terça-feira, 2 de maio de 2017

Traição EPILOGO


Por ironia do destino, Demi descobriu que estava em trabalho de parto quando se encontrava no meio da escada. Sozinha. Segurou no corrimão e dobrou o corpo para a frente quando uma forte contração lhe varou o ventre. O trabalho de parto não era para começar de modo lento?
Demi teve vontade de soltar uma risada pelo fato de o destino a estar castigando por se esgueirar pela escada sem que Joseph soubesse.
Embora ele tivesse concordado em deixá-la transitar sozinha pela escada nos estágios iniciais da gravidez, agora que Demi estava se aproximando da data provável do parto,
Joseph voltara a insistir para que ela não descesse nem subisse os degraus sem que alguém a acompanhasse.
Agora enlouqueceria sabendo que ela estava com nove meses de gravidez e, a julgar pelador em seu ventre, prestes a dar à luz.
Demi se deteve em um dos degraus, segurando no corrimão e inspirando rapidamente e repetidas vezes. Teria gritado se não estivesse tão ocupada puxando o ar para dentro dos pulmões. Além disso, Joseph estava ocupado com uma infinidade de ligações telefônicas devido à relocação de Kevin nos escritórios de Nova York. O irmão estava assumindo as operações naquela cidade para que Joseph pudesse permanecer na Europa. Os dois estavam em contato havia horas, discutindo medidas de segurança, já que os sequestradores de Demi ainda estavam à solta.
Quando Demi ouviu passos atrás dela, aprumou a coluna e conjurou seu melhor semblante como se nada estivesse errado. Relanceou um olhar cheio de culpa a Joseph, que se encontrava parado no topo da escada, com uma expressão de desaprovação a lhe alterar as feições.
Em seguida, ele começou a descer os degraus, durante todo o tempo resmungando em grego.
– O que devo fazer com você, agape mou? – perguntou quando a alcançou.
– Levar-me para o hospital? – perguntou com voz fraca, dobrando o corpo mais uma vez sob o efeito de uma nova contração.
– Demi! Pedhaki mou! Está em trabalho de parto? – Joseph nem ao menos esperou pela resposta, não que precisasse de uma. Ergueu-a nos braços e desceu a escada em disparada, gritando para o piloto do helicóptero, que se encontrava permanentemente na ilha durante as duas últimas semanas esperando por tal evento. – Não se preocupe, minha querida.
Nós a levaremos para o hospital em tempo recorde.
– Querida? – Demi soltou uma risada que terminou em um gemido de dor. – Isso dói! – O rosto de Joseph estava pálido quando subiu no helicóptero com ela nos braços. – Não lhe dou permissão de usar tratamentos carinhosos em inglês – disse ela ofegante. – Em grego fica muito mais sexy.
– Pedhaki mou. Yineka mou. Agape mou – sussurrou ele no ouvido de Demi. Minha pequena, minha mulher, meu amor.
– Assim está muito melhor. – Ela sorriu e voltou a exibir uma careta de dor quando o helicóptero decolou. Joseph estava uma pilha de nervos durante todo trajeto. O piloto pousou no heliponto do hospital e uma equipe médica a estava aguardando para admiti-la.
Dentro de apenas uma hora, com Joseph pairando ao lado de Demi e lhe segurando a mão, Dimitri Jonas veio ao mundo para a euforia de seus pais.
– Ele é lindo, agape mou – murmurou Joseph inclinando-se na direção da mãe e do filho. Dimitri estava se alimentando, satisfeito, no seio de Demi, cena que o pai observava, fascinado.
– Ele é perfeito – concordou ela extasiada. – Ah, meu amor, tudo está tão perfeito!
Joseph a beijou com ternura, o amor que sentia pela esposa lhe transbordando o coração.
– S’agapo, yineka mou.
Demi lhe tocou o rosto e sorriu.
– S’agapo, Joseph. Para sempre.


ENCERRADO DE VEZ
Yuki Furukawa e Honoka Miki agradecem a presença

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