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DE AGOSTO DE 1819— MAIS TARDE ESSA NOITE
MacDownes
informou à vovó e vovô que hoje recebi uma visita e eles prontamente
adivinharam quem era ele. Vovô balbuciou perto de dez minutos a respeito de
como poderia esse filho de algo que é impossível escrever, aparecer por aqui,
até que finalmente vovó o acalmou e perguntou por que tinha vindo.
Não
posso mentir para eles. Nunca fui capaz de fazê‐lo. Disse‐lhes a verdade...
Que
tinha vindo para casar‐se
comigo. Reagiram com grande alegria e até com grande alívio até que disse que o
recusei. Vovô se lançou a outra surriada, só que desta vez o objetivo era eu, e
minha falta de sentido comum. Ou ao menos acredito que isso foi o que disse. É
das Highlands, e embora fale o inglês do Rei com um acento perfeito, seu acento
escocês se faz evidente cada vez que está perturbado.
Estava,
para dizer o menos, particularmente perturbado.
Assim
agora estou com eles três aliados contra mim. Receio que é provável que esteja
liderando uma batalha perdida.
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Dada a oposição
contra ela, foi extraordinário que Demetria resistisse tanto tempo como fez que
foram três dias.
Sua avó lançou o
ataque, utilizando a abordagem doce e sensata.
—Bom minha querida —
havia dito. — Entendo que Lorde Adam esteve talvez um pouquinho lento em seus
cuidados, mas cumpriu com os requisitos e bem, você fez...
—Não precisa dizer —
tinha replicado Demetria, avermelhando freneticamente.
—Bem, fez.
—Eu sei.
Que o céu caísse
sobre ela. Raramente podia pensar em algo mais.
—Mas realmente,
doçura, o que há de errado o visconde? Parece um homem bastante agradável e nos
assegurou que será capaz de manter e cuidar de você apropriadamente.
Demetria apertou os
dentes. Adam se deteve na tarde anterior para apresentar‐se a
seus avôs. Crédulo em obter que sua avó se apaixonasse por ele em menos de uma
hora. Aquele homem devia ser afastado das mulheres de qualquer idade.
—E eu o acho tão
atraente, — continuou sua avó. —Você não acha? É claro que eu penso. Afinal,
ele não é o tipo de homem que algumas pensam que é bonito e outras não. Ele é o
tipo que todo mundo acha atraente. Você não concorda?
Demetria estava de
acordo, mas não ia dizer.
—É obvio de aparência
agradável é como ser atraente e tanta gente de aparência agradável tem mentes
deformadas.
Demetria nunca ia
igualar aquilo
—Mas parece ter a
cabeça em seu lugar e é bastante afável, também.
Pensando bem, podia
fazer muito pior. —Quando sua neta não replicou, disse com inusitada
severidade. — E não acredito que consiga melhor.
Isso ardia, mas era
verdade. Ainda assim, Demetria disse.
— Poderia ficar
solteira.
Posto que sua avó não
contemplasse aquilo como uma opção viável, não o dignificou com uma resposta.
—Não estou falando de
seu título — disse severamente. — Ou sua fortuna.
Seria um bom partido
se não tivesse um centavo.
Demetria encontrou
uma forma de responder que implicava um som evasivo, uma leve sacudida de
cabeça, girá‐la um pouquinho e encolher os ombros brevemente. E aquilo,
esperava, seria tudo.
Mas não foi. O final
não estava nem muito menos à vista. Adam empreendeu o seguinte assalto para
tentar apelar a sua natureza romântica. Grandes buques de flores chegavam a
cada duas horas ou assim, cada um com uma nota dizendo "Case‐se comigo,
Demetria"
Demetria fez o que
pôde para ignorá‐los, o que não foi fácil, porque logo encheram cada canto da casa.
Ele fez grandes avanços com sua avó, entretanto, quem estava empenhada em seu
propósito de ver Demetria casada com o encantador e generoso visconde.
Seu avô tentou
depois, sua estratégia foi muito mais agressiva.
—Pelo amor de Deus,
moça! — Rugiu — perdeu a cabeça?
Já que Demetria não
estava exatamente segura de conhecer a resposta a essa pergunta, não replicou.
Adam voltou de novo,
desta vez cometendo um engano tático. Enviou uma nota dizendo "A perdoo
por me bater". A princípio Demetria ficou furiosa. Era aquele tom
condescendente o que a fez dar um murro nele em primeiro lugar. Depois reconheceu
pelo que era... Uma tenra advertência. Ele não ia resistir sua teimosia muito
mais tempo.
No segundo dia do
assédio, ela decidiu que necessitava um pouco de ar fresco... Na realidade, o
aroma de todas aquelas flores era verdadeiramente enjoativo... Assim Demetria
pegou seu chapéu e se dirigiu para o Jardim de Queen Street.
Adam começou a segui‐la
imediatamente. Não estava brincando quando lhe disse que sua casa estava sendo
vigiada. Não tomou o incomodo de mencionar, entretanto, que não havia
contratado profissionais para fazer a guarda. Seu pobre e atormentado ajudante
de quarto foi que teve aquela honra, e após oito horas consecutivas olhando
fixamente pela janela, ficou muito aliviado quando a dama em questão finalmente
saiu, e ele pôde abandonar seu posto.
Adam sorriu enquanto Demetria
percorria o caminho ao parque com rápidos e eficientes passos, depois franziu o
cenho quando se deu conta de que não levava uma donzela com ela. Edimburgo não
era tão perigoso como Londres, mas sem dúvida uma gentil dama não se aventurava
pela rua sozinha. Este tipo de comportamento deveria cessar uma vez que
estivessem casados.
E eles se casariam.
Fim da discussão.
Ele ia, não obstante,
ter que abordar este assunto com certo grau de sutileza.
Em retrospectiva, a
nota expressando seu perdão provavelmente foi um engano. Demônio soube que a
incomodaria inclusive enquanto a escrevia, mas não pareceu ajudá‐lo.
Não quando, cada vez que se olhava no espelho, era saudado por seu olho roxo.
Demetria entrou no
parque e andou a passos largos durante vários minutos até que encontrou um
banco desocupado. Sacudiu o pó, sentou‐se e tirou um livro da bolsa
que levou com ela.
Adam sorriu desde sua
vantajosa posição cinquenta metros mais longe.
Gostava de olhá‐la.
Surpreendeu‐se de como se sentia contente simplesmente ficando ali sob uma
árvore, vendo‐a ler um livro. Seus dedos se arqueavam delicadamente enquanto ela
passava cada página. Teve uma repentina visão dela sentada atrás da
escrivaninha da sala anexa a seu quarto em sua casa de Northumberland. Estava
escrevendo uma carta, provavelmente a Selena e sorrindo enquanto relatava os
acontecimentos do dia.
De repente Adam se
deu conta de que este matrimônio não só era o correto, era, além disso, uma boa
coisa e ele seria totalmente feliz com ela. Assobiando baixinho, passeou
devagar para onde ela estava sentada e se deixou cair ruidosamente perto dela.
—Olá, princesa.
Ela levantou a vista
e suspirou, pondo os olhos em branco ao mesmo tempo.
—Oh, é você.
—Decididamente espero
que ninguém mais empregue palavras carinhosas contigo.
Ela fez uma careta
enquanto contemplava seu rosto.
—Sinto sobre seu
olho.
—Oh, já te perdoei
por isso, se você não se lembra.
Ela ficou rígida.
—Lembro.
—Sim — murmurou ele.
— Estava inclinado a acreditar que o faria.
Ela esperou durante
um momento, mais provavelmente por esquecê‐lo. Depois voltou
intencionadamente ao livro e anunciou.
—Estou tentando ler.
—Percebi. Muito bom
para você, sabe. Eu gosto de uma mulher que educa sua mente. — Recolheu o
volume de seus dedos e o girou para ler o titulo.
— Orgulho e
Preconceito. Esta gostando?
—Estava.
Ele ignorou seu dardo
enquanto dava uma olhada à primeira página, mantendo a folha com o dedo
indicador.
—É uma verdade
universalmente conhecida — leu em voz alta — que um simples homem em posse de
uma boa fortuna deve procurar esposa.
Demetria tentou
recuperar o livro, mas ele o moveu para fora de seu alcance.
—Hmm — refletiu. — Um
pensamento interessante. Sem dúvida alguma eu estou procurando uma esposa.
—Vá pra Londres — replicou
ela. — Encontrará um monte de mulheres lá.
—E estou em posse de
uma boa fortuna. — Inclinou‐se para diante e sorriu abertamente. — Só em caso de que não tenha
se dado conta.
—Não posso dizer como
me tranquiliza saber de que você nunca passará fome
Ele riu entre dentes.
—OH, Demetria, por
que não renuncia simplesmente? Não pode ganhar desta vez.
—Não acho que haja
muitos sacerdotes que casem um casal sem o consentimento da mulher.
—Você consentirá —
disse ele em um tom agradável.
—OH?
—Você me ama, lembra?
A boca de Demetria se
esticou.
—Isso foi muito tempo
atrás.
—O que, dois, três
meses? Não faz tanto. Voltará a amar.
—Não da forma em que
está agindo.
—Que língua mais
afiada — disse ele com um malicioso sorriso. E depois se inclinou para frente.
— Para que saiba, é uma das coisas que mais gosto em você.
Ela teve que
flexionar os dedos para se segurar e não colocá‐los ao redor do pescoço
dele.
—Acho que estou farta
do ar fresco — anunciou ela, segurando o livro com força contra o peito
enquanto se levantava. — Vou para casa.
Ele se levantou
imediatamente.
—Então a
acompanharei, Lady Adam.
Ela deu a volta.
—Do que acaba de me
chamar?
—Só provava o nome —
murmurou ele. — Fica muito bem, acredito. Deveria se acostumar a isso o mais
rápido possível.
Demetria sacudiu a
cabeça e reatou o caminho a casa. Ela tentou manter uns poucos passos a frente
dele, mas as pernas dele eram mais longas e não teve dificuldade em seguir com
ela.
—Eu não gosto de como
soa.
—Isso é uma mentira,
assim não conta.
Ela pensou durante
poucos segundos, ainda caminhando tão rápido como podia.
—Não necessito seu
dinheiro.
—É obvio que não. Selena
me disse no ano passado que sua mãe te deixou um pequeno legado. Suficiente
para viver. Mas é um pouco curto de ideias recusar se casar com alguém porque
não deseja ter mais dinheiro, não acha?
Ela chiou os dentes e
seguiu caminhando. Chegaram aos degraus que levavam a casa de seus avôs e Demetria
subiu. Mas antes que pudesse entrar, a mão de Adam estava sobre seu pulso com
pressão suficiente para lhe assegurar que ele tinha perdido a frivolidade.
E, contudo estava
ainda sorrindo quando disse.
—Vê? Nenhuma simples
razão.
Ela deveria estar
nervosa.
—Talvez não — disse
com muita frieza — mas não há razão para fazê‐lo.
—Sua reputação não é
uma razão? — Perguntou ele brandamente.
Os olhos dela
encontraram os dele com cautela.
—Mas minha reputação
não está em perigo.
—Não está?
Ela tomou fôlego
—Não o faria.
Ele deu um encolher
de ombros, um minúsculo movimento que enviou um calafrio por sua coluna.
—Geralmente não sou
descrito como desumano, mas não me subestime, Demetria. Casarei contigo.
—Por que quer ainda?
— Gritou ela.
Ele não tinha que
fazer isso. Ninguém estava obrigando‐o. Demetria praticamente lhe
devotou uma saída em bandeja de prata.
—Sou um cavalheiro —
resmungou ele entre dentes — cuido dos meus pecados.
—Sou um pecado? —
Sussurrou ela.
Já que o ar tinha
sido arrancado de seus pulmões, tudo o que pôde emitir foi um suspiro.
Permaneceu de pé
frente a ela, olhando‐a tão incômodo como nunca o tinha visto.
—Não deveria ter
seduzido você, deveria ter tido melhor critério. E não deveria ter abandonado‐a
durante tantas semanas seguidas. Para isto não tenho desculpa, salvo meus
próprios defeitos. Mas não permitirei que minha honra seja destroçada. — E você
se casará comigo.
—Você me quer ou quer
sua honra? — Sussurrou ela.
Ele a olhou como se
ela se tivesse perdido uma lição importante. E então disse.
—É o mesmo.
28
AGOSTO 1819
Casei
com ele.
Foi um casamento
pequeno. Minúsculo, na realidade. Os únicos convidados foram os avôs de Demetria,
a esposa do vigário e, ante a insistência de Demetria, MacDownes.
Por empenho do Adam,
partiram para seu lar em Northumberland diretamente depois da cerimônia, o que,
também por insistência dela, foi celebrada há uma hora terrivelmente adiantada
assim poderia sair à boa hora para retornar a Roseadle, a reitoria da época da
Restauração que o novo casal chamaria de lar.
Depois que Demetria
se despediu, ele a ajudou a subir na carruagem, demorando com as mãos na cintura
dela antes que ela lhe desse um empurrão. Uma estranha e desconhecida emoção o
invadiu, e Adam estava ligeiramente confuso para dar‐se
conta de que estava contente.
Casar‐se
com Camille foi muitas coisas, menos pacífico. Adam havia entrado naquela união
com um vertiginoso apresso de desejo e excitação que se tornou rapidamente em
um desencantado e entristecedor sentido de perda. E quando aquilo terminou tudo
o que restou foi raiva.
Gostava bastante da ideia
de estar casado com Demetria. Podia depositar sua confiança nela. Nunca o
trairia, com seu corpo ou com suas palavras. E embora ele não sentisse a
obsessão que sentiu com Camille, desejava‐a com uma intensidade que
ainda assim não podia acreditar totalmente. Cada vez que a via, sentia seu cheiro,
escutava sua voz... A queria. Queria pôr a mão em seu braço, sentir o calor de
seu corpo. Queria arrastá‐la para perto, absorvê‐la enquanto cruzavam os
caminhos.
Cada vez que fechava
os olhos, voltava até o pavilhão de caça, cobrindo o corpo dela com o seu
impulsionado por algo poderoso dentro dele, algo primitivo e possessivo, e
francamente um pouquinho selvagem.
Ela foi dele. E seria
outra vez.
Entrou na carruagem
detrás dela e se sentou no mesmo lado, embora não diretamente junto a ela. Não
queria nada mais que acomodar‐se a seu lado e pô‐la em seu colo, mas sentia que ela necessitava um pouco de tempo.
Ficariam muitas horas
na carruagem naquele dia. Podia permitir‐se tomar seu tempo.
Observou‐a
durante vários minutos enquanto a carruagem se afastava de Edimburgo. Ela
estava apertando com força as dobras de seu vestido de casamento cor verde
menta. Os nódulos estavam ficando branco, um testemunho de seus tensos nervos.
Duas vezes, Adam estendeu a mão para tocá‐la, depois se conteve
inseguro de se sua proposta seria bem‐vinda. Depois de poucos
minutos, não obstante, disse suavemente.
—Se quiser gritar,
não a julgarei.
Ela não se virou.
—Estou bem.
—Esta?
Ela engoliu.
—É obvio, acabo de me
casar não? Não é o que toda mulher quer?
—É o que você quer?
—É um pouco tarde
para preocupar‐se com isso agora, não acha?
Ele sorriu com
ironia.
—Não sou tão
horroroso, Demetria.
Ela soltou uma
nervosa gargalhada.
—É obvio que não.
Você é o que eu sempre quis. Isso é o que esteve me dizendo durante dias, não
foi? Sempre te amei.
Achou‐se
desejando que as palavras dela não tivessem um tom tão zombador.
—Venha aqui — disse
ele, agarrando‐a pelo braço e arrastando‐a para seu lado da
carruagem.
—Eu gosto de ficar
aqui... Espere. Oh!
Ela estava firmemente
apertada contra seu flanco, o braço dele era uma barra de aço a seu redor.
—Isto é muito melhor,
não acha?
—Agora não posso ver
pela janela — disse ela amargamente.
—Não há nada que não
tenha visto antes. — Afastou a cortina e deu uma olhada lá fora. — Pode ver
mar, árvores, pasto, uma cabana ou duas. Tudo coisas bastante vulgares. —Tomou
a mão na dele e ociosamente lhe acariciou os dedos.
— Você gostou do
anel? — Perguntou. — É algo simples, eu sei, mas as alianças de ouro simples
são um costume em minha família.
A respiração de Demetria
se acelerou enquanto as mãos ficavam enfraquecidas por suas carícias
—É lindo. Eu... Não
queria nada ostentoso.
—Não achei que
quisesse. Você é uma criaturinha bastante elegante.
Ela ruborizou, dando
voltas com nervosismo no anel ao redor de seu dedo.
—OH, mas é Selena
quem escolhe todos meus modelos.
—Tolices. Estou
seguro de que não a deixaria escolher nada chamativo ou estridente.
Demetria o olhou de
soslaio. Estava sorrindo brandamente, quase com benevolência, mas seus dedos
estavam fazendo coisas eróticas em seu pulso, enviando palpitações e faíscas
até seu coração. E então levantou a mão até sua boca, pressionando um
irresistivelmente suave beijo na parte interna do pulso.
—Tenho outra coisa
para você — murmurou.
Ela não se atrevia a
olhá‐lo outra vez. Não se quisesse manter sequer um farrapo de
compostura.
—Vire‐se —
ordenou ele com suavidade. Pôs dois dedos sob seu queixo e inclinou seu rosto
para ele. Rebuscando em seu bolso, extraiu uma caixa de joias recoberta de
veludo. — Com toda a pressa desta semana, esqueci te dar um anel de compromisso
adequado.
—OH, mas isso não é
necessário. — Disse ela rapidamente, não querendo dizer na realidade.
—Cale‐se
princesa — disse ele com um sorriso zombador. — E aceite seu presente com
elegância.
—Sim, senhor —
murmurou ela, tirando a tampa da caixa. Dentro reluzia um diamante de corte
oval e emoldurado por duas pequenas safiras. — É lindo, Adam ‐ sussurrou
ela. — Combina com seus olhos.
—Essa não era minha
intenção, lhe garanto — disse ele com voz rouca. Tirou o anel da caixa e o
deslizou no fino dedo. — Encaixa?
—Perfeitamente.
—Está segura?
—Muito segura, Adam.
Eu... Obrigada. É muita consideração.
Antes que ela pudesse
falar mais disso, inclinou‐se e lhe deu um rápido beijo na bochecha.
Ele capturou seu
rosto com as mãos.
—Não serei um marido
tão terrível, você verá. — Aproximou o rosto até que seus lábios acariciaram os
dela em um delicado beijo.
Ela se inclinou para
ele, seduzida por sua afabilidade e os suaves murmúrios de sua boca.
— Tão suave —
sussurrou ele, tirando as forquilhas do cabelo dela até que pôde deslizar as
mãos através dele. — Tão suave, e tão doce. Nunca sonhei...
Demetria arqueou o
pescoço para permitir um melhor acesso dos lábios.
—Nunca vez sonhou o
que?
Ele moveu os lábios ligeiramente
através do pescoço dela.
—Que você seria
assim. Que eu te desejaria assim. Que isto poderia ser assim.
—Eu sempre soube.
Sempre soube.
As palavras escaparam
antes que pudesse considerar a sabedoria de dizê‐las, e depois decidiu não
preocupar‐se. Não quando ele estava beijando‐a assim, não quando sua
respiração estava saindo em ofegos irregulares juntado com os dela mesma.
—É tão inteligente —
murmurou ele. — Deveria tê‐la escutado há muito tempo.
Começou a afrouxar o
vestido dos ombros, depois pressionou os lábios contra a parte alta de seus
seios e o fogo disso demonstrou ser muito para Demetria. Arqueou para baixo
contra ele, e seus dedos foram aos botões do vestido, ela não ofereceu resistência.
Em segundos, seu vestido deslizou para baixo e a boca dele encontrou a ponta de
seu seio.
Demetria gemeu pela
surpresa e o prazer.
—OH, Adam, eu... —
Suspirou. — Mais...
—Uma ordem que eu
estou encantado em obedecer. — Os lábios se moveram ao outro seio, onde
repetiram a mesma tortura.
Ele beijou e sugou, e
todo o tempo, suas mãos vagavam. No alto de sua perna, ao redor de sua
cintura... Era como se estivesse tentando marcá‐la, marcá‐la
para sempre como dele.
Sentiu‐se
lasciva. Sentiu‐se feminina. E sentiu uma necessidade que queimava desde algum estranho,
acalorado lugar, profundo dentro dela.
—Amo você — disse ela
em voz baixa, os dedos enterrados no cabelo dele. —
Quero... —Os dedos
dele se passearam mais acima, para sua mais sensível carne.— Quero isso.
Ele riu entre dentes
contra seu pescoço.
—Ao seu serviço, Lady
Adam.
Ela nem sequer teve
tempo de surpreender‐se por seu novo nome. Ele estava fazendo algo, Deus querido, nem
sequer sabia o que e tudo o que podia fazer era não gritar.
E então ele afastou,
não os dedos; ela o teria matado se tivesse tentado, mas sim sua cabeça, apenas
o suficiente longe para baixar o olhar até ela com um delicioso sorriso.
—Sei outra coisa que
você gostará. — Zombou.
Os lábios de Demetria
se separaram com entrecortada surpresa enquanto ele afundava os joelhos no chão
da carruagem.
—Adam? — Sussurrou,
porque sem dúvida ele não poderia fazer nada dali debaixo. Sem dúvida ele não
poderia...
Ela ofegou enquanto a
cabeça dele desaparecia sob suas saias.
Depois ofegou outra
vez quando o sentiu quente e exigente, beijando um atalho ao longo de sua coxa.
E depois não houve
mais dúvidas de sua intenção. Seus dedos, os que tinham estado fazendo tão
magnífico trabalho excitando‐a, mudaram de posição. Estava mantendo‐a
aberta, ela violentamente se deu conta, separando‐a, preparando‐a para...
Seus lábios.
Depois daquilo houve
muito pouco pensamento racional. Tudo o que havia sentido a primeira vez, e a
primeira vez foi muito boa, de fato, não era nada comparado com isto. A boca
era malvada e ela estava enfeitiçada. E quando ela parecia despedaçada, era com
cada pingo de seu corpo, cada gota de sua alma.
Céu pensou tentando
encontrar o fôlego desesperadamente. Como podia alguém sobreviver a algo como
isto?
O sorridente rosto de
Adam apareceu de repente diante dela.
—Seu primeiro presente
de casamento — disse ele.
—Eu... Eu...
—Obrigada será
suficiente — disse ele, descarado como sempre.
—Obrigada — sussurrou
ela.
Ele a beijou
brandamente na boca.
—De nada.
Demetria o observou
enquanto ele arrumava o vestido, cobrindo‐a cuidadosamente e acabando
com uma platônica carícia no braço. Sua paixão parecia ter esfriado
completamente, enquanto que ela ainda se sentia como se uma chama estivesse
lambendo‐a de dentro para fora.
—Você não... Er não
há...
Um irônico sorriso
tocou seus traços.
—Não há nada que
queira mais, a menos que queira sua noite de núpcias em uma carruagem em
movimento, encontrarei uma forma de me abster.
—Isso não foi uma
noite de núpcias? —Perguntou ela duvidosamente.
Ele sacudiu a cabeça.
—Só um pequeno prazer
para você.
—OH.
Demetria estava
tentando recordar por que foi contra o casamento tão ferozmente. Uma eternidade
de pequenos prazeres soava bastante delicioso.
Com o corpo esgotado,
sentia uma frouxidão descendo sobre ela, e se acomodou sonolenta ao lado dele.
—Faremos de novo? —
Resmungou ela, enrolando‐se na suavidade dele.
—OH,
sim — murmurou sorridente enquanto a observava dormir. — Prometo isso
Adoro, adoro todas as tuas histórias. Não me canso de as ler e reler :)
ResponderExcluirAh to adorando , posta mais logo. To amando essa história. Quero ver a reação da família de Adam quando ver que os dois casaram
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