Adam estava tão
ocupado pensando em quanto gostaria de tocar Demetria em qualquer e por toda
parte — que esqueceu por completo que ela deveria estar congelando o traseiro
no outro cômodo. Só quando se deu conta de que por fim estava aquecido lhe
ocorreu que ela não estava. Amaldiçoando uma e outra vez e dez vezes mais por
ser um idiota, levantou‐se e caminhou a passos largos para a porta que ela tinha fechado
entre ambos. Abriu de um puxão e proferiu outra fileira de maldições quando a
viu aconchegada no chão, tremendo violentamente.
—Pequena tola —
disse. — Tenta se matar?
Ela levantou a vista,
seus olhos se alargaram ao vê‐lo. Adam lembrou de repente que estava semi‐vestido.
—Merda — murmurou
para si mesmo, então sacudiu a cabeça com exasperação e a puxou até colocá‐la
de pé.
Demetria saiu de seu
atordoamento e começou a lutar.
—O que está fazendo?
—Te devolvendo um
pouco de sentido comum.
—Estou perfeitamente
bem — disse, embora seus estremecimentos fossem a prova de que mentia.
—Estou vendo como.
Estou congelando, só de falar contigo. Venha para junto do fogo.
Ela olhou com desejo
as alaranjadas chamas que chispavam no cômodo ao lado.
—Só se ficar aqui.
—Bem — disse ele.
Tudo para que ela ficasse aquecida. Com um empurrão pouco amável, dirigiu‐a na
direção adequada.
Demetria se deteve
perto do fogo e estendeu as mãos para frente. Um baixo gemido de felicidade
escapou de seus lábios, viajando ao outro lado do quarto e o golpeando
diretamente no estômago.
Deu um passo para
frente, fascinado pela pálida e quase translúcido pele do dorso de seu pescoço.
Demetria voltou a
suspirar então se virou para esquentar as costas. Afastou alguns centímetros de
um salto, sobressaltada ao vê‐lo tão perto.
—Disse que iria —
acusou.
—Menti. —Adam deu um
encolher de ombros. — Não tenho o menor pingo de fé de que irá se secar
apropriadamente.
—Não sou uma menina.
Ele lançou uma olhada
aos seios dela. O vestido era branco e grudou na pele como estava, poderia
distinguir a escura cor róseas de seus mamilos.
—É óbvio que não.
Os braços dela voaram
aos seios.
—Vire‐se
se não quer que a olhe.
Ela o fez, mas não
antes de ficar com a boca aberta ante sua audácia.
Adam observou suas
costas durante um longo momento. Era quase tão adorável como era parte da
frente. A pele do pescoço era de alguma forma bela e poucos cachos de cabelo
haviam escapado do penteado e se curvavam devido à umidade. Cheirava como rosas
umedecidas, e custaram todas suas forças não elevar a mão e deslizá‐la
ao longo daquele braço.
Não, não pelo braço,
pelos quadris. Ou talvez pela perna. Ou talvez...
Ele respirou de forma
entrecortada.
—O que foi? — Ela não
se virou, embora sua voz soasse nervosa.
—Nada absolutamente.
Está esquentando?
—OH, sim — mas
inclusive enquanto dizia aquilo, estremeceu.
Antes que Adam desse
a si mesmo a oportunidade de pensar nisso, elevou a mão e desabotoou a saia.
Da boca dela emergiu
um estrangulado grito.
—Nunca ficará aquecida
com esta coisa grudada a você como um pedaço de gelo. — Começou a puxar o
tecido para baixo.
—Não acho que... Sei
que... Isto realmente...
—Sim?
—É uma má ideia.
—Provavelmente. — A
saia caiu ao chão em um montão empapado, deixando Demetria vestida unicamente
com a fina blusa, que estava grudada como uma segunda pele.
—OH, Meu Deus.
—Tentou se cobrir, mas obviamente não sabia por onde começar. Cruzou os braços,
logo baixou uma mão para cobrir o lugar onde se uniam as pernas. Então deve ter
se dado conta de que não estava nem sequer de cara com ele, assim levou as mãos
aos lados e as colocou sobre o traseiro.
Adam quase esperou
que o apertasse.
—Poderia, por favor,
simplesmente ir? — Disse em um mortificado sussurro.
Queria fazê‐lo.
Querido Deus, sabia que deveria obedecer ao pedido. Mas suas pernas se negavam
firmemente a mover‐se, e não podia afastar os olhos da visão do requintadamente
redondo traseiro coberto pelas esbeltas mãos.
Mãos que tremiam de
frio.
Amaldiçoou outra vez,
recordando o porquê tirou a saia dela.
—Aproxime‐se
mais do fogo — ordenou.
—Mais perto e
entrarei na lareira! — espetou. — Somente saia daqui.
Ele retrocedeu um
passo. Gostava mais quando expulsava fogo.
—Fora!
Caminhou até a porta
e a fechou. Demetria ficou totalmente quieta durante um momento, então por fim
deixou cair à manta que tinha ao redor dos ombros enquanto se ajoelhava ante o
fogo.
O coração de Adam
pulsou com força no peito, tão alto, de fato, que se surpreendeu de que não
tivesse delatado sua presença.
Demetria suspirou e
se sentou.
Adam ficou inclusive
mais duro, uma proeza que não achava possível.
Ela afastou as
pesadas tranças do pescoço e moveu a cabeça ao redor languidamente.
Adam gemeu.
O coração de Demetria
deu um pulo.
—Patife! —Cuspiu,
esquecendo de se cobrir.
—Patife? —Teve que
elevar uma sobrancelha ante a antiquada palavra.
—Patife, libertino,
demônio, como quiser chamar.
—Culpado, receio.
—Se fosse um
cavalheiro, sairia daqui.
—Mas você me ama —
disse, sem estar seguro de por que recordava isso.
—É horrível por falar
disso — sussurrou ela.
—Por quê?
Demetria o olhou
duramente assombrada de que tivesse perguntado.
—Por que te amo? Não
sei. Certamente não merece.
—Não — concordou ele.
—De todas as
maneiras, não tem importância. Não acredito que continue te amando — disse
rapidamente. Algo para preservar seu machucado orgulho. — Tinha razão. Foi uma
teimosia de colegial.
—Não, não foi. E não
se deixa de estar apaixonada por alguém com tanta rapidez.
Demetria arregalou os
olhos. O que Adam estava dizendo? Queria seu amor?
—Adam, o que quer?
—Você. — As palavras
foram apenas um sussurro, como se com muita dificuldade tivesse coragem
suficiente para dizê‐las.
—Não, não é verdade —
disse, mais por nervos que por outra coisa. — Você disse.
Ele deu um passo a
frente. Iria ao inferno por aquilo, mas primeiro iria ao céu.
—Quero você — disse.
E era verdade. Desejava‐a com mais força, com mais ardor e intensidade do que sequer
poderia compreender. Aquilo ia mais à frente do desejo.
Além da necessidade.
Era inexplicável, e
certamente era irracional, mas estava ali e não podia ser negado.
Lentamente, diminuiu
a distância entre ambos. Demetria ficou paralisada junto ao fogo, seus lábios
se entreabriram, a respiração ficou superficial.
—O que vai fazer? —sussurrou.
—Deveria ser óbvio
neste momento. — E em um único e fluido movimento, inclinou‐se
para frente e a levantou.
Demetria não se
moveu, não lutou contra ele. O calor do corpo de Adam era embriagador. Encheu‐a,
derretendo os ossos, fazendo‐a se sentir deliciosamente lasciva.
—OH, Adam — suspirou.
—OH, sim. —Os lábios
dele desenharam uma linha pela mandíbula dela enquanto a deixava com suavidade
e reverência sobre a cama.
No último momento,
antes de cobrir seu corpo com o dele, Demetria só pôde olhá‐lo,
pensando que sempre o amou que cada um de seus sonhos, cada pensamento ao
despertar, tinha conduzido aquele momento. Ele ainda não havia pronunciado as palavras
que fariam que seu coração voasse, mas agora aquilo não parecia importar.
Os olhos dele
resplandeciam brilhantes, com tanta intensidade que Demetria pensou que devia
gostar dela ao menos um pouco. E aquilo pareceu ser suficiente.
Suficiente para fazer
aquilo possível.
Suficiente para que
fosse correto.
Suficiente para que
fosse perfeito.
Demetria se afundou
no colchão quando o peso dele se assentou sobre ela.
Elevou a mão para
tocar o espesso cabelo.
—É tão suave —
murmurou. — Que desperdício.
Adam levantou a
cabeça e baixou a vista para ela com assombro.
—Desperdício?
—Em um homem — disse
com um sorriso tímido. — Como os cílios longos. As mulheres matariam por isso.
—Matariam, não é
verdade? — Ele sorriu. — E como qualificaria meus cílios?
—Muito, muito longos.
—E você mataria por
cílios assim?
—Mataria pelos seus.
—Sério? Não acha que
são um pouco claro para seu cabelo escuro?
Ela bateu nele de
brincadeira.
—Quero seus cílios
piscando contra meu rosto, não em minhas pálpebras, tolo.
—Acaba de me chamar
tolo?
Ela sorriu
abertamente.
—Sim.
—Acha que isto é ser
tolo? — Moveu a mão para cima por sua perna nua.
Ela negou com a
cabeça, o fôlego abandonou seu corpo em segundos.
—E isto? — A mão dele
se fechou sobre o seio.
Ela gemeu
incoerentemente.
—É?
—Não. — Ela conseguiu
dizer.
—Como se sente?
—Bem.
—Isso é tudo?
—Maravilhoso.
—E?
Demetria respirou de
forma irregular, tentando não concentrar‐se no dedo indicador dele, que
riscava preguiçosos círculos através da fina seda que cobria seu enrugado
mamilo. E disse a única palavra que parecia descrever.
—Faiscante.
Ele sorriu com
surpresa.
—Faiscante?
A única coisa que
pôde fazer foi assentir. O calor dele a tocava em toda parte e era tão sólido,
tão duro e tão masculino... Demetria se sentia como se estivesse deslizando
pela borda de um precipício. Estava caindo, caindo, mas não queria ser salva.
Só queria levá‐lo com ela.
Ele estava
mordiscando sua orelha, em seguida a boca estava no vão de seu ombro, os dentes
puxando o fio fino da blusa.
—Como se sente?
—Perguntou ele com voz rouca.
—Ardendo. — Era a
única palavra que parecia descrever cada centímetro de seu corpo.
—Mmmm, bom. Assim é
como eu gosto. — A mão penetrou sob o sedoso tecido e embalou um seio nu.
—OH, Deus! OH, Adam!
—Arqueou as costas para ele, lhe dando sem querer um melhor acesso.
—Deus ou eu? — Disse
ele zombador.
A respiração de Demetria
saía em curtos ofegos.
—Não... ... Sei.
Adam deslizou sua
outra mão sob a ponta da blusa e a empurrou para cima até que sentiu a suave
curva do quadril.
—Dadas as
circunstâncias — murmurou contra o pescoço, — acredito que sou eu.
Ela sorriu
fracamente.
—Por favor, nada de
religião. — Não necessitava que recordassem que suas ações iam contra qualquer
princípio que lhe foi ensinado na igreja, no colégio, em casa e em qualquer
outro lugar.
—Com uma condição.
Ela abriu os olhos
como pratos, interrogante.
—Tem que tirar esta
condenada coisa.
—Não posso. — Afogou‐se
com as palavras.
—É adorável e suave e
comprarei centenas delas, mas se não se livrar dela agora mesmo disto, a
deixarei em farrapos. — Para demonstrar sua urgência, apertou seu quadril mais
perto dela, recordando a intensidade de sua excitação.
—Simplesmente não
posso. Não sei por que. — Engoliu saliva. — Mas você pode.
Um dos cantos da boca
de Adam se elevou em um ardiloso sorriso.
—Não era a resposta
que esperava, mas certamente é uma resposta que aceito. — Ajoelhou‐se
sobre ela e empurrou a camisa mais e mais acima até que deixou os seios a
mostra e a deslizou pela cabeça.
Demetria sentiu o ar
frio soprar sobre a pele nua, mas, por estranho que parecesse, já não sentia a
necessidade de cobrir‐se. Parecia perfeitamente normal que aquele homem pudesse ver e
tocar cada centímetro de seu corpo. Os olhos dele varreram possessivos, sua
pele acesa e se sentiu excitada ante a ferocidade da expressão dele. Queria
pertencer a ele de todas as maneiras que uma mulher poderia pertencer a um
homem. Queria perder‐se em seu ardor e força.
E queria que ele se
entregasse a ela com igual totalidade.
Ele levantou a mão e
a colocou contra seu peito, deixando que as pontas dos dedos roçassem o plano
mamilo marrom. Ele se estremeceu em resposta.
—Fiz algo de errado?
— Sussurrou ansiosa.
Ele negou com a
cabeça.
—Outra vez — disse em
tom áspero.
Imitando a carícia
prévia, agarrou a ponta do mamilo entre o polegar e o indicador. Endureceu sob
sua carícia, fazendo‐a sorrir de prazer. Como se fosse uma menina descobrindo um
brinquedo novo elevou a mão para um lado para brincar com o outro. Adam, dando‐se
conta da rapidez que estava perdendo o controle sob os curiosos dedos dela, pôs
a mão sobre as dela, mantendo‐as imóvel. Olhou‐a durante um minuto inteiro, com os olhos azuis ferozes. Seu olhar
era tão intenso que Demetria teve que lutar contra a urgência de afastar o
olhar. Mas se obrigou a manter o olhar ao nível do dele. Queria que soubesse
que não estava assustada, que não sentia vergonha. E mais importante ainda, que
dizia a sério quando disse que o amava.
—Me toque —
sussurrou.
Mas ele parecia
congelado no lugar, a mão ainda sustentando o seio. Parecia estranho, dividido,
quase... Assustado.
—Não quero te fazer
mal — disse rouco.
E ela não sabia como
terminou se assegurando que tudo ficaria bem, mas murmurou.
—Não o fará.
—Eu...
—Por favor — rogou.
Necessitava‐o. Necessitava‐o agora.
Seu apaixonado rogo
abriu passo pelas reservas de Adam, e com um grunhido a empurrou para cima
contra ele para beijá‐la com dureza antes de voltar e descê‐la até
a cama. E desta vez desceu junto com ela, a dura longitude de seu corpo pressionava
seus seios. As mãos dele estavam por toda parte, estava gemendo seu nome, cada
carícia e cada som parecia atiçarem a chama em seu interior.
Precisava senti‐lo.
Cada centímetro.
Puxou o improvisado
kilt, desejando desfazer‐se da última barreira entre eles.
Sentiu a fricção
enquanto deslizava e então não houve nada mais ali... Exceto
Adam.
Ofegou ante a
excitação dele.
—OH, Meu Deus.
E aquilo, o feito
rir.
—Não, só eu. —
Enterrou o rosto no vão do pescoço dela. — Já disse isso.
—Mas é tão...
—Grande? —Sorriu
contra ela. — É sua culpa, céu.
—OH, não. —Retorceu‐se
baixo ele. — Não posso ter feito isso.
Ele se pressionou
mais firmemente contra ela.
—Shhh.
—Mas quero...
—Fará. —Silenciou‐a
com um ardente beijo, não completamente seguro do que acabava de prometer. Uma
vez que a teve gemendo outra vez, afastou a boca da dela e forjou um ardente
atalho até o umbigo. Sua língua riscou um círculo ao redor e se introduziu
escandalosamente dentro. As mãos estavam em suas coxas, abrindo‐as
com facilidade, estendendo para sua invasão.
Queria beijá‐la.
Devorá‐la, mas não achou que estivesse pronta para uma intimidade assim e
em lugar disso, empurrou uma de suas mãos...
E deslizou um dedo no
interior dela.
—Adam! — gritou, e
ele não pôde evitar um sorriso de satisfação. Moveu levemente o polegar sobre
as suaves e róseas dobras, revelando‐se na forma em que ela se
retorcia embaixo dele. Teve que manter os quadris parado com a mão livre para evitar
que caísse da cama.
—Se abra para mim —
gemeu, arrastando sua boca de volta a dela.
A ouviu soltar um
pequeno grito de prazer e suas pernas pareceram quase derreter‐se,
deslizando‐se ainda mais longe até que a ponta de sua ereção pressionou contra
ela, provando sua suavidade. Adam moveu os lábios até sua orelha e sussurrou.
—Agora vou te amar.
Ela assentiu, sem
fôlego.
—Vou fazê‐la
minha.
—OH, sim, por favor.
Moveu‐se
lentamente para frente, paciente contra a apertada inocência. Estava matando‐o,
mas ia se segurar. Queria mais que nada no mundo afundar‐se
nela com fortes e furiosos embates, mas aquilo teria que esperar para outro
momento. Não na primeira vez.
—Adam? — Sussurrou, e
ele se deu conta de que tinham permanecido quieto alguns segundos. Apertando os
dentes, retirou‐se lentamente até que unicamente sua ponta ficou dentro dela.
Demetria se agarrou
com força a seus ombros.
—OH, não, Adam. Não
vá!
—Shhhh. Não se
preocupe. Continuo aqui. —Voltou a entrar.
—Não me deixe —
sussurrou ela.
—Não o farei.
—Alcançou sua virgindade e grunhiu ante a resistência. — Isto vai doer, Demetria.
—Não me importa.
—Seus dedos lhe cravaram na pele.
—Talvez depois importe.
—Pressionou um pouco mais à frente, tentando‐o com tanto cuidado como
podia.
Ela arqueou‐se
embaixo dele, gemendo seu nome. Os braços envoltos ao redor de seu corpo, e
seus dedos pressionando espasmodicamente em suas costas.
—Por favor, Adam —
rogou. — OH, por favor. Por favor, por favor.
Incapaz de continuar
se controlando, Adam se afundou até o final, estremecendo‐se
ante a deliciosa sensação dela apertada a seu redor. Mas Demetria ficou rígida
embaixo dele e a viu fazer uma careta de dor.
—Sinto muito — disse
com rapidez, tentando ficar quieto e ignorar as dolorosas demandas de seu
corpo. — Sinto muito. Sinto muito. Dói?
Ela apertou os olhos
e negou com a cabeça.
Ele apagou as
pequenas lágrimas que estavam se formando no canto de seus olhos com beijos.
—Não minta.
—Só um pouco —
admitiu em um sussurro. — Foi mais a surpresa que outra coisa.
—Melhorará — disse
ardentemente. — Prometo. — Apoiou‐se em seus antebraços para
mantê‐la livre de seu peso, e se moveu de novo lentamente, com embates
seguros, cada um trouxe uma sacudida de desejo com sua suave fricção.
Enquanto isso tinha a
mandíbula apertada com concentração, cada músculo do corpo tenso e apertado com
a tensão de manter‐se controlado. Dentro e fora, dentro e fora, recitava para si
mesmo. Se saísse do ritmo só por um segundo, perderia o controle por completo.
Tinha que manter por ela. Não estava preocupado por ele, sabia que alcançaria o
céu antes que a noite acabasse.
Mas sim por Demetria...
Tudo o que sabia é que sentia uma intensa responsabilidade por garantir que ela
também encontrasse o êxtase. Nunca esteve com uma virgem, assim não estava
seguro até que ponto seria possível, mas por Deus, ia tentar. Temia que
inclusive, falar o fizesse estalar, mas conseguiu dizer:
—Como se sente?
Demetria abriu os
olhos e piscou.
—Bem. — Soava
surpreendida. — Já não dói.
—Nem um pouco?
Ela negou com a
cabeça.
—Sinto‐me
muito bem... E faminta. — Fez correr seus dedos vacilantes pelas costas dele.
Adam se estremeceu
ante seu toque leve como a pluma e sentiu como escapava o controle.
—Como se sente você?
— Sussurrou ela. — Também está faminto?
Ele grunhiu algo que
ela não pôde entender e começou a mover‐se mais rápido.
Demetria sentiu seu
abdômen apertar‐se, logo uma insuportável tensão.
Começaram a lhe
formigar os dedos das mãos e dos pés, e então, quando esteve segura de que seu
corpo se romperia em centenas de pequenas peças, algo em seu interior se
partiu, e os quadris elevaram para fora do colchão com tanta força que inclusive
o levantou.
—OH, Adam! — Chiou. —
Ajude‐me!
Ele bombeou para
frente mais lento.
—Farei — gemeu. —
Juro. — E então gritou, seu rosto se contorceu como se sentisse dor, e por fim,
exalou, derrubando‐se contra ela.
Jazeram unidos
durante alguns minutos, úmidos pelo esforço. Demetria adorou o peso dele sobre
ela, adorou o sentimento de lânguida satisfação. Tocou ociosamente o cabelo com
a mão, desejando que o mundo ao redor deles simplesmente desaparecesse. Durante
quanto tempo poderiam permanecer assim, a salvo no pequeno pavilhão de caça, antes
que sentissem falta deles?
—Como se sente?
—Perguntou ela brandamente.
Os lábios dele se
curvaram em um juvenil sorriso.
—Como acha que me
sinto?
—Bem, espero.
Rodou em cima dela,
apoiou‐se sobre um cotovelo e a agarrou por debaixo do queixo com dois
dedos.
—Bem, sei — disse,
enfatizando deliberadamente a última palavra.
Demetria sorriu. Não
podia esperar nada melhor que aquilo.
—Que tal você?
—Perguntou em voz baixa, a preocupação marcando seu cenho franzido. — Está
dolorida?
—Não acredito. —Moveu‐se
para verificar seu corpo. — Talvez depois.
—Ficará.
Demetria franziu o
cenho. Então, tinha muita experiência em desflorar virgens?
Havia dito que Camille
já estava grávida quando se casaram. E afastou o pensamento de sua mente. Não
queria pensar em Camille. Agora não. A esposa morta do Adam não tinha lugar na
cama com eles.
E se encontrou
fantasiando com bebês. Pequenos loiros, com brilhantes olhos azuis, sorrindo
com regozijo. Um Adam em miniatura, isso é o que queria. Supunha que um bebê
poderia parecer‐se com ela e ter que carregar com sua singular cor, mas em sua
mente, era todo Adam, dos pés à cabeça.
Quando finalmente
abriu os olhos, viu‐o olhando‐a, e a tocou a boca, junto à comissura que se esteve curvando para
cima.
—Porque você estava
tão absorta? — Murmurou, com a voz carregada de satisfação.
Demetria evitou seu
olhar, envergonhada pela direção de seus pensamentos.
—Nada importante —
murmurou. — Ainda chove?
—Não sei — respondeu,
e se levantou para dar uma olhada pela janela.
Demetria empurrou os lençóis
sobre seu corpo nu, desejando não ter perguntado pelo tempo. Se tivesse deixado
de chover, teriam que voltar para a casa principal. Certamente, a essas alturas
já tinham sentido falta deles. Poderiam afirmar que tinham procurado refúgio
sob a chuva, mas aquela desculpa soaria falsa se não voltassem assim que tempo
melhorasse.
Adam voltou a colocar
as cortinas no lugar e se virou para ficar frente a ela, e Demetria conteve o
fôlego ante a pura e masculina beleza dele. Tinha visto desenhos de estátuas
nos muitos livros de seu pai, e inclusive possuía uma miniatura da estátua de David.
Mas nada se comparava ao homem vivo de pé ante ela, e baixou a vista ao chão,
temendo que o mero fato de vê‐lo voltasse a seduzi‐la.
—Ainda chove — disse
sereno. — Mas está limpando. Deveríamos limpar nossa... Hein desordem, assim
estaremos preparados para ir ao momento em que a chuva passe.
Demetria assentiu.
—Poderia pegar minha
roupa?
Elevou uma
sobrancelha.
—Modéstia agora?
Ela assentiu. Talvez
fosse algo tolo, depois de seu comportamento lascivo, mas não era tão
sofisticada para levantar‐se nua da cama com alguém mais no aposento.
Inclinou a cabeça
para a saia, que estava ainda sobre o chão em um monte.
—Poderia, por favor?
Recolheu‐a e
a estendeu. Ainda estava úmida em alguns lugares posto que
Demetria não se
preocupasse em estendê‐la, mas ficou perto o suficientemente do fogo, não seria tão
horrível. Vestiu‐se com rapidez e arrumou a cama, apertando com cuidado e esticando
bem os lençóis, com viu as donzelas fazerem em casa. Foi um trabalho mais duro
do que esperava, pela cama estar contra a parede.
Quando por fim tanto
eles como o pavilhão estavam apresentáveis, a chuva havia diminuído até
converter‐se em uma vaga garoa.
—Suponho que nossas
roupas não se molharão muito mais do que já estão ‐ disse
Demetria enquanto colocava a mão pela janela para avaliar a chuva.
Ele assentiu, e se
colocaram a caminho de volta à casa principal. Não disse nada, e Demetria
tampouco foi capaz de romper o silêncio. O que ia acontecer agora?
Tinha que casar‐se
com ela? Deveria, é obvio se era o cavalheiro que sempre pensou que fosse,
faria, mas ninguém sabia que foi comprometida. E ele a conhecia o suficientemente
bem para não se preocupar de que contasse a alguém para apanhá‐lo em
matrimônio.
Quinze minutos
depois, encontravam‐se diante dos degraus que conduziam à porta principal de Chester
House. Adam fez uma pausa e, olharam Demetria, seus olhos sérios e decididos.
—Ficará bem?
—Perguntou amavelmente.
Ela piscou várias
vezes. Por que estava perguntando isso agora?
—Não poderemos
conversar uma vez estejamos lá dentro — explicou Adam.
Ela assentiu,
tratando de ignorar a sensação de desgosto de seu estômago. Algo não ia bem.
Ele clareou a
garganta e puxou a gola como se a gravata estivesse muito apertada. Voltou a
clareou a garganta, e voltou a fazê‐lo uma terceira vez.
—Irá me notificar se
surgir alguma situação pela qual devamos agir com rapidez.
Demetria assentiu uma
vez mais, tentando discernir se aquilo tinha sido uma afirmação ou uma
pergunta. Um pouco de ambas, decidiu. E não estava segura de por que isso
importava.
Adam respirou fundo.
—Necessitarei um
pouco de tempo para pensar.
—No que? — Perguntou,
antes de ter a oportunidade de pensar melhor.
Não deveria ser tudo
simples agora? O que ficava para pensar?
—Sobre mim mesmo,
principalmente — disse, com a voz ligeiramente rouca, e possivelmente um pouco
distante. — Mas a verei dentro de pouco e arrumarei tudo.
— Não tem que se
preocupar.
E então, posto que Demetria
estivesse farta de esperar, e farta de ser tão malditamente conveniente, deixou
escapar.
—Vai casar comigo?
Porque Por Deus, era
como se o homem estivesse falando através da névoa.
Ele pareceu surpreso
pela estridente pergunta dela, mas ainda assim, disse bruscamente.
—É obvio. — E
enquanto Demetria esperava o júbilo que sabia que deveria sentir, ele
acrescentou. — Mas não vejo razão para nos apressarmos a menos que se apresente
uma razão de peso.
Ela assentiu e
engoliu saliva. Um bebê. Queria casar com ela só se houvesse um bebê. Faria
acontecesse o que acontecesse, mas quando acontecesse.
—Se nos casarmos
agora mesmo — disse — seria óbvio porque temos que fazê‐lo.
—Que você tem que
fazer — murmurou Demetria.
Ele se inclinou para
frente.
—Umm?
—Nada. — Porque seria
humilhante voltar a dizer. Porque já era humilhante ter dito uma vez.
—Deveria entrar —
disse ele.
Ela assentiu. Estava
ficando uma perita em assentir.
Sempre um cavalheiro,
Adam inclinou a cabeça e segurou o braço de Demetria.
Então a conduziu ao
salão e agiu como se não tivesse nada pelo que se preocupar.
3 DE
JULHO DE 1819
E
depois do que aconteceu, não voltou a me dirigir a palavra nenhuma única vez.
e o que acham que ele fará agora? deflorou ela, antes do casamento tsc tsc
Shikshin
Alligator Yoong
Shikshin
Alligator Yoong
Dance Queen
Black Pearl
Miyoung
Kid Leader(1ªbias)
Sunny Bunny(2ªbias)
Maknae
Ice Princess(3ªbias)
Best group by South Korea
Own eles juntos que amor.
ResponderExcluirMas esse final de "ainda vou pensar no casamento" vai dar merda tô até vendo
POSTA LOGO
Adoreiii, mas tem um detalhe.....o lençol com o sangue , não teve nada sobre isso, podem descobrir por causa disso. Mas como a Demi arrumou a cama, talvez não tenha sangrado , mas enfim. Adorei, posta logo
ResponderExcluir