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é isso ai, férias por que mereço ne?
nao respondam kkkkkkkkkkkkkk
sábado, 8 de junho de 2019
segunda-feira, 3 de junho de 2019
ESPLENDOR DA HONRA CAPITULO 24 ULTIMO!!!!
Amor e honra, tesouros
acima de seu valor…
O
mês seguinte foi um período de repouso e tranquilidade para Joseph, e uma época
de intensa felicidade para Demétria.
Demétria
ficou encantada com os escoceses. Eles pareciam os guerreiros mais assombrosos
que havia no mundo, salvo por seu marido, claro. Os escoceses lembravam aos
antigos Espartanos em razão de sua existência austera e sua lealdade feroz.
Trataram
Joseph como se fosse um dos seus. Catherine também se mostrou encantada de
acolher Demétria em seu lar. A irmã de Joseph era bonita e estava apaixonada
por seu marido.
Demétria
não pôde ver sua prima Edwythe, embora Catherine prometesse que enviaria uma
mensagem de saudação da parte de Demétria. Edwythe vivia nas terras altas, a
uma considerável distância do lar de Catherine, muito longe, de fato, para
fazer-lhe uma visita.
Passaram
trinta dias inteiros com os parentes de Joseph, e ele se lembrou da promessa de
ensinar a sua delicada esposa como se defender por si mesma. Joseph foi
paciente com Demétria, até que a viu estender a mão para seu arco e suas
flechas. Então se apressou em deixá-la só, temendo perder a paciência se
tivesse que vê-la cometer o mesmo erro outra vez. Demétria sempre errava o
alvo. Anthony já havia lhe advertido sobre aquele defeito. A flecha disparada
por Demétria sempre passava um metro, talvez um pouco menos, acima do alvo
pretendido.
Joseph
e Demétria retornaram à fortaleza de Wexton no final de agosto. Foi quando
souberam que o rei William II havia morrido. Os relatos não eram muito claros,
mas todos os que presenciaram a tragédia juravam ter-se tratado de um acidente.
William, junto com seu irmão e seus amigos, tinha ido caçar no bosque. Um
soldado disparou sua flecha, mirando um cervo, mas o pescoço do rei atravessou
a trajetória da fecha. William já estava morto antes mesmo de seu corpo cair ao
chão.
A
versão mais aceita e menos crível vinha de uma testemunha ocular que alegava
ter visto tudo, do começo ao final. Aquela testemunha declarava que o leal
súdito do rei realmente havia apontado sua flecha para o cervo, mas quando ela
voou para o animal, a vermelha mão do diabo surgiu repentinamente do chão. A
flecha ficou presa no punho do diabo e foi redirecionada ao rei.
A
igreja abençoou aquela versão como realmente acontecida, e em seguida foi
escrita. Satanás tinha colocado fim à curta vida do rei, e certamente nenhum
daqueles que presenciou sua norte foi responsável por ela.
Henry
reclamou imediatamente o tesouro real e subiu ao trono.
Demétria
agradecia que ela e Joseph tivessem saído da corte antes da tragédia. Seu
marido ficou zangado por não ter estado ali, porque acreditava ter podido
salvar a vida de seu monarca.
Nenhum
dos dois acreditava na história sobre a mão do diabo, e nenhum dos dois estava
disposto a admitir que Henry poderia muito bem ter algo a ver com o acidente de
seu irmão.
Embora
não estivesse tão familiarizada com os assuntos de estado como Joseph, Demétria
se lembrava que Henry havia sugerido ao rei William que Joseph passasse um mês
com os escoceses. Demétria acreditava que Henry queria tê-lo o mais distante
possível de Londres, e também acreditava que Henry havia perdoado a vida de
Joseph para que ele fosse enviado para bem longe. Mesmo assim, nunca expressou
aqueles pensamentos para seu marido.
Liam
e Miley se casaram no primeiro domingo de outubro. O padre Berton acabava de
chegar com sua bagagem para assumir a tarefa de salvar as almas dos Wexton. O
conde de Grinsteade havia morrido, cinco dias depois da cerimônia de casamento
de Demétria.
Joseph
tinha enviado soldados por toda Inglaterra para procurassem por Sebastian. Como
agora Henry era rei, Sebastian havia se convertido em um proscrito exilado.
Henry tinha deixado muito claro quão pouco gostava de Sebastian.
Demétria
acreditava que Sebastian havia deixado a Inglaterra. Joseph não tentou discutir
com ela, mas estava convencido que Sebastian permanecia escondido, esperando
sua oportunidade de vingar-se.
Então
chegou uma mensagem, exigindo que Joseph fosse se ajoelhar diante do novo rei,
jurando-lhe lealdade. Joseph não podia rechaçar aquela ordem, mas não pôde
evitar sentir-se um pouco inquieto por deixar Demétria sozinha.
Estava
sentado no salão, com o pedido de Henry ainda nas mãos, quando Demétria desceu
para tomar o café da manhã. Joseph já havia feito sua refeição do meio-dia.
Sua
esposa parecia descansada, mas Joseph sabia que dentro de umas horas ela
precisaria tirar um cochilo. Ultimamente, ela se cansava com muita facilidade.
Demétria tratava de esconder aquele fato de seu marido, mas ele sabia que a
cada manhã ela sofria de enjoos e náuseas.
A
doença de Demétria não o preocupava nem um pouco. Não, Joseph estava esperando
que ela percebesse que levava seu filho em seu ventre.
Demétria
sorriu assim que viu Joseph sentado em uma poltrona perto do fogo. Começava a
fazer muito frio e as chamas convidavam a ir para elas. Joseph a sentou em seu
colo.
-
Joseph, tenho que falar com você. Já quase é meio-dia e acabo de me levantar da
cama. Acho que estou doente, mas não quero preocupá-lo. Ontem pedi uma poção a
Maude.
-
E ela deu isso a você? - perguntou Joseph. Ele tentou não sorrir, porque a
expressão de sua esposa beirava a tristeza.
Demétria
sacudiu a cabeça. Ela afastou os cabelos de seu ombro, batendo no peito de
Joseph em sua pressa.
-
Não, não me deu isso - ela disse -. Ela apenas sorriu para mim e foi embora. O
que eu devo pensar sobre isso?
Joseph
suspirou. Ia ter que contar para ela.
-
Você ficaria muito triste se nosso filho fosse ruivo?
Demétria
arregalou os olhos e sua mão foi instintivamente para seu ventre. Sua voz
tremeu quando ela finalmente respondeu à pergunta de seu marido.
-
A pequena terá o cabelo castanho, como o de sua mãe. E eu serei a mãe mais
maravilhosa do mundo, Joseph.
Joseph
riu e depois beijou Demétria.
-
Vejo que minha arrogância contagiou você, esposa. Você me dará um filho e não
se fala mais nisso.
Demétria
assentiu, fingindo estar de acordo com ele enquanto imaginava a linda garotinha
que iria segurar em seus braços.
Sentia-se
tão aflita pela alegria, que ela pensou que fosse chorar.
-
Você não pode mais alimentar seus animais selvagens. Eu não quero que você vá
além dos muros.
-
É meu lobo - Demétria provocou. Ela ainda não havia admitido para Joseph que
ela realmente pensava tratar-se de um selvagem cão -. Hoje será a última vez
que irei deixar a comida - prometeu -. Assim está bom para você?
-
Por que hoje? - perguntou Joseph.
-
Porque faz exatamente um ano que cheguei aqui. Se você desejar, pode vir comigo
quando eu for ali com Anthony. - Fingiu suspirar -. Vou sentir saudade do meu
lobo.
Joseph
viu um brilho nos olhos de Demétria.
-
Vou deixar de alimentá-lo apenas porque você me ordena, marido.
-
Eu não acredito nisso nem por um minuto - replicou Joseph -. Você vai me
obedecer apenas porque sente isso.
Joseph
finalmente prometeu acompanhar Demétria. Ela o esperou, mas quando terminou com
seu treino de tiro ao alvo, o sol já estava começando a desaparecer e Joseph
continuava sem terminar de cuidar de suas outras ocupações.
Demétria
recolheu suas flechas, colocou-as dentro do recipiente de tecido que Ned fez
para ela e o pendurou nas costas.
Anthony
levou a comida dentro do saco de pano que Demétria usava nessa tarefa. Ela
levava seu arco, ostentando ao seu vassalo que poderia caçar ao menos um coelho
para o jantar.
Anthony
achava totalmente impossível.
Quando
chegaram ao alto da colina, Demétria agarrou o saco de comida das mãos de Anthony.
Estendeu o pano chão, agora ajoelhada, e arrumou a comida em uma pilha. Um
grande osso, gordo de carne, coroou sua pirâmide. Como sabia que não voltaria a
alimentar os animais selvagens, Demétria pensou em deixar um último presente
que enchesse seus estômagos.
Anthony
foi o primeiro a ouvir o ruído atrás deles. Virou-se e escrutinou as árvores
atrás de Demétria, no exato instante que uma flecha riscava o ar com um assobio
e se alojava em seu ombro. O vassalo foi atingido. Tentou manter o equilíbrio,
mas viu que seu inimigo voltava a elevar o arco pela segunda vez.
O
vigia gritou uma advertência logo que Anthony caiu. Os soldados se alinharam ao
longo do caminho da muralha, com suas flechas já colocadas em seus arcos, e
esperaram a que o inimigo revelasse sua presença.
Joseph
acabava de montar em seu cavalo, pensando em agradar sua esposa, reunindo-se
com ela e a levando de volta na garupa de sua montaria. Ouviu o grito e
esporeou seu cavalo em um rápido galope. Seu grito de raiva foi ouvido por toda
a fortaleza. Os homens correram para seus cavalos e seguiram seu lord.
Demétria
sabia que não tinha tempo para correr. Quase vinte homens saíram lentamente de
seus esconderijos trás das árvores, formando um semicírculo. Demétria também
sabia que o vigia e os arqueiros não poderiam ver aqueles homens até que eles
tivessem chegado ao alto da colina.
Ela
não teve escolha. Demétria estendeu a mão para uma de suas flechas, ajustou a
beira denteada em seu arco e apontou cuidadosamente.
Reconheceu
o homem que estava mais perto dela. Era um dos três que havia testemunhado as
mentiras de Sebastian, e então soube que Sebastian não estava longe.
Saber
disso fez que se sentisse mais furiosa que assustada. Lançou a flecha, e já
estendia a mão para outra antes de que aquele inimigo caísse ao chão.
Joseph
não subiu até o alto da colina. Cavalgou ao redor da base da colina e indicou
com um gesto que outros fossem para o lado oposto. Queria interromper a
passagem do inimigo, interpondo-se entre eles e sua esposa.
Uns
minutos depois, os soldados de Joseph já estavam liderando batalha com o
inimigo. Demétria deixou cair seu arco e se virou, pensando em ajudar Anthony.
O vassalo tinha rodado ladeira abaixo, mas já estava de pé e subia pouco a
pouco pela colina para voltar a se reunir com ela.
-
Abaixe-se, Demétria! - gritou Anthony de repente.
Ela
ouviu sua ordem e ia fazer o que ele mandava, quando de repente foi agarrada
por trás. Ao se virar, Demétria gritou ao se deparar cara a cara com Sebastian.
Ele tinha um olhar enlouquecido. Seu puxão era insuportável. Ela desceu seu pé
sobre o dele, causando-lhe um desequilíbrio. Lembrou-se das lições de defesa de
Joseph, e lhe deu uma joelhada na virilha. Sebastian caiu ao chão, arrastando
Demétria com ele.
Ela
rolou para o lado, assim como Sebastian, que titubeava em seus joelhos. Ele deu
um murro em Demétria, sua direita bem abaixo do queixo dela. A dor foi intensa
demais para aguentar.
Sebastian
deu um pulo quando viu que Demétria não se movia. Olhou para a base da colina,
e viu que seus homens fugiam em disparada. Eles o abandonavam, e agora tentavam
escapar da ira de Joseph.
Sebastian
soube que esta vez não conseguiria fugir de Joseph.
-
Você vai me ver matá-la! - gritou.
Joseph
tinha desmontado e correu colina acima. Sebastian sabia que só lhe restavam
alguns segundos e percorreu freneticamente o chão com o olhar em busca de uma
faca. Iria afundá-la no coração de Demétria, antes que Joseph pudesse detê-lo.
Sebastian
deu uma obscena gargalhada, quando avistou sua adaga em cima de um monte de
resto de comida. Ajoelhou-se perto daquilo e estendeu a mão para sua arma.
Cometeu
o erro de tocar na comida.
A
mão de Sebastian pousou sobre o punho de sua adaga. Tinha começado a se virar
quando foi detido por um surdo grunhido. O som se intensificou até que ficou
intenso o suficiente para fazer o chão tremer.
Joseph
também ouviu aquele som. Então, viu como Sebastian levava as mãos diante do
rosto, e um instante depois um raio de cor marrom saltou sobre sua garganta.
Sebastian
desabou para trás; morreu afogado em seu próprio sangue.
Joseph
indicou com um gesto que seus homens que não se movessem de onde estavam.
Manteve o olhar fixo naquele enorme lobo, enquanto estendia lentamente a mão
para seu arco e sua flecha. O lobo permanecia imóvel sobre Sebastian. Os dentes
do animal eram perfeitamente visíveis, e um rosnado ameaçador permeou o
silêncio.
Rezou
para que Demétria não despertasse, então Joseph avançou lentamente querendo
chegar a um lugar que pudesse disparar contra a besta.
De
repente o lobo foi até Demétria e se inclinou sobre ela. Joseph deixou de
respirar.
Joseph
pensou que o aroma de Demétria parecesse familiar ao animal, porque o lobo pôs
fim rapidamente a sua curiosidade e voltou para a comida. Joseph contemplou
como o lobo agarrava o osso entre seus dentes, voltou-se novamente e
desapareceu descendo pelo outro lado da colina.
Atirou
ao chão seu arco e sua flecha, e correu para sua esposa. Demétria acabava de
despertar, quando ele se ajoelhou ao lado dela, pegando-a delicadamente em seus
braços para levantá-la.
Demétria
esfregou o queixo com a mão, comprovando o mal sofrido. Podia movimentá-lo, embora
ainda doesse o suficiente para ela pensar que deveria estar quebrado. Então
reparou que Sebastian estava ali.
-
Eles se foram? - perguntou a Joseph, ela foi espremida com tanta força contra
seu peito, que mal conseguia sussurrar sua pergunta.
-
Sebastian morreu.
Demétria
fechou os olhos e disse uma prece pela alma de seu irmão. Não acreditava que
fosse servir muito a Sebastian, mas mesmo assim a rezou.
-
Anthony está bem? Devemos cuidar de sua ferida, Joseph - disse depois, tentando
se livrar do abraço de seu marido -. Levou uma flecha no ombro.
Joseph
deixou de tremer. Demétria deliberadamente falava sem parar, porque sabia que
seu marido precisava de uns minutos para se recuperar. Quando os braços de
Joseph deixaram de apertá-la com tanta força, Demétria sorriu.
-
Agora já acabou tudo? - ela perguntou.
-
Acabou - disse Joseph -. Seu lobo salvou sua vida.
-
Eu sabia que você o faria, meu amor. Você sempre vai me proteger - respondeu
Demétria.
-
Você não entendeu, Demétria - disse Joseph, franzindo o cenho -. Seu lobo matou
Sebastian.
Demétria
sacudiu a cabeça, pensando em como seu marido se deixou levar pela imaginação
naquele momento aterrador. Sabia que Joseph estava zombando dela apenas para
aliviar suas preocupações.
-
Tem força suficiente para se levantar? - Perguntou Joseph -. Sente-se…?
-
Eu estou bem. Não, nós estamos bem - corrigiu Demétria, acariciando o ventre
para dar maior ênfase a suas palavras - Ainda não posso senti-la, Joseph, mas
sei que nada lhe aconteceu.
Quando
Joseph a ajudou a se levantar, Demétria tentou olhar para Sebastian. Joseph
moveu-se para a frente dela, impedindo-a de ver alguma coisa.
-
Não precisa olhar para ele, Demétria. Só iria deixá-la angustiada.
A
garganta de Sebastian tinha sido retalhada pelas presas do lobo, e Joseph
decidiu que aquela não era uma visão que Demétria esqueceria facilmente se ela
visse.
Anthony
veio se juntar a eles. Parecia mais incrédulo que machucado.
-
Anthony, seu ombro…
-
Não é uma ferida muito profunda - disse Anthony -. Baronesa, você atravessou o
coração de um deles - balbuciou.
Joseph
não acreditou.
-
Foi a flecha de Demétria?
-
Foi.
Os
dois homens se voltaram para Demétria e a olharam. Pareciam totalmente
atônitos. Demétria ficou um pouco irritada pela falta de fé que eles
demonstraram em sua capacidade. Durante um fugaz segundo, ela pensou que
poderia ficar em silêncio. A verdade, entretanto, veio à tona.
-
Eu estava apontando para o pé dele.
Tanto
Joseph como Anthony ficaram contentes com a confissão de Demétria. Joseph a
tomou em seus braços e começou a descer pela colina.
-
O lobo salvou sua vida - voltou a dizer, pensando em explicar toda a verdade.
-
Eu sei, querido.
Joseph
se deu por vencido. Teria que explicar tudo mais tarde, quando a cabeça de
Demétria não estivesse tão teimosamente decidida a acreditar que ele havia sido
seu salvador.
-
Você nunca mais vai alimentar esta besta, Demétria. Vou me encarregar deste
trabalho. Agora o lobo merece viver uma vida mais fácil. Ele fez por merecer.
-
Quer parar de me provocar, Joseph? - pediu Demétria, claramente exasperada -.
Acabo de passar por uma prova muito dura.
Joseph
sorriu. Que grande mandona ela era, e que delícia. Ele esfregou suavemente o
alto de sua cabeça com o queixo, enquanto a ouvia se queixar de seu novo
machucado.
O
barão de Wexton estava impaciente para levar Demétria para casa, tanto, pensou,
como deveria ter ficado Ulisses ao voltar para casa para ficar com sua esposa.
O
futuro lhes pertencia. Demétria gostava de chamá-lo de seu lobo, mas ele era
apenas um homem, ainda que mesmo mais poderoso que o mágico Ulisses.
Porque
embora Joseph fosse um mero mortal, igualmente com defeitos, tinha conseguido
uma façanha ousada. Sim, tinha capturado um anjo. E ela pertencia a ele.
Fim
SIM ACABOU
NAO É TROLLAGEM
PROXIMA FIC É DE REALEZA TAMBEM BUT....JA FALEI AQUI... OU NO FACE? NAO LEMBRO
MAS O QUE IMPORTA É QUE AMO A HISTORIA
SIM É ADAPTADA TAMBEM.
POR QUE?
PORQUE AINDA NAO CONSEGUI TERMINAR MINHAS FICS =\
MAS SEMPRE DAREI UM JEITO DE POSTAR FICS AQUI
BJEMI
domingo, 2 de junho de 2019
Esplendor da Honra Capitulo 23
A memória do justo é
abençoada,
mas o nome do ímpio
apodrecerá
Provérbios, 10,7
O
silêncio desceu sobre todos os que estavam presente no salão assim que William
II foi para sua poltrona situada em cima de uma plataforma. Quando o rei se
sentou, todo mundo abaixou a cabeça.
A
risada havia desaparecido dos olhos de Demétria. Estava sozinha no centro do
salão. Henry a tinha deixado sozinha sem ninguém para acompanhá-la, e naquele
momento estava falando com seu irmão.
O
que quer que Henry estivesse dizendo ao rei, não parecia estar sendo muito bem
aceito. Henry havia dito a Demétria que primeiro Sebastian apresentaria sua
visão do debate, Joseph em segundo lugar, e ela, por último.
Demétria
abriu os olhos e encontrou Joseph no fundo da sala. Ele não afastou o olhar
dela, enquanto avançava lentamente para onde estava Demétria. Nenhum dos dois
disse uma única palavra, mas cada um contemplou ao outro durante um tempo.
Demétria sentiu como se Joseph estivesse lhe dando um pouco de sua força. Ficou
nas pontas dos pés e beijou seu marido, mesmo sabendo que estava exposta ao
olhar de qualquer um que pudesse estar observando-os.
Oh,
Deus, como o amava! Joseph não podia parecer mais tranquilo e seguro de si
mesmo, e até piscou os olhos para Demétria, quando o soldado gritou seu nome.
-
Fique aqui até que lhe chamem - ele disse. Ele passou suavemente a mão por sua
bochecha antes de dar meia volta e ir até o rei.
Demétria
não queria obedecê-lo. Ela começou a segui-lo, e não chegou a ir muito longe
quando se viu completamente rodeada por Kevin, Nicholas, Liam e vários barões
que nem sequer conhecia. Seus corpos formaram um círculo completo ao redor
dela.
A
multidão se apressou a dar passagem quando Joseph e Sebastian andaram ao seu
monarca. Os dois homens se detiveram, separados por uns dez metros de distância
antes de virarem um para o outro.
Então
o rei falou, dirigindo-se à multidão. Contou quão desagradável era enfrentar
aqueles dois guerreiros barões, a ira e a pena que ele sentia por terem morrido
muitos soldados, e quanta frustração lhe causava o fato de ter que escutar
tantas versões distintas, a respeito do que realmente tinha acontecido. O rei concluiu
seu discurso exigindo a verdade. Ele dirigiu uma inclinação de cabeça a cada
barão e indicou com um gesto de mão que Sebastian podia começar.
Sebastian
em seguida declarou que era completamente inocente de todas aquelas maldades
das quais o acusavam. Ele acusou Joseph de traição, declarando que o barão de
Wexton tinha destruído sua fortaleza e matado duzentos bons e leais homens
deles, e que além disso havia tornado sua irmã prisioneira, estando a ponto de
destruí-la.
Depois
Sebastian passou a fazer sua própria defesa, declarando que Joseph o culpava
por algo que outro homem havia feito a sua irmã, Miley. Teceu uma rede de
mentiras ao redor do rei, destilando com sinceridade quando Sebastian assegurou
que ele nem sequer sabia que o barão de Wexton iria desafiá-lo. Como ele
poderia saber de tal coisa? Sebastian estava na corte quando Joseph e seus
soldados atacaram sua fortaleza, e além disso contava com várias testemunhas
que estavam dispostas a atestar sobre esta fato.
Sebastian
colocou fim a sua persuasiva argumentação, insistindo que Joseph não tinha
nenhuma prova de sua transgressão, enquanto que ele sim, tinha muitas provas
que diziam respeito às sujas ações de Joseph.
Foi
tão escorregadio como uma enguia e mentiu a seu rei tanto quanto se tivesse
mentido a uma rameira. Ele recorreu à astúcia. Sebastian explicou que
compreendia quão difícil deveria ser para o rei saber em qual dos dois deveria
acreditar, e por isso gostaria de chamar três homens para que dessem testemunho
a favor dele.
Quando
o rei concordou com isso com uma inclinação de cabeça, cada um dos homens que
Sebastian chamou se ajoelhou diante do monarca e contou suas mentiras. Demétria
não reconheceu nenhum dos rostos, mas conhecia muito bem seus nomes. Todos
compartilhavam o mesmo nome. Sim, todos eles eram Judas.
Cada
um deles terminou sua história, obviamente ensaiada de antemão, e se colocaram
atrás de Sebastian. Demétria tinha agarrado a parte de trás da túnica de Kevin
e estava retorcendo a ponta do objeto. Kevin se voltou, puxou sua túnica para
deixá-la livre e agarrou a mão de Demétria. Nicholas agarrou a outra mão.
Tanto
Kevin como Nicholas estavam oferecendo seu consolo. Nenhum dos dois irmãos
tinha esperado que o rei permitisse chamar testemunhas. Ambos estavam furiosos,
e também preocupados. E ambos trataram de esconder de Demétria o que estavam
sentindo.
Sebastian
foi novamente para frente. Fez uma reverência, acrescentou algumas obscenas
verdades a mais, e concluiu sua versão suplicando dramaticamente que se fizesse
verdadeira justiça.
Era
a vez do barão de Wexton falar. O rei, obviamente em muito bons termos com seu
vassalo, chamou Joseph e ordenou que ele desse sua versão do acontecido.
Joseph
era um homem de poucas palavras e expôs rapidamente os fatos. Não chamou nenhuma
testemunha, limitando-se a explicar que Sebastian havia abusado de Miley, assim
como tentou matá-lo e que ele tinha respondido àqueles atos tal como eles
mereciam. Em seguida ficou evidente para todos os que estavam presente na sala,
que Joseph não estava suplicando justiça: ele a exigia.
-
Você trouxe testemunhas para que corroborem seu relato? - perguntou o rei.
-
Eu lhe dei a verdade - respondeu Joseph, e sua voz era dura e controlada -. Não
preciso de testemunhas para corroborarem minha honestidade.
-
Cada um de vocês acusou o outro de má conduta. Existem questões que não ficaram
muito claras.
-
Ele está preso entre os dois - murmurou Nicholas a Kevin.
Kevin
assentiu. Cada homem contradizia o outro. Kevin acreditava que o rei queria
opinar a favor de Joseph, mas Sebastian tinha conseguido inclinar a balança a
seu favor ao trazer testemunhas que mentiram em seu benefício. Joseph era um
vassalo leal e também era um guerreiro, por isso podia se converter em uma
ameaça se parecesse que seu rei o havia traído.
Fazer
que outros testemunhassem a seu favor parecia um insulto para Joseph. Ele havia
dito a verdade, era decisão do rei acreditar nele ou não.
Kevin
exalou um suspiro entrecortado. Agora Joseph não jogaria o jogo. Seu irmão se
agarrava com teimosia à convicção de que havia agido com honra no passado e que
agora o rei acreditaria nele.
Mas
Sebastian também tinha incluído uma observação muito válida dentro de seu
labirinto de mentiras. Joseph tinha se casado com Demétria sem obter antes a
permissão necessária para isso. Aquilo era uma falta insignificante, mas a
acusação de ter destruído a fortaleza de outro barão e ter matado mais de
duzentos soldados era muito mais séria.
Joseph
tinha declarado que Sebastian tentou preparar-lhe uma armadilha em duas
ocasiões, mas aquelas acusações não podiam ser mostradas. Nicholas podia
atestar em relação a uma batalha, certo, mas não podia provar, de forma alguma,
que Sebastian estivesse por trás do ataque.
Liam
também podia testemunhar contra Sebastian no tocante ao momento em que
aconteceu a segunda armadilha, mas isso era algo do qual se podia culpar
Morcar. Sebastian também não tinha estado ali.
Kevin
deixou de pensar em todos aqueles detalhes, quando o nome de Demétria foi
pronunciado, e se virou para olhar para ela.
Demétria
ergueu os ombros, refez sua expressão e foi até o rei andando lentamente.
Deteve-se quando chegou à plataforma e então se ajoelhou, mantendo a cabeça
inclinada enquanto o fazia.
-
Seu irmão me convenceu de que você passou por experiências muito dolorosas para
poder dar seu relato agora - anunciou o rei -. Por isso, eu a libero desse
dever.
-
Sou uma de suas leais súditas - afirmou Demétria. Ela poderia dizer que havia
conseguido a atenção do rei, porque seus olhos pareciam se abrir um pouco mais
-. Embora eu não tenha um exército de vassalos para lhe ajudar, faria o que
estivesse a meu alcance para lhe servir. Eu gostaria de responder suas
perguntas.
O
rei assentiu imediatamente.
-
Não parece estar perturbada, como avisou seu irmão - afirmou. Ele se inclinou
para diante e disse, falando em voz baixa -: Você prefere que eu deixe o salão
vazio antes de me contar tudo o que aconteceu?
Demétria
ficou surpresa pela doçura no tom que o rei empregou com ela.
-
Eu não prefiro isso - murmurou.
-
Então me conte o que você puder a respeito deste quebra-cabeças.
Demétria
obedeceu. Cruzou as mãos diante dela, fez uma profunda inspiração de ar para
tranquilizar-se e começou seu relato.
-
Se esse for o seu desejo, começarei com a noite do ataque à fortaleza de meu
irmão - disse.
-
Isso seria muito bom - disse o rei -. Já sei que isto vai ser difícil para uma
dama tão gentil, mas eu gostaria de mais luz sobre este problema.
Demétria
desejou que o rei não fosse tão amável com ela, porque isso fazia que sua
tarefa ainda mais difícil.
-
Meu marido diz que você é um homem honrado - sussurrou.
William
se inclinou para a frente de sua cadeira outra vez, e foi o único que ouviu o
que disse Demétria.
-
Sou muitas coisas para muitas pessoas - alardeou. Manteve um tom de voz tão
baixo como o que tinha empregado Demétria, desejando compartilhar seus
comentários unicamente com ela -. Acredito que trato todos de maneira honrada,
inclusive às delicadas e bonitas damas que não dispõem de nenhum exército para
ajudar a minha causa.
Demétria
presenteou o rei com um sorriso.
-
E agora comece sua história - ordenou o rei, falando em um tom alto para que
todos os pressente pudessem ouvi-lo.
-
Eu estava subindo pela escada para ir para o meu quarto quando um dos soldados
de meu irmão anunciou a Sebastian que o barão de Wexton desejava falar com ele
-começou Demétria.
-
Sebastian estava ali? - Perguntou o rei.
-
Ele estava - disse Demétria -. Ouvi quando ele disse ao soldado que permitisse
que Joseph entrasse cavalgando pelos portões em sinal de trégua. Era uma
armadilha, naturalmente, porque Joseph foi capturado assim que entrou na
fortaleza. Então meu irmão disse a seu vassalo que ia matar Joseph. Ele se considerava
um homem muito
ardiloso,
porque ele pensou em um plano para matar o barão, fazendo com que ele morresse
de frio.
Sebastian
deixou escapar um ofego afogado. Deu um passo na direção de Demétria, mas se
deteve quando viu que Joseph levava a mão à espada.
-
Minha irmã não sabe do que está falando - gaguejou Sebastian -. Demétria está
muito alterada para que possa saber o que está dizendo - Liberte-a a desta
terrível provação!
O
rei agitou a mão pedindo silêncio. Sebastian deu uma profunda inspiração, e
começou a se sentir um pouco mais tranquilo, quando percebeu que o resto da
história de Demétria falaria a favor dele.
-
Não haverá mais interrupções! - gritou o rei. Ele se voltou novamente para
Demétria e lhe dirigiu uma seca inclinação de cabeça -. Continue, se tiver a
bondade, com sua explicação deste ardiloso plano para fazer com que o barão
morresse congelado de frio. Não estou entendendo.
-
Sebastian não queria empregar uma arma contra o barão - disse Demétria -. Uma
vez que ele tivesse morrido pelo frio que fazia, os homens levariam seu corpo a
um lugar remoto e o deixariam ali, até que alguém o encontrasse ou as bestas
selvagens tivessem chegado até ele. Despojaram-no de suas roupas e o ataram a
um poste no pátio.
Demétria
fez uma pausa para efetuar outra profunda inspiração.
-
Sebastian partiu para Londres - continuou dizendo -. Deixou alguns de seus
homens para que vigiassem Joseph, mas não puderam suportar o frio e, ao final,
terminaram entrando na fortaleza. Depois que eles se foram soltei Joseph.
-
E então os soldados do barão de Wexton atacaram a fortaleza?
-
Entraram ali escalando os muros. Tinham o dever de proteger seu lord - disse
Demétria.
-
Eu vejo.
Demétria
não soube o que o rei queria dizer com aquilo. Voltou a cabeça para olhar
Sebastian, viu que estava sorrindo zombeteiramente, e voltou o olhar para
Joseph. Seu marido a incentivou com um gesto de cabeça.
-
E então foi capturada?
-
Para falar a verdade, o que ocorreu é que fui liberada dos maus tratos de meu
irmão. Ele gostava de me fazer mal, e coloco Deus por testemunha de que cheguei
a ficar muito cansada de seus abusos.
Um
murmúrio de surpresa percorreu a multidão.
-
O barão de Wexton me levou com ele. Eu tinha muito medo de Sebastian e volto a
confessar que pela primeira vez em minha vida, eu me senti realmente segura e a
salvo. Joseph é um homem honrado. Tratou-me bem. Nunca temi que fosse a me
fazer mal. Nunca.
O
rei contemplou Sebastian em silêncio, durante um momento que pareceu muito
longo e depois voltou novamente o olhar para Demétria.
-
Quem queimou sua casa até o chão? Ou será que não chegou a ser queimada?
Sua
voz tinha aumentado de volume.
-
Joseph destruiu minha fortaleza! - gritou Sebastian.
-
Silêncio! - Rugiu o rei -. Sua irmã está fazendo seu relato do ocorrido, e ela
é a única a quem desejo ouvir. Responda a essa pergunta - acrescentou,
dirigindo-se agora a Demétria.
-
Sebastian destruiu seu próprio lar quando desonrou o sinal de trégua - afirmou
Demétria.
O
rei, que agora se via bastante cansado, suspirou.
-
Então posso dar por certo que sua virtude não foi arrebatada?
Demétria
quase gritou sua resposta.
-
Ele não me tocou.
Outro
suave murmúrio escapou da multidão. Todos estavam fascinados pela estranha
história que estavam escutando.
Até
esse momento Demétria não havia dito nada que fosse mentira.
-
Joseph não me tocou, mas prometi contar toda a verdade e portanto confesso que
tratei de tirar proveito de sua bondade natural. A verdade é que terminei por
seduzi-lo.
Um
ofego de assombro substituiu ao murmúrio naquele momento, e Demétria acreditou
ouvir Joseph gemer. O rei parecia estar a ponto de gritar. De repente Joseph
apareceu junto de Demétria, e a mão dele cobriu sua boca. Demétria deduziu que
Joseph queria que ela deixasse de falar.
Quando
lhe deu uma cotovelada, Joseph afastou a mão de sua boca para deixá-la sobre
seu ombro.
-
Você percebe como está difamando a si mesma, minha querida mulher? - gritou o
rei.
-
Amo Joseph - respondeu Demétria -. E não fui capaz de seduzi-lo até estarmos
casados.
O
rei se virou para Sebastian com o cenho franzido.
-
Sua acusação sobre sua irmã ter sido violada está negada. Basta-me olhar para
ver que está dizendo a verdade. - Ele se voltou novamente para Demétria para
prosseguir com seu interrogatório e passou a fazer outra pergunta -: E o que me
diz da acusação apresentada por seu marido de que Sebastian violou sua irmã?
-
É verdade - disse Demétria -. Miley me contou o que aconteceu. Morcar a atacou,
mas Sebastian também estava ali. O plano foi dele, e portanto ele é igualmente
responsável.
-
Eu vejo.
O
rei parecia estar cada vez mais furioso. Continuou interrogando Demétria
durante um bom momento. Ela deu todas as respostas, mas sempre dizendo a
verdade.
-
Meu marido agiu com valentia e meu irmão com fraude - disse.
Quando
por fim terminou de falar, apoiou-se ao lado de Joseph.
-
Tem algo mais a me dizer? - perguntou o rei a Sebastian.
Sebastian
tinha ficado sem fala e a fúria fez avermelhar seu rosto.
-
Minha irmã está mentindo descaradamente - conseguiu balbuciar finalmente.
-
Não é esta a mesma irmã que você sempre elogiou por jamais mentir? - gritou o
rei.
Sebastian
não lhe respondeu. O rei se voltou novamente para Demétria.
-
É leal a seu marido, o que é um traço admirável. Agora você está dizendo a
verdade ou protegendo seu marido?
Antes
que Demétria pudesse responder àquela pergunta, o rei se virou para Joseph.
-
Tem alguma coisa a mais para acrescentar a isto?
-
Só que foi uma sedução igual - comentou Joseph, passando a falar em um tom
muito suave -. E que foi profundamente satisfatória.
Um
ruído de aprovação criou eco que ressoou por todo o salão. O rei sorriu.
Ele
ficou em pé e pronunciou sua decisão.
-
Sebastian, você traiu a confiança que eu depositava em você - disse -. A partir
deste momento você está despojado de todos os seus deveres e expulso para
sempre de minha corte.
Depois,
ele se voltou para o Joseph.
-
Meu irmão Henry sugeriu um período de tempo para esfriar sua ira. Estou muito
aborrecido por todo o caos causado e todas as vistas que se perderam, mas
aceito que estava respondendo da maneira mais apropriada possível pela honra de
sua irmã. Um mês com os escoceses talvez seja tempo suficiente.
Demétria
sentiu como Joseph ficava rígido perto dela. Agarrou-lhe a mão e a apertou,
rogando para que ele ficasse em silêncio, enquanto William falava.
-
Sim, quando retornar, se ainda desejar desafiar Sebastian e os homens que estão
com ele nesta questão, então permitirei que se celebre um combate de morte. A
escolha de confrontá-lo pertence a você.
Joseph
não aceitou ou rechaçou imediatamente a ordem. Ele não gostou de ter que
esperar um tempo antes de desafiar Sebastian.
Ele
sentiu Demétria tremer, e o medo de sua esposa se encarregou de tomar a decisão
por ele.
-
Irei imediatamente.
O
rei assentiu.
-
Eu liberei Sebastian de todas os seus deveres, Joseph. Eu dei a ele um mês para
se esconder de você - admitiu.
-
Vou encontrá-lo.
O
rei sorriu.
-
Disso eu não tenho dúvida.
Joseph
se inclinou ante seu monarca. William saiu da sala, com o Sebastian correndo
atrás dele.
-
Quereria ter umas palavras com você, esposa - sussurrou Joseph.
Demétria
tentou sorrir para seu marido. O rosto de Joseph era uma máscara impenetrável,
e ela não sabia se ele estava furioso ou meramente irritado.
-
Estou muito cansada, Joseph. E você disse ao rei que partiríamos imediatamente.
-
Nós?
-
Você não vai me deixar aqui, não? - Perguntou, claramente atônita.
-
Eu nunca faria tal coisa.
-
Não zombe de mim - ela murmurou -. Acabo de passar por uma prova muito dura.
O
barão de Rhinehold interrompeu a discussão.
-
Seu esposa se iguala a você em coragem, Joseph - afirmou -. Soube enfrentar
nosso rei, contando-lhe sua história. Ora, sua voz nem sequer chegou a tremer!
-
E o que ela disse a ele? - perguntou Joseph sem levantar a voz.
O
barão Rhinehold sorriu.
-
Essa é a questão, não? Eu escutei toda sua explicação e ainda não ficou claro
quem queimou o que, quem atacou e quem se retirou…, e continuo sem ter nem a
mais remota ideia do que foi que aconteceu.
-
Você acabou de descrever minha vida com Demétria - afirmou Joseph, agora com um
novo cansaço em sua voz.
Baixou
o olhar para Demétria e viu como ela estava contemplando o barão.
-
Eu esqueci de apresentá-los - disse em voz alta, reparando em seu descuido -.
Barão, esta é minha esposa, Demétria. Eu entendi que você conheceu sua mãe.
O
barão assentiu.
-
Sua esposa se parece muito com Dianna - disse -. É um prazer conhecê-la
baronesa.
Rhinehold
tinha um sorriso muito formoso, e Demétria sentiu que subitamente a emoção a
embargava. Obrigou-se a sorrir e disse:
-
Eu gostaria de lhe falar sobre minha mãe, barão. Possivelmente poderia vir nos
fazer uma visita, quando tivermos retornado de nosso exílio temporário.
-
Eu ficaria muito honrado - disse Rhinehold.
Não
teve mais tempo para continuar falando com o barão, porque então vieram os
outros aliados para expressar sua alegria por como tudo havia terminado.
Demétria permaneceu imóvel perto de Joseph, segurando sua mão e desejando que
seu marido lhe dissesse o que pensava a respeito daquele encontro.
Joseph
a ignorou. Ele se virou quando Liam se reuniu com eles, e declarou que
partiriam dentro de uma hora.
-
Joseph? Tenho tempo para recolher minhas coisas em meus aposentos? -perguntou
Demétria.
-
Já está vestida, esposa.
Demétria
suspirou.
-
Isso quer dizer que está zangado? - perguntou.
Joseph
baixou o olhar para sua esposa. Os olhos de Demétria estavam velados por uma
suave neblina, e ela mordiscava o lábio inferior. Joseph a olhou e sacudiu
lentamente a cabeça.
-
Você me seduziu? Meu Deus, Demétria, você disse ao rei que você me seduziu.
Quando decide contar uma mentira, não se mostra nada tímida a esse respeito -
ele sorria para ela enquanto a repreendia.
-
Não foi uma mentira - disse Demétria -. Queria que você me beijasse e nunca
gostava quando você parava. Isso é um pouco de sedução, não, Joseph? E naquela
primeira noite eu beijei você. Você se limitou a responder da mesma maneira,
marido. Sim, disse a verdade. Eu seduzi você.
-
Se tivesse dito toda a verdade, agora eu poderia estar desafiando Sebastian -
observou Joseph.
-
Oh, já sei como funcionam essas coisas - disse Demétria -. Cada um diz uma
coisa, e o outro diz que está mentindo. Então o rei teria metido você dentro de
um lago, com suas mãos e seus pés atados a pedras. E se você afundasse até o
fundo do lago, então William teria sabido que dizia a verdade. Você estaria
morto, naturalmente, mas sua honra ficaria intacta. Bem, pois esta noite eu não
gostaria de ir para a cama com sua honra por única companhia. Quero você vivo e
inteiro. O que me diz disso, marido?
Embora
tentasse, Demétria não pôde evitar que algumas lágrimas escapassem de seus
olhos.
Joseph
a olhava com a expressão mais assombrada que pudesse imaginar no rosto.
-
Demétria… - disse, prolongando seu nome em um exagerado suspiro -. Os
guerreiros não são submetidos a esse tipo de julgamento. É a igreja a que
utiliza esse método, não o rei.
-
Oh.
Joseph
sentiu vontade de rir. Tomou Demétria em seus braços e sorriu quando a ouviu
murmurar:
-
Acabo de passar por uma prova muito dura.
-
Tem um coração de ouro - disse -. Venha, esposa. Estou sentindo o irresistível
impulso de permitir que me seduza.
Demétria
estava completamente de acordo com seu plano.
Acamparam
quase quatro horas depois. Demétria estava cansada. Camille a interceptou
quando se dispunha a partir com Joseph. As palavras vis e iradas que ela gritou
para Demétria, ainda ecoavam em sua cabeça.
Joseph
a deixou em um riacho que ele havia encontrado, enquanto cuidava de proteger o
acampamento. Entretanto, Demétria estava em seu campo de visão o tempo todo.
Enquanto Sebastian vivesse, Joseph não iria se afastar de Demétria.
Demétria
se lavou o melhor que pôde, dada as circunstâncias e depois voltou ao
acampamento. Joseph acabava de levantar uma tenda para os dois. Não estavam
muito longe do contingente de homens que viajavam com eles.
-
Acredita que o padre Berton esteja suficientemente a salvo? Ou acha que deveria
aumentar o número de homens que o protege? - perguntou a Joseph.
-
Ele vai ficar bem - disse Joseph -. Deixei com ele os homens mais aptos de que
disponho. Não se preocupe, meu amor.
Demétria
assentiu.
-
Você se lembra da primeira noite que dormimos juntos? - perguntou.
-
Lembro-me muito bem.
-
Eu achava que o fogo estivesse muito perto e temia que nossa tenda fosse
incendiar - disse ela.
-
Você se preocupava com tudo - disse Joseph. Soltou o cinturão trançado sobre o
quadril de Demétria -. Aquela noite dormiu vestida.
-
Eu protegi minha virtude. Eu não sabia que realmente desejava seduzir você -
disse Demétria, e riu ao ver a expressão de desgosto que apareceu no rosto de
seu marido.
-
Eu protegi sua virtude - replicou Joseph.
Demétria
se acomodou em cima das peles de animal. O frescor do anoitecer era agradável.
A brisa refrescava o ambiente, e o brilho da lua deu-lhes uma iluminação suave.
-
Tire a roupa, Demétria - disse Joseph. Ele já havia tirado sua túnica e suas
botas.
Demétria
queria fazer exatamente a mesma coisa, mas estava preocupada com a proximidade
dos homens. Ela segurou suavemente a mão de Joseph. Quando seu marido se
inclinou sobre ela, Demétria sussurrou:
-
Esta noite não podemos fazer amor. Seus soldados vão nos ver.
Joseph
sacudiu a cabeça.
-
Ninguém pode nos ver, esposa. Desejo você. Agora.
Ele
mostrou o que ele queria dizer beijando-a profundamente. Demétria suspirou nos
lábios Joseph, enquanto passava os braços ao redor do pescoço. Ela abriu os
lábios e esfregou sua língua contra a dele, arqueando-se instintivamente contra
o corpo de seu marido.
-
Você faz muito barulho - Demétria murmurou, quando Joseph terminou o beijo para
mordiscar delicadamente o lóbulo da orelha.
Ela
estremeceu, reagindo ao prazer que ele proporcionava, e Joseph riu suavemente.
-
É você quem grita pedindo que seu desejo seja satisfeito, meu amor - Joseph
disse -. Eu sou muito disciplinado para fazer barulho.
-
É verdade isso? - perguntou Demétria, e sua mão foi desenhando uma lenta
carícia na palpitante excitação de seu marido.
Joseph
esqueceu sobre o que falava. Recapturou a boca de Demétria enquanto puxava a
bainha de seu vestido. Queria sentir o calor de sua esposa, quando seus dedos
provassem as pregas acetinadas que protegiam o núcleo de sua feminilidade,
soube que Demétria o desejava. Estava umedecida pelo calor, e se arqueou contra
ele quando Joseph introduziu seus dedos nela.
Suas
roupas foram rapidamente jogadas de lado em um selvagem abandono. Joseph não
queria acalmar seu ardor. Precisava tomar Demétria agora mesmo, e a resposta
desinibida deixou claro que sua esposa não queria ternura. Sim, Demétria
precisava dele para esquecer seu constrangimento.
Joseph
sossegou os gemidos de Demétria, cobrindo sua boca com a dele. Ele se colocou
entre suas coxas e a penetrou. Demétria o levou até o limite da satisfação com
seus eróticos gemidos de prazer, incitando-o com suas súplicas que derramasse
sua semente dentro dela e suas unhas se afundaram nos ombros de Joseph. Quando
ele não conseguia mais se conter, colocou a mão entre seus corpos e acariciou
ao Demétria até levá-la ao clímax.
Joseph
quis gritar com sua liberação. Não podia fazê-lo, naturalmente, e voltou a
reclamar a boca de Demétria, prendendo o grito que ela daria.
-
Amo você, esposa - sussurrou mais tarde, quando ela parecia um novelo ao seu
lado.
-
Eu também amo você, Joseph - disse Demétria, satisfeita para descansar apoiada
em seu marido uns minutos a mais. Então, ela perguntou -: Eu constrangi você na
corte quando eu disse que seduzi você?
Joseph
sorriu contra o topo de sua cabeça. Demétria se virou, batendo ele.
-
Não fiquei constrangido - afirmou Joseph, falando em tom de orgulho -. Mulheres
ficam constrangidas.
Demétria
sorriu.
-
E o que sentem os guerreiros?
-
Cansaço - disse Joseph -. Eles ficam exaustos depois de fazerem amor com suas
esposas. .
-
Está sugerindo que eu durma?
-
Estou.
-
Então eu vou, claro obedecer sua sugestão depois de fazer só mais uma pergunta.
- Demétria ouviu Joseph suspirar, mas não lhe deu atenção -. Quem eram aqueles
homens que mentiram por meu irmão? Eram barões?
-
Não eram barões, apenas homens que se uniram a seu irmão contra mim - disse
Joseph.
-
Então eles não têm seguidores? Carecem de seus próprios exércitos?
Joseph
hesitou por um instante.
-
Eles não têm exércitos, Demétria - disse finalmente -. No entanto, há muitos
homens sem escrúpulos que se juntariam a ele mediante incentivo. Agora
Sebastian não tem ao seu dispor ouro suficiente para chegar a ser uma grande
ameaça.
Demétria
se deu por satisfeita com a resposta de Joseph e deixou de se preocupar
pensando em Sebastian.
-
Joseph? Quando formos a Escócia você poderá conhecer minha prima Edwythe. Eu ia
viver com ela. Esse era o plano que eu havia feito antes de que conhecer você.
-
E você poderá conhecer minha irmã Catherine - disse Joseph com voz sonolenta.
-
Sua irmã está casada com um escocês? - perguntou Demétria, com voz de
incredulidade.
-
Está.
-
E seu marido…?
-
Não, não é ruivo - Joseph a interrompeu.
-
Eu não ia perguntar isso - protestou Demétria -. Eu só estava me perguntando se
Catherine e seu marido poderiam conhecer Edwythe.
A
respiração profunda e regular de Joseph indicou que estava adormecido. Quando
seu marido começou a roncar, Demétria teve a certeza de que ela havia dormido e
se aconchegou nele.
Naquela
noite teve os sonhos mais maravilhosos que podia imaginar. Eram os sonhos da
inocência.
sorryyyyyyyyyyyyyyy nao ter postado antes, eu esqueci =\ to atrasada em tudo pq final de semana so quero dormir, podre estou
mas por isso irei postar mais um amanha, prometo, nem que me cobrem no twitter ok.
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