sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O Amor é Cego Capitulo V parte 2

— Bem, você não precisa ficar deitada de costas para fazermos amor. Posso eu estar deitado e você sobre mim.
Aquela imagem imediatamente fez com que Joseph se visse na cama, com as mãos tocando e acariciando os seios de Demetria e ela cavalgando sobre ele.
— Então há muitas maneiras de se fazer amor, milorde? Há, sim. — A voz de Joseph começava a soar mais grave e rouca. Era difícil não se deixar afetar por aquele tipo de conversa.
— Me conte outras — Demetria pediu.
A mente de Joseph fez um levantamento de todas as posições em que gostaria de fazer sexo com ela. Procurou tirá-las da cabeça, então tossindo um pouco, elucidou:
— Há, por exemplo, as que eu já lhe contei; há também uma em que eu ficaria sentado com você no meu colo, ou...
— Como seria essa? — Demetria interrompeu, interessada.
Joseph fitou-a por um breve instante. Sua mente estava em um turbilhão de ideias opostas, debatendo entre simplesmente fazer todo o serviço ali, garantindo assim que ela teria de se casar com ele. Sabia não ser aquela a maneira correta de se ter uma esposa, que ela mereceria muito mais do que um desconfortável assento na primeira vez. Sem mencionar, a questão do respeito. Seria muito pouco respeitoso possuí-la em uma carruagem em movimento.
Por outro lado, seu corpo não estava preocupado com respeito, ou consideração, ou mesmo enganá-la para se casar. Seu corpo estava absolutamente excitado com toda aquela conversa e o intimava a tomar uma providência rápida.
Sem estar muito consciente do que estava fazendo, Joseph passou os braços pela cintura de Demetria, levantando-a para que se sentasse em seu colo, com os joelhos um de cada lado de suas coxas.
Demetria gemeu de surpresa, com os olhos arregalados, agarrando-se em seus ombros ao sentar-se.
— Desse jeito? — indagou, parecendo duvidar.
Joseph puxou-a para mais junto de si até que os seios dela quase tocassem em seu peito. Sua voz estava agora absolutamente rouca, quase inaudível.
— Isso, desse jeito. E então você movimentaria os quadris para cima e para baixo.
— Para cima e para baixo? Demetria quis confirmar, indecisa. Depois de hesitar um pouco, ela começou a levantar e abaixar o corpo. — Assim?
— Assim... — Joseph observava os seios dela se erguerem e se abaixarem diante de seus olhos. Abaixavam-se até a altura da boca e subiam até a altura dos olhos. Para cima e para baixo. Para cima e para baixo. Ele molhou os lábios, entontecido pelo movimento. Se inclinasse a cabeça só um pouquinho, ele poderia lamber aquela carne tenra que dançava diante dele.
— É duro — Demetria comentou.
— Estou, sim — Joseph concordou, pensando em princípio que ela estava se referindo à ereção dele. Percebeu depois que ela se referia à dificuldade do constante movimento de subir e descer, tencionando músculos que não estavam acostumados. Corrigiu então: — Quero dizer, é mesmo duro.
— Mas não conseguiríamos nos beijar fazendo isso, conseguiríamos? — ela perguntou, parecendo lamentar, pois já lhe dissera que adorava beijar.
Pegando-a pela nuca, Joseph se inclinou sobre ela e beijou-a, sugando seus lábios como uma abelha busca o mel na flor, forçando-os depois com a língua para que se abrissem e o beijo fosse mais profundo.
Demetria parou de se movimentar e se aconchegou ao peito dele, dando um pequeno suspiro. A pelve, ardente e desejosa, repousou no exato lugar em que a ereção dele pressionava as calças. Joseph gemeu e seu corpo, instintivamente, mudou de posição sob o dela, pressionando-a. Se ele conseguisse simplesmente escorregar a mão e ajeitar as roupas dos dois, poderia tê-la ali mesmo, pensou. No mesmo instante em que esse pensamento lhe passou pela cabeça, suas mãos alcançaram a barra da saia de Demetria, mas, para seu desapontamento, ela estava ajoelhada sobre a barra.
Joseph hesitou por um segundo, analisando como fazer para tirar a saia dela do caminho e, num gesto brusco, projetou-a para a frente. Demetria levou um susto e procurou se equilibrar. Ele a colocou no assento do banco oposto, ajoelhando-se entre as pernas dela no chão da carruagem. Tentava levantar a saia dela quando a carruagem parou abruptamente. Foi tão inesperado que o pequeno solavanco fez com que ele caísse de costas no chão da carruagem, puxando Demetria para cima dele.
Joseph gemeu de dor com o impacto do corpo de Demetria sobre sua virilha, sentindo-se alarmado quando a porta foi subitamente aberta ao lado deles. Ambos olharam para o cocheiro que retomou o olhar primeiro com urna expressão de espanto para, em seguida, tornar-se divertido.
— Nossa! — Demetria tirou o cabelo do rosto e sorriu constrangida para o homem. — Caímos do banco.
— Sim, milady — disse ele, impassível.
Joseph pegou Demetria pela cintura e rapidamente a acomodou no banco. Recompondo-se, ele se levantou e desceu da carruagem, tentando mostrar, sem sucesso, alguma dignidade. Uma vez fora da carruagem, ele deu um sorriso forçado para o cocheiro e voltou-se para oferecer a mão a Demetria para que descesse também.
Embora não pudesse ver a expressão do cocheiro, Demetria sentia-se constrangida e tentou justificar a cena, sem saber direito o que dizer.
— Nossa, James, sua parada nos pegou de surpresa. Não imaginávamos que já estivéssemos chegando. Lorde Mowbray estava me mostrando...
— O que ele estava lhe mostrando, milady? — James perguntou em um tom malicioso.
Demetria tinha certeza de que o caso seria objeto de mexerico entre os criados mais tarde.
Diante da hesitação dela, James, que estava se segurando para não explodir em risada, aquiesceu com a cabeça e disse:
— Claro, milady, logo imaginei que ele estava tentando lhe mostrar alguma coisa.
Joseph dirigiu um olhar furioso ao homem. Seus criados não ousariam ter tal atitude, pensou.
— Creio que devo levá-lo para casa agora — o cocheiro comentou quando Joseph começava a acompanhar Demetria.
— Sim — ele confirmou, em tom áspero. — Só vou levar lady Demetria até a porta.
— Pois não, milorde.
— Obrigada por suas instruções — disse Demetria baixinho ao chegarem à porta.
Joseph fitou-a com ternura, observando os cabelos dela. Metade do coque estava desfeito e caído em mechas; a outra metade estava presa de forma muito precária. Ele ergueu as mãos e soltou o que sobrara do coque. Os cabelos, apesar dos nós, caíram em ondas em volta do rosto delicado, de maneira encantadora. Ficariam lindos esparramados sobre os travesseiros, ele pensou.
Joseph se inclinou para beijá-la e estava a um fio de sua boca quando a porta foi repentinamente aberta.
Dando um suspiro, ele deu um passo para trás e murmurou baixinho:
— Sonhe comigo.
— Boa noite, milorde — Demetria respondeu e entrou em casa.
— Milady!
Demetria abriu os olhos e, piscando muito, sentou-se na cama quando a porta de seu quarto foi aberta.
— O que foi, Joan? perguntou, assustada.
— Seus óculos chegaram! — Joan disse tão animada como se os óculos fossem dela.
— Que bom! — Exultante, Demetria jogou os cobertores para o lado no exato momento em que Joan chegava junto à cama. A criada soltou um grito de espanto, que foi seguido por um barulho contra a parede à sua direita e um tinido que a fez congelar.
— O que aconteceu? — indagou temerosa.
Joan hesitou por um momento e, ao falar, gaguejou:
— Oh, milady... sua mão bateu na minha ao tirar os cobertores e... seus óculos voaram da minha mão.
— Foram eles que bateram contra a parede?
— Foram, milady — Joan disse, dando a volta na cama, e abaixando-se para pegar os óculos, cujas lentes estavam em pedaços.
Demetria abaixou a cabeça e cobriu o rosto com as mãos, inconformada. E a culpa era dela mesma.
— Sinto muito, milady — Joan murmurou, parada ao lado da cama, com as mãos em concha, segurando os óculos quebrados.
Demetria balançou a cabeça e levantou-se, procurando acalmá-la.
— A culpa não foi sua, Joan. Agora, ajude-me, por favor, a me vestir. Lady Mowbray vai me levar à costureira para fazer a prova final de meu vestido de noiva.
— Pois não, milady. — Joan colocou o que restara dos óculos sobre a mesa de cabeceira e começou a ajudá-la a despir a camisola e se aprontar para enfrentar o dia.
Demetria ficou calada, remoendo a raiva por ser tão estabanada e ter destruído os óculos que por tanto tempo aguardava. Mas não queria se abater por isso, pensou. Óculos podiam perfeitamente ser substituídos. Embora quisesse muito estar com os seus agora, poderia mandar fazer novos. Uma parte de sua mente, porém, duvidava que quisesse tanto, pois, por mais tolo que pudesse parecer, Taylor apregoara tanto que ela ficava muito melhor sem os óculos, que temia a reação de Joseph quando a visse com eles.
Demetria tinha certeza de que ele não desistiria dela por isso, mas de fato, não era nada atraente usar óculos. Adoraria não precisar deles.
— Pronto, milady — Joan murmurou, consternada.
Demetria não via motivo para ela parecer tão aborrecida. Fora um acidente como tantos outros que haviam acontecido desde que Taylor lhe tirara os óculos.
— Quer que eu a acompanhe, milady?
— Quero, sim, Joan — respondeu Demetria, pegando no braço da criada.
O hall do piso superior estava até então vazio, mas por azar ao chegarem à escadaria deram com Taylor que ia subir.
— Ah, você está aí — disse a madrasta, aguardando por elas no hall. — Foulkes disse que seus óculos chegaram. Por que você não está com eles?
Demetria sentiu a tensão no braço de Joan e lhe deu um tapinha confortador.
— Houve um pequeno acidente e eu os quebrei.
— Como? — Taylor cacarejou, voltando-se imediatamente para Joan. — Como você deixou que isso acontecesse?
— Não foi culpa de Joan — defendeu-a Demetria. — Fui eu que bati na mão dela sem querer.
— Eu deveria ter segurado os óculos com maior firmeza — Joan admitiu, aborrecida, e Demetria sentiu vontade de dar um tapa nela por ter aberto a boca.
— Sua estúpida — Taylor gritou. — Vá arrumar suas coisas. Quero você longe daqui imediatamente.
Demetria estava certa de que a madrasta teria ignorado a criada se ela não tivesse com suas palavras aguçado a raiva da patroa.
— Sim, senhora, milady. — Joan puxou o braço, mas Demetria a deteve.
— Joan é minha criada, Taylor. Eu ia pedir para levá-la comigo quando me casasse, mas como você a está demitindo, acho que não preciso mais de permissão. — Depois, voltando-se para Joan, disse com delicadeza. — É melhor você fazer as malas mesmo, se quiser vir comigo.
— Ela não vai ficar sob este teto. Ela...
— Taylor! — John Lovato apareceu na porta da sala de jantar, com uma expressão irritada. Obviamente, ouvira tudo e não parecia satisfeito.
Taylor voltou-se devagar para ele.
— Sim?
— Chega, Taylor! Se Demi quer levar Joan com ela, pode fazê-lo. Joan ficará aqui até Demetria nos deixar e irá com ela para o novo lar em Mowbray. Será muito bom para que não se sinta sozinha na nova casa. — Ele então voltou-se para a criada. — Você gostaria de ir com ela?
— Sim, milorde, vou ficar contente de acompanhá-la.
John Lovato balançou a cabeça.
— Como o casamento é daqui a dois dias, é bom mesmo que comece a fazer as malas.
— Obrigada, milorde Joan agradeceu e, hesitante, perguntou a Demetria: — Precisa de mais alguma coisa de mim agora, milady?
— Não, pode ir. Só vou tomar um chá e comer uma torrada enquanto aguardo por lady Mowbray. Vá ver o que ainda tem a fazer antes de sairmos. 


so sei de uma coisa.....esse casal nao bate bem



sorryyyyy, eu me esqueci completamente daqui....como nao tem ngm comentando sobre a historia por aqui, twitter, face, wpp....eu nem me toquei

2 comentários:

  1. Obrigada, estava ansiosa por mais já heeheh

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  2. Socorro como eu ri da situação,
    Cara eu sou só amores ao pai da Demi, ele é sensacional!!!

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