Por
ironia do destino, Demi descobriu que estava em trabalho de parto quando se encontrava
no meio da escada. Sozinha. Segurou no corrimão e dobrou o corpo para a frente quando
uma forte contração lhe varou o ventre. O trabalho de parto não era para
começar de modo lento?
Demi
teve vontade de soltar uma risada pelo fato de o destino a estar castigando por
se esgueirar pela escada sem que Joseph soubesse.
Embora
ele tivesse concordado em deixá-la transitar sozinha pela escada nos estágios iniciais
da gravidez, agora que Demi estava se aproximando da data provável do parto,
Joseph
voltara a insistir para que ela não descesse nem subisse os degraus sem que alguém
a acompanhasse.
Agora
enlouqueceria sabendo que ela estava com nove meses de gravidez e, a julgar pelador
em seu ventre, prestes a dar à luz.
Demi
se deteve em um dos degraus, segurando no corrimão e inspirando rapidamente e repetidas
vezes. Teria gritado se não estivesse tão ocupada puxando o ar para dentro dos pulmões.
Além disso, Joseph estava ocupado com uma infinidade de ligações telefônicas devido
à relocação de Kevin nos escritórios de Nova York. O irmão estava assumindo as operações
naquela cidade para que Joseph pudesse permanecer na Europa. Os dois estavam em
contato havia horas, discutindo medidas de segurança, já que os sequestradores
de Demi ainda estavam à solta.
Quando
Demi ouviu passos atrás dela, aprumou a coluna e conjurou seu melhor semblante como
se nada estivesse errado. Relanceou um olhar cheio de culpa a Joseph, que se encontrava
parado no topo da escada, com uma expressão de desaprovação a lhe alterar as feições.
Em
seguida, ele começou a descer os degraus, durante todo o tempo resmungando em
grego.
–
O que devo fazer com você, agape mou? – perguntou quando a alcançou.
–
Levar-me para o hospital? – perguntou com voz fraca, dobrando o corpo mais uma
vez sob o efeito de uma nova contração.
–
Demi! Pedhaki mou! Está em trabalho de parto? – Joseph nem ao menos esperou pela
resposta, não que precisasse de uma. Ergueu-a nos braços e desceu a escada em disparada,
gritando para o piloto do helicóptero, que se encontrava permanentemente na
ilha durante as duas últimas semanas esperando por tal evento. – Não se
preocupe, minha querida.
Nós
a levaremos para o hospital em tempo recorde.
–
Querida? – Demi soltou uma risada que terminou em um gemido de dor. – Isso dói!
– O rosto de Joseph estava pálido quando subiu no helicóptero com ela nos
braços. – Não lhe dou permissão de usar tratamentos carinhosos em inglês –
disse ela ofegante. – Em grego fica muito mais sexy.
–
Pedhaki mou. Yineka mou. Agape mou – sussurrou ele no ouvido de Demi. Minha pequena,
minha mulher, meu amor.
–
Assim está muito melhor. – Ela sorriu e voltou a exibir uma careta de dor
quando o helicóptero decolou. Joseph estava uma pilha de nervos durante todo
trajeto. O piloto pousou no heliponto do hospital e uma equipe médica a estava
aguardando para admiti-la.
Dentro
de apenas uma hora, com Joseph pairando ao lado de Demi e lhe segurando a mão,
Dimitri Jonas veio ao mundo para a euforia de seus pais.
–
Ele é lindo, agape mou – murmurou Joseph inclinando-se na direção da mãe e do filho.
Dimitri estava se alimentando, satisfeito, no seio de Demi, cena que o pai
observava, fascinado.
–
Ele é perfeito – concordou ela extasiada. – Ah, meu amor, tudo está tão
perfeito!
Joseph
a beijou com ternura, o amor que sentia pela esposa lhe transbordando o coração.
–
S’agapo, yineka mou.
Demi
lhe tocou o rosto e sorriu.
–
S’agapo, Joseph. Para sempre.
ENCERRADO DE VEZ
Yuki Furukawa e Honoka Miki agradecem a presença
Awn. Amei o final !!!
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