sábado, 15 de setembro de 2018

O Diário Secreto da Senhorita Demetria Cheever Capitulo 16


Roseadle era, para os níveis aristocráticos, de dimensões modestas. A cálida e elegante casa tinha estado na família Bevelstoke durante várias gerações, e era costume para o filho mais velho usála como sua casa senhorial antes de se tornar conde e a mais magnífica Haverbreaks. Adam amava Roseadle, amava suas paredes simples de pedra e torre ameada. E sobre tudo, amava a paisagem selvagem, domesticado só pelas centenas de rosas que haviam sido plantadas com abandono ao redor da casa.
Chegaram bem tarde na noite, tendo parado para um relaxado almoço perto da fronteira. Demetria adormeceu fazia muito, advertiu que o movimento da carruagem sempre a deixava sonolenta, mas Adam não se importou. Gostava da tranquilidade da noite, com apenas os sons dos cavalos, a carruagem e o vento no ar. Gostava da luz da lua, que chegava pelas janelas. E gostou de jogar uma olhada a nova esposa, que não era nada elegante em seu sono... Sua boca estava aberta, e a verdade seja dita, roncava um pouco. Mas gostou. Não sabia por que, mas assim era.
E gostou de saber.
Desceu da carruagem, colocou um dedo sobre seus lábios quando uma das escoltas se aproximou para ajudar, logo atraiu Demetria e a tomou nos braços. Nunca tinha ido a Roseadle, embora não ficasse longe dos Lagos. Esperou que chegasse a gostar como ele. Pensou que o faria. Conheciaa bem, estava começando a compreendêla. Não estava seguro de quando ocorreu, mas podia olhar algo e pensar, Demetria gostaria disto.
Adam parou em seu caminho a Escócia e os criados foram instruídos para ter a casa pronta. Estava, embora não tivesse mandado recado sobre a exata data da chegada, portanto, o pessoal não estava reunido para apresentarse ante a nova viscondessa. Adam se alegrou disto; não iria querer despertar Demetria.
Quando entrou em seu quarto, notou agradecido que o fogo estava ardendo na lareira. Poderia ser agosto, mas as noites de Northumberland tinham um frio característico. Enquanto colocava Demetria suavemente sobre a cama, um par de lacaios trouxe sua exígua bagagem. Sussurrou ao mordomo que sua nova esposa poderia conhecer o pessoal pela manhã, ou talvez pela tarde, e logo fechou a porta.
Demetria, que tinha passado do ronco ao balbuciou intranquilo, mudou deposição e aproximou um travesseiro do peito. Adam voltou para seu lado e sussurrou brandamente em seu ouvido. Pareceu reconhecer sua voz no sono; soltou um suspiro satisfeito e imediatamente virou.
—Não durma justo agora — murmurou. — Vou livrála destas roupas. — Ela estava de lado, por isso começou a trabalhar nos botões que desciam pelas costas. — Pode se mantiver sentada só um momento? Assim posso tirar seu vestido?
Como uma criança sonolenta, permitiu que a sentasse.
—Onde estamos? — Bocejou não totalmente acordada.
—Roseadle. Seu novo lar. — Moveu as saias mais acima dos quadris de modo que pudesse tirála pela cabeça.
—Oh! É agradável. — Caiu para trás sobre a cama.
Ele riu indolentemente e lutou para sustentála.
—Só outros poucos segundos. — Com um hábil movimento, tirou o vestido pela cabeça, deixandoa vestida com a camisa.
—Bom — murmurou Demetria, tratando de arrastarse sob os lençóis.
—Não tão rápido. — Apanhou seu tornozelo. — Aqui não dormimos com roupa.
A camisa se uniu ao vestido no chão. Demetria, mal compreendendo que estava nua, aninhouse finalmente sob os lençóis, suspirou com total satisfação e rapidamente caiu no sono.
Adam riu em silêncio e sacudiu a cabeça quando observou a esposa. Tinha notado antes que seus cílios eram tão longos? Talvez só fosse a luz da vela. Também estava cansado, assim se despiu com movimentos rápidos e eficientes e se arrastou para a cama. Ela estava deitada de lado, enroscada como uma criança, assim estendeu um braço a seu redor e a atraiu ao centro da cama, onde ele poderia aconchegarse contra seu calor. A pele dela era insuportavelmente suave e ociosamente deslizou a mão sobre o estômago. Algo que deve ter feito cócegas, já que soltou um suave gemido e virou.
—Tudo vai ficar bem — sussurrou ele.
Eles tinham o afeto e a atração, e isto era mais do que tinham muitos casais.
Inclinouse para frente para beijar a sonolenta boca, delineando seu contorno ligeiramente com sua língua.
Suas pálpebras bateram asas.
—Você deve ser a Bela Adormecida do bosque — murmurou. — Despertada por um beijo.
—Onde estamos? — Perguntou sua voz atordoada.
—Em Roseadle. Já me perguntou isso.
—Sim? Não lembro.
Totalmente incapaz de conterse, inclinouse e a beijou outra vez.
—Ah! Demetria é muito doce.
Soltou um pequeno suspiro de satisfação pelo beijo, mas era óbvio que estava tendo problemas para manter suas pálpebras abertas.
—Adam?
—Sim, princesa?
—Sinto muito.
—O que lamenta?
—Sinto muito. Só não posso... Isto é, estou tão cansada. — Bocejou. — Não posso cumprir com meu dever.
Ele riu ironicamente quando a envolveu entre seus braços.
—Shhh — sussurrou, inclinandose para beijar a têmpora dela. — Não pense nisso como um dever. É muito esplêndido para isso. E não sou tão canalha para forçar uma mulher que está esgotada. Temos tempo de sobra. Não se preocupe.
Mas ela já estava dormindo.
Roçou os lábios contra seu cabelo.
—Temos uma vida inteira.
Demetria despertou a primeira hora da manhã seguinte, soltando um imenso bocejo quando abriu os olhos. A luz do dia se filtrava pelas cortinas, mas definitivamente não era o sol o que fazia que a cama fosse tão acolhedora e quente. O braço de Adam caiu sobre sua cintura em algum momento durante a noite, e estava aconchegada contra ele. Senhor, o homem irradiava calor.
Escorregou ao redor para permitir uma melhor vista dele enquanto dormia. Seu rosto sempre mostrava um encanto juvenil, mas dormindo o efeito se acentuava.
Parecia um anjo perfeito, sem um rastro do cinismo que às vezes enchia seus olhos.
—Temos que agradecer Camille por isso — murmurou Demetria suavemente, tocando sua bochecha.
Ele se revolveu, resmungando algo em seu sono.
—Não ainda, meu amor — sussurrou, sentindose bastante valente para usar palavras carinhosas quando sabia que não podia ouvila. — Eu gosto de vêlo dormir.
Adam dormia e o escutava respirar.
Isto era o céu.
Finalmente se mexeu o corpo se alongando a caminho de despertar antes que levantassem as pálpebras. E logo ali estava ele, olhandoa com olhos sonolentos, sorrindo.
—Bom dia — disse aturdido.
—Bom dia.
Bocejou.
—Faz muito que está acordada?
—Só um pouquinho.
—Está com fome? Poderia fazer subir algo para tomarmos café da manhã.
Ela sacudiu a cabeça.
Ele bocejou outra vez e em seguida riu dela.
—Está muito rosada pela manhã.
—Rosada? — Não podia evitar ficar intrigada.
—Mmm, mmm. Sua pele... Resplandece.
—Não.
—Sim. Confie em mim.
—Minha mãe sempre me dizia para que suspeitasse do homem que dissesse:
"Confie em mim".
—Sim, bom, sua mãe nunca me conheceu muito bem — disse sem pensar.
Tocou os lábios dela com o indicador. — Estão rosados, também.
—De verdade? — Perguntou ela em um fôlego.
—Mmm, mmm! Muito rosados. Mas acho que não tão rosados como algumas outras partes tuas.
Demetria ficou absolutamente corada.
—Estas, por exemplo — murmurou, roçando as palmas sobre os mamilos. A mão rodou e suavemente a cavou na bochecha dela. — Estava muito cansada ontem à noite.
—Sim, estava.
—Muito cansada para atender alguns assuntos importantes.
Ela engoliu nervosamente, tratando de não soltar um pequeno gemido enquanto a mão dele se arrastava brandamente por suas costas.
—Acho que é o momento de consumar este matrimônio — murmurou ele, os lábios quentes e perversos em seu ouvido. E logo a impulsionou contra ele, e ela compreendeu quanto logo queria cuidar do assunto.
Demetria lhe dirigiu um sorriso cheio de humor.
—Cuidamos bastante disso, faz algum tempo. Um pouquinho antes de tempo, se você não se lembra.
—Não conta — disse alegremente, agitandoa com seu comentário. — Não estávamos casados.
—Se não contasse, não estaríamos casados.
Adam admitiu o argumento com um sorriso libertino.
—Ah, bem, creio que tem razão. Mas tudo se resolveu ao final. Depois pode se zangar comigo por ser tão tremendamente viril.
Demetria poderia ser bastante inocente, mas sabia o suficiente para arregalar os olhos ante isto. Não poderia mencionar, entretanto, quando a mão dele se moveu para seus seios e fez algo à ponta que ela poderia jurar que sentiu entre suas pernas.
Sentiuse deslizar, pegar o travesseiro e pôr sobre suas costas, sentiuse escorregadia por dentro, além disso, com cada toque parecia derreter outra polegada de seu corpo. Ele beijou seus seios, seu estômago, suas pernas. Parecia não haver nenhuma parte dela que não o interessasse. Demetria não sabia o que fazer.
Recostouse sob a exploração das mãos e boca, retorcendose e gemendo quando as sensações começaram a afligila.
—Você gosta assim? — Murmurou Adam, enquanto examinava a parte de trás de seu joelho com os lábios.
—Eu gosto de tudo — ofegou ela.
Moveuse pegando a sua boca e deixou cair um beijo sobre ela.
—Não posso te dizer quanto me agrada ouvila dizer isto.
—Isto não pode ser apropriado.
Ele sorriu abertamente.
—Não menos que o que fiz na carruagem.
Ela ficou vermelha com a lembrança, logo mordeu o lábio para impedir de pedir que fizesse outra vez.
Mas ele leu sua mente, ou ao menos seu rosto e soltou um ronrono de prazer enquanto beijava um caminho ao longo do corpo em direção a sua feminilidade. Seus lábios tocaram primeiro o interior de uma coxa, logo a outra.
—OH, sim! — Suspirou ela, além da vergonha agora. Não se preocupou se isso a fazia parecer uma maliciosa descarada. Somente queria o prazer.
—Tão doce — murmurou ele, e colocou uma de suas mãos sobre o suave pêlo e a abriu ainda mais. O fôlego quente lhe tocou a pele, e esticou as pernas, ainda quando sabia que queria isto. — Não, não, não — disse, com regozijo na voz quando gentilmente as separou. Em seguida se inclinou e beijou aquela parte mais sensível de carne.
Demetria, incapaz de dizer algo coerente, chiou ante a absoluta sensação de seus beijos. Era prazer ou dor? Não estava segura. Suas mãos, que haviam se fechado em punhos aos lados, voaram à cabeça de Adam e se enredaram em seu cabelo.
Quando seus quadris começaram a retorcerse debaixo ele, ele fez um movimento como se fosse levantar, mas suas mãos sustentaram a cabeça dele firmemente no lugar. Finalmente se soltou e se moveu por seu corpo até que os lábios ficaram a nível com os dela.
—Pensei que não fosse me deixar tomar ar — murmurou.
Demetria não achou possível em sua posição, mas ruborizou.
Ele mordiscou a orelha.
—Você gosta assim?
Balançou a cabeça, incapaz de expressar as palavras.
—Há muitas, muitas coisas para aprender.
—Eu poderia...? —OH, como perguntar?
Ele sorriu indolentemente.
—Poderia o que?
Ela engoliu a vergonha.
—Eu poderia tocálo?
Em resposta, ele tomou sua mão e a dirigiu para baixo por seu corpo. Quando alcançaram sua virilidade, sua mão se sacudiu com um reflexo. Estava muito mais quente do que tinha esperado e muito, muito duro. Adam pacientemente voltou a levar a mão para ele e desta vez fez algumas carícias vacilantes, maravilhandose de quão suave era a pele.
—É tão diferente — maravilhouse. — Tão estranho.
Ele riu em silêncio, em parte porque era o único modo em que podia conter o desejo que corria por ele.
—Nunca me pareceu estranho.
—Quero vêlo.
—OH, Deus, Demetria! — Disse com os dentes apertados.
—Não, sério. — Ela empurrou os lençóis até que ele ficou nu ante seus olhos.
— OH, Meu Deus! — Disse em um sussurro. Isto encaixaria nela? Mal podia acreditar.
Ainda imensamente curiosa, fechou sua mão ao redor e com cuidado apertou.
Adam quase caiu da cama.
Ela o deixou imediatamente.
—Te machuquei?
—Não — grasnou. — Faça outra vez.
Os lábios de Demetria se curvaram em um sorriso de satisfação quando repetiu as carícias.
—Posso beijálo?
—Melhor não — disse ele com voz rouca.
—OH! Pensei que, já que você tinha me beijado...
Adam soltou um grunhido primitivo, virandoa sobre as costas e se colocou entre suas coxas.
—Mais tarde. Pode fazêlo mais tarde. — Incapaz de controlar mais tempo sua paixão, sua boca desceu sobre a dela com contundente força, reclamandoa como dele. Empurrou a coxa com seu joelho, forçandoa a abrirse mais.
Demetria instintivamente inclinou seus quadris para facilitar a entrada. Deslizou dentro dela sem esforço e ela se maravilhou que seu corpo cedesse para encaixálo.
Começou a acariciála devagar entrando e saindo, entrando e saindo, movendo se dentro dela com um ritmo lento, mas implacável.
—OH, Demetria! —Gemeu. — OH, Deus!
—Sim. Sim.
A cabeça sacudia de um lado ao outro. O peso dele estava sujeitandoa, e ainda assim não podia ficar quieta.
—É minha — grunhiu ele, intensificando o ritmo. — Minha.
Ela gemeu em resposta.
Ainda a sujeitava, os olhos estranhos e penetrantes enquanto dizia.
—Diga.
—Sou tua — sussurrou ela.
—Cada polegada sua. Cada deliciosa polegada. Daqui — cavou seu seio — até aqui — deslizou seu dedo ao longo da curva de sua bochecha — até aqui. —retirouse até que só a ponta dele ficou dentro dela e logo bombeou dentro até o punho.
—OH, Deus sim! Adam. Tudo o que quiser.
—Quero você.
—Sou tua. Juro.
—De ninguém mais, Demetria. Prometame isso. —Outra vez se retirou quase até ficar fora.
Ela se sentiu completamente despojada sem ele dentro dela e quase gritou.
—Prometo — ofegou. — Por favor... Volta para mim agora mesmo.
Ele retrocedeu, lhe provocando de uma vez um suspiro de alívio e um ofego de desejo.
—Não haverá nenhum outro homem. Ouviu?
Demetria sabia que suas prementes palavras derivavam da traição de Camille, mas estava muito imbuída na paixão para pensar em repreendêlo por comparála com a anterior esposa.
—Nenhum juro! Nunca quis ninguém mais.
—E nunca o fará — disse firmemente, como se pudesse fazêlo verdade simplesmente dizendo.
—Nunca! Por favor, Adam, por favor... Preciso de você. Necessito...
—Sei o que necessita.
Seus lábios se fecharam ao redor de um dos mamilos enquanto apressava seus movimentos dentro dela. Ela sentiu a pressão alagando seu corpo. Os espasmos de prazer estavam disparandose por seu ventre, sob os braços e pelas pernas. E logo, de repente, soube que talvez não suportasse outro momento sem explodir no ato, seu corpo inteiro se convulsionou, apertandose ao redor de sua virilidade como uma luva de seda. Gritou o nome dele, agarrandose por seus braços quando seus ombros se elevaram da cama pela força do clímax.
A pura sensualidade da liberação empurrou Adam sobre a borda e gritou com voz rouca quando no último minuto se inundou dentro dela, metendo até o punho.
Seu prazer era intenso, e não podia acreditar na rapidez com a qual se derramou nela. Derrubouse sobre ela, completamente exausto. Nunca foi tão bom, nunca. Nem sequer a vez anterior com Demetria. Era como se cada movimento, cada toque se intensificasse agora que sabia que era dele e só dele. Estava sobressaltado por sua possessividade, aniquilado pelo modo em que a fez jurar sua fidelidade, e repugnado pelo fato de que manipulou sua paixão para satisfazer suas infantis necessidades.
Estava zangada? Odiavao por isso? Levantou a cabeça e examinou seu rosto.
Seus olhos estavam fechados e os lábios curvados em um meio sorriso. Parecia uma mulher satisfeita em cada centímetro, e rapidamente decidiu que se ela não estava ofendida por suas ações ou perguntas, não ia discutir com ela.
—Está ruborizada, princesa — murmurou, acariciando sua bochecha.
—Ainda? — Perguntou preguiçosamente, ainda sem abrir os olhos.
—Inclusive mais.
Adam sorriu, apoiandose sobre os cotovelos para aliviar um pouco de seu peso sobre ela. Passou o dedo ao longo da curva da sua bochecha, começando no canto da boca e logo terminando na sensível pele próxima ao olho. Tocou os cílios.
—Abra os olhos.
Ela levantou as pálpebras.
—Bom dia.
—Assim é. — Ele sorriu aberta e juvenilmente.
Ela se retorceu sob seu intenso olhar.
—Não está muito incômodo?
—Eu gosto de estar aqui em cima.
—Mas seus braços...
—É forte o bastante para me sustentar um instante mais. Além disso, desfruto te olhando.
Timidamente, ela afastou seu olhar.
—Não, não, não. Não fuja. Volte a me olhar. — Tocou seu queixo e a atraiu até que o enfrentou outra vez. — É muito bela, sabe.
—Não sou — disse com uma voz que significava que ela sabia que ele estava mentindo.
—Não irá discutir comigo sobre este ponto. Sou mais velho que você e vi muitas mulheres.
—Viu? — Perguntou com receio.
—Isso minha querida esposa, é realmente outro assunto, e um que não requer discussão. Simplesmente quis indicar que sou provavelmente um pouco mais conhecedor que você e deveria aceitar minha opinião sobre a matéria. Se digo que é bela então você é bela.
—Realmente, Adam, é muito doce.
Inclinouse até apoiar o nariz sobre o dela.
—Está começando a me irritar, esposa.
—Meu Deus! Eu não quereria fazer isso.
—Eu achava que não.
Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso.
—É muito bonito.
—Obrigado — disse magnanimamente. — Agora, viu quão amavelmente aceitei seu elogio?
—Arruinou um pouco o efeito assinalando suas boas maneiras.
Ele sacudiu a cabeça.
—Que boca a sua. Terei que fazer algo sobre isso.
—Beijála? — Disse esperançosa.
—Mmm, não é um problema. — Sua língua se lançou e desenhou o contorno dos lábios. — Muito agradável. Muito saboroso.
—Não sou um bolo de fruta, sabe — replicou ela.
—Aí está essa boca outra vez — disse ele suspirando.
—Imagino que terá que continuar me beijando.
Ele suspirou como se fosse uma grande tarefa.
—OH, está bem!
Desta vez, empurrou em sua boca e deslizou a língua ao longo da superfície lisa de seus dentes. Quando levantou sua cabeça outra vez e olhou para seu rosto, ela estava acesa. Essa parecia ser a única palavra para descrever o resplendor que emanava de sua pele.
—Deus, Demetria — disse com voz rouca. — Realmente é bela.
Desceu, rodou para o lado e a envolveu em seus braços.
—Nunca vi ninguém brilhar assim, como faz você neste instante — murmurou, puxandoa mais forte contra ele. — Deitese aqui assim por um momento.
Ela foi adormecendo, pensando que este era um modo excelente de começar um casamento.
6 DE NOVEMBRO DE 1819
Hoje celebrei a décima semana de casamento e a terceira desde quando deveria ter menstruado. Não deveria estar surpresa de ter concebido outra vez tão rapidamente...
Adam é o marido mais atento.
Não tenho do que me queixar.
12 DE JANEIRO DE 1820
Quando entrei no banheiro esta tarde, poderia jurar que vi um leve inchaço em meu ventre. Acredito agora. Acredito que está aqui para ficar.
30 DE ABRIL DE 1820
OH! Estou enorme. E faz quase três meses. Adam parece adorar minha redondez. Está convencido que será uma menina. Sussurra: “Amo você” a meu ventre.
Mas somente ao meu ventre. Não a mim. Para ser justa, eu não disse as palavras, mas estou segura que ele sabe que o amo. Depois de tudo, disse antes de nosso matrimônio, e ele disse uma vez que uma pessoa não se desapaixona tão facilmente.
Sei que se preocupa comigo. Por que não pode me amar? Ou se o faz, por que não diz?


reta final ja gente, acham que a paz vai reinar definitivamente agora? hehehe

sábado, 8 de setembro de 2018

O Diário Secreto de Demetria Cheever Capitulo 14 parte 2/Capitulo 15


24 DE AGOSTO DE 1819— MAIS TARDE ESSA NOITE
MacDownes informou à vovó e vovô que hoje recebi uma visita e eles prontamente adivinharam quem era ele. Vovô balbuciou perto de dez minutos a respeito de como poderia esse filho de algo que é impossível escrever, aparecer por aqui, até que finalmente vovó o acalmou e perguntou por que tinha vindo.
Não posso mentir para eles. Nunca fui capaz de fazêlo. Disselhes a verdade...
Que tinha vindo para casarse comigo. Reagiram com grande alegria e até com grande alívio até que disse que o recusei. Vovô se lançou a outra surriada, só que desta vez o objetivo era eu, e minha falta de sentido comum. Ou ao menos acredito que isso foi o que disse. É das Highlands, e embora fale o inglês do Rei com um acento perfeito, seu acento escocês se faz evidente cada vez que está perturbado.
Estava, para dizer o menos, particularmente perturbado.
Assim agora estou com eles três aliados contra mim. Receio que é provável que esteja liderando uma batalha perdida.
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Dada a oposição contra ela, foi extraordinário que Demetria resistisse tanto tempo como fez que foram três dias.
Sua avó lançou o ataque, utilizando a abordagem doce e sensata.
—Bom minha querida — havia dito. — Entendo que Lorde Adam esteve talvez um pouquinho lento em seus cuidados, mas cumpriu com os requisitos e bem, você fez...
—Não precisa dizer — tinha replicado Demetria, avermelhando freneticamente.
—Bem, fez.
—Eu sei.
Que o céu caísse sobre ela. Raramente podia pensar em algo mais.
—Mas realmente, doçura, o que há de errado o visconde? Parece um homem bastante agradável e nos assegurou que será capaz de manter e cuidar de você apropriadamente.
Demetria apertou os dentes. Adam se deteve na tarde anterior para apresentarse a seus avôs. Crédulo em obter que sua avó se apaixonasse por ele em menos de uma hora. Aquele homem devia ser afastado das mulheres de qualquer idade.
—E eu o acho tão atraente, — continuou sua avó. —Você não acha? É claro que eu penso. Afinal, ele não é o tipo de homem que algumas pensam que é bonito e outras não. Ele é o tipo que todo mundo acha atraente. Você não concorda?
Demetria estava de acordo, mas não ia dizer.
—É obvio de aparência agradável é como ser atraente e tanta gente de aparência agradável tem mentes deformadas.
Demetria nunca ia igualar aquilo
—Mas parece ter a cabeça em seu lugar e é bastante afável, também.
Pensando bem, podia fazer muito pior. —Quando sua neta não replicou, disse com inusitada severidade. — E não acredito que consiga melhor.
Isso ardia, mas era verdade. Ainda assim, Demetria disse.
— Poderia ficar solteira.
Posto que sua avó não contemplasse aquilo como uma opção viável, não o dignificou com uma resposta.
—Não estou falando de seu título — disse severamente. — Ou sua fortuna.
Seria um bom partido se não tivesse um centavo.
Demetria encontrou uma forma de responder que implicava um som evasivo, uma leve sacudida de cabeça, girála um pouquinho e encolher os ombros brevemente. E aquilo, esperava, seria tudo.
Mas não foi. O final não estava nem muito menos à vista. Adam empreendeu o seguinte assalto para tentar apelar a sua natureza romântica. Grandes buques de flores chegavam a cada duas horas ou assim, cada um com uma nota dizendo "Casese comigo, Demetria"
Demetria fez o que pôde para ignorálos, o que não foi fácil, porque logo encheram cada canto da casa. Ele fez grandes avanços com sua avó, entretanto, quem estava empenhada em seu propósito de ver Demetria casada com o encantador e generoso visconde.
Seu avô tentou depois, sua estratégia foi muito mais agressiva.
—Pelo amor de Deus, moça! — Rugiu — perdeu a cabeça?
Já que Demetria não estava exatamente segura de conhecer a resposta a essa pergunta, não replicou.
Adam voltou de novo, desta vez cometendo um engano tático. Enviou uma nota dizendo "A perdoo por me bater". A princípio Demetria ficou furiosa. Era aquele tom condescendente o que a fez dar um murro nele em primeiro lugar. Depois reconheceu pelo que era... Uma tenra advertência. Ele não ia resistir sua teimosia muito mais tempo.
No segundo dia do assédio, ela decidiu que necessitava um pouco de ar fresco... Na realidade, o aroma de todas aquelas flores era verdadeiramente enjoativo... Assim Demetria pegou seu chapéu e se dirigiu para o Jardim de Queen Street.
Adam começou a seguila imediatamente. Não estava brincando quando lhe disse que sua casa estava sendo vigiada. Não tomou o incomodo de mencionar, entretanto, que não havia contratado profissionais para fazer a guarda. Seu pobre e atormentado ajudante de quarto foi que teve aquela honra, e após oito horas consecutivas olhando fixamente pela janela, ficou muito aliviado quando a dama em questão finalmente saiu, e ele pôde abandonar seu posto.
Adam sorriu enquanto Demetria percorria o caminho ao parque com rápidos e eficientes passos, depois franziu o cenho quando se deu conta de que não levava uma donzela com ela. Edimburgo não era tão perigoso como Londres, mas sem dúvida uma gentil dama não se aventurava pela rua sozinha. Este tipo de comportamento deveria cessar uma vez que estivessem casados.
E eles se casariam. Fim da discussão.
Ele ia, não obstante, ter que abordar este assunto com certo grau de sutileza.
Em retrospectiva, a nota expressando seu perdão provavelmente foi um engano. Demônio soube que a incomodaria inclusive enquanto a escrevia, mas não pareceu ajudálo. Não quando, cada vez que se olhava no espelho, era saudado por seu olho roxo.
Demetria entrou no parque e andou a passos largos durante vários minutos até que encontrou um banco desocupado. Sacudiu o pó, sentouse e tirou um livro da bolsa que levou com ela.
Adam sorriu desde sua vantajosa posição cinquenta metros mais longe.
Gostava de olhála. Surpreendeuse de como se sentia contente simplesmente ficando ali sob uma árvore, vendoa ler um livro. Seus dedos se arqueavam delicadamente enquanto ela passava cada página. Teve uma repentina visão dela sentada atrás da escrivaninha da sala anexa a seu quarto em sua casa de Northumberland. Estava escrevendo uma carta, provavelmente a Selena e sorrindo enquanto relatava os acontecimentos do dia.
De repente Adam se deu conta de que este matrimônio não só era o correto, era, além disso, uma boa coisa e ele seria totalmente feliz com ela. Assobiando baixinho, passeou devagar para onde ela estava sentada e se deixou cair ruidosamente perto dela.
—Olá, princesa.
Ela levantou a vista e suspirou, pondo os olhos em branco ao mesmo tempo.
—Oh, é você.
—Decididamente espero que ninguém mais empregue palavras carinhosas contigo.
Ela fez uma careta enquanto contemplava seu rosto.
—Sinto sobre seu olho.
—Oh, já te perdoei por isso, se você não se lembra.
Ela ficou rígida.
—Lembro.
—Sim — murmurou ele. — Estava inclinado a acreditar que o faria.
Ela esperou durante um momento, mais provavelmente por esquecêlo. Depois voltou intencionadamente ao livro e anunciou.
—Estou tentando ler.
—Percebi. Muito bom para você, sabe. Eu gosto de uma mulher que educa sua mente. — Recolheu o volume de seus dedos e o girou para ler o titulo.
— Orgulho e Preconceito. Esta gostando?
—Estava.
Ele ignorou seu dardo enquanto dava uma olhada à primeira página, mantendo a folha com o dedo indicador.
—É uma verdade universalmente conhecida — leu em voz alta — que um simples homem em posse de uma boa fortuna deve procurar esposa.
Demetria tentou recuperar o livro, mas ele o moveu para fora de seu alcance.
—Hmm — refletiu. — Um pensamento interessante. Sem dúvida alguma eu estou procurando uma esposa.
—Vá pra Londres — replicou ela. — Encontrará um monte de mulheres lá.
—E estou em posse de uma boa fortuna. — Inclinouse para diante e sorriu abertamente. — Só em caso de que não tenha se dado conta.
—Não posso dizer como me tranquiliza saber de que você nunca passará fome
Ele riu entre dentes.
—OH, Demetria, por que não renuncia simplesmente? Não pode ganhar desta vez.
—Não acho que haja muitos sacerdotes que casem um casal sem o consentimento da mulher.
—Você consentirá — disse ele em um tom agradável.
—OH?
—Você me ama, lembra?
A boca de Demetria se esticou.
—Isso foi muito tempo atrás.
—O que, dois, três meses? Não faz tanto. Voltará a amar.
—Não da forma em que está agindo.
—Que língua mais afiada — disse ele com um malicioso sorriso. E depois se inclinou para frente. — Para que saiba, é uma das coisas que mais gosto em você.
Ela teve que flexionar os dedos para se segurar e não colocálos ao redor do pescoço dele.
—Acho que estou farta do ar fresco — anunciou ela, segurando o livro com força contra o peito enquanto se levantava. — Vou para casa.
Ele se levantou imediatamente.
—Então a acompanharei, Lady Adam.
Ela deu a volta.
—Do que acaba de me chamar?
—Só provava o nome — murmurou ele. — Fica muito bem, acredito. Deveria se acostumar a isso o mais rápido possível.
Demetria sacudiu a cabeça e reatou o caminho a casa. Ela tentou manter uns poucos passos a frente dele, mas as pernas dele eram mais longas e não teve dificuldade em seguir com ela.
—Eu não gosto de como soa.
—Isso é uma mentira, assim não conta.
Ela pensou durante poucos segundos, ainda caminhando tão rápido como podia.
—Não necessito seu dinheiro.
—É obvio que não. Selena me disse no ano passado que sua mãe te deixou um pequeno legado. Suficiente para viver. Mas é um pouco curto de ideias recusar se casar com alguém porque não deseja ter mais dinheiro, não acha?
Ela chiou os dentes e seguiu caminhando. Chegaram aos degraus que levavam a casa de seus avôs e Demetria subiu. Mas antes que pudesse entrar, a mão de Adam estava sobre seu pulso com pressão suficiente para lhe assegurar que ele tinha perdido a frivolidade.
E, contudo estava ainda sorrindo quando disse.
—Vê? Nenhuma simples razão.
Ela deveria estar nervosa.
—Talvez não — disse com muita frieza — mas não há razão para fazêlo.
—Sua reputação não é uma razão? — Perguntou ele brandamente.
Os olhos dela encontraram os dele com cautela.
—Mas minha reputação não está em perigo.
—Não está?
Ela tomou fôlego
—Não o faria.
Ele deu um encolher de ombros, um minúsculo movimento que enviou um calafrio por sua coluna.
—Geralmente não sou descrito como desumano, mas não me subestime, Demetria. Casarei contigo.
—Por que quer ainda? — Gritou ela.
Ele não tinha que fazer isso. Ninguém estava obrigandoo. Demetria praticamente lhe devotou uma saída em bandeja de prata.
—Sou um cavalheiro — resmungou ele entre dentes — cuido dos meus pecados.
—Sou um pecado? — Sussurrou ela.
Já que o ar tinha sido arrancado de seus pulmões, tudo o que pôde emitir foi um suspiro.
Permaneceu de pé frente a ela, olhandoa tão incômodo como nunca o tinha visto.
—Não deveria ter seduzido você, deveria ter tido melhor critério. E não deveria ter abandonadoa durante tantas semanas seguidas. Para isto não tenho desculpa, salvo meus próprios defeitos. Mas não permitirei que minha honra seja destroçada. — E você se casará comigo.
—Você me quer ou quer sua honra? — Sussurrou ela.
Ele a olhou como se ela se tivesse perdido uma lição importante. E então disse.
—É o mesmo.
28 AGOSTO 1819
Casei com ele.
Foi um casamento pequeno. Minúsculo, na realidade. Os únicos convidados foram os avôs de Demetria, a esposa do vigário e, ante a insistência de Demetria, MacDownes.
Por empenho do Adam, partiram para seu lar em Northumberland diretamente depois da cerimônia, o que, também por insistência dela, foi celebrada há uma hora terrivelmente adiantada assim poderia sair à boa hora para retornar a Roseadle, a reitoria da época da Restauração que o novo casal chamaria de lar.
Depois que Demetria se despediu, ele a ajudou a subir na carruagem, demorando com as mãos na cintura dela antes que ela lhe desse um empurrão. Uma estranha e desconhecida emoção o invadiu, e Adam estava ligeiramente confuso para darse conta de que estava contente.
Casarse com Camille foi muitas coisas, menos pacífico. Adam havia entrado naquela união com um vertiginoso apresso de desejo e excitação que se tornou rapidamente em um desencantado e entristecedor sentido de perda. E quando aquilo terminou tudo o que restou foi raiva.
Gostava bastante da ideia de estar casado com Demetria. Podia depositar sua confiança nela. Nunca o trairia, com seu corpo ou com suas palavras. E embora ele não sentisse a obsessão que sentiu com Camille, desejavaa com uma intensidade que ainda assim não podia acreditar totalmente. Cada vez que a via, sentia seu cheiro, escutava sua voz... A queria. Queria pôr a mão em seu braço, sentir o calor de seu corpo. Queria arrastála para perto, absorvêla enquanto cruzavam os caminhos.
Cada vez que fechava os olhos, voltava até o pavilhão de caça, cobrindo o corpo dela com o seu impulsionado por algo poderoso dentro dele, algo primitivo e possessivo, e francamente um pouquinho selvagem.
Ela foi dele. E seria outra vez.
Entrou na carruagem detrás dela e se sentou no mesmo lado, embora não diretamente junto a ela. Não queria nada mais que acomodarse a seu lado e pôla em seu colo, mas sentia que ela necessitava um pouco de tempo.
Ficariam muitas horas na carruagem naquele dia. Podia permitirse tomar seu tempo.
Observoua durante vários minutos enquanto a carruagem se afastava de Edimburgo. Ela estava apertando com força as dobras de seu vestido de casamento cor verde menta. Os nódulos estavam ficando branco, um testemunho de seus tensos nervos. Duas vezes, Adam estendeu a mão para tocála, depois se conteve inseguro de se sua proposta seria bemvinda. Depois de poucos minutos, não obstante, disse suavemente.
—Se quiser gritar, não a julgarei.
Ela não se virou.
—Estou bem.
—Esta?
Ela engoliu.
—É obvio, acabo de me casar não? Não é o que toda mulher quer?
—É o que você quer?
—É um pouco tarde para preocuparse com isso agora, não acha?
Ele sorriu com ironia.
—Não sou tão horroroso, Demetria.
Ela soltou uma nervosa gargalhada.
—É obvio que não. Você é o que eu sempre quis. Isso é o que esteve me dizendo durante dias, não foi? Sempre te amei.
Achouse desejando que as palavras dela não tivessem um tom tão zombador.
—Venha aqui — disse ele, agarrandoa pelo braço e arrastandoa para seu lado da carruagem.
—Eu gosto de ficar aqui... Espere. Oh!
Ela estava firmemente apertada contra seu flanco, o braço dele era uma barra de aço a seu redor.
—Isto é muito melhor, não acha?
—Agora não posso ver pela janela — disse ela amargamente.
—Não há nada que não tenha visto antes. — Afastou a cortina e deu uma olhada lá fora. — Pode ver mar, árvores, pasto, uma cabana ou duas. Tudo coisas bastante vulgares. —Tomou a mão na dele e ociosamente lhe acariciou os dedos.
— Você gostou do anel? — Perguntou. — É algo simples, eu sei, mas as alianças de ouro simples são um costume em minha família.
A respiração de Demetria se acelerou enquanto as mãos ficavam enfraquecidas por suas carícias
—É lindo. Eu... Não queria nada ostentoso.
—Não achei que quisesse. Você é uma criaturinha bastante elegante.
Ela ruborizou, dando voltas com nervosismo no anel ao redor de seu dedo.
—OH, mas é Selena quem escolhe todos meus modelos.
—Tolices. Estou seguro de que não a deixaria escolher nada chamativo ou estridente.
Demetria o olhou de soslaio. Estava sorrindo brandamente, quase com benevolência, mas seus dedos estavam fazendo coisas eróticas em seu pulso, enviando palpitações e faíscas até seu coração. E então levantou a mão até sua boca, pressionando um irresistivelmente suave beijo na parte interna do pulso.
—Tenho outra coisa para você — murmurou.
Ela não se atrevia a olhálo outra vez. Não se quisesse manter sequer um farrapo de compostura.
—Virese — ordenou ele com suavidade. Pôs dois dedos sob seu queixo e inclinou seu rosto para ele. Rebuscando em seu bolso, extraiu uma caixa de joias recoberta de veludo. — Com toda a pressa desta semana, esqueci te dar um anel de compromisso adequado.
—OH, mas isso não é necessário. — Disse ela rapidamente, não querendo dizer na realidade.
—Calese princesa — disse ele com um sorriso zombador. — E aceite seu presente com elegância.
—Sim, senhor — murmurou ela, tirando a tampa da caixa. Dentro reluzia um diamante de corte oval e emoldurado por duas pequenas safiras. — É lindo, Adam sussurrou ela. — Combina com seus olhos.
—Essa não era minha intenção, lhe garanto — disse ele com voz rouca. Tirou o anel da caixa e o deslizou no fino dedo. — Encaixa?
—Perfeitamente.
—Está segura?
—Muito segura, Adam. Eu... Obrigada. É muita consideração.
Antes que ela pudesse falar mais disso, inclinouse e lhe deu um rápido beijo na bochecha.
Ele capturou seu rosto com as mãos.
—Não serei um marido tão terrível, você verá. — Aproximou o rosto até que seus lábios acariciaram os dela em um delicado beijo.
Ela se inclinou para ele, seduzida por sua afabilidade e os suaves murmúrios de sua boca.
— Tão suave — sussurrou ele, tirando as forquilhas do cabelo dela até que pôde deslizar as mãos através dele. — Tão suave, e tão doce. Nunca sonhei...
Demetria arqueou o pescoço para permitir um melhor acesso dos lábios.
—Nunca vez sonhou o que?
Ele moveu os lábios ligeiramente através do pescoço dela.
—Que você seria assim. Que eu te desejaria assim. Que isto poderia ser assim.
—Eu sempre soube. Sempre soube.
As palavras escaparam antes que pudesse considerar a sabedoria de dizêlas, e depois decidiu não preocuparse. Não quando ele estava beijandoa assim, não quando sua respiração estava saindo em ofegos irregulares juntado com os dela mesma.
—É tão inteligente — murmurou ele. — Deveria têla escutado há muito tempo.
Começou a afrouxar o vestido dos ombros, depois pressionou os lábios contra a parte alta de seus seios e o fogo disso demonstrou ser muito para Demetria. Arqueou para baixo contra ele, e seus dedos foram aos botões do vestido, ela não ofereceu resistência. Em segundos, seu vestido deslizou para baixo e a boca dele encontrou a ponta de seu seio.
Demetria gemeu pela surpresa e o prazer.
—OH, Adam, eu... — Suspirou. — Mais...
—Uma ordem que eu estou encantado em obedecer. — Os lábios se moveram ao outro seio, onde repetiram a mesma tortura.
Ele beijou e sugou, e todo o tempo, suas mãos vagavam. No alto de sua perna, ao redor de sua cintura... Era como se estivesse tentando marcála, marcála para sempre como dele.
Sentiuse lasciva. Sentiuse feminina. E sentiu uma necessidade que queimava desde algum estranho, acalorado lugar, profundo dentro dela.
—Amo você — disse ela em voz baixa, os dedos enterrados no cabelo dele. —
Quero... —Os dedos dele se passearam mais acima, para sua mais sensível carne.— Quero isso.
Ele riu entre dentes contra seu pescoço.
—Ao seu serviço, Lady Adam.
Ela nem sequer teve tempo de surpreenderse por seu novo nome. Ele estava fazendo algo, Deus querido, nem sequer sabia o que e tudo o que podia fazer era não gritar.
E então ele afastou, não os dedos; ela o teria matado se tivesse tentado, mas sim sua cabeça, apenas o suficiente longe para baixar o olhar até ela com um delicioso sorriso.
—Sei outra coisa que você gostará. — Zombou.
Os lábios de Demetria se separaram com entrecortada surpresa enquanto ele afundava os joelhos no chão da carruagem.
—Adam? — Sussurrou, porque sem dúvida ele não poderia fazer nada dali debaixo. Sem dúvida ele não poderia...
Ela ofegou enquanto a cabeça dele desaparecia sob suas saias.
Depois ofegou outra vez quando o sentiu quente e exigente, beijando um atalho ao longo de sua coxa.
E depois não houve mais dúvidas de sua intenção. Seus dedos, os que tinham estado fazendo tão magnífico trabalho excitandoa, mudaram de posição. Estava mantendoa aberta, ela violentamente se deu conta, separandoa, preparandoa para...
Seus lábios.
Depois daquilo houve muito pouco pensamento racional. Tudo o que havia sentido a primeira vez, e a primeira vez foi muito boa, de fato, não era nada comparado com isto. A boca era malvada e ela estava enfeitiçada. E quando ela parecia despedaçada, era com cada pingo de seu corpo, cada gota de sua alma.
Céu pensou tentando encontrar o fôlego desesperadamente. Como podia alguém sobreviver a algo como isto?
O sorridente rosto de Adam apareceu de repente diante dela.
—Seu primeiro presente de casamento — disse ele.
—Eu... Eu...
—Obrigada será suficiente — disse ele, descarado como sempre.
—Obrigada — sussurrou ela.
Ele a beijou brandamente na boca.
—De nada.
Demetria o observou enquanto ele arrumava o vestido, cobrindoa cuidadosamente e acabando com uma platônica carícia no braço. Sua paixão parecia ter esfriado completamente, enquanto que ela ainda se sentia como se uma chama estivesse lambendoa de dentro para fora.
—Você não... Er não há...
Um irônico sorriso tocou seus traços.
—Não há nada que queira mais, a menos que queira sua noite de núpcias em uma carruagem em movimento, encontrarei uma forma de me abster.
—Isso não foi uma noite de núpcias? —Perguntou ela duvidosamente.
Ele sacudiu a cabeça.
—Só um pequeno prazer para você.
—OH.
Demetria estava tentando recordar por que foi contra o casamento tão ferozmente. Uma eternidade de pequenos prazeres soava bastante delicioso.
Com o corpo esgotado, sentia uma frouxidão descendo sobre ela, e se acomodou sonolenta ao lado dele.
—Faremos de novo? — Resmungou ela, enrolandose na suavidade dele.
—OH, sim — murmurou sorridente enquanto a observava dormir. — Prometo isso