sábado, 1 de setembro de 2018

O Diário Secreto da Senhorita Demetria Cheever Capitulo 14 parte 1


Adam voltou duas horas mais tarde. Desta vez, Demetria estava esperandoo.
Abriu a porta dianteira de um puxão antes que ele pudesse sequer bater.
Entretanto, ele nem mesmo vacilou, somente permaneceu ali com sua postura perfeita, o braço meio levantado, a mão formando um punho pronto para entrar em contato com a porta.
—OH, pelo amor de Deus — disse irritada. — Entra.
Adam arqueou as sobrancelhas.
—Estava me esperando?
—É obvio.
E como sabia que não podia adiar por mais tempo, partiu para a sala de estar sem olhar para trás.
Ele a seguiu.
—O que quer? — Exigiu.
—Que boasvindas tão agradáveis, Demetria — disse ele brandamente, estando agora limpo, engomado, arrumado, absolutamente cômodo e... OH! Desejava matálo.
— Quem esteve a ensinando boas maneiras? Atila o Huno?
Ela fez chiar os dentes e repetiu a pergunta.
—O que quer?
—Vim casar contigo, é obvio.
Era, é obvio o que Demetria esperou desde o primeiro momento em que o viu.
E nunca em sua vida se sentiu tão orgulhosa de si mesma como quando disse:
—Não, obrigada.
—Não... Obrigada?
—Não, obrigada — repetiu descaradamente. — Se isso for tudo, o acompanharei à porta.
Mas quando tentou deixar o aposento, Adam a agarrou pelo pulso.
—Não tão rápido.
Podia fazêlo. Sabia que podia. Tinha seu orgulho e já não existia uma razão que a compelisse a casar com ele. E não deveria. Sem importar quanto doesse o coração, não poderia ceder. Ele não a amava. Nem sequer a apreciava o suficiente para ter se comunicado com ela uma única vez no mês e meio que passou desde que estiveram juntos no pavilhão de caça.
Era possível que se comportasse como um cavalheiro, mas certamente não era um.
—Demetria — disse sedosamente, e soube que estava tentando seduzila, não para levála para cama, mas sim para obter sua conformidade.
Ela tomou um profundo fôlego.
—Veio até aqui, fez o correto e eu recusei. Já não tem nada porque se sentir culpado, assim pode retornar a Inglaterra com a consciência tranquila. Adeus, Adam.
—Não acredito, Demetria — disse, apertando seu pulso. — Temos muitas coisas para discutir.
—Hein, não muito na realidade. Não obstante, obrigada por sua preocupação.
— O braço formigava no lugar onde ele a segurava e sabia que se quisesse manter sua resolução, deveria livrarse dele antes o possível.
Adam fechou a porta com o pé.
—Discordo.
—Adam, não! — Demetria puxou o braço e tratou de ir para a porta para voltar a abrila, mas ele bloqueou seu caminho. — Esta é a casa dos meus avôs. Não os envergonharei com nenhum tipo de comportamento impróprio.
—Diria que deveria preocuparse mais com a possibilidade de que escutem o que tenho a dizer.
Ela deu uma olhada a sua expressão implacável e fechou a boca.
—Muito bem. Diga o que for que tenha vindo dizer.
Com um dedo, começou a desenhar preguiçosos círculos na palma da mão dela.
—Estive pensando em você, Demetria.
—Sério? Isso é muito adulador.
Ele ignorou o tom sarcástico e se aproximou.
—Não pensou em mim?
OH, Deus querido. Se ele soubesse.
—De vez em quando.
—Somente de vez em quando?
—Raramente.
A puxou e deslizou a mão sinuosamente pelo braço.
—Quanto tão raramente? — Murmurou.
—Quase nunca. — Mas sua voz estava suavizando e soava muito menos segura.
—De verdade? — Arqueou uma sobrancelha assumindo uma expressão de incredulidade. — Acredito que toda esta comida escocesa confundiu sua mente. Esteve comendo Haggis?
—Haggis? — Perguntou ela sem fôlego.
Podia sentir que seu peito aliviava, como se o ar tivesse se convertido em algo intoxicaste, como se pudesse embebedarse somente respirando na presença dele.
—Mmm—hmm. Acho que é uma comida horrível.
—Não... Não é tão ruim.
Do que ele estava falando? E por que estava olhandoa dessa forma? Seus olhos pareciam safiras. Não, eram como o céu iluminado pela lua. OH, céus. Essa que saía voando pela janela era sua determinação?
Adam sorriu indolentemente.
—Sua memória é um pouco escorregadia, querida. Acho que necessita um aviso. — Os lábios dele desceram suavemente sobre os dela, estendendo rapidamente o fogo por todo seu corpo. Demetria se afrouxou contra ele, suspirando seu nome.
Ele a apertou mais firmemente contra seu corpo, pressionando a força de sua ereção contra ela.
—Pode sentir o que me faz? — Sussurrou. — Pode?
Demetria assentiu trêmula, apenas consciente de que estava no meio do salão de seus avôs.
—Somente você pode me deixar assim, Demetria — murmurou com a voz rouca. — Só você.
Esse comentário alcançou uma corda discordante em seu interior e ficou rígida nos braços dele. Não acabava de passar mais de um mês em Kent com seu amigo Lorde Harry como—qualqer—que—seja—seu—sobrenome? E por acaso Selena não lhe disse alegremente que as celebrações incluiriam vinho, uísque e mulheres? Mulheres fáceis. Um monte delas.
—O que aconteceu querida?
As palavras foram sussurradas contra sua pele e uma parte dela desejou voltar a derreterse contra ele. Mas não a seduziria. Não desta vez. Antes que pudesse mudar de opinião, plantou as palmas das mãos contra o peito dele e o empurrou.
—Não tente fazer isto comigo — advertiu.
—Fazer o que? —Seu rosto era a imagem da inocência.
Se Demetria tivesse um vaso nas mãos, o teria jogado nele. Ou melhor, ainda, uma bolacha meio comida.
—Me seduzir até que me dobre a sua vontade.
—Por que não?
—Por que não? — Repetiu com incredulidade. — Por que não? Porque eu...
—Porque você...Por que, o que? — Estava sorrindo agora.
—Por que... Oh! — Fechou as mãos formando punhos aos lados do corpo e de fato golpeou o chão com o pé. O que a deixou ainda mais furiosa. Ser reduzida a isto... Era humilhante.
—Bom, bom, Demetria.
—Não me venha com "bom, bom" para o meu lado, seu altivo, despótico...
—Está zangada comigo, já vejo.
Ela semicerrou os olhos.
—Sempre foi inteligente, Adam.
Ele ignorou o sarcasmo.
—Bom, aqui vai... Sinto muito. Nunca tive a intenção de permanecer tanto tempo em Kent. Não sei por que o fiz, mas assim foi e sinto muito. Estava programado para ser uma viagem de dois dias de duração.
—Uma viagem de dois dias de duração que durou quase dois meses? —
Zombou ela. — Desculpa se acho difícil de acreditar.
—Não estive em Kent todo o tempo. Quando retornei a Londres, minha mãe disse que estava atendendo um familiar doente. Não foi até que Selena retornou que soube que não era assim.
—Não me importa quanto tempo esteve... Onde quer que tenha estado! —
Gritou ela, cruzando firmemente os braços sobre o peito. — Não deveria ter me abandonado dessa forma. Posso entender que necessitava de tempo para pensar, porque sei que nunca quis casar comigo, mas, pelo amor de Deus, Adam. Precisava de sete semanas? Não pode tratar uma mulher dessa forma! É grosseiro, desconsiderado e... E francamente pouco cavalheiresco!
Era isso o pior que lhe ocorria dizer a ele? Adam resistiu ao impulso de sorrir.
Isto não seria nem a metade do ruim que pensou que seria.
—Tem razão — disse brandamente.
—E mais ainda... O que? — Piscou.
—Que tem razão.
—Tenho?
—Não quer ter razão?
Ela abriu a boca, fechou e então disse:
—Deixa de tentar me confundir.
—Não estou fazendo isso. Caso não tenha notado, estou te dando razão. —
Dedicou seu sorriso mais atraente. — Aceita minhas desculpas?
Demetria suspirou. Deveria ser ilegal que um homem tivesse semelhante quantidade de encanto.
—Sim, está bem. Aceito. Mas, o que — perguntou suspicaz, — estava fazendo em Kent?
—Principalmente me embebedando.
—Isso é tudo?
—Um pouco de caça.
—E?
—E quando Mikey chegou ali proveniente de Oxford, fiz o possível para evitar que se metesse em problemas. Essa tarefa me entreteve uma quinzena a mais, para que saiba.
—E?
—Está tentando me perguntar se havia mulheres lá?
Ela afastou os olhos do rosto dele.
—Talvez.
—Sim.
Demetria tratou de engolir o enorme nó que subitamente se formou em sua garganta e se colocou de lado para desocupar o caminho para a porta.
—Acho que deveria ir — disse tranquilamente.
Adam a segurou pela parte superior dos braços e a forçou a olhálo.
—Nunca toquei em nenhuma delas, Demetria. Nenhuma.
A intensidade de sua voz foi suficiente para que ela sentisse vontade de chorar.
—Por que não? — Sussurrou ela.
—Sabia que ia casar contigo. Sei o que se sente ao ser traído. – Clareou a garganta. — Não te faria algo assim.
—Por que não? — As palavras foram apenas um suspiro.
—Porque me preocupo com seus sentimentos. E a tenho na mais alta estima.
Separouse dele e caminhou para a janela. Era a primeira hora da tarde, mas durante o verão escocês os dias eram longos. O sol estava alto no céu, ás pessoas ainda seguiam indo e vindo, terminando seus afazeres diários como se não tivessem nenhuma única preocupação no mundo. Demetria desejava ser uma dessas pessoas, desejava caminhar pela rua afastandose de seus problemas e nunca retornar.
Adam queria casarse com ela. Tinha sido fiel. Deveria estar dançando de alegria. Mas não podia deixar de lado a sensação de que estava fazendo isto por obrigação, não por que sentisse amor ou afeto por ela. Além do desejo, é obvio. Estava absolutamente claro que a desejava.
Uma lágrima desceu por seu rosto. Não era suficiente. Poderia ser, se ela não o amasse tanto. Mas isto... Era muito desigual. Lentamente a debilitaria, até que não fosse mais que uma triste e solitária casca.
—Adam, eu... Eu aprecio o incomodo que teve ao vir até aqui para me ver. Sei que foi uma longa viagem. E foi realmente... — Procurou a palavra adequada. —...
Honrável de sua parte se manter afastado de todas essas mulheres em Kent. Estou certa de que eram muito bonitas.
—Nem a metade de sua beleza — sussurrou ele.
Demetria engoliu compulsivamente. Isto estava ficando mais difícil com cada segundo que passava. Agarrouse ao parapeito da janela.
—Não posso me casar contigo.
Silêncio de morte. Demetria não se virou. Não podia vêlo, mas podia sentir a fúria emanando de seu corpo. Por favor, por favor, só saia do recinto, suplicou silenciosamente. Não venha até aqui. E por favor... OH, por favor, não me toque.
Suas preces não foram atendidas e as mãos dele desceram brutalmente sobre seus ombros, fazendoa girar para enfrentálo.
—O que foi que disse?
—Disse que não posso me casar contigo — replicou trêmula.
Baixou o olhar ao chão. Seus olhos azuis estavam perfurandoa com ardor.
—Olhe para mim, maldita seja! No que está pensando? Deve se casar comigo.
Negou com a cabeça.
—Sua pequena tola.
Demetria não sabia que dizer a isso, assim não disse nada.
—Esqueceu disto? — A agarrou com força puxandoa contra ele e saqueou seus lábios com os dele. — Esqueceu?
—Não.
—Então, esqueceu que disse que me amava? — Exigiu.
Demetria desejava morrer ali mesmo.
—Não.
—Isso deveria servir de algo — disse sacudindoa até que algumas mechas de cabelo saíram das forquilhas. — Não é assim?
—Disse alguma vez que me amava? – Contra atacou ela. Ele a olhou emudecido. —Me ama? —Tinha as bochechas ardendo de fúria e vergonha. — Diga?
Adam engoliu com força, subitamente sentindo que se afogava. As paredes pareciam mais próximas e não pôde dizer nada, não podia pronunciar as palavras que ela queria ouvir.
—Já vejo — disse ela em voz baixa.
Um músculo saltou espasmodicamente em sua garganta. Por que não podia dizer? Não estava seguro de amála, mas tampouco estava seguro de não fazêlo. E certo como o inferno que não queria ferila, assim, por que simplesmente não dizia essas duas palavras que a fariam feliz?
A Camille havia dito que a amava.
—Demetria — disse vacilante. — Eu...
—Não diga se não sente! — Estalou, enfatizando as palavras com a voz.
Adam girou sobre os calcanhares e cruzou o recinto para onde tinha visto uma garrafa de brandy. Havia uma garrafa de uísque na prateleira que estava debaixo desta e sem pedir permissão, serviuse de um copo. O tomou de um veemente gole, mas não o fez sentir muito melhor.
—Demetria — disse, desejando que sua voz soasse um pouco mais firme. — Não sou perfeito.
—Imaginava que seria! — Gritou. — Sabe quão maravilhoso foi para mim quando era pequena? E nem sequer se esforçava. Foi simplesmente... Simplesmente você. E fazia com que eu me sentisse como se não fosse essa coisinha torpe. E em seguida mudou, mas pensei que pudesse voltar a te mudar. E tentei, Oh, como tentei, mas não foi suficiente. Eu não fui suficiente.
—Demetria, não é você...
—Não invente desculpas para mim! Não pude ser o que necessitava e te odeio por isso! Está me ouvindo? Odeio você! — Esgotada, virouse e abraçou a si mesma, tratando de controlar os tremores que sacudiam seu corpo.
—Você não me odeia. — Sua voz era suave e estranhamente tranquilizadora.
—Não — disse, afogando um soluço. — Não o odeio. Mas odeio Camille. Se já não estivesse morta, eu mesma a mataria. — Ele elevou a comissura de sua boca formando um sorriso inclinado. —Faria lenta e dolorosamente.
—Realmente tem uma veia maligna, menina — disse, oferecendo um sorriso satisfeito.
Ela tentou sorrir, mas seus lábios se negaram a obedecêla. Houve uma longa pausa antes que Adam falasse outra vez.
—Tentarei de fazêla feliz, mas não posso ser tudo o que você quer que seja.
—Eu sei — disse amargamente. — Pensei que poderia, mas estava equivocada.
—Mas mesmo assim podemos ter um bom casamento, Demetria. Melhor que a maioria.
"Melhor que a maioria" podia significar unicamente que falariam um com outro ao menos uma vez ao dia. Sim, talvez pudessem ter um bom casamento. Bom, mas vazio. Não achava que conseguiria suportar viver com ele sem seu amor. Sacudiu a cabeça.
—Maldição, Demetria! Deve se casar comigo! — Quando não atendeu seu estalo, gritou. — Pelo amor de Deus, mulher, está grávida do meu filho!
Aí estava. Sabia que essa tinha que ser a razão de que tivesse viajado tão longe e com um propósito tão determinado.
E por mais que apreciasse seu sentido da honra, mesmo que fosse um tanto tardio, não havia forma de ignorar o fato de que o bebê já não existia. Tinha sangrado e em seguida retornou seu apetite, e sua bacia voltou a recuperar seu uso habitual.
A mãe dela tinha contado a respeito disso, disse que ocorreu com ela exatamente a mesma coisa duas vezes antes de ter Demetria e três vezes depois. Talvez tenha sido um assunto pouco adequado para uma jovenzinha que nem sequer tinha saído da sala de aula ainda, mas Lady Cheever sabia que estava morrendo e desejou passar a filha tanto conhecimento de sua feminilidade quanto fosse possível. Havia dito a Demetria que não se lamentasse se ocorresse o mesmo a ela, que sempre sentiu que esses bebês perdidos não estavam destinados a nascer.
Demetria umedeceu os lábios e engoliu com força. E em seguida, em voz baixa e solene, disse:
—Não estou grávida. Estava, mas já não estou.
Adam não disse nada. E logo:
—Não acredito.
Demetria ficou aturdida.
—Desculpe?
Ele deu um encolher de ombros.
—Não acredito em você. Selena disse que estava grávida.
—Estava, quando Selena esteve aqui.
—Como sei que não está simplesmente tentando se desfazer de mim?
—Porque não sou idiota — disse com brutalidade. — Pensa que recusaria me casar contigo se estivesse grávida?
Adam pareceu considerar por um momento e logo cruzou os braços.
—Bom, ainda assim sua virtude está comprometida, por isso se casará comigo.
—Não — disse irônica. — Não o farei.
—Oh, sim o fará — disse, com os olhos brilhando cruelmente. — Só que ainda não sabe.
Separouse dele.
—Não vejo como poderá me forçar.
Ele deu um passo adiante.
—Não vejo como poderá me deter.
—Gritarei pedindo ajuda ao MacDownes.
—Não acredito que o faça.
—Farei. Juro. — Abriu a boca e então o olhou de lado para ver se compreendia sua advertência.
—Vá em frente — disse, dando um encolher de ombros casualmente. — Desta vez não me pegará despreparado.
—Mac...
Pôs a mão sobre a boca com assombrosa velocidade.
—Pequena tola. Além do fato de que não tenho nenhum desejo de que seu velho mordomo pugilista interrompa minha privacidade, parou para considerar que sua irrupção aqui só apressaria nosso matrimônio? Não quer ser apanhada em uma situação comprometedora, ou sim?
Demetria resmungou algo contra a mão dele e logo lhe deu murros no quadril até que a afastou. Mas não voltou a gritar chamando MacDownes. Por muito que resistisse a admitir, ele tinha um pouco de razão.
—Então, por que não me deixou gritar? — Provocou. — Hmmm? Não é um matrimônio o que deseja?
—Sim, mas pensei que poderia preferir entrar nele com um pouco de dignidade.
Demetria não tinha uma resposta a isso, assim que cruzou os braços.
—Agora quero que me escute — disse em voz baixa, tomando o queixo dela com a mão e forçandoa a olhálo. — E me escute com cuidado, porque só direi isto uma vez. Vai casar comigo antes que termine esta semana. Já que convenientemente fugiu para Escócia, não necessitamos uma licença especial. Tem sorte de que não a arraste a uma igreja neste preciso instante. Consiga um vestido e algumas flores porque, carinho, vai obter um novo nome.
Ela o fulminou com um olhar mordaz, incapaz de pensar em nenhuma palavra adequada para expressar toda sua fúria.
—E nem sequer pense em fugir outra vez — disse preguiçosamente. — Para sua informação, aluguei aposentos só a duas portas daqui e farei que vigiem a casa as vinte e quatro horas do dia. Não conseguirá chegar nem ao final da rua.
—Deus — suspirou. — Ficou louco.
Ele riu ante isto.
—Pense nessa declaração, se quiser. Se trouxesse dez pessoas a este recinto e lhes explicasse que tomei sua virgindade, e pedi que se casasse comigo e você recusou a quem acha que consideraria louca?
Estava tão encolerizada, que pensou que poderia explodir.
—Não a mim! — Disse ele vivamente. — Agora seja otimista menina e olhe o lado bom. Faremos mais bebês e o passaremos esplendidamente bem os fazendo, prometo nunca bater em você, nem proibila de fazer nada a não ser que seja algo absurdo e finalmente será irmã de Selena. O que mais poderia desejar?
Amor. Mas não pôde pronunciar a palavra.
—Considerando tudo, Demetria, poderia te encontrar em uma situação muito pior.
Continuou calada.
—Muitas mulheres estariam encantadas de trocar de lugar contigo.
Perguntouse se haveria alguma forma de apagar a expressão satisfeita de seu rosto sem lhe provocar um dano permanente.
Ele se inclinou para frente sugestivamente.
—E posso prometer que estarei muito, muito atento as suas necessidades.
Ela entrelaçou as mãos nas costas porque estavam começando a tremer pela frustração e ira.
—Algum dia me agradecerá por isso.
E isso foi muito.
—Aaaaargh! — Gritou incoerentemente, lançandose contra ele.
—Que demônios? — Adam se virou, tentando afastar ela e seus punhos dando golpes nele.
—Nunca, nunca volte a dizer, "Algum dia me agradecerá por isso" —demandou, golpeandoo furiosamente no peito.
—Acalmese, querida. Prometo que nunca voltarei a usar esse tom condescendente contigo.
—Está usando agora — asseguroua.
—Não, não é assim.
—Sim, estava.
—Não, não estava.
—Sim, estava.
Bom Deus, isto estava ficando entediante.
—Demetria, nós estamos agindo como crianças.
Ela pareceu crescer e seus olhos adquiriram um olhar selvagem que deveria ter lhe causado temor. Sacudindo a cabeça cuspiu:
—Não me importa.
—Bom, talvez se começar a agir como uma adulta deixará de falar no que você chama de tom condescendente.
Ela semicerrou os olhos, e grunhiu do fundo da garganta.
—Sabe de uma coisa, Adam? Às vezes age como um completo imbecil.
Dizendo isto, formou um punho com a mão, puxou o braço para trás e o deixou voar.
—Santo maldito inferno! —Adam levou a mão ao olho e tocou a ardente pele sem poder acreditar. — Quem demônio te ensinou a dar um soco?
Demetria sorriu satisfeita.
—MacDownes.



demorei mas postei
e entao o que acharam desse final?
bjemi

2 comentários:

  1. Adam sendo Adam, charmoso e imbecil como sempre kkk
    Adorei o capítulo, nao demora a posta.
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  2. Posta maiiisss por favor

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