— Não estava
tentando provocar — ela negou.
Ele retirou a
gravata e começou a desabotoar a camisa.
— Imagine se
quisesse.
De repente, ela
percebeu que ele não havia tentado jogar água fria, mas pretendia entrar na
enorme banheira com ela. Ela sorriu, aliviada.
— Tem certeza
disso?
Ele tirou a
calça e a cueca e revelou sua impressionante e rígida ereção. Ele realmente a
desejava, mas, pela expressão de seu rosto, não estava contente com isso.
Ele entrou na
banheira e a puxou ao seu encontro em apenas um movimento, roçando seu rígido
membro contra ela em uma contenda sexual.
— Não tenho
mais certeza de um monte de coisas em relação a você.
Ela abraçou o
pescoço dele, deleitando-se em seus fortes músculos e no calor de sua pele.
— Pensei que
sempre tivesse certeza sobre mim... sobre tudo.
— Eu gostaria.
— A boca dele procurou a dela e ela não encontrou a costumaz e sedutora
astúcia.
Algo havia
realmente o incomodado e ele mal conseguia se controlar. Seu marido ultra
urbano estava demonstrando um lado de sua natureza que sempre fizera questão de
esconder cuidadosamente. Demetria duvidava que sequer ele soubesse que esse
lado existia, embora ela sempre tivesse suspeitado disso. Às vezes, ela via
olhares quando estavam fazendo amor, mas essa fora a primeira vez em que viu o
controle dele à risca. Não se importava. Na realidade, ela adorava isso.
Paixão
descomplicada era tudo de que precisava agora para livrar a mente de
pensamentos que não conseguia sustentar. Ela correspondeu ao
beijo, deixando o desespero que sentia se traduzir em uma
necessidade física que ultrapassava a retribuição à dele. Ele aprofundou o
beijo de uma forma que sua língua assumia total possessão da boca de Demetria.
Ela deixou os
dedos descerem pelos fortes contornos do peito dele, acariciando seus cabelos
pretos e macios, e puxando-os ligeiramente.
Ele afastou a
boca.
— Si, cara.
Você sabe o quanto gosto disso. Faça novamente.
Ela fez e então
se inclinou para frente para provar a pele salgada dele com a ponta da língua.
Se ao menos ele a amasse, e não apenas se importasse com o que ela poderia lhe
dar... Mas pensar nisso traria dor, e não prazer, e ela trancou a porta de sua
mente, que tratava desse assunto com ferocidade.
Ela se
aconchegou nele, apreciando seu cheiro e a sensação de seu calor contra o rosto
dela. Era tão perfeito para ela fisicamente.
As grandes mãos
dele apalparam o bumbum de Demetria e ele a levantou, roçando sua ereção contra
a junção das coxas dela, provocando uma resposta úmida e pulsante em que ela se
deleitou. Ela emitiu um gemido rouco. Sentia uma necessidade tão intensa que
enterrou os dedos na pele macia dele.
Ela o amava
tanto e por isso, nesse momento, ele era absoluta e totalmente seu.
Ela pressionou
os seios contra o peito dele e roçou de um lado para o outro. A estimulação aos
bicos rígidos de seus seios, juntamente com a forma como ele unia seus corpos
intimamente, quase fora suficiente para levá-la ao orgasmo.
De repente, ele
se moveu dentro da água com ela por cima do corpo, jogando ondas de água
aromatizada pelo chão. Ele abriu as pernas dela para que ela montasse nele,
enquanto ele a puxava pelos quadris e a penetrava com vontade. Sua pontaria foi
perfeita e ele a preencheu completamente em apenas uma investida.
O corpo dela
estremeceu com a súbita intrusão, mas não chegou a doer.
Parecia tão
bom, tão certo... tão apertado. Eles se encaixavam perfeitamente dessa forma...
como seu corpo podia torná-la imperfeita para ele na forma que mais importava?
Ele afastou a
boca.
— O que foi?
Qual é o problema?
Ela o fitou, os
olhos ardendo com as lágrimas que jamais deixaria que ele visse.
— Nada. Você
parece tão incrível dentro de mim — ela arfou.
— Você ficou
imóvel.
— Sempre dói um pouco no início.
Ele sorriu, com
seu ego masculino inflado.
— Sim, mas você
gosta, certo?
— Adoro. —
Adoro você, ela sussurrou profundamente em seu coração. Para sempre.
— Então,
deixe-me tomá-la novamente.
—Sim.
Ela deixou,
excitada diante da falta de dor e desejando que assim continuasse durante toda
a transa. Já era cuidadosa para não deixar que ele fosse muito profundamente, e
ele deixou que ela controlasse. Ela sempre brincava com ele assim, e era muito
prazeroso para ambos.
Inclinando a
cabeça para trás e respirando ofegante, o rosto dele se contorcia de prazer,
quando ele disse:
— Você é muito
boa nisso.
— E você é
incrível.
Ele ficou
rígido sob ela, com o corpo preenchido por uma tensão que não tinha nada a ver
com prazer sensual.
— Então, por
que tem me rejeitado tanto ultimamente? — ele perguntou, com a voz ligeiramente
tomada de emoção.
Ela não tinha
resposta... pelo menos não uma que estivesse pronta para discutir agora, quando
o prazer. Estava à beira de fazer com que esquecesse de tudo então, em vez de
dizer algo que pudesse estragar tudo, ela o beijou. Ele retribuiu, e sua boca
logo assumiu o controle e beijou os lábios dela, como se buscasse punição. Não
que ela não se sentia punida. Ela respondia com ardor e aumentou o ritmo da
transa até sentir um prazer crescer dentro de si e parar na estratosfera,
sentia que a sua mente fora esvaziada de pensamentos racionais, e seu corpo
estremecia com a satisfação mais completa.
Ele agarrou os
quadris dela e penetrou uma vez, duas... três vezes e a levou a um segundo
orgasmo, tão próximo ao primeiro que deixou seus pulmões vazios.
Ele gritou e
ela sentiu o calor dele dentro do seu corpo, antes de tomar ar e cair sobre o
seu corpo, cansada.
Ela beijou o
peito dele.
— Foi
maravilhoso.
— Sim — ele
respondeu, respirando pesadamente. — Sempre é.
— Sim.
— Então, por
que...
Ela cobriu a
boca dele com a mão.
— Sem
conversas. Vamos apenas curtir. Certo?
Ele franziu a
testa.
— Por favor — ela implorou.
Ele assentiu
com um movimento rápido de cabeça. Ela sorriu e deixou a cabeça recostar no
peito dele novamente.
— Gostaria que
ficássemos assim para sempre.
— Você falou
sem conversas.
— Falei — ela o
beijou novamente, pois não conseguiu evitar, e relaxou o corpo.
As mãos dele
passaram dos quadris dela para as costas e ela se aconchegou no círculo dos
braços dele, seus corpos ainda conectados da forma mais íntima possível.
Então, ele a
carregou para o box e eles fizeram amor novamente sob o chuveiro antes de
tomarem banho e irem para a cama, onde ela adormeceu assim que deitou.
Ela acordou
sozinha e enterrou a cabeça no travesseiro, sentindo o cheiro de Joseph.
A noite
anterior tinha sido incrível. Ele a acordou de manhã cedo e fez amor com ela
com tanta ternura e gentileza que ela chorou quando gozou. Ele a abraçou
depois, acariciando suas costas e sussurrando em italiano o quanto gostava de
seu corpo e o quanto era linda.
Mas, depois de
três anos, ela percebeu que ser linda para ele não era suficiente. Não era amor
e não poderia durar para sempre, pois a beleza um dia acaba. E uma ótima
satisfação sexual poderia não superar a inabilidade dela de dar o que ele
esperava. Herdeiros para o trono do Scorsolini. Era hora de contar a verdade.
Mas, quando desceu, descobriu que ele havia viajado a Nova York a negócios. Ela
havia se esquecido totalmente da viagem e não sabia se conseguiria esperar três
dias para resolver as coisas entre eles.
Ela não deixou
escapar o fato de ele ter partido sem se incomodar em acordá-la para se
despedir. De alguma forma, isso piorava a situação. Talvez porque fosse um
forte indício da falta de verdadeira intimidade na relação deles e de qualquer
confiança concreta que ele tivesse nela.
Não havia
nenhuma. Eles eram casados, mas ela não era mais necessária na vida dele do que
seus empregados. Se não fosse pelo sexo, a relação deles não seria mais pessoal
que as demais que ele tinha. E, quando não havia sexo, também não havia
relação.
Quantas viagens
de negócios ele fazia mensalmente? Ele alguma vez havia pedido sua companhia?
Não.
Ela era
conveniente para ele e tinha de admitir isso.
Mas, droga,
doía.
Precisava ser
mais para ele. A única esperança para o seu futuro era ela significar algo a
mais para ele. O que significava que não havia
esperança.
Seu celular
tocou e ela virou na cama para atender. Quando viu que era Joseph, seu coração
acelerou.
— Alô.
— Bom dia,
bella.
Por alguma
razão, o elogio doía naquele dia, pela manhã. Seria ela mais que um rosto e um
corpo para ele? Será que tinha valor além da aparência e da postura que sua mãe
sempre insistiu que tivesse?
— Bom-dia,
Joseph. — Ela esperava ansiosamente que ele dissesse a razão da ligação.
— Estou a
caminho do hotel e queria que você estivesse comigo.
— Sério?
— Si. Não gosto
quando nossas programações nos separam.
— Então, por
que nunca me convida para ir com você? — ela perguntou, com uma esperança
crescendo em seu coração.
— Você tem suas
obrigações. Eu tenho as minhas.
— E as
obrigações sempre vêm em primeiro lugar?
— Elas são
necessárias. São nosso dever.
— Elas nem
sempre são prioridade para Liam e Miley, ou para Nicholas e Selena. — Mas os
irmãos dele amavam suas esposas.
Uma das coisas
que mais haviam doído nos últimos meses fora ver como um príncipe Scorsolini
apaixonado agia e não reconhecer esse tipo de comportamento de Joseph em
relação a ela.
— Nenhum de
meus irmãos será o próximo rei de Isole dei Re. Eles podem colocar os deveres
em segundo plano, eventualmente. O país não depende tanto deles. E as esposas
deles não têm tantos deveres quanto a minha. — Ele falava como um professor
recitando a lição.
A paciência na
voz dele era pior que um tapa em Demetria.
— Sinto
saudades — ela falou, sem disfarçar.
— Estou fora há
menos de um dia.
— Está dizendo
que não sente saudades? — ela perguntou, desejando que a pergunta não soasse
como uma lâmina cortando suas entranhas. Já era demais ele desejar que ela
estivesse com ele.
— Vou sentir
sua falta hoje à noite.
Se ele tivesse
planejado não teria dito nada mais doloroso.
— Na cama — ela
falou diretamente.
— Somos bons na
cama.
— Em nada mais?
— ela perguntou, pela primeira vez não se esforçando para esconder o quanto
isso a chateava.
— Não seja
ridícula. É minha esposa, e não minha concubina. Por que faz uma pergunta
dessas?
— Talvez porque esse seja o único lugar em que sente
minha falta.
— Eu não falei
isso.
— Desculpa, mas
falou.
— Não liguei
para discutirmos. — O tom frio da voz dele era claro. — Mas, para seu
conhecimento, não foi isso que eu quis dizer.
Talvez ele não
tivesse desejado dizer isso, mas disse. Os fatos falavam por si mesmos.
— Por que você
ligou? Nós dois sabemos que não foi apenas para dizer oi. Não espero esse tipo
de ligação de sua parte.
— Qual é o seu
problema? Talvez tenha sido exatamente por isso que liguei.
Ela não estava
nem um pouco convencida.
—
Provavelmente, não.
— Estava pensando
em você e queria ouvir sua voz, está bem assim? — ele perguntou, parecendo
muito irritado com ela.
Oh, droga. Será
mesmo?
Claro que sim.
Joseph nunca mentia conscientemente, mas, ainda assim, ela tinha de perguntar.
— Isso é
verdade?
— Não tenho o
hábito de mentir para você.
— Sei que não.
E é uma das coisas que mais aprecio em você.
— Você pode
dizer o mesmo?
Ela ficou
surpresa por ele ter feito tal pergunta.
— Claro que
posso. Você sabe que não minto para você.
— Mas talvez
não sinta que esconder informações de mim seja o mesmo que mentir.
Será que ele
sabia da doença dela? Impossível... fora cuidadosa demais para manter tudo em
sigilo.
— Não sei o que
quer dizer. — Pelo menos isso não era mentira, mas também não era a verdade
completa. Talvez ela tivesse mais características paternas do que poderia
admitir.
— Tem certeza?
— Ninguém conta
tudo, mas isso não quer dizer que eu minta para você — ela falou, defendendo
uma posição cuja razão ele não entendia. Mas não havia como ela contar a notícia
da infertilidade por telefone.
— Espero que
seja verdade, Demetria — ele suspirou. — Tenho outra chamada entrando. Preciso
ir.
— Está bem.
Tchau, Joseph.
— Tchau, bella.
Ela desligou,
mas, depois que se arrumou e saiu do apartamento, não conseguia parar de pensar
no que ele dissera, no que ela respondera e no
que não fora capaz de revelar. Ela devia a verdade a ele,
tanto sobre sua doença quanto sobre seus planos a respeito disso.
Ele ficaria
aliviado. Teria que ficar.
Mas uma pequena
parte do seu coração esperava que, contra toda a lógica, ele não reagisse
assim. Que ele se recusasse a deixá-la fazer a coisa certa... a única coisa
lógica a fazer nessas circunstâncias.
— Vossa
Alteza...
Demetria
despertou de seus pensamentos para encontrar sua secretária pessoal à sua
frente.
A lealdade de
Ida era inquestionável, sua discrição sem igual, assim como sua elegância. Além
do médico de Miami, ela era a única que conhecia o resultado da laparoscopia.
— Ida...
preciso ir a Nova York.
— Acho que
posso cancelar seus compromissos. Se você conseguir atender a primeira pessoa,
pedirei a uma empregada que faça sua mala enquanto cancelo sua agenda. Você e o
príncipe precisam conversar. Apenas se lembre... um casamento não significa
apenas ter filhos.
— O meu, sim.
— Não pense
assim.
Ela gostaria de
pensar como Ida, mas não podia.
Ela chegou a
Nova York naquela noite, com os nervos à flor da pele. Passou toda a viagem
remoendo o que falaria a Joseph, mas não conseguia passar da primeira
empreitada, pois sempre que pensava que ele concordaria com o final do
casamento, sua garganta ficava apertada.
Ela pediu aos
seguranças para não alertarem seu marido sobre a sua intenção de unir-se a ele.
Por alguma razão pensou que o elemento surpresa poderia ser um aliado. Ela fora
informada de que ele estava no hotel, preparando-se para uma reunião à noite,
quando o avião aterrissou. Parecia fortuito, e ela esperava que a reunião fosse
um bom presságio.
Os seguranças
permitiram que ela entrasse na opulenta suíte. Ela estava muito ocupada
tentando controlar suas emoções.
Joseph estava
colocando a gravata quando ela entrou.
— Olá, caro.
Ele fez um
brusco movimento com o corpo, impressionado com a presença dela. Então ele
levantou a cabeça e seus olhos escuros a analisaram com intensidade.
— Demetria, o
que está fazendo aqui?
— Você disse
que gostaria que eu estivesse aqui.
— Não está aqui
por causa da minha ligação hoje cedo. — A expressão dele não permitiu que ela
ousasse contradizê-lo... para mentir.
— Não, não
estou. Precisamos conversar.
— Precisamos?
— Sim — ela
falou, tentando ignorar o fato de ele não lhe ter dirigido um cumprimento de
boas-vindas.
— Suponho que
tenha algo a confessar que esteja pesando na sua consciência o suficiente — ele
falou, com a voz fria.
Ela não sabia o
que havia gerado sua hostilidade, exceto o fato de ela ter mudado sua
programação. Joseph não gostava de surpresas, e ela trazia uma bem pior.
— Pode-se dizer
que sim — ela nem podia garantir que a notícia não seria ruim, pois era.
Em um casamento
como o deles, era uma sentença de morte e nada mais.
Joseph voltou a
fazer o que estava fazendo com uma fria precisão.
— Terá que
esperar. Tenho um jantar de negócios.
— Não pode
cancelar?
— Quer dizer,
assim como você cancelou todos os seus compromissos para vir até aqui a fim de
termos uma conversa que poderia ter esperado os três dias que eu ficaria fora?
— Sim — ela não
se importava com a forma como ele falava. Era exatamente o que ela queria.
— Isso não vai
acontecer.
— Seria assim
tão ruim?
— Obviamente,
você não pensa assim, mas eu não gosto do fato de minha mulher se esquivar de
suas obrigações.
— E nossos
deveres são a única coisa que conta em nossa vida juntos?
— O dever vem em
primeiro lugar. Achei que já tivesse entendido isso.
— Foi por isso
que se casou comigo?
— Você já sabe
que essa foi uma das principais razões para eu achar que você se adequaria como
minha esposa. Seus pais a criaram como se você fosse uma verdadeira princesa.
— Minha
apreciação pelos deveres foi o que mais contou para você... e claro, minha
compatibilidade física — ela falou, com dor e amargura na voz.
— Você
esperaria que eu me casasse com uma mulher que não entendesse ou não se
adequasse ao papel de princesa e futura rainha?
— Seus irmãos
não estavam tão preocupados com essa conveniência quando escolheram suas
mulheres — ela lembrou.
— Como eu falei
ontem, não sou meus irmãos.
— Não, você é o príncipe coroado, o que quer dizer que os
deveres vêm sempre em primeiro lugar.
— Sabia disso
quando nos casamos. Não espero que isso seja uma razão para brigas entre nós.
— Você não
espera que nada seja razão de briga.
— Como você é
perspicaz — ele pegou um paletó preto. — Preciso ir ou vou chegar atrasado.
— Assim? Eu vim
de Isole dei Re e você foge de uma conversa importante porque a droga do seu
compromisso o espera? — Como poderia contar àquele estranho de expressão fria
qualquer coisa, especialmente os detalhes íntimos de sua última ida ao médico?
— Não fale
nesse tom comigo! — ele exclamou, contendo-se para não demonstrar surpresa.
Ela falou um
palavrão de verdade:
— Você quer
dizer esse tom?
— Não sei qual
é o seu problema, mas sugiro que o resolva. Vou voltar tarde. Se você ainda
tiver necessidade de falar sobre o que quer que seja, então poderemos
conversar.
— E se eu não
quiser esperar?
— Não tem
alternativa.
— Quando tive
alternativa?
— Você optou
por casar comigo. Ninguém a forçou a fazer os votos. Se eles estão desgastados
agora, por favor, lembre-se de que não deve responsabilizar ninguém além de
você mesma pelas circunstâncias, e não tolerarei que ignore suas promessas ou
seu dever como minha mulher tão facilmente quanto se esquivou de seus deveres
como princesa hoje de manhã.
— Eles são a
mesma coisa, não é? — ela perguntou, com uma voz carregada de raiva.
— Não — ele a
encarou. — Você tem obrigações pessoais comigo que não têm nada a ver com suas
responsabilidades com a coroa.
— Talvez eu
esteja insegura quanto às minhas obrigações agora.
O olhar de
Joseph encheu-se de fúria, mas sua: voz era controlada.
— Sugiro que
esteja certa deles quando eu voltar da reunião.
— E se eu não
estiver?
— Então, nós
dois teremos uma noite muito desagradável. Mas eu garanto a você... minhas
armas são sempre superiores às suas.
— Você é um
maldito arrogante, Joseph — ela suspirou, dando vazão à raiva. — De qualquer
forma, não subestime minhas armas, pois tenho uma péssima sensação de que elas
podem ser melhores que as suas.
Sua doença e a infertilidade decorrente dela eram como
uma bomba nuclear, quando se tratava de poder para destruir um casamento.
Ele
empalideceu:
— Não tenho
tempo para isso — e saiu.