despertou a
primeira hora da manhã seguinte, soltando um imenso bocejo quando abriu os
olhos. A luz do dia se filtrava pelas cortinas, mas definitivamente não era o
sol o que fazia que a cama fosse tão acolhedora e quente. O braço de Adam caiu
sobre sua cintura em algum momento durante a noite, e estava aconchegada contra
ele. Senhor, o homem irradiava calor.
Escorregou ao redor
para permitir uma melhor vista dele enquanto dormia. Seu rosto sempre mostrava
um encanto juvenil, mas dormindo o efeito se acentuava.
Parecia um anjo
perfeito, sem um rastro do cinismo que às vezes enchia seus olhos.
—Temos que agradecer Camille
por isso — murmurou Demetria suavemente, tocando sua bochecha.
Ele se revolveu,
resmungando algo em seu sono.
—Não ainda, meu amor
— sussurrou, sentindo‐se bastante valente para usar palavras carinhosas quando sabia que
não podia ouvi‐la. — Eu gosto de vê‐lo dormir.
Adam dormia e o
escutava respirar.
Isto era o céu.
Finalmente se mexeu o
corpo se alongando a caminho de despertar antes que levantassem as pálpebras. E
logo ali estava ele, olhando‐a com olhos sonolentos, sorrindo.
—Bom dia — disse
aturdido.
—Bom dia.
Bocejou.
—Faz muito que está
acordada?
—Só um pouquinho.
—Está com fome?
Poderia fazer subir algo para tomarmos café da manhã.
Ela sacudiu a cabeça.
Ele bocejou outra vez
e em seguida riu dela.
—Está muito rosada
pela manhã.
—Rosada? — Não podia
evitar ficar intrigada.
—Mmm, mmm. Sua
pele... Resplandece.
—Não.
—Sim. Confie em mim.
—Minha mãe sempre me
dizia para que suspeitasse do homem que dissesse:
"Confie em
mim".
—Sim, bom, sua mãe
nunca me conheceu muito bem — disse sem pensar.
Tocou os lábios dela
com o indicador. — Estão rosados, também.
—De verdade? —
Perguntou ela em um fôlego.
—Mmm, mmm! Muito
rosados. Mas acho que não tão rosados como algumas outras partes tuas.
Demetria ficou
absolutamente corada.
—Estas, por exemplo —
murmurou, roçando as palmas sobre os mamilos. A mão rodou e suavemente a cavou
na bochecha dela. — Estava muito cansada ontem à noite.
—Sim, estava.
—Muito cansada para
atender alguns assuntos importantes.
Ela engoliu
nervosamente, tratando de não soltar um pequeno gemido enquanto a mão dele se
arrastava brandamente por suas costas.
—Acho que é o momento
de consumar este matrimônio — murmurou ele, os lábios quentes e perversos em
seu ouvido. E logo a impulsionou contra ele, e ela compreendeu quanto logo
queria cuidar do assunto.
Demetria lhe dirigiu
um sorriso cheio de humor.
—Cuidamos bastante
disso, faz algum tempo. Um pouquinho antes de tempo, se você não se lembra.
—Não conta — disse
alegremente, agitando‐a com seu comentário. — Não estávamos casados.
—Se não contasse, não
estaríamos casados.
Adam admitiu o
argumento com um sorriso libertino.
—Ah, bem, creio que
tem razão. Mas tudo se resolveu ao final. Depois pode se zangar comigo por ser
tão tremendamente viril.
Demetria poderia ser
bastante inocente, mas sabia o suficiente para arregalar os olhos ante isto.
Não poderia mencionar, entretanto, quando a mão dele se moveu para seus seios e
fez algo à ponta que ela poderia jurar que sentiu entre suas pernas.
Sentiu‐se
deslizar, pegar o travesseiro e pôr sobre suas costas, sentiu‐se escorregadia
por dentro, além disso, com cada toque parecia derreter outra polegada de seu
corpo. Ele beijou seus seios, seu estômago, suas pernas. Parecia não haver nenhuma
parte dela que não o interessasse. Demetria não sabia o que fazer.
Recostou‐se
sob a exploração das mãos e boca, retorcendo‐se e gemendo quando as
sensações começaram a afligi‐la.
—Você gosta assim? —
Murmurou Adam, enquanto examinava a parte de trás de seu joelho com os lábios.
—Eu gosto de tudo —
ofegou ela.
Moveu‐se
pegando a sua boca e deixou cair um beijo sobre ela.
—Não posso te dizer
quanto me agrada ouvi‐la dizer isto.
—Isto não pode ser
apropriado.
Ele sorriu abertamente.
—Não menos que o que
fiz na carruagem.
Ela ficou vermelha
com a lembrança, logo mordeu o lábio para impedir de pedir que fizesse outra
vez.
Mas ele leu sua
mente, ou ao menos seu rosto e soltou um ronrono de prazer enquanto beijava um
caminho ao longo do corpo em direção a sua feminilidade. Seus lábios tocaram
primeiro o interior de uma coxa, logo a outra.
—OH, sim! — Suspirou
ela, além da vergonha agora. Não se preocupou se isso a fazia parecer uma
maliciosa descarada. Somente queria o prazer.
—Tão doce — murmurou
ele, e colocou uma de suas mãos sobre o suave pêlo e a abriu ainda mais. O
fôlego quente lhe tocou a pele, e esticou as pernas, ainda quando sabia que
queria isto. — Não, não, não — disse, com regozijo na voz quando gentilmente as
separou. Em seguida se inclinou e beijou aquela parte mais sensível de carne.
Demetria, incapaz de
dizer algo coerente, chiou ante a absoluta sensação de seus beijos. Era prazer
ou dor? Não estava segura. Suas mãos, que haviam se fechado em punhos aos
lados, voaram à cabeça de Adam e se enredaram em seu cabelo.
Quando seus quadris
começaram a retorcer‐se debaixo ele, ele fez um movimento como se fosse levantar, mas
suas mãos sustentaram a cabeça dele firmemente no lugar. Finalmente se soltou e
se moveu por seu corpo até que os lábios ficaram a nível com os dela.
—Pensei que não fosse
me deixar tomar ar — murmurou.
Demetria não achou
possível em sua posição, mas ruborizou.
Ele mordiscou a
orelha.
—Você gosta assim?
Balançou a cabeça,
incapaz de expressar as palavras.
—Há muitas, muitas
coisas para aprender.
—Eu poderia...? —OH,
como perguntar?
Ele sorriu
indolentemente.
—Poderia o que?
Ela engoliu a
vergonha.
—Eu poderia tocá‐lo?
Em resposta, ele
tomou sua mão e a dirigiu para baixo por seu corpo. Quando alcançaram sua
virilidade, sua mão se sacudiu com um reflexo. Estava muito mais quente do que
tinha esperado e muito, muito duro. Adam pacientemente voltou a levar a mão
para ele e desta vez fez algumas carícias vacilantes, maravilhando‐se
de quão suave era a pele.
—É tão diferente —
maravilhou‐se. — Tão estranho.
Ele riu em silêncio,
em parte porque era o único modo em que podia conter o desejo que corria por
ele.
—Nunca me pareceu
estranho.
—Quero vê‐lo.
—OH, Deus, Demetria!
— Disse com os dentes apertados.
—Não, sério. — Ela
empurrou os lençóis até que ele ficou nu ante seus olhos.
— OH, Meu Deus! —
Disse em um sussurro. Isto encaixaria nela? Mal podia acreditar.
Ainda imensamente
curiosa, fechou sua mão ao redor e com cuidado apertou.
Adam quase caiu da
cama.
Ela o deixou
imediatamente.
—Te machuquei?
—Não — grasnou. —
Faça outra vez.
Os lábios de Demetria
se curvaram em um sorriso de satisfação quando repetiu as carícias.
—Posso beijá‐lo?
—Melhor não — disse
ele com voz rouca.
—OH! Pensei que, já
que você tinha me beijado...
Adam soltou um
grunhido primitivo, virando‐a sobre as costas e se colocou entre suas coxas.
—Mais tarde. Pode
fazê‐lo mais tarde. — Incapaz de controlar mais tempo sua paixão, sua
boca desceu sobre a dela com contundente força, reclamando‐a
como dele. Empurrou a coxa com seu joelho, forçando‐a a
abrir‐se mais.
Demetria
instintivamente inclinou seus quadris para facilitar a entrada. Deslizou dentro
dela sem esforço e ela se maravilhou que seu corpo cedesse para encaixá‐lo.
Começou a acariciá‐la
devagar entrando e saindo, entrando e saindo, movendo se dentro dela com um
ritmo lento, mas implacável.
—OH, Demetria!
—Gemeu. — OH, Deus!
—Sim. Sim.
A cabeça sacudia de
um lado ao outro. O peso dele estava sujeitando‐a, e ainda assim não podia
ficar quieta.
—É minha — grunhiu
ele, intensificando o ritmo. — Minha.
Ela gemeu em
resposta.
Ainda a sujeitava, os
olhos estranhos e penetrantes enquanto dizia.
—Diga.
—Sou tua — sussurrou
ela.
—Cada polegada sua.
Cada deliciosa polegada. Daqui — cavou seu seio — até aqui — deslizou seu dedo
ao longo da curva de sua bochecha — até aqui. —retirou‐se até
que só a ponta dele ficou dentro dela e logo bombeou dentro até o punho.
—OH, Deus sim! Adam.
Tudo o que quiser.
—Quero você.
—Sou tua. Juro.
—De ninguém mais, Demetria.
Prometa‐me isso. —Outra vez se retirou quase até ficar fora.
Ela se sentiu
completamente despojada sem ele dentro dela e quase gritou.
—Prometo — ofegou. —
Por favor... Volta para mim agora mesmo.
Ele retrocedeu, lhe
provocando de uma vez um suspiro de alívio e um ofego de desejo.
—Não haverá nenhum
outro homem. Ouviu?
Demetria sabia que
suas prementes palavras derivavam da traição de Camille, mas estava muito
imbuída na paixão para pensar em repreendê‐lo por compará‐la
com a anterior esposa.
—Nenhum juro! Nunca
quis ninguém mais.
—E nunca o fará —
disse firmemente, como se pudesse fazê‐lo verdade simplesmente
dizendo.
—Nunca! Por favor, Adam,
por favor... Preciso de você. Necessito...
—Sei o que necessita.
Seus lábios se
fecharam ao redor de um dos mamilos enquanto apressava seus movimentos dentro
dela. Ela sentiu a pressão alagando seu corpo. Os espasmos de prazer estavam
disparando‐se por seu ventre, sob os braços e pelas pernas. E logo, de repente,
soube que talvez não suportasse outro momento sem explodir no ato, seu corpo
inteiro se convulsionou, apertando‐se ao redor de sua
virilidade como uma luva de seda. Gritou o nome dele, agarrando‐se
por seus braços quando seus ombros se elevaram da cama pela força do clímax.
A pura sensualidade
da liberação empurrou Adam sobre a borda e gritou com voz rouca quando no
último minuto se inundou dentro dela, metendo até o punho.
Seu prazer era
intenso, e não podia acreditar na rapidez com a qual se derramou nela. Derrubou‐se
sobre ela, completamente exausto. Nunca foi tão bom, nunca. Nem sequer a vez
anterior com Demetria. Era como se cada movimento, cada toque se intensificasse
agora que sabia que era dele e só dele. Estava sobressaltado por sua
possessividade, aniquilado pelo modo em que a fez jurar sua fidelidade, e repugnado
pelo fato de que manipulou sua paixão para satisfazer suas infantis necessidades.
Estava zangada?
Odiava‐o por isso? Levantou a cabeça e examinou seu rosto.
Seus olhos estavam
fechados e os lábios curvados em um meio sorriso. Parecia uma mulher satisfeita
em cada centímetro, e rapidamente decidiu que se ela não estava ofendida por
suas ações ou perguntas, não ia discutir com ela.
—Está ruborizada,
princesa — murmurou, acariciando sua bochecha.
—Ainda? — Perguntou
preguiçosamente, ainda sem abrir os olhos.
—Inclusive mais.
Adam sorriu, apoiando‐se
sobre os cotovelos para aliviar um pouco de seu peso sobre ela. Passou o dedo
ao longo da curva da sua bochecha, começando no canto da boca e logo terminando
na sensível pele próxima ao olho. Tocou os cílios.
—Abra os olhos.
Ela levantou as
pálpebras.
—Bom dia.
—Assim é. — Ele
sorriu aberta e juvenilmente.
Ela se retorceu sob
seu intenso olhar.
—Não está muito
incômodo?
—Eu gosto de estar
aqui em cima.
—Mas seus braços...
—É forte o bastante
para me sustentar um instante mais. Além disso, desfruto te olhando.
Timidamente, ela
afastou seu olhar.
—Não, não, não. Não
fuja. Volte a me olhar. — Tocou seu queixo e a atraiu até que o enfrentou outra
vez. — É muito bela, sabe.
—Não sou — disse com
uma voz que significava que ela sabia que ele estava mentindo.
—Não irá discutir
comigo sobre este ponto. Sou mais velho que você e vi muitas mulheres.
—Viu? — Perguntou com
receio.
—Isso minha querida
esposa, é realmente outro assunto, e um que não requer discussão. Simplesmente
quis indicar que sou provavelmente um pouco mais conhecedor que você e deveria
aceitar minha opinião sobre a matéria. Se digo que é bela então você é bela.
—Realmente, Adam, é
muito doce.
Inclinou‐se
até apoiar o nariz sobre o dela.
—Está começando a me
irritar, esposa.
—Meu Deus! Eu não
quereria fazer isso.
—Eu achava que não.
Seus lábios se
curvaram em um sorriso travesso.
—É muito bonito.
—Obrigado — disse
magnanimamente. — Agora, viu quão amavelmente aceitei seu elogio?
—Arruinou um pouco o
efeito assinalando suas boas maneiras.
Ele sacudiu a cabeça.
—Que boca a sua.
Terei que fazer algo sobre isso.
—Beijá‐la?
— Disse esperançosa.
—Mmm, não é um
problema. — Sua língua se lançou e desenhou o contorno dos lábios. — Muito
agradável. Muito saboroso.
—Não sou um bolo de
fruta, sabe — replicou ela.
—Aí está essa boca
outra vez — disse ele suspirando.
—Imagino que terá que
continuar me beijando.
Ele suspirou como se
fosse uma grande tarefa.
—OH, está bem!
Desta vez, empurrou
em sua boca e deslizou a língua ao longo da superfície lisa de seus dentes.
Quando levantou sua cabeça outra vez e olhou para seu rosto, ela estava acesa.
Essa parecia ser a única palavra para descrever o resplendor que emanava de sua
pele.
—Deus, Demetria —
disse com voz rouca. — Realmente é bela.
Desceu, rodou para o
lado e a envolveu em seus braços.
—Nunca vi ninguém
brilhar assim, como faz você neste instante — murmurou, puxando‐a
mais forte contra ele. — Deite‐se aqui assim por um momento.
Ela foi adormecendo,
pensando que este era um modo excelente de começar um casamento.
6 DE
NOVEMBRO DE 1819
Hoje
celebrei a décima semana de casamento e a terceira desde quando deveria ter
menstruado. Não deveria estar surpresa de ter concebido outra vez tão rapidamente...
Adam
é o marido mais atento.
Não
tenho do que me queixar.
12
DE JANEIRO DE 1820
Quando
entrei no banheiro esta tarde, poderia jurar que vi um leve inchaço em meu
ventre. Acredito agora. Acredito que está aqui para ficar.
30
DE ABRIL DE 1820
OH!
Estou enorme. E faz quase três meses. Adam parece adorar minha redondez. Está
convencido que será uma menina. Sussurra: “Amo você” a meu ventre.
Mas
somente ao meu ventre. Não a mim. Para ser justa, eu não disse as palavras, mas
estou segura que ele sabe que o amo. Depois de tudo, disse antes de nosso
matrimônio, e ele disse uma vez que uma pessoa não se desapaixona tão facilmente.
Sei
que se preocupa comigo. Por que não pode me amar? Ou se o faz, por que não diz?
reta final ja gente, acham que a paz vai reinar definitivamente agora? hehehe
To adorando, quero mais, muito mais.
ResponderExcluirAh ela ta grávida, que lindo *-*