Londres,
1720
—
Mowbray! Que bons ventos o trazem a cidade?
Lorde
Joseph Jonas, o conde de Mowbray, desviou a atenção dos casais que dançavam e
olhou para o homem que se aproximara dele. Alto, loiro, tremendamente
bem-apessoado: Mikey Greville.
Joseph
e Greville, seu primo, haviam sido muito amigos no passado. O tempo e a
distância, porém, haviam enfraquecido esse laço, com uma pequena ajuda da
guerra com a Espanha. Ignorando a pergunta de Mikey, ele retribuiu o
cumprimento com um leve sorriso e voltou o olhar para a elegante coreografia
dos homens e mulheres na pista de dança.
—
Está aproveitando a temporada, Greville? — perguntou.
—
Muito, muito. Sangue novo. Novas caras.
—
Novas vítimas — Mowbray acrescentou em tom seco.
—
Também. — Mikey riu. Ele era conhecido pelo sucesso em seduzir jovens
inocentes. Só não fora ainda forçado a sair da cidade devido a seu título e
fortuna.
Balançando
a cabeça, Joseph esboçou um sorriso pálido.
—
Você não se cansa nunca da caça. Lamento dizer que todas me parecem a mesma.
Posso jurar que essas são decepcionantemente iguais às jovens que estavam
debutando a última vez em que estive aqui, que eram iguais às do ano anterior.
O
primo achou graça e sacudiu a cabeça.
—
Faz dez anos que você se deu ao trabalho de vir pela última vez à cidade,
Joseph . As jovens de então estão todas casadas e procriando, ou a caminho de
se tornarem solteironas.
—
Diferentes rostos, mesmas damas — Joseph
disse, dando de ombros.
—
Tanto cinismo — censurou Mikey — Você soa como um velho, homem.
—
Apenas mais velho – Joseph corrigiu. — Mais velho e mais sábio.
—
Não. Velho! — Mikey insistiu, rindo e voltando o olhar para as pessoas que se
movimentavam diante deles. — Além disso, há algumas verdadeiras belezuras este
ano. Aquela loira, por exemplo, ou a morena com Chalmsly.
—
Hum. — Joseph observou-as. — Corrija-me se eu estiver errado, mas acho que aquela
moreninha, por mais encantadora que seja, não tem nada na cabeça. Assim como
lady Penélope que você seduziu da última vez em que estive aqui.
Mikey
arregalou os olhos surpreso com a observação.
—
E a loira — Joseph continuou, examinando a jovem em questão — é filha de pais
comerciantes, muito endinheirada, e à procura de alguém que tenha título para
se juntar. Mais ou menos como Lily Ainsley, outra de suas conquistas.
—
Acertou em cheio — Mikey admitiu, parecendo um pouco incrédulo. Alternando o
olhar de uma mulher para outra, ele riu contrafeito: — Agora você estragou
tudo. Eu estava considerando dar atenção a uma delas, ou a ambas, mas, depois
do que disse, elas perderam qualquer encanto. — Franzindo a sobrancelha, Mikey
esboçou uma reação: — Ah, mas conheço alguém que você não conseguiria analisar
com tanta facilidade.
Pegando
Joseph pelo braço, ele obrigou o primo a circular até o outro lado do salão,
parando então.
—
Lá está ela! – disse, satisfeito. — Aquela jovem com vestido de musselina
amarela. Lady Demetria Lovato. Lanço o desafio de que você se lembre de alguém
de sua última temporada com quem compará-la.
Joseph examinou a jovem em questão. Mignon, de
aparência muito delicada, e adorável como uma rosa recém-desabrochada. Tinha os
cabelos castanho-escuros, rostinho redondo, olhos grandes e expressivos e
lábios carnudos, e parecia tão deprimida ao observar a sua volta como jamais
vira qualquer outra jovem. Sua curiosidade foi aguçada.
—
Da última temporada? — perguntou.
—
Isso – confirmou Mikey divertido.
—
Por que não está dançando? Uma lindeza como ela deveria estar com todas as
danças prometidas.
—
Ninguém se atreve a tirá-la, e, se você quer bem a seus pés, é melhor que
também não o faça.
Joseph levantou as sobrancelhas, de modo
inquisitorial.
—
Ela é tão cega quanto um morcego e um perigo para as canelas — avisou Mikey,
balançando a cabeça em confirmação diante do olhar incrédulo de Joseph . — De
verdade, ela não consegue dar um passo sem pisar em seu pé e tropeçar. Ela nem
sequer consegue andar sem tropeçar em tudo. — Ele fez uma pausa, avaliando a
expressão de Joseph . — Sei que você não acredita. Eu também não acreditava. —
Mikey voltou-se para fitar a jovem e continuou: — Fui bem avisado, mas não dei
ouvidos e a convidei para jantar — disse, observando Joseph . — Estava usando
calças escuras aquela noite... infelizmente. Ela confundiu meu colo com a mesa
e colocou a xícara de chá em mim. Ou, melhor, tentou. A xícara capotou. — Mikey
demonstrou desconforto à mera lembrança. — Pobre de mim, ela quase queimou
minhas partes baixas.
Joseph
encarou o primo e caiu na risada.
—
Isso. Ria. Mas, se eu nunca tiver um filho, legítimo ou não, será por culpa
exclusiva de lady Demetria .
Sacudindo
a cabeça, Joseph riu ainda mais, o que lhe fez tão bem. Havia anos não achava a
mínima graça em nada. Mas a imagem daquela linda florzinha perto da parede,
confundindo o colo do primo com uma mesa e derrubando uma xícara de chá era
valiosa.
—
O que você fez? — finalmente perguntou.
Mikey
meneou a cabeça e levantou as mãos em um gesto de desalento.
—
O que poderia fazer? Agi como se nada tivesse acontecido, fiquei onde estava e
tentei não chorar de dor. — Olhou novamente para a jovem com um suspiro. — E,
verdade seja dita, acho que ela nem notou o que havia feito. Dizem que ela
enxerga bem com os óculos, mas é fútil demais para usá-los.
Ainda
sorrindo, Joseph seguiu o olhar que o primo dirigiu à jovem, observando com
atenção seu ar tristonho.
—
Não, ela não é fútil — ponderou, vendo a mulher mais velha ao lado de Demetria
murmurar alguma coisa, levantar-se e sair.
—
Bem... – Mikey ia dizendo, mas parou quando Joseph fez menção de se dirigir à
jovem. Balançando a cabeça, ele balbuciou: — Você foi avisado.
—
Não force a vista para não ficar estrábica, por favor.
Aquilo
não era um pedido, mas uma ordem, e Demetria já estava farta das ordens da
madrasta. Se ao menos permitisse que ela usasse óculos, não precisaria
estreitar os olhos. Não ficaria tampouco tropeçando nas coisas e nas pessoas.
Mas não podia usar os óculos porque afastaria os pretendentes.
Como
se seus modos desastrados não os afastasse, refletiu Demetria cansada, e
intimamente riu dos pequenos “acidentes” que tivera desde que chegara a
Londres.
Além
de não enxergar as mesas em que deveria colocar as bandejas de chá, tivera um
tombo feio na escada. Por sorte, não havia se machucado muito, só alguns
arranhões e algumas manchas, mas não quebrara nada. Houvera também o pequeno
incidente de cair na frente de uma carruagem em movimento, sem falar de ter
posto fogo na peruca de Prudhomme.
Um
novo suspiro escapou dos lábios de Demetria ao lembrar do sermão de Taylor
depois do último acidente. A madrasta havia decidido que se ela era tão cega e
desastrada sem os óculos, só havia uma alternativa. No futuro, quando na
presença de outras pessoas, teria de ficar sentada quieta. Não poderia tocar em
castiçais, xícaras, pratos, ou seja, basicamente em nada. Não devia mais
participar das refeições com as visitas, e sim dizer que não estava com fome.
Mesmo que estivesse. Tampouco devia beber. Sair para caminhadas estava fora de
questão se uma criada não estivesse junto.
Sempre
que Taylor terminava tais discursos, só restava a Demetria , quando havia outras
pessoas presentes, sentar-se ao lado da madrasta, procurando parecer serena. O
que significava não estreitar os olhos.
Com
um suspiro, Demetria voltou a olhar para os vultos que desfilavam pela pista de
dança. Cansada, abaixou os olhos para as próprias mãos. Seria mais uma noite
entediante.
—
Posso ter o prazer desta dança?
Apesar
de ouvir o convite, Demetria não se deu ao trabalho de levantar os olhos. Para
quê? Não ia conseguir ver nada direito mesmo. Em vez disso, aguardou que a
madrasta respondesse, perguntando a si mesma quem seria o estranho que ainda
não ouvira falar de seus desastres. Se tivesse ouvido, com certeza não se
aproximaria.
Percebendo
que Taylor ainda não havia declinado o convite em seu nome, alegando que ela
estava muito cansada, ou qualquer outra desculpa polida, Demetria olhou de lado
e viu que Taylor, ou melhor, o borrão rosado como conseguia identificá-la, não
estava mais lá. Nesse instante um borrão preto ocupou a cadeira,
sobressaltando-a.
Forçando
os olhos, ela tentou em vão ver vestígios rosa forte, cor que a madrasta usava,
à sua volta.
—
Acredito que a dama que estava sentada aqui até um minuto atrás saiu em busca
de algo para comer — o estranho disse-lhe tão próximo ao ouvido que Demetria
pôde sentir sua respiração.
Contendo
um estremecimento, voltou de imediato a atenção para o homem a seu lado. Ele
era dono de uma voz grave, muito agradável, e pelo que conseguia entrever de
sua figura, era bastante grande. Pela milésima vez, desejava estar de óculos
para poder enxergar.
—
Ela não lhe disse aonde ia? — perguntou o estranho. — Me pareceu vê-la falando
com você antes de sair.
Demetria
corou um pouco, e tornou a fitar a mancha colorida que se movimentava pela
pista de dança, admitindo:
—
Talvez tenha dito. Acho que eu estava distraída com meus pensamentos e não
prestei atenção.
Embora
tivesse uma vaga lembrança de Taylor ter comentado alguma coisa, Demetria
estava mergulhada demais em autocomiseração para prestar atenção.
Era
muito humilhante ficar sentada, tendo como distração apenas fragmentos de
conversa das pessoas que passavam, muitas vezes tecendo, indelicadamente,
comentários a seu respeito. Seus desastres aparentemente eram a piada da
temporada. Tinha ganho o apelido de estabanada Demetria , e todos ficavam na
expectativa de qual seria o próximo “acidente” para se divertirem.
—
Dizem que você é tão cega quanto um morcego, e fútil demais para usar óculos.
Demetria
piscou os olhos surpresa diante dessa inesperada declaração. Se a indelicadeza
das palavras dele a surpreenderam, ela pôde perceber que surpreenderam seu
interlocutor ainda mais. A respiração dele ficou suspensa como se tivesse se
dado conta do que havia dito. Olhando de soslaio, deu para perceber que ele
levantara a mão para cobrir a boca.
—
Perdão, acho que estive tempo demais longe da sociedade. Nunca deveria...
—
Ora, não se preocupe. – Demetria dispensou as desculpas e afundou na cadeira
com um ar desanimado. — Está tudo bem. Sei o que as pessoas falam. Acham que,
além de desastrada, eu sou surda, pois não se preocupam de falar na minha
frente ou por trás de seus leques. Falam bastante alto para que eu ouça. — Ela
imitou o modo como as pessoas falavam, fazendo caretas. — Oh, vejam, lá está a
coitadinha, a estabanada Demetria .
—
Peço desculpas — ele disse baixinho.
—
Não precisa se desculpar. Pelo menos você disse na minha cara.
—
Sim, mas... — O rapaz pareceu relaxar um pouco agora que as mãos dela não
significavam mais uma ameaça. — Na verdade, era mais uma pergunta. Eu queria
saber se você é mesmo como dizem.
—
Bem, não sou tão cega assim. — Demetria sorriu tristonha. — Enxergo bem de
óculos. Mas minha madrasta os tirou de mim. — Ela arriscou um sorriso na
direção dele e esclareceu: — Taylor parece acreditar que terei mais sorte de
incendiar o coração de um bom partido sem os óculos. Embora a única coisa em que
pus fogo até agora foi na peruca de lorde Prudhomme.
—
Como? — Joseph perguntou, espantado. — Na peruca de Prudhomme?
—
Sim — ela confirmou, recostando-se na cadeira e tentando afastar a lembrança. —
Pois é. Mas, se quer saber, a culpa não foi inteiramente minha. Ele sabia que
eu não enxergava bem sem meus óculos. Por que cargas d’água tinha de me pedir
para levar a vela mais próxima a ele? — Demetria fez uma pausa e olhou de
soslaio na direção do estranho. — Sem a peruca, ele é careca feito uma bola de
bilhar, não é?
Pareceu-lhe
que ele aquiesceu com a cabeça, mas era difícil dizer. Também percebeu sons
abafados, como se ele estivesse lutando contra o riso.
—
Vamos, pode rir — Demetria disse, sorrindo. — Eu também ri, só que não na hora.
Ele
então relaxou um pouco mais e, como estivessem sentados lado a lado, Demetria
pôde até sentir o vigor de seu braço e de sua perna que encostaram ligeiramente
nela.
Demetria
apertou os olhos, tentando fazer com que o rosto do estranho entrasse em foco.
Queria muito ver como ele era. Gostava do som de sua risada e de sua voz, firme
e macia. E, embora devesse se afastar um pouco para não permitir a proximidade
do quadril dele roçando no seu a cada movimento, gostava da sensação que
sentia, por isso fazia de conta que não percebia.
—
Como Prudhomme reagiu a esse pequeno acidente?
—
Nada bem. Me culpou, claro. Me disse um par de grosserias também. Acho que
teria me agredido se os criados não o tivessem detido e tirado de casa —
admitiu, suspirando. — É claro que depois minha madrasta não parou de fazer
discurso sobre como devo e não devo me comportar daqui para frente.
—
Que tipo de discurso?
—
Quase tudo é proibido. — Demetria sorriu. — Veja, não posso comer em público,
não posso beber em público... De fato, não posso tocar em nada, como castiçais,
vasos de flor, nada. Não posso nem sair para um passeio sem uma companhia para
me guiar.
—
Mas ela não disse nada quanto a dançar, não é?
—
Não, mas isso nem precisava. — O sorriso de Demetria esvaneceu-se. Ela hesitou
por um momento, depois tentou explicar: — Não enxergo nada direito. Dançando só
vejo borrões de cor e luz ao meu redor, e acabo perdendo o equilíbrio. — Ela
fez uma pausa, sentindo que começava a corar à lembrança da última alma
corajosa que a havia tirado para dançar. Tropeçara nele e ambos acabaram caindo
no chão. Deveras constrangedor.
—
Então mantenha os olhos fechados.
—
Como? — Demetria voltou o olhar para o vulto escuro a seu lado.
—
Se mantiver os olhos fechados, você não perderá o equilíbrio — o rapaz lhe
explicou e ela sentiu a mão dele aproximar-se da sua, para ajudá-la a
levantar-se.
Estava
pronta para recusar, mas o toque da mão dele provocou-lhe um frisson. Foi uma
sensação estranha, excitante, que a fez sentir-se viva.
—
Eu não... — começou a dizer, parando quando ele pôs a mão em seu queixo,
levantou seu rosto e inclinou para olhá-la nos olhos.
Por
um breve momento, ela contemplou claramente o mais lindo par de olhos castanhos
aveludados que já tinha visto; ele então se afastou um pouco e saiu de foco.
—
Confie em mim.
Não
era bem um pedido, mas uma imposição. Demetria pensou naqueles olhos tão
escuros e tão gentis, e concordou com a cabeça. Ele ajudou-a a se levantar e
conduziu-a entre as pessoas até a pista de dança.
—
Agora... — A voz dele era calma e suave ao tomá-la nos braços. — Feche os olhos
e relaxe.
Demetria
estava hipnotizada.
—
É só me acompanhar. Não deixarei que você tropece.
Apesar
de ter acabado de conhecê-lo, Demetria confiou nele e sentiu-se em segurança.
De olhos fechados, contava apenas com seus ouvidos e as mãos do rapaz para
conduzi-la. Ela se deixou levar pelos toques dele: um aperto na mão, uma
pressão mais forte em sua cintura. E a sensação do ar passando conforme
rodopiavam e rodopiavam pelo salão, sem escorregões, nem tropeços. Pela
primeira vez desde a sua chegada a Londres, Demetria não se sentia desajeitada.
Estava nas nuvens.
Quando
a música parou, ele apertou-lhe e, segurando-a pelo braço, conduziu-a pelo
salão.
—
Você dança divinamente, milady — disse-lhe ao ouvido, abrindo caminho entre os
demais pares.
Demetria
ficou ruborizada e sorriu orgulhosa, balançando a cabeça.
—
Não, milorde. O crédito não é meu. Desconfio que é você quem dança divinamente.
Com outras pessoas com quem dancei só fiz tropeçar e cair.
—
Então a culpa é dessas pessoas. Você é leve e graciosa como uma pluma.
Demetria
pensou por um breve momento e acabou concordando:
—
Talvez esteja certo. Afinal, se fosse só problema meu, mesmo com seu óbvio
talento não teria sido fácil me conduzir. Talvez meus parceiros anteriores
estivessem um pouco nervosos e inseguros.
Ela
percebeu o riso na voz dele e levantou as sobrancelhas, desconfiada.
—
Milorde?
—
Sua sinceridade. Estou encantado com sua falta de falsa modéstia. Isso nunca
havia me incomodado antes, mas agora o nariz empinado das pessoas quando estão
na cidade me é bastante desagradável. Achei deliciosa sua franqueza.
Demetria
sentiu-se rubra, mas os primeiros acordes de uma nova música ecoaram no ar e
seu parceiro tornou a tomá-la nos braços.
—
Feche os olhos — ele recomendou, apertando o braço em volta de sua cintura.
De
olhos fechados, Demetria entregou-se ao prazer da dança. Passou-lhe pela cabeça
que não deveriam estar dançando tão colados. Mas se tentasse evitar essa
proximidade, talvez se sentisse insegura e poderia tropeçar como antes. Além do
mais, era tão gostoso estar nos braços dele. Sentia-se aninhada e segura.
—
Por que você não desobedece a essa sua madrasta?
Demetria
piscou, tentando em vão ver o rosto diante dela.
—
Como assim?
—
Por que você simplesmente não usa seus óculos?
—
Ah, até tentei no primeiro dia em que cheguei a Londres — ela disse com uma
certa irritação. — Desci com eles pronta para o baile de lorde Findlay. Taylor
ficou lívida. Arrancou os óculos de meu rosto e quebrou-os bem diante de meus
olhos para que eu visse o que estava fazendo.
—
Ela teve a coragem de quebrar seus óculos? — Joseph indagou, visivelmente
chocado com a desfaçatez da madrasta.
Demetria
balançou a cabeça, séria.
—
Taylor sempre dá um jeito de ser obedecida.
—
Mas se ela os quebrou, como você faz para circular pela casa? — ele quis saber,
pesaroso.
e ja começou a nova fic, agora oficialmente
bjemi