—
É, de fato não devíamos — Demetria concordou, afagando os ombros e o peito de Joseph,
ao mesmo tempo em que jogava a cabeça para trás, permitindo que ele lhe
beijasse o pescoço.
—
Não estou tendo o devido respeito para com você — ele sussurrou no ouvido de Demetria,
que sentiu um arrepio da cabeça aos pés. Podia ser desrespeitoso, mas estava
muito bom.
—
Me peça para parar — Joseph murmurou, descendo os lábios pelo pescoço lânguido.
Demetria
abriu a boca e soltou um gemido quando ele enfiou a mão pela abertura da
camisola e acariciou lhe o seio.
—
Talvez... — Joseph acariciou lhe a pele macia e ela arqueou o corpo, invadida
por sensações estranhas. Seus músculos latejavam de excitação e uma sensação de
calor apoderava-se de suas partes íntimas.
—
Talvez, o quê? — Joseph perguntou ofegante.
—Talvez
você deva me beijar de novo — disse Demetria arfando, embora soubesse que não
era isso que deveria dizer.
Joseph
deixou escapar dos lábios um pequeno murmúrio e cobriu os lábios dela com os
seus.
Demetria
afagou os cabelos macios, retribuindo os beijos com o mesmo ardor e, pela
primeira vez, sentiu viva cada uma das partes de seu corpo como nunca havia
acontecido antes.
Em
virtude de sua inexperiência, no íntimo, tudo o que preocupava Demetria era não
estar correspondendo da maneira certa, mas essa preocupação desapareceu quando Joseph
soltou um som gutural e seus beijos tornaram-se mais ardentes e exigentes.
Aquela reação só poderia ser por estar retribuindo à altura. Então ele a
recostou na cama.
—
Só um pouquinho — murmurou Joseph, interrompendo o beijo.
—
Está bem — Demetria concordou, só desejando que o prazer que estava sentindo
não acabasse.
—
Só vou tocar um pouquinho em você e prometo que depois eu paro — disse Joseph,
e a ideia lhe agradou.
Demetria
queria que aqueles momentos durassem uma eternidade. Nunca havia se sentido tão
desejada e viva.
Quando
Joseph começou a beijar-lhe o seio, Demetria percebeu que ele estava totalmente
descoberto. Joseph havia desabotoado vários botões de sua camisola, sem que ela
tivesse percebido. O calor da boca brincando com seu mamilo teve o efeito de
uma chama acendendo todo o seu corpo.
—
Oh — gemeu, passando as mãos dos cabelos para os ombros dele. Tentou então
tirar o colete de Joseph, puxando-o dos ombros. O colete desceu um pouquinho e
acabou interceptando o movimento dos braços de Joseph, que acabou fazendo uma
pausa para tirá-lo ele mesmo.
Demetria
deixou que suas mãos deslizassem pelo tecido fino da camisa de Joseph. Não se
contendo, levantou o tecido, desejando tocar a pele macia. Joseph parou de
brincar com seu mamilo e um “não” quase suplicante escapou-lhe dos lábios. Ele
tornou a beijá-la e Demetria puxou o resto da camisa para fora das calças,
acariciando as costas.
Joseph
gemeu e seus beijos tornaram-se mais fortes e sua língua mais exigente; quando
se sobrepôs ao corpo de Demetria, ela pôde sentir toda a virilidade dele ao
entreabrir um pouquinho as pernas. Estremeceu de prazer, cravando as unhas nas
costas de Joseph.
—
Por Deus, Demetria — ele pediu, afastando seus lábios dos dela para beijá-la
por todo o rosto. — Precisamos parar.
—
Oh, Joseph — Demetria gemeu de prazer, enrijecendo o corpo quando a mão dele
acariciou suas pernas e Joseph deslizou os lábios por seu pescoço.
—
Peça-me para parar — Joseph implorou, fazendo uma pausa para tirar a camisa,
curvando-se depois para beijar e sugar o seio de Demetria.
Demetria
ofegante, enterrou as unhas nas costas dele e arqueou o quadril para que ele
pudesse acariciar suas partes íntimas.
A
mão de Joseph deslizou de suas pernas na tentativa de pegar a bainha de sua
camisola e a suspender até as coxas. Ela estremeceu antecipando o que estava
por vir e colou seu corpo ao dele.
—
Oh, Joseph ... — Demetria arfou, sentindo o corpo pulsar em crescente tensão
quando ele tocou suas partes íntimas, agora sem o impedimento de tecido algum.
—
Só isso, prometo que não vamos fazer amor — ele sussurrou, beijando-a no
cantinho da boca. —Mas preciso tocar em você, sentir o seu gosto.
—
Sim... — disse Demetria imediatamente, pronta para concordar com tudo desde que
ele não parasse.
Demetria
acariciava o corpo de Joseph, pendendo a cabeça para o lado quando a boca dele
começou a descer por seu corpo, detendo-se por um momento em um seio, depois na
altura de seu abdome e... Seu devaneio foi subitamente interrompido; ela
retesou todo o corpo quando ele se ajoelhou entre suas pernas, para que a boca
tomasse o lugar da mão que a acariciava. Sua primeira reação foi de choque e
vergonha. Ela agarrou a cabeça de Joseph, tentando levantá-la.
—
Não quero... você não deveria... Joseph? — murmurou indecisa, desistindo do
protesto diante do prazer com que seu corpo respondeu às carícias daquela boca.
Demetria
largou a cabeça de Joseph e se agarrou na cama e nos lençóis, sentindo tudo à
sua volta girar. Teve então uma vaga consciência de que seus quadris agiam
naquele momento por conta própria, movimentando-se para cima na ânsia de
receber mais beijos e mais carícias.
—
Oh... — Demetria vislumbrou as sombras da vela projetada no teto, mas toda a
sua concentração estava voltada para as sensações que estava descobrindo.
—
Oh... — Entendia agora por que nasciam tantos bebês.
—
Oh... — Joseph lhe parecia o homem mais inteligente da Inglaterra, talvez do
mundo.
—
Oh... — De repente o desenho do universo passou a fazer sentido.
—
Oh... — Definitivamente Deus existia.
—
Oh... — O que seria o cheiro de fumaça que estava sentindo?
Demetria
aguçou os sentidos, tentando desprender-se da paixão que lhe toldava a mente
naquele momento. Inspirou profundamente e, sem dúvida, havia cheiro de fumaça.
Voltou o olhar para a vela que Joseph havia acendido, mas, pelo pequeno círculo
de luz que conseguia ver, aparentemente não era dela que se desprendia a
fumaça.
Talvez
fosse imaginação sua, mas era difícil pensar no que quer que fosse quando tudo
o que desejava era se deixar levar pelo prazer que sentia, pouco se importando
com a causa daquele cheiro. Soltou a mão que apertava os lençóis e enfiou as
mãos nos cabelos de Joseph, incentivando-o a satisfazer o desejo de seu corpo.
Receosa
de machucá-lo em razão de seu estado de excitação e insensatez, soltou
novamente os cabelos dele e voltou a agarrar a cama, enquanto seus quadris
continuavam a se mover à medida que a tensão de seu corpo aumentava. Suas mãos
apertavam os lençóis, sua cabeça girava em um turbilhão, quando os lábios de Joseph
tocaram o centro de sua excitação. Seu corpo vibrou na cama, sentindo cada um
de seus poros latejar. Com a respiração acelerada, ela soltou um suspiro e
tossiu ao aspirar a fumaça.
Tentando
desesperadamente pensar, passada a excitação que a assaltara, Demetria procurou
erguer-se um pouco e olhar ao redor do quarto. Seus olhos detiveram-se na
porta. Parecia haver uma claridade no vão próximo ao chão e por ela penetrar
uma grossa camada de fumaça.
Instintivamente
mexeu na cabeça de Joseph, mas ele segurou-lhe as duas mãos e prensou com o
peso do corpo as pernas dela para continuar o que estava fazendo.
—
Joseph! — ela chamou-o arfando, mas determinada. — Fogo... Oh... queimando.
—
Estou queimando por você também. — Ele levantou a cabeça por um segundo apenas
para responder e continuou a acariciá-la, decidido que estava a enlouquecê-la
de prazer.
—
Não... Oh... não — Demetria tentou mais uma vez avisá-lo, lutando para
conseguir livrar suas mãos, mas Joseph continuava a prendê-las. Finalmente,
conseguindo liberar uma das mãos, ela o puxou com força pelos cabelos.
Com
os olhos fixos na luz sob a porta, Demetria mais uma vez gritou: “Fogo!”, mas
sentiu novamente a tensão começar a se apoderar de seu corpo, crescendo em
novas ondas intermináveis de prazer até se tornar uma massa trêmula e frágil
jogada na cama.
Joseph
finalmente levantou a cabeça e, embora com a mente entorpecida, Demetria
percebeu o movimento dele para deitar-se a seu lado. Ele abraçou seu corpo
inerte, beijou sua testa, depois franziu as sobrancelhas, aspirou o ar,
levantou a cabeça, aspirou novamente o ar e perguntou:
—
Não está cheirando fumaça?
—
Está, sim. — Demetria suspirou, com um sorriso nervoso no rosto. — Acho que a
casa está pegando fogo.
—
O quê!? — Joseph exclamou, e ela foi subitamente deixada de lado; ele se
levantou e correu até a porta. Tentou abri-la uma vez, depois forçou-a com as
duas mãos, mas não fez qualquer diferença. Como não conseguisse, colocou a mão
em sua superfície, praguejou e retornou rápido até a cama.
—
Por que você não me avisou?
—
Mas eu tentei disse Demetria, constrangida. — Disse fogo, que algo estava
queimando e tentei empurrar sua cabeça.
—
Oh, é verdade. Pensei que você... Deixa isso pra lá. — Joseph deu uma olhada
para a janela, pegou então a mão dela e puxou-a para fora da cama. — Vamos,
temos que sair daqui.
Demetria
levantou-se e quase desmontou no chão. Joseph segurou-a, preocupando-se:
—
O que você tem?
—
Estou com as pernas moles. Me dê um minuto.
Ele
hesitou por um instante, depois tomou-a nos braços e a carregou até a janela.
—
O que você está fazendo? — Demetria perguntou, surpresa.
—
A porta está muito quente, sinal de que o fogo está logo ali. Precisamos sair
pela janela.
—
Meu Deus! — Demetria exclamou assustada quando ele a colocou no chão e
debruçou-se na janela a fim de olhar para fora. Ela não tinha boa coordenação.
Mesmo com os óculos, já era meio desajeitada. A ideia de tentar sair pela
janela não lhe agradava nem um pouco.
—
Não se preocupe, vou ajudá-la — Joseph procurou tranquiliza-la, colocando uma
perna para fora da janela e sentando-se no peitoril. Em seguida, ele esticou os
braços e sumiu de vista. Demetria se aproximou da janela e olhou para fora. O
lado positivo é que não conseguia enxergar a altura em que estava. Odiava
alturas. O lado negativo é que não conseguia enxergar nada. Sentiu então Joseph
tocar sua mão.
—
Segure minha mão. Vou ajudá-la.
—
Está bem. — Demetria respirou fundo e pegou na mão dele. Segurou-a firme,
sentando-se de lado no parapeito, tentando tirar uma perna para fora, como ele
havia feito, mas achando que a camisola tolhia seu movimento.
Depois
de uma pequena hesitação, Demetria ponderou que Joseph já tinha visto o que
havia sob a camisola e levantou-a até as coxas para conseguir se movimentar
melhor. Tentou então ver o que Joseph estava fazendo e conseguiu vislumbrar sua
silhueta, graças à camisa branca que ele usava e que contrastava com a
escuridão do céu e das árvores ao redor.
—
Basta dar um impulso para frente e eu a porei neste galho. — A voz de Joseph
soou calma e confiante. Demetria fez o possível para concentrar-se nisso e
ignorou seus medos.
reapareci ne? desculpa sumiço, estava tentando me concentrar na fic que to fazendo
ta dando muito certo nao.
mas enfim.... é isso por enquanto