—
Bem, você não precisa ficar deitada de costas para fazermos amor. Posso eu
estar deitado e você sobre mim.
Aquela
imagem imediatamente fez com que Joseph se visse na cama, com as mãos tocando e
acariciando os seios de Demetria e ela cavalgando sobre ele.
—
Então há muitas maneiras de se fazer amor, milorde? Há, sim. — A voz de Joseph começava
a soar mais grave e rouca. Era difícil não se deixar afetar por aquele tipo de
conversa.
—
Me conte outras — Demetria pediu.
A
mente de Joseph fez um levantamento de todas as posições em que gostaria de
fazer sexo com ela. Procurou tirá-las da cabeça, então tossindo um pouco,
elucidou:
—
Há, por exemplo, as que eu já lhe contei; há também uma em que eu ficaria
sentado com você no meu colo, ou...
—
Como seria essa? — Demetria interrompeu, interessada.
Joseph
fitou-a por um breve instante. Sua mente estava em um turbilhão de ideias
opostas, debatendo entre simplesmente fazer todo o serviço ali, garantindo
assim que ela teria de se casar com ele. Sabia não ser aquela a maneira correta
de se ter uma esposa, que ela mereceria muito mais do que um desconfortável
assento na primeira vez. Sem mencionar, a questão do respeito. Seria muito
pouco respeitoso possuí-la em uma carruagem em movimento.
Por
outro lado, seu corpo não estava preocupado com respeito, ou consideração, ou
mesmo enganá-la para se casar. Seu corpo estava absolutamente excitado com toda
aquela conversa e o intimava a tomar uma providência rápida.
Sem
estar muito consciente do que estava fazendo, Joseph passou os braços pela
cintura de Demetria, levantando-a para que se sentasse em seu colo, com os
joelhos um de cada lado de suas coxas.
Demetria
gemeu de surpresa, com os olhos arregalados, agarrando-se em seus ombros ao
sentar-se.
—
Desse jeito? — indagou, parecendo duvidar.
Joseph
puxou-a para mais junto de si até que os seios dela quase tocassem em seu
peito. Sua voz estava agora absolutamente rouca, quase inaudível.
—
Isso, desse jeito. E então você movimentaria os quadris para cima e para baixo.
—
Para cima e para baixo? Demetria quis confirmar, indecisa. Depois de hesitar um
pouco, ela começou a levantar e abaixar o corpo. — Assim?
—
Assim... — Joseph observava os seios dela se erguerem e se abaixarem diante de
seus olhos. Abaixavam-se até a altura da boca e subiam até a altura dos olhos.
Para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Ele molhou os lábios,
entontecido pelo movimento. Se inclinasse a cabeça só um pouquinho, ele poderia
lamber aquela carne tenra que dançava diante dele.
—
É duro — Demetria comentou.
—
Estou, sim — Joseph concordou, pensando em princípio que ela estava se
referindo à ereção dele. Percebeu depois que ela se referia à dificuldade do
constante movimento de subir e descer, tencionando músculos que não estavam
acostumados. Corrigiu então: — Quero dizer, é mesmo duro.
—
Mas não conseguiríamos nos beijar fazendo isso, conseguiríamos? — ela
perguntou, parecendo lamentar, pois já lhe dissera que adorava beijar.
Pegando-a
pela nuca, Joseph se inclinou sobre ela e beijou-a, sugando seus lábios como
uma abelha busca o mel na flor, forçando-os depois com a língua para que se
abrissem e o beijo fosse mais profundo.
Demetria
parou de se movimentar e se aconchegou ao peito dele, dando um pequeno suspiro.
A pelve, ardente e desejosa, repousou no exato lugar em que a ereção dele
pressionava as calças. Joseph gemeu e seu corpo, instintivamente, mudou de
posição sob o dela, pressionando-a. Se ele conseguisse simplesmente escorregar
a mão e ajeitar as roupas dos dois, poderia tê-la ali mesmo, pensou. No mesmo
instante em que esse pensamento lhe passou pela cabeça, suas mãos alcançaram a
barra da saia de Demetria, mas, para seu desapontamento, ela estava ajoelhada
sobre a barra.
Joseph
hesitou por um segundo, analisando como fazer para tirar a saia dela do caminho
e, num gesto brusco, projetou-a para a frente. Demetria levou um susto e
procurou se equilibrar. Ele a colocou no assento do banco oposto, ajoelhando-se
entre as pernas dela no chão da carruagem. Tentava levantar a saia dela quando
a carruagem parou abruptamente. Foi tão inesperado que o pequeno solavanco fez
com que ele caísse de costas no chão da carruagem, puxando Demetria para cima
dele.
Joseph
gemeu de dor com o impacto do corpo de Demetria sobre sua virilha, sentindo-se
alarmado quando a porta foi subitamente aberta ao lado deles. Ambos olharam
para o cocheiro que retomou o olhar primeiro com urna expressão de espanto
para, em seguida, tornar-se divertido.
—
Nossa! — Demetria tirou o cabelo do rosto e sorriu constrangida para o homem. —
Caímos do banco.
—
Sim, milady — disse ele, impassível.
Joseph
pegou Demetria pela cintura e rapidamente a acomodou no banco. Recompondo-se,
ele se levantou e desceu da carruagem, tentando mostrar, sem sucesso, alguma
dignidade. Uma vez fora da carruagem, ele deu um sorriso forçado para o
cocheiro e voltou-se para oferecer a mão a Demetria para que descesse também.
Embora
não pudesse ver a expressão do cocheiro, Demetria sentia-se constrangida e
tentou justificar a cena, sem saber direito o que dizer.
—
Nossa, James, sua parada nos pegou de surpresa. Não imaginávamos que já
estivéssemos chegando. Lorde Mowbray estava me mostrando...
—
O que ele estava lhe mostrando, milady? — James perguntou em um tom malicioso.
Demetria
tinha certeza de que o caso seria objeto de mexerico entre os criados mais
tarde.
Diante
da hesitação dela, James, que estava se segurando para não explodir em risada,
aquiesceu com a cabeça e disse:
—
Claro, milady, logo imaginei que ele estava tentando lhe mostrar alguma coisa.
Joseph
dirigiu um olhar furioso ao homem. Seus criados não ousariam ter tal atitude,
pensou.
—
Creio que devo levá-lo para casa agora — o cocheiro comentou quando Joseph começava
a acompanhar Demetria.
—
Sim — ele confirmou, em tom áspero. — Só vou levar lady Demetria até a porta.
—
Pois não, milorde.
—
Obrigada por suas instruções — disse Demetria baixinho ao chegarem à porta.
Joseph
fitou-a com ternura, observando os cabelos dela. Metade do coque estava
desfeito e caído em mechas; a outra metade estava presa de forma muito
precária. Ele ergueu as mãos e soltou o que sobrara do coque. Os cabelos,
apesar dos nós, caíram em ondas em volta do rosto delicado, de maneira encantadora.
Ficariam lindos esparramados sobre os travesseiros, ele pensou.
Joseph
se inclinou para beijá-la e estava a um fio de sua boca quando a porta foi
repentinamente aberta.
Dando
um suspiro, ele deu um passo para trás e murmurou baixinho:
—
Sonhe comigo.
—
Boa noite, milorde — Demetria respondeu e entrou em casa.
—
Milady!
Demetria
abriu os olhos e, piscando muito, sentou-se na cama quando a porta de seu
quarto foi aberta.
—
O que foi, Joan? perguntou, assustada.
—
Seus óculos chegaram! — Joan disse tão animada como se os óculos fossem dela.
—
Que bom! — Exultante, Demetria jogou os cobertores para o lado no exato momento
em que Joan chegava junto à cama. A criada soltou um grito de espanto, que foi
seguido por um barulho contra a parede à sua direita e um tinido que a fez
congelar.
—
O que aconteceu? — indagou temerosa.
Joan
hesitou por um momento e, ao falar, gaguejou:
—
Oh, milady... sua mão bateu na minha ao tirar os cobertores e... seus óculos
voaram da minha mão.
—
Foram eles que bateram contra a parede?
—
Foram, milady — Joan disse, dando a volta na cama, e abaixando-se para pegar os
óculos, cujas lentes estavam em pedaços.
Demetria
abaixou a cabeça e cobriu o rosto com as mãos, inconformada. E a culpa era dela
mesma.
—
Sinto muito, milady — Joan murmurou, parada ao lado da cama, com as mãos em
concha, segurando os óculos quebrados.
Demetria
balançou a cabeça e levantou-se, procurando acalmá-la.
—
A culpa não foi sua, Joan. Agora, ajude-me, por favor, a me vestir. Lady
Mowbray vai me levar à costureira para fazer a prova final de meu vestido de
noiva.
—
Pois não, milady. — Joan colocou o que restara dos óculos sobre a mesa de
cabeceira e começou a ajudá-la a despir a camisola e se aprontar para enfrentar
o dia.
Demetria
ficou calada, remoendo a raiva por ser tão estabanada e ter destruído os óculos
que por tanto tempo aguardava. Mas não queria se abater por isso, pensou.
Óculos podiam perfeitamente ser substituídos. Embora quisesse muito estar com
os seus agora, poderia mandar fazer novos. Uma parte de sua mente, porém,
duvidava que quisesse tanto, pois, por mais tolo que pudesse parecer, Taylor
apregoara tanto que ela ficava muito melhor sem os óculos, que temia a reação
de Joseph quando a visse com eles.
Demetria
tinha certeza de que ele não desistiria dela por isso, mas de fato, não era
nada atraente usar óculos. Adoraria não precisar deles.
—
Pronto, milady — Joan murmurou, consternada.
Demetria
não via motivo para ela parecer tão aborrecida. Fora um acidente como tantos
outros que haviam acontecido desde que Taylor lhe tirara os óculos.
—
Quer que eu a acompanhe, milady?
—
Quero, sim, Joan — respondeu Demetria, pegando no braço da criada.
O
hall do piso superior estava até então vazio, mas por azar ao chegarem à
escadaria deram com Taylor que ia subir.
—
Ah, você está aí — disse a madrasta, aguardando por elas no hall. — Foulkes
disse que seus óculos chegaram. Por que você não está com eles?
Demetria
sentiu a tensão no braço de Joan e lhe deu um tapinha confortador.
—
Houve um pequeno acidente e eu os quebrei.
—
Como? — Taylor cacarejou, voltando-se imediatamente para Joan. — Como você
deixou que isso acontecesse?
—
Não foi culpa de Joan — defendeu-a Demetria. — Fui eu que bati na mão dela sem
querer.
—
Eu deveria ter segurado os óculos com maior firmeza — Joan admitiu, aborrecida,
e Demetria sentiu vontade de dar um tapa nela por ter aberto a boca.
—
Sua estúpida — Taylor gritou. — Vá arrumar suas coisas. Quero você longe daqui
imediatamente.
Demetria
estava certa de que a madrasta teria ignorado a criada se ela não tivesse com
suas palavras aguçado a raiva da patroa.
—
Sim, senhora, milady. — Joan puxou o braço, mas Demetria a deteve.
—
Joan é minha criada, Taylor. Eu ia pedir para levá-la comigo quando me casasse,
mas como você a está demitindo, acho que não preciso mais de permissão. —
Depois, voltando-se para Joan, disse com delicadeza. — É melhor você fazer as
malas mesmo, se quiser vir comigo.
—
Ela não vai ficar sob este teto. Ela...
—
Taylor! — John Lovato apareceu na porta da sala de jantar, com uma expressão
irritada. Obviamente, ouvira tudo e não parecia satisfeito.
Taylor
voltou-se devagar para ele.
—
Sim?
—
Chega, Taylor! Se Demi quer levar Joan com ela, pode fazê-lo. Joan ficará aqui
até Demetria nos deixar e irá com ela para o novo lar em Mowbray. Será muito
bom para que não se sinta sozinha na nova casa. — Ele então voltou-se para a
criada. — Você gostaria de ir com ela?
—
Sim, milorde, vou ficar contente de acompanhá-la.
John
Lovato balançou a cabeça.
—
Como o casamento é daqui a dois dias, é bom mesmo que comece a fazer as malas.
—
Obrigada, milorde Joan agradeceu e, hesitante, perguntou a Demetria: — Precisa
de mais alguma coisa de mim agora, milady?
—
Não, pode ir. Só vou tomar um chá e comer uma torrada enquanto aguardo por lady
Mowbray. Vá ver o que ainda tem a fazer antes de sairmos.
so sei de uma coisa.....esse casal nao bate bem
sorryyyyy, eu me esqueci completamente daqui....como nao tem ngm comentando sobre a historia por aqui, twitter, face, wpp....eu nem me toquei
Obrigada, estava ansiosa por mais já heeheh
ResponderExcluirSocorro como eu ri da situação,
ResponderExcluirCara eu sou só amores ao pai da Demi, ele é sensacional!!!
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